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0.0EBD-APOSTILA-CCVJ-EBD 2oSEM 2018 - 2019
0.0EBD-APOSTILA-CCVJ-EBD 2oSEM 2018 - 2019
6 A Imortalidade da Alma 14
7 A Salvação do Homem 21
10 A Ceia do SENHOR 42
11 O Batismo com o Espírito Santo 44
12 A Santificação 47
13 O Dízimo na Bíblia 49
14 Mordomia Cristã 53
15 O Arrebatamento 59
♦ Fontes bibliográficas 61
♦ QUESTIONÁRIO 62,63,64
Teologia do Primeiro Amor
Princípios e Fundamentos Bíblicos
Cada grande avivamento originou-se na raiz do profundo desejo, de homens e mulheres, de...
- desfrutarem uma comunhão mais íntima com Deus
- entenderem melhor Sua Palavra e
- participarem de uma experiência que correspondesse exatamente ao modelo do Novo Testamento
Cada grande avivamento Foi, também, uma reação contra o formalismo, a frieza e a incredulidade
prevalecentes em determinada época!
O crente verdadeiramente espiritual, como nenhum outro, experimenta o poder sobrenatural de Deus
em sua vida e proclama com firmeza sua fé na Bíblia, considerando-a um livro inigualável e excepcional. E
que, na qualidade de Palavra infalível é inspirada por Deus, esse cristão subscreve e apóia com todo vigor.
Falando na inspiração das Sagradas Escrituras, referimo-nos ao seguinte: “Uma
influência especial divina, exercida sobre a mente dos escritores da Bíblia, em virtude da
qual seus escritos, a parte dos erros de transcrição, e quando foram interpretados
“A Bíblia é a palavra de Deus, a revelação divina para o homem, a infalível regra de fé e conduta. É
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra”. II Tm 3:16,17.
O apóstolo Pedro afirma que “(...) homens falaram da parte de Deus movidos pelo
Espírito Santo” – II Pe 1:21. Hebreus 1:1,2 nos diz que Deus primeiramente falou por
intermédio dos profetas e logo por seu Filho. Ninguém poderá ler a Bíblia detidamente sem
notar que todos os escritores afirmam que escrevem e falam por autoridade divina,
debaixo da direção do Espírito de Deus. A inspiração divina faz então da Bíblia o Livro de
superior à consciência e à razão, sem ser, todavia, contrária a esta”.
nos apresentarmos ante Ele sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante - Ef 5:27. O homem carnal
jamais poderá alcançar esse nível.
6 - O criador do homem é o autor do livro. A Bíblia revela o homem ao homem mesmo, e penetra até as
partes mais recônditas do seu ser, mais que qualquer outro livro - “Porque a Palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” Hb 4:12.
7 - A Bíblia revela o único meio da salvação. Só Deus pode ensinar como obter o perdão e a purificação
dos pecados e livrar-se dos maus hábitos e do poder demoníaco. O plano da salvação é delineado de forma
tão simples nos evangelhos que ainda a pessoa mais ignorante saberá como chegar-se à Deus; enquanto
que, por outro lado, as inteligências mais preclaras jamais poderão sondar as profundidades da sabedoria
de Deus, expressa no plano divino da salvação - Rm 11.33-36.
8 - O mundo reconhece a divindade do livro. Todos os pensadores colocam a Bíblia numa classe
separada, e reconhecem seu caráter sobrenatural. É o Livro por excelência, como seu nome o indica em
idioma grego. Tem sido traduzido para mais idiomas e dialetos que qualquer outro livro e é o que goza de
maior venda e circulação. Foram escritas bibliotecas inteiras para interpretar suas páginas sagradas e os
sábios mais ilustres da terra se inclinam em reverência ante ela.
9 - Sabemos que o livro é divino por seus resultados. Em todo lugar onde se lê, prega e obedece os
preceitos bíblicos, tem-se observado não somente a transformação de indivíduos, mas de nações inteiras.
Os ensinos da Bíblia são bons e edificantes, pois incitam à virtude. A desobediência à Palavra divina
conduz ao pecado, ao sofrimento e à dor.
10 - A Bíblia sobreviverá ao universo. As Sagradas Escrituras tem resistido ao assalto brutal de seus
inimigos e, pior ainda, deverão suportar as interpretações errôneas de seus adeptos. As forças da
infidelidade tem atacado a Bíblia em numerosas oportunidades, mas nem ainda a menor torrezinha deste
poderoso castelo da verdade tem sido derrubada – Sl 119:89, Mt 5:18.
contém o que o Senhor requer do homem, o que o homem precisa ser e fazer para chegar até o Criador.
como homem e Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!” É a vontade de Deus escrita, que
Alguém disse certa vez: “A Bíblia é Deus falando ao homem. Deus falando através do homem, Deus falando
que o ser humano precisa é conhecê-la, pois seu tema central é a salvação mediante a fé em
Jesus Cristo.
FORMAÇÃO DA BÍBLIA
DIVISÃO EM CAPÍTULOS
A Bíblia em sua forma original não possuía as divisões de capítulos. Essa divisão foi
implementada no ano de 1227 d.C., pelo Prof. Stephen Langton - Arcebispo da Cantuária
(Inglaterra), para facilitar sua leitura, memorização e localização de “citações”.
