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Estátua de kitsune no portal principal de Fushimi Inari-taisha , Kyoto.

Kitsune é a palavra japonesa para raposa. Ela pode se transformar na cópia exata
de qualquer pessoa, enganando a todos ao seu redor.

Elas podem viver tanto livres nos campos, como nas cidades. Algumas raposas
casam-se com humanos, mas durante a noite se transformam novamente em
raposas. Outras podem decidir ser servos na casa de alguém, trabalhando na
cozinha. Uma desculpa muito usada para evitar que alguém da família se casa
com uma pessoa de uma família indesejada é dizer que uma kitsune trabalha na
casa dela. Assim a pessoa desiste de casar.

A kitsune pode produzir fogo (kitsune-bi ou fogo de raposa), se duas esfregarem


suas caudas ao mesmo tempo. Ela também pode, até certo ponto, respirar fogo.
A kitsune pode também fazer “lanternas de raposa”‘, produzindo pequenas bolas
de fogo que flutuam ao seu redor, iluminando o seu caminho. Esse fogo pode ser
usado como arma ou como um brinquedo.
De acordo com com Kiyoshi Nozaki, a palavra kitsune
era uma onomatopéia. Kitsurepresentava o ganido da
raposa e acabou tornando-se o nome para
raposa. Kitsu é uma palava arcaica, hoje se usa kon
kon ougon gon para se designar raposa.
A kitsune possuem uma jóia chamada “bolas de kitsune” (hoshi no tama – bolas
das estrelas) . É uma bola pequena, branca, não tem luz própia (apesar de
alguma estórias dizerem que ela brilha com o fogo da raposa) e nem tem poder
algum. Jóias são um símbolo comum de Inari, e representações das raposas
sagradas de Inari sem as jóis são raras.

Algumas pessoas dizem que essas bolas carregam parte da alma da kitsune e
também de suas habilidades mágicas. Se separadas por muito tempo da jóia, elas
morrem. Essa também é a única parte delas que elas carregam quando se
transforam em raposas e humanos. A raposa vai carrega a bola em sua boca ou
em suas caudas e enquanto em forma humana, elas vão carregá-las em qualquer
lugar, preferencialmente em um cinto. Se alguém surrupiar a bola de uma
kitsune, ela pode obter favores desta, se fizer a kitsune prometer que vai dar
ajuda pela devolução da bola.
Muitas vezes a raposa é dita como mensageira de Inari, principalmente se for
branca. Podem ser tão poderosas que quase chegam a ser deuses. Geralmente,
quando os empregados vêm de outra província, as pessoas ficam desconfiadas de
que podem ser raposas… Mas algumas vivem praticamente icógnitas, indo e vindo
das aldeias quando bem entendem. Mas mesmo em forma humana, pode
acontecer que a sombra projetada no chão seja de uma raposa, ou pode
acontecer que mesmo transformada, ela ainda tenha cauda de raposa. E também
os espelhos podem revelar sua verdadeira identidade.

De acordo com com Kiyoshi Nozaki, a palavra kitsune era uma


onomatopéia. Kitsurepresentava o ganido da raposa e acabou tornando-se o nome
para raposa. Kitsu é uma palava arcaica, hoje se usa kon kon ou gon gon para se
designar raposa.
Uma das mais velhas estórias a respeito da raposa provém uma definição
etimológica para a palavra. Hoje em dia se sabe que o conto é “falso”.
Ono, um habitante de Mino passou muito tempo pensado em achar uma mulher
de beleza ideal. Um dia ele encontrou uma linda mulher no pântano e casou com
ela. Assim que nasceu seu filho, o homem resolviu criar um cachorrinho, que à
medida que crescia ficava mais hostil com a esposa. Ela implorou para  o marido
matá-lo, mas ele se recusou. Um dia o cão a atacou com tanta ferocidade, que
ela se transformou em raposa e fugiu.

“Você pode ser uma raposa,” Ono gritou para ela, “mas você é mãe de meu filho
e eu te amo. Volte sempre que quiser, você será sempre bem vinda”

Assim toda noite ela voltava para os braços dele.


Porque a raposa retornava toda a noite como humana mas de dia deixava a casa
como raposa, ela foi chamada Kitsune. Em japonês clássico, kitsu-
ne significa venha e durma, e ki-tsunesignifica venha sempre.
A kitsune pode produzir fogo (kitsune-bi ou fogo de
raposa), se esfregarem suas caudas ao mesmo tempo.
Ela também pode, até certo ponto, respirar fogo.
A kitsune é divida em dois grupos, Kitsune e Nogitsune, “Kitsune” seria a raposa
bondosa e  “Nogitsune” (lit. “raposa selvagem”) significa raposa má ou renegada.

Edifício Principal do templo Fushimi Inari-taisha

As raposas seguem certas regras de conduta, geralmente estabelecidas pela


raposa mãe de dez caudas, Inari ou mesmo outras, e que podem incluir nunca
ferir alguém a não ser se ameaçada, nunca matar, manter a palavra a qualquer
custo e outras coisas relacionadas.  Mas além dessas raposas de boa índole temos
aquelas que gostam de pregar truques em samurais orgulhosos e nobre corruptos,
e etc. Para distinguir aqueles que servem Inari das que não servem, é só procurar
por aquelas que tem cachecóis vermelhos no pescoço.