DIVISÃO EM VERSÍCULOS
Até o ano de 1551 d.C. não existia a divisão denominada versículo. Foi neste ano que um tipógrafo ou
impressor parisiense do Século XVI Robert Stephanus (ou Robert Estienne), chegou a conclusão da
necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos.
Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram
todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras. Os povos de língua
portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748 d.C.,
quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da “Vulgata Latina”.
A palavra Bíblia passou por grandes mudanças: “Bíblos” era o nome de uma antiga cidade Fenícia,
famosa pela exportação de papiros. Deste nome se originou a palavra “biblíon” (livro) e mais tarde “TÁ
BIBLÍA” (os livros). O plural grego (bíblos) que determinava o nome “Bíblia” transmutada para o latim tornou-
se nome feminino e singular - “Bíblia”, o livro. No latim medieval, o termo biblìa é usado como uma palavra
indicativa de uma coleção de livros ou “a Bíblia”. E com este sentido foi transmitido para todas as línguas
modernas. Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata Latina, um dos primeiros cristãos históricos a referir-se ao
conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de “biblioteca divina”. Este conceito,
entretanto, vem do termo hebraico “sefaraim”, empregado pela primeira vez em Dn 9.2 - “...Eu Daniel,
entendi pelos livros...”.
Os judeus que falavam grego traduziram “TÁ BIBLÍA”, designando assim os livros canonizados como
escritos sagrados do povo judeu. Depois foi a vez da Igreja, a qual chama, tanto o Novo quanto o Antigo
Testamento, de “TÁ BIBLÍA”. Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando “livros”.
Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do
Antigo Testamento e Novo Testamento de “Biblioteca Divina”.
O nome Bíblia foi aplicado às Escrituras, originalmente por João Crisóstomo, grande pregador e
patriarca de Constantinopla (398-404 d.C).
O TERMO “TESTAMENTO”
Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes. A palavra
portuguesa “testamento” corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, contrato) e
refere-se à aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo
(Êxodo 24.1-8 e Êxodo 34.10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus
prometeu uma nova aliança (Jeremias 31.31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus
26.28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8.13), em
contraposição à nova (2 Coríntios 3.6-14).
Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja uma perfeita
correspondência entre as palavras, já que berith designa “aliança” (compromisso bilateral) e diatheke
significa “última disposição dos próprios bens” ou “testamento” (compromisso unilateral). As respectivas
expressões “antiga aliança” e “nova aliança” passaram a designar a coleção dos escritos que contém os
documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.
O termo testamento veio através do latim quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego
traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo, revisando esta versão latina, manteve a palavra
testamentum, equivalendo ao hebraico berith e buscando significar “aliança”. As denominações “Antigo
Testamento” e “Novo Testamento”, para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no
final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do
cânon sagrado.
Apesar da antiguidade dos livros bíblicos, os manuscritos mais antigos que possuímos datam a
maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do trabalho de copistas (escribas) que,
durante séculos, foram fazendo cópias dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes.
Transmitido por um trabalho desta natureza o texto bíblico, como é de se supor, está sujeito a erros e
modificações (involuntários ou não) dos copistas.O trabalho desenvolvido por especialistas que se dedicam
a comparar as diversas versões e a selecioná-las, denomina-se Crítica Textual ou Método Textual. E o
resultado de seu trabalho são os Textos-Padrão.
A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto
hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados Massoretas, que tinham como
particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original.
O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem
vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de indicá-las por meio de sinais),
prolongou-se até ao Século VIII d.C..
Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético
(sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original. No entanto, outras
versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético.
É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade étnica e religiosa
separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do
Pentateuco), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).
A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento,
elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egito. O seu nome deve-se à lenda que
referia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende
exprimir que não só o texto, mas também a tradução fora inspirada por Deus.
A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande
importância provém também do fato de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o
início, e a que é citada na grande parte do Novo Testamento.
Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanônicos (aceitos
como canônicos apenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por
Deus por nenhuma das religiões cristãs ocidentais).
Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes.
Diferentemente do Antigo Testamento, não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa
chamar, por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua
antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.
Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina, ou seja, a tradução latim por São
Jerônimo, em 404 d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a
versão bíblica autorizada.
De acordo com o “Scripture Language Report”, a Bíblia já foi traduzida para mais de 2.400 línguas
diferentes, sendo o livro mais traduzido do mundo.
Uma cópia da Bíblia de Gutenberg é de propriedade do Congresso norte-americano.
Uma ciência que trata da interpretação criteriosa dos textos, a hermenêutica tem sido utilizada pelos
teólogos para entender-se os textos e contextos bíblicos.
Sendo de suma importância para a seriedade no entendimento e interpretação de textos, entre as
regras principais desta ciência encontramos:
1. A Bíblia – coleção de livros religiosos – se interpreta por si mesma, revelando toda ela uma doutrina
interna
4. A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor
sentido do termo ou as suas possíveis variantes
5. O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como
as contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia, etc.
A Bíblia não perde tempo tratando de demonstrar a existência de Deus, e denomina “insensato” ao
ateu. “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” - Sl 14:1. Todas as etnias humanas tem alguma idéia
de deuses ou de Deus ante a quem é responsável o gênero humano. A Bíblia nos informa com respeito à
verdadeira natureza e caráter do único e verdadeiro Deus. A descrição bíblica do Ser Supremo constitui o
pensamento mais elevado e mais nobre jamais concebido por homem algum.
Antes de apresentar os ensinos das Sagradas Escrituras, aclaremos algumas falsas doutrinas
relativas a Deus.
1 - A Bíblia se opõe ao materialismo. As Sagradas Escrituras opõem-se à teoria que
reduz à matéria tudo quanto existe. Muitos homens de ciência e filósofos tem dedicado a
matéria às leis da natureza e excluído Deus, “o qual é sobre todos, age por meio de todos e
“O único e verdadeiro Deus manifestou a Si mesmo como o eterno “EU SOU” de existência e revelação
próprias. Revelou-se também mani-festando os princípios de parentesco e associação, isto é, como o Pai, o
está em todos” - Ef 4:6. Leia a sublime descrição que se encontra no capítulo 40 de lsaías.
O Senhor Jesus em certa oportunidade disse o seguinte: “Deus é Espírito”, João 4:24.
2 - A Bíblia se opõe ao politeísmo, o sistema religioso que admite a pluralidade de
deuses. Calcula que atualmente o politeísmo conte com mais de 1,2 bilhão de adeptos. A
população da Índia alcança mais de 1 bilhão se afirma que o número de deuses supera ao
Dt 6:4, Mc 12:29; Is 43:10,11; Mateus 28:19 e Lucas 3:22
palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” - Jo 14:23. Em João 14:16 o
Senhor Jesus disse o seguinte: “E eu rogarei ao Pai, ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja
para sempre convosco”.
É louvável possuir um conceito de Deus baseado nas Sagradas Escrituras, mas devemos recordar
que não é suficiente ter um conhecimento intelectual do Senhor. O ideal é que possuamos um
conhecimento experimental do Poderoso Senhor do Universo - “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que
habita a eternidade, o qual temo nome de Santo: Habito no alto e Santo lugar, mas habito também com o
contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos”, Isaias
57:15. “Reconcilia-te, pois, com ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem” – Jo 2:21. “E a vida eterna é
esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Cristo, a quem enviaste”. João 17:3.
A TRICOTOMIA DO HOMEM
O homem é um ser tricótomo (1Ts 5.23; Hb 4.12). Tricotomia significa “aquilo que
é dividido em três” ou “que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo
tricotomia refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência
neste ponto entre alguns teólogos. Há aqueles que entendem o homem como apenas
um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo e alma (ou espírito). Os
defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como sendo uma e a mesma
coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de vista da tricotomia. Esse
conceito da tricotomia crê que o homem é uma triunidade composta e inseparável. Só a
morte física é capaz de separar as partes: o corpo físico e a sua parte imaterial.
a) o corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra
como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio,
cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porém, o
corpo com todos esses elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo
valor. No hebraico, a palavra corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra
corpo é somma. Portanto, o corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do
homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; I Co 15.47-49; 2Co
4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física.
b) a alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. A alma precisa do corpo
para expressar sua vida funcional e racional. A alma é identificada no hebraico do Velho
Testamento por nephesh e, no grego do Novo Testamento, por psiquê. Esses termos
indicam a vida física e racional do homem. Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia,
como sangue, coração, vida animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o
contexto da escritura em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação
ao homem, a alma é aquele princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus sentidos físicos
como agentes na exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior.
Nephesh dá o sentido literal de “respiração da vida” (Sl 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs 17.21; Dt 12.23; Lv 17.14;
Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl 139.13-16).
c) o espírito: No hebraico é ruach e no grego, pneuma. O espírito do homem não é simples sopro ou fôlego,
é vida imortal (Ec 12.7; Lc 20.37; I Co 15.53; Dom 12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida
espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão
escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa que a base real dos três elementos do homem:
consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de Deus”.
O CORPO
Quando falamos de corpo, biblicamente, estamos falando da parte tangível, visível, da estrutura do
homem, pela qual habita e transita no mundo físico – ou seja, é a parte física do ser humano.
Em gênesis 2:7 e em vários outros trechos da Bíblia, fica claro que a composição física do homem é
o pó da terra, ou barro como é visto em algumas interpretações. A idéia tradicional vigente de como Deus
fez o homem a partir desse elemento (barro), a bem da verdade, surgiu no catolicismo romano e no
islamismo. Por ela diz-se que Deus no fim do 6º dia da Criação pegou barro do rio Eufrates no Jardim do
Éden e com esse barro úmido modelou um boneco, soprando em seguida em suas narinas; e assim o
boneco - Adão, despertou. Porém, bom é que se entenda que, tudo isso, na verdade, pode estar mais
proximo de ser um tipo de “recurso pedagógico” para as eras primitivas da humanidade, uma explanação
figurativa e alegórica para explicar e descrever a criação da raça humana do que uma fiel e literal descrição
realista dos fatos. Os judeus simplesmente alegam que a Bíblia não diz como o homem foi formado a partir
do elemento inicial. E realmente a Bíblia não diz mesmo de que maneira Deus o fez...
Mas isso não quer dizer que a Bíblia esteja mentindo, aliás, muito pelo contrário. A Bíblia em
Eclesiastes 3,20, é bem clara ao dizer que não só o homem, mas todo ser vivo foi feito do pó da terra.
Curiosamente, a composição orgânica dos seres vivos segue a seguinte receita:
- 72% de água - 14% de Carbono
- 9% de Hidrogênio - 5% de Nitrogênio; e
- 3,5% distribuídos em pelo menos 15 elementos como cálcio, potássio, enxofre, sódio, iodo, cloro,
zinco, etc.
E essa é a mesma composição orgânica da terra! Ou seja, a ciência confirma que a terra que produz
alimentos é a mesma dos seres vivos e, é claro, do ser humano!
Quando olhamos para os estudos sobre a Origem da Vida, deparamos com algo ainda mais similar
com a Bíblia: O cientista Alexander Graham Cairns-Smith desenvolveu a hipótese de que os minerais
argilosos (literalmente o pó da terra de Gênesis 2,7) teriam constituído não somente o suporte, mas também
o próprio sistema genético da vida primitiva, posteriormente suplantado por compostos orgânicos (ácidos
nucléicos). Em sua defesa levantou a capacidade de replicação de superfícies cristalinas, preservando
defeitos e irregularidades, e também a complexidade química dos polímeros envolvidos nos processos
reprodutivos atuais. É a biologia apenas comprovando aquilo que, há tempos, a Bíblia já dizia sobre o corpo
físico.
O corpo funciona para a comunicação social ou religiosa (aliás o contato físico é feito através da alma
terrena, do qual falaremos mais adiante), e também necessita de cuidados para funcionar corretamente e
garantir a vida, por meio da alimentação, higiene, etc... Pela ótica médica científica o corpo possui milhões
de kW de energia contida em seus átomos. Ou seja, o homem é também uma maravilhosa usina de energia
desenvolvida por Deus. Enquanto vivo o ser humano deve "aproveitar bem essa energia".
O corpo físico pode também ser considerado um "veículo", um canal, um meio depositário, condutor e
transmissor, que pode servir tanto para santidade quanto para o pecado.
Como assim? Em gênesis 3:1, Satanás utilizou não de um corpo humano, mas de um animal - a
serpente, para se comunicar com Eva e tentá-la. Em contrapartida, Deus precisou do corpo humano de
Jesus (Filipenses 2:6-11) para se manifestar como Salvador. Jesus teve de nascer de um corpo físico
(virgem, é claro!) para assim se manifestar. A Bíblia, aliás, é bem enfática ao dizer que Jesus em tudo se
fez homem, mas também era 100% espírito. Mas para Deus, o corpo é a sua morada, ou santuário, ou
tabernáculo de carne deus. De acordo com 2ª Coríntios 5:10 e Apocalipse 14:13; o julgamento da igreja
será pelo corpo (obras). Em consequência isso significa que, pra quem investe na carne em prazeres
mundanos, a situação é pior ainda (Apocalipse 20:1-15).
A ALMA
Esse certamente é o ponto mais polêmico no tema "corpo, alma e espírito" - a tricotomia humana,
principalmente pela gigante confusão que se faz com a definição de alma.
Então, pela Bíblia, o que é a alma?
No Novo Testamento, que foi escrito no grego, é chamada de "psiqué", que traduz-se como uma
parte interna invisível. Já no Antigo Testamento, escrito em hebraico, vemos o termo nephesh, que possui
vários significados, dependendo do conceito que é aplicado.
Em suma, a alma é considerada a sede das emoções, trabalhando no campo da mente humana ao
trazer sensações emotivas, prazer, alegria tristeza e etc... Entretanto, como já foi dito, a palavra nephesh
tem vários significados, logo, a Bíblia apresenta três principais tipos ou definições para “alma”:
1º) a alma biológica: todo ser vivo possui uma alma biológica; e nós não fugimos à regra. Essa alma diz
respeito ás emoções em todo sentido científico. Segundo Levítico17:13 e 14 a alma do animal está no
sangue. A alma biológica também se encontra no homem e é relativa ao corpo.
2º) a alma eterna: dádiva de Deus para o homem, ao soprá-la nas narinas de Adão. De acordo com alguns
judeus estudiosos do Gênesis, o termo nephesh, encontrado em Gênesis 2:7 como neshamá, indica
especificamente uma alma diferenciada inserida em um ser pré-existente (o homem), quando Deus
soprou o corpo espiritual, ou espírito, no homem. Em Mateus 10:28 vemos a menção de que alma e
corpo podem ser jogados juntos no Lago de Fogo (Lucas 16:19; Marcos 9:48,49).
3º) a alma como cidadão: conforme vemos na Carta aos Romanos, no capítulo 13.
A categoria de alma mais destacada nas escrituras é, sem dúvida, a "alma eterna". É essa alma que
recebemos como dádiva de Deus em Gênesis 2:7. No entanto, a Bíblia declara que a alma que pecar
morrerá, e morte eterna não tem cura; portanto isso é uma espécie de alerta para nós mesmos. A alma é o
tribunal da consciência do homem, e ninguém escapa da acusação ou inocência manifestas por ela. Em
Romanos 2.11-16 encontramos uma leitura forte, uma advertência para a vida de todos que querem ver o
Pai.
Por fim, temos que nossa alma é também como uma “identidade” espiritual do nosso corpo físico.
Na morte há a separação um do outro. A alma que Deus insulflou no homem, portanto, é vital.
O ESPÍRITO
O corpo espiritual, ou espírito, é parte que possui ligação com as coisas espirituais ou com o mundo
espiritual, que leva o cristão à presença de Deus. Nenhum ser vivo terreno, além do homem, possui o
espírito. O termo ruach, que pode significar sopro ou vento, indica o corpo espiritual em Gênesis 2:7. Sendo
assim, o espírito foi insulflado nas narinas do primeiro ser humano (Adão), e pelo espírito o homem ganhou
a alma eterna, tornando-se em definitivo á imagem e semelhança de Deus, afinal é pelo espírito que temos
ligação com Deus. No Novo testamento, o termo para Espírito é "pneuma", que possui o mesmo sentido de
ruach.
O espírito representa a natureza maior do homem e rege de modo elevado o seu caráter. O espírito
procura conduzir o homem segundo os conceitos de Deus. A ação do Espírito de Deus, através do nosso
espírito, busca transformar-nos a cada dia na verdadeira imagem e semelhança do Pai, a fim de que cada
pessoa conheça e cumpra sua “missão”.
Através do espírito, pela fé em Jesus, é que nos aproximamos e temos ligação com Deus quando
oramos, louvamos ou até glorificamos ao SENHOR. Nosso espírito retransmite para nós, nas várias àreas
do nosso ser, as manifestações da presença do Senhor, quando e enquanto mantemos contato com o Pai
Eterno (Jo 4:24; Nm 27:16; Hb 12:9). Essa ligação só é quebrada quando nos entregamos aos frutos e
interesses carnais, produzindo pecado em nossa vida. Isso nos afasta da presença e da comunhão com
Deus (Gl 5:19, Rm 8; Is 59:2; 1 Jo 1:4-7).
RESUMINDO...
Esta matéria tem aspecto duplo e é um tanto extensa para ser esgotada aqui. Contudo, o que
podemos fazer é ampliar a declaração que encabeça este capítulo e analisarmos certas bases teológicas
com respeito ao seu estudo.
pudesse exercer domínio sobre os seres viventes da terra e pusesse em prática a faculdade
de eleição.
6. Esta corrupção afeta todo o ser do homem e é absolutamente universal - Rm 3:19. O homem, tal
como se conhece, não é o resultado do processo de evolução, ele foi criado perfeito por Deus, mas por sua
queda acha-se sumido na depravação e degeneração; está separado de Deus, ama a rebeldia e o pecado e
se encontra debaixo da condenação justa de um Deus santo.
7. Cristo nosso Redentor foi tentado da mesma maneira que nós, Mt 4:1-11 - Hb 4:15. O Senhor pagou
o preço total de nossa redenção - Mt 20:28. Converteu-se na propiciação pelos pecados de todo o gênero
humano - I Jo 2:2, e, embora sem pecado fez-se pecador por nós - II Co 5:21. Mediante sua morte e
sacrifício fez expiação completa por todos os nossos pecados - Rm 5:6-21, Ef 1:7.
8. O pecado e a ignorância do homem por uma parte e a graça redentora de Deus por outra, constituem
a essência da Bíblia. Assim como a iniqüidade do homem é insondável, assim também o é a graça de Deus
“(...) mas onde abundou o pecado, superabundou a graça”, Rm 5:20.
9. O plano divino da redenção abrange até o pecador mais empedernido e eleva o crente a um plano de
vitória, felicidade, santidade e eterna bem-aventurança. Essa redenção compreende espírito, alma e corpo,
e até a natureza terrena que ficou sujeita à maldição do pecado - Gn 3:7-19, Rm 8:19-23.
O Antigo Testamento é pouco elucidativo quanto à vida após a morte. Felizmente, porém, no Novo
Testamento vamos encontrar indicações mais claras a respeito do assunto...
Começando pela formação do homem no Éden temos ali, pela primeira vez, a
palavra alma registrada: “Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas
carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.” I Co 15:45-50
assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. E agora digo isto, irmãos: que a
homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E,
Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo
“Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.
narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente. (...) Então da costela que o Senhor
Deus tomou do homem, formou a mulher, e a trouxe ao homem” (Gn 2.7,22).
Deus criou os animais sem soprar em suas narinas e os chamou de “répteis de
alma vivente (criaturas que vivem e se movem)” - Gn 1.20,21. Por outro lado, os seres
humanos possuem algo da substância inerente ao próprio Deus. Diferentemente de
outros seres vivos, o homem recebeu o fôlego soprado por Deus. A esse fôlego damos
o nome de alma.
A ALMA
A TEORIA DA ANIQUILAÇÃO
Segundo George A. Mather, “o aniquilacionismo defende que, após a morte, a alma do ímpio não será punida
eternamente num inferno literal, mas, ao invés disso, simplesmente deixará de existir. O aniquilacionismo constitui um
meio termo entre o universalismo indiscriminado e a doutrina cristã tradicional da condenação eterna. É defendido pelas
testemunhas de Jeová, pelos adventistas do sétimo dia, pela Igreja Mundial de Deus, e muitos outros grupos religiosos
em atividade atualmente”(Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo).
A alma foi dada ao homem no momento de sua formação. Em Gênesis 2.7 se lê que o homem
tornou-se “alma vivente”. Sobretudo, porém, a condição expressa no verso 17 - “certamente morrerás” -
sugere uma imortalidade humana. Entende-se, também, que se Adão e Eva não comessem do fruto
proibido, manifestando desobediência, não perderiam a comunhão com o Criador e nunca chegariam a
experimentar a morte física.
O primeiro casal não “morreu” subitamente após cometer o pecado. Não desceu ao pó, mas ficou
definitivamente sujeito à morte física, limitando o seu tempo de vida. Já quanto a morte espiritual, esta foi
imediata! (Gn 3.7-13)
O pecado afetou de forma tragicamente negativa a raça humana, provocando a sua degeneração
física e moral. Afetou também a integralidade do homem que, ao passar pela morte, sofrerá a separação de
seu ser – o corpo voltará à terra e o espírito que “volta” à Deus (Ec 12.7).
Analisando Eclesiastes 12.7, aprendemos que na morte há uma separação e o espírito (pneuma)
não desce à sepultura. Ele é parte inerente ao homem, mas não o é do corpo sem vida. Os contradizentes
argumentam que se todos os espíritos voltam a Deus, então, todos se salvam - como defende o
universalismo. Tal argumento, porém, não prevalece quando sê lê e analisa o verso anterior (Ec 2.6). Todo
o contexto bíblico nos deixa claro que “é na condição de homem arrependido - e voltado para Deus, que a
alma, imortal, volta ou retorna para junto de Deus, que a deu!”.
A mensagem de Eclesiastes 12 nos alerta, sim!, para a fragilidade do homem que vive sua vida sem
temer a Deus, sem sequer lembrar- se do seu Criador, sem preocupação alguma com a vida espiritual
futura. O futuro anunciado de que seu corpo se transformará em pó confronta a situação de vaidade e
orgulho e desdém, típicos dos que não se submetem à vontade do Criador. Eclesiastes 12.7 ressalta que a
alma é imortal e não morre com o corpo, nem com o corpo dorme na sepultura, mas segue imediatamente
para Deus.
Trazendo luz ao ensino dos textos em Gênesis 3.19 e Eclesiastes 12.7, Jesus evidencia que quando
descemos ao pó a nossa parte imaterial e invisível sobrevive, não morre (Mt 10.28)! Seus discípulos diretos,
e outros que criam em sua Palavra, aprenderam a lição. Sabiam que a morte não era o fim de tudo.
Herodes poderia degolar João Batista, mas jamais poderia extinguir a sua alma. Pedro poderia ser
crucificado de cabeça para baixo, outros brutalmente assassinados, mas suas almas permaneceriam
intocáveis. Jesus não deixa dúvida quanto à imortalidade e sobrevivência da alma. Por isso, na história,
disse que “Lázaro, o mendigo, morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”. O rico, que vivia na
opulência, poderia até ter tirado a vida do mendigo, mas a alma deste não seria atingida.
Conhecedor desta verdade, o apóstolo Paulo, afirma: “para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho
(A) mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda
muito melhor” (Fp 1.21-23). Declarando tais palavras, seria Paulo um desinformado e ignorava a verdade de
que iria apodrecer no sepulcro e nada dele sobraria até a ressurreição? (I Co 15:19). Neste caso não
haveria qualquer lucro imediato. Melhor seria continuar vivo e pregando o Evangelho. Mas ele tinha a
promessa do Autor da Vida: a sua alma não morrerá. “Partir e estar com Cristo” transmite uma idéia de
trânsito sem interrupção. Esta interpretação se torna mais consistente quando consideramos Lucas
23.43,46 e Atos 7.59.
Os mortalistas alegam que se os que morrem em Cristo seguem diretamente para o céu, por que
motivo Deus os tiraria de lá para se unirem a seus corpos na ressurreição? Considerando que defendem a
total extinção dos ímpios, respondemos com outra pergunta: “Por que Deus tiraria os ímpios de suas
sepulturas (Ap 20.5) para em seguida aniquilá-los? Eles já não estão mortos? Ora, na ressurreição do corpo
– uns para a vida de eterna comunhão com Deus, outros para a eterna separação de Deus – ocorre uma
recomposição alma-corpo, e o homem retorna à condição original de alma vivente (Gn 2.7), porém agora,
quanto aos salvos, num estado de glorificação.
Adeptos e teólogos dessa teoria acreditam que o objetivo da segunda ressurreição, a dos ímpios (Ap
20.5) é “simples regresso à vida, à vida física, prelúdio de destruição total e definitiva”. Argumentos como
estes pretendem aniquilar a alma do homem, na morte e o “desaparecimento” eterno dos ímpios após a
ímpios após a ressurreição destes. Mas o texto apresentado não aprova tal raciocínio. Os ímpios
ressuscitarão “para vergonha e desprezo eterno”, ou seja, estarão eternamente envergonhados e
desprezados, afastados de Deus e em sofrimento perpétuo. Jesus fala que os maus sofrerão a ressurreição
“da condenação” (Jo 5.28,29). O inferno é lugar de “tribulação e angústia” (Rm 2.9) e de “pranto e ranger de
dentes” (Mt 22.13; 25.30). Tais castigos só podem ocorrer em alguma forma de corpo vivo, ainda que sejam
corpos energéticos como o espiritual.
A ressurreição dos ímpios dar-se-á para serem julgados e castigados segundo as más obras de cada
um. É um exagero afirmar que a ressurreição dos ímpios é um “prelúdio” do extermínio.
GRAUS DE CASTIGO
A doutrina da “pena de extinção” para os ímpios não consegue responder satisfatoriamente como
serão aplicados os diferentes graus de castigo. Ora, se os ímpios sofrerem a pena capital, não haverá
diferentes graus de punição.
“Assim como haverá diferentes graus de glória no novo céu e na nova terra, também haverá
diferentes graus de sofrimento no inferno. Aqueles que estão eternamente perdidos sofrerão diferentes
graus de castigo, conforme os privilégios e responsabilidades que aqui tiveram” (Notas da Bíblia de Estudo
Pentecostal). Confira, portanto, nos seguintes textos pertinentes a seguir, o verdadeiro ensino bíblico a
respeito desta questão: Lc 12.46-48, Mt 23.14, Mc 12.40, Hb 10.29, I Co 15.41,42.
Os crentes fiéis receberão galardões: Mt 5.11,12; 25.14-23; Lc 19.12-19; 22.28-30; 1 Co 3.12-14;
9.25-27;2 Co 5.10; Ef 6.8; Hb 6.10; Ap 2.7,11,17,26-28; 3.4,5;12,21. Os crentes menos fiéis receberão
poucos galardões, ou nenhum (Ec 12.14; Mt 5.19; 2 Co 5.10).
Ainda sobre o “extermínio dos ímpios, convém esclarecer que o verbo “perecer” ou “destruir” em
Mateus 10.28 não significa exterminar. Tal palavra, na raiz original, é derivada da palavra grega apollumi -
usada 92 vezes no Novo Testamento. É traduzida por termos como perecer, destruir, perder e
extraviar. Embora seja verdade que ocasionalmente apollumi é usado para significar a morte (Mt 2:13; 8:25;
26:52), na maioria das vezes simplesmente significa a ideia de sofrer uma perda de uma condição “bem-
estar” e a perda de ser abençoado. Em Lucas 15, Jesus falou da ovelha “perdida” (apollumi), mas não
aniquilada (v.6). Nesse mesmo capítulo, ele contou ao filho pródigo que estava “perdido” (apollumi), não
extinguido (v. 24-32). Os odres dos quais Cristo falou em Mateus 9:17 não passaram para a “inexistência”,
mas foram “arruinados” (apollumi). Jesus não veio procurar e salvar aqueles que não existiam; antes, Ele
veio para salvar aqueles que estavam vivos fisicamente, mas arruinados espiritualmente pelo pecado [isto
é, perdido (apollumi) – Lc 19:10]. Paulo afirmou que o Evangelho é “velado para aqueles que estão
perecendo” (apollumi) no pecado, mas que de fato estão vivos, não foram aniquilados! (Fp 1:28). O fato é
que mesmo quando apollumi é usado para significar “morte” (Mt 2:13; 8:25; 26:52), a aniquilação total da
pessoa não está em consideração, pois sua alma ainda vive. Portanto, conclui-se, pela hermenêutica
bíblica, que não há uma única instância no Novo Testamento onde apollumi significa “aniquilação” no
sentido mais estrito da palavra. As Escrituras claramente ensinam que aqueles que, no julgamento, serão
“destruídos” por causa de sua iniquidade, serão como a “besta” que “vai à perdição” (apoleia – Ap 17:8-11)
no “lago de fogo e enxofre”, onde eles serão, não aniquilados, mas “atormentados dia e noite para todo o
sempre” (Ap 17: 8,11; 20:10). “Destruição” não equivale a “aniquilação”.
Os estudiosos gregos respeitados também não concordam com a posição dos aniquilacionistas de
que o termo grego subjacente à palavra “destruir” em Mateus 10:28 significa “aniquilação”.
W.E. Vine, no seu Expository Dictionary of New Testament Words, explicou: “A ideia não é extinção,
mas ruína, perda, não de ser, mas de bem-estar” (VINE, W.E. [1940], An Expository Dictionary of New Testament
Words. Old Tappan, NJ: Revell, 1:302). Especificamente, em relação a Mateus 10:28, ele declarou: “da perda
de bem-estar no caso dos não salvos na outra vida” (1:302). AT Robertson acrescentou: “Destruir aqui não
é aniquilação, mas castigo eterno em Geena” (ROBERTSON, A.T. [1930]. Word Pictures in the New Testament.
Nashville, TN: Broadman, 1:83).
Em resumo, a tese do extermínio dos ímpios é incompatível com a doutrina dos diferentes graus de
castigo e contrária ao ensino da Bíblia.
Os mortalistas alegam que como o homem foi feito “alma vivente” (Gn 2.7), ao morrer, morre a alma
vivente e tudo se extingue. Alguns alegam que o homem, por não haver comido da árvore da vida (Gn 4.22-
24), não se tornou imortal. Na tentativa de demonstrar que o homem sendo uma alma que vive, morrendo o
homem, morre a alma, esses contradizentes se apegam ao termo “alma vivente”. Porém, como já vimos,
que a palavra hebraica nephes, mencionada mais de 780 vezes no AT, é traduzido tanto por alma, como
por ego, vida, pessoa ou coração. Essa mesma palavra é usada, ainda, para descrever animais da terra, em
distinção aos pássaros e peixes. Nesta concepção, são seres ou criaturas viventes (Gn 1.24,28,30). Quanto
ao homem, a palavra passa a significar pessoa que vive.
Uma importante diferença existe na criação de homens e animais. O homem foi criado de um modo
todo especial. Além de haver sido feito à imagem e semelhança do Criador, Deus soprou em suas narinas.
Não houve sopro nas narinas dos animais. Temos, portanto, em nosso ser uma substância divina que veio
diretamente do Ser Divino. A isso chamamos alma, que, segundo as palavras do próprio Criador, Jesus, é
imortal e transcendente (Mt 10.28).
Gênesis 2.17 não fala em mortalidade da alma. Somente a partir de Eclesiastes 12.7 o assunto
começa a ser revelado, até chegar na palavra de Jesus, onde diz que a alma não pode morrer.
Adão experimentou dois tipos de morte: após sua queda, primeiro e imediatamente, adveio a morte
espiritual, ou seja, a eterna separação de Deus (Gn 3.6-12). Em segundo lugar, a morte física - isto é, Adão
ficou sujeito a morrer fisicamente. Daí a sentença em Gênesis 3.19: “Pois és pó, e ao pó tornarás”. Por
isso, a sentença “certamente morrerás” em Gênesis 2.17 contempla a morte física e a morte espiritual.
Esses dois tipos de morte passaram a todos os homens (Rm 5.12, cf. Mt 13.49; 25.41).
A morte é o oposto da vida, jamais a “não-existência”. Assim como a vida espiritual é “a existência
consciente em comunhão com Deus”, assim, a morte espiritual é “a existência consciente na separação de
Deus”. Morte não tem o sentido de inconsciência e inexistência. A palavra morte é a tradução da palavra
grega thanatos e tem o sentido de separação. E é esse sentido que encontramos na Bíblia!
A separação alma-corpo por ocasião da morte está expressa, por exemplo, nas palavras de
Jesus: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”. Havendo morrido como
homem, e não como Deus, a alma de Jesus também separou-se do seu corpo na morte. O primeiro mártir
cristão, Estevão, também entregou seu espírito: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). Salomão
tinha razão quando disse que o corpo desce ao pó, mas o espírito segue seu destino (Ec 12.7), confirmando
haver uma separação na hora da morte.
Na ótica dos mortalistas não existe separação entre corpo e espírito por ocasião do falecimento.
Admitem até que o retorno à vida, como no caso de Lázaro (Jo 11.43) e da ressurreição coletiva (1 Ts 4.16-
17), é resultado de novo sopro de Deus. Convenhamos, Jesus e Estevão não entregaram um simples
sopro, nem Jesus disse ao ladrão que o seu “sopro” estaria subindo para o céu juntamente com o seu
próprio “sopro”. Nem sempre se pode traduzir psyche como “sopro”.
Após a morte a alma continua existindo, sim! Na sua visão apocalíptica, o apóstolo João validou essa
realidade (Ap 6.9-10). De nenhum modo se pode deduzir que os “sopros” dos mortos estavam vivos e
conscientes. As “almas dos que foram mortos” estavam no céu, e oravam para que os ímpios que rejeitaram
a Deus e mataram os seus seguidores recebessem a justiça divina.
Os controversos da teologia mortalista dizem que na morte o fôlego se evapora, perde-se no ar. O
Senhor Jesus, porém, para colocar as coisas nos devidos lugares, explica que os justos são levados para o
céu, e os desobedientes para um lugar de tormentos (Lc 16.19-31).
A imortalidade da alma não é doutrina estranha às sagradas Escrituras. A verdade definitiva foi
declarada por Jesus: “podem matar o corpo, mas a alma não morrerá”, conforme está escrito em Mt 10.28 e
Lc 12.4-5.
O ESTADO INTERMEDIÁRIO
A expressão “estado intermediário” refere-se a condição e o estado dos mortos no período entre o
falecimento e a ressurreição.
A morte é a separação da alma do corpo pela qual o homem é introduzido no mundo invisível.
Biblicamente, essa experiência é descrita em termos, como: “dormir” (Jo 11.11; Dt 31.16), “o desfazer da
casa terrestre deste tabernáculo” (2Co 5:1), “deixar este tabernáculo” (2 Pe 1:4), “Deus pedindo a alma” (Lc
12:20), “seguir o caminho por onde não tornará” (Jo 16.22), “ser congregado ao seu povo” (Gn 49:33),
“descer ao silêncio” (Sl 115:17), “expirar” (At 5:10), “tornar-se em pó” (Gn 3.19), “fugir como a sombra”
(Jo 14.2), “e partir” (Fp 1.23).
A morte é a maior, a mais definitiva e visível manifestação das conseqüências do pecado e seu
trágico poder devastador sobre a raça humana. Será, também, o seu último efeito (o último grande inimigo)
do qual seremos salvos (Rm 5:12; I Co 15:26). Em João 3.16, a Bíblia afirma que, em Jesus, a morte fica
anulada como sentença condenatória e a vida é oferecida a todos.
Dois termos, “imortalidade” e “incorrupção” são comumente usados em referência à ressurreição do
corpo (I Co 15:53,54.) A imortalidade significa não estar sujeito à morte e, nas Escrituras, emprega-se em
referência ao corpo (principalmente), sem nenhum afronta ou contradição à verdade bíblica permanente -
embora às vezes implícita, da imortalidade da alma. Por serem humanos e mortais, mesmo os cristãos
estão sujeitos à morte física. Depois da ressurreição e do arrebatamento da igreja de Cristo, desfrutarão da
imortalidade. Isto é, receberão corpos glorificados que não mais estarão sujeitos à morte!
Os ímpios também serão ressuscitados. Mas isso quer dizer que também desfrutarão da imortalidade
do corpo? Não! Conscientemente existirão numa condição de sujeição à morte. Seu estado permanente
será de “morte