Uma kitsune pode se manifestar de diferentes formas:


uma raposa, uma pessoa com cabeça de raposa uma
pessoa normal mas extremamente atrativa. Cada uma
das formas absorve muito energia da kitsune,
principalmente a última. Em todos os casos, a cauda
será visível, a menos que ela faça um esforço
adicional.
“Nogitsune” são kitsune que não seguem nenhuma regra e vivem de acordo com
sua vontade, elas não obedecem a Inari ou a ninguém e são consideradas más.
Podem ferir inocentes, matar mortais, fazer fazendeiros não ter sucesso em
sustentar a família. A raposa de nove caudas da lenda chinesa e outros países,
como o Japão, é identificada como uma provável “Nogitsune.”

A maior parte das estórias de kitsunes, citam somente kitsunes fêmeas, mas a
proporção deve ser a mesma, é que sendo o Japão uma país patriarcal é muito
mais comum que se escrevem estórias que citem a mulher como uma espécie
de femme fatalle.  Mas há estórias de kitsunes seduzindo donzelas, e o
relacionamento com kitsunes deixa a mulher sofrendo de um terrível mal físico.
O mesmo acontece com os homens. É uma sensação parecida com a de exaustão,
daí deduzindo que talvez elas absorvam a força vital, como os súcubos. Mas deve
notar que esse tipo de exaustão não acontece com humanos que se relacionam as
kitsunes de boa índole.

Uma kitsune pode se manifestar de diferentes formas: uma raposa, uma pessoa
com cabeça de raposa uma pessoa normal mas extremamente atrativa. Cada uma
das formas absorve muito energia da kitsune, principalmente a última. Em todos
os casos, a cauda será visível, a menos que ela faça um esforço adicional. Se ela
ficar bêbada, pode se descuidar e a cauda pode aparecer. A metamorfose vai
fazer ela ficar com fome, porque absorveu muita energia dela.

Alguns acreditam que a verdadeira forma da kitsune é de um espírito ou fantasma


e pode interagir com humanos de três formas: possuindo um mortal,
manifestando-se ou criando um “avatar.” Manifestação implica na criação de
corpo físico que acaba consumindo muito chi (energia vital) da kitsune, criando
um corpo ágil e forte, mas não deixando muito mais espaço para outras ações.
Criar um avatar cria um corpo mais fraco com menos chi, só que facilmente
destrutível, mas com economia de chi para realizar outras proezas. Quando o
corpo da kitsune é destruído ela volta a sua verdadeira forma espiritual, essa sua
mais vulnerável forma, apesar de que nessa forma espiritual os ataques físicos
surtem pouco efeito.

Criar um avatar significa possuir um corpo de um defunto ou uma criança não


nascida. Este seria o melhor meio de permanecer no mundo dos humanos. Há
estórias de pessoas que morrem e se tornam kitsunes. Isso significa ou que a
kitsune possuiu o corpo ou a pessoas se libertou do círculo de nascimento e
renascimento e se tornou imortal. Em qualquer desses casos, o corpo ficou sem
alma e a kitsune pode tomar posse dele. Para fazer isso é necessário que o corpo
não tenha sido propriamente sepultado e santificado.
Alguns acreditam que a verdadeira forma da kitsune é
de um espírito ou fantasma e pode interagir com
humanos de três formas: possuindo um mortal,
manifestando-se ou criando um “avatar.”
Manifestação implica na criação de corpo físico que
acaba consumindo muito chi (energia vital) da kitsune,
criando um corpo ágil e forte, mas não deixando muito
mais espaço para outras ações.
Enquanto em um corpo mortal, ela tem algumas habilidades que possuiria
enquanto espírito verdadeiro. Isso significa metamorfose até certo ponto, e
muitas vezes a cauda vai aparecer. Também poderá criar ilusões, causando má
sorte a quem as vê.

Possuir uma criança ainda não nascida traz outros problemas. A mãe pode ficar
doente ou fraca e quando a criança nascer é mais provável que a mãe morra. A
kitsune irá crescer normalmente e se adaptar à vida mortal, e eventualmente
ganhar muito dos seus poderes. Uma kitsune com corpo mortal pode mudar de
forma.

Parece que muitas kitsunes, quando tomam conta de um corpo mortal, preferem
tomar a forma de uma raposa, em vez de um mortal.

A kitsune, cuja verdadeira forma é espiritual, não consideradas mais do que


almas com uma certa carga de chi, então matar uma kitsune é algo meio difícil
de entender, já que elas já fazem parte do mundo espiritual e estão só se
manifestado entre os humanos, mas de acordo com alguns, se pode “matar” uma
kitsune. Essas formas só se aplicam às kitsunes “mortais”.

1) Devorados por um Dragão ou Oni (Demônio). Elas podem escapar de serem


devorados por qualquer ser, se mudarem para sua forma espiritual e passarem
através da criatura, mas não escapam de dragões e oni. Quando comidas por eles
sua energia espiritual (chi) é absorvida e digerida até o ponto em que ela fica
faminta e morre.

2) Exorcismo: uma kitsune pode ser totalmente destruída se for feito um


determinado tipo de poderoso exorcismo.

4) Uso de armas mágicas ou sagradas: isso é muito raro e a fraqueza menos


conhecida das kitsunes e depende da interpretação da pesoa. Algumas armas
sagradas podem agir sobre elas como as balas de prata agem em lobisomens,
outros dizem que matam até a forma espiritual ou o efeito pode variar.

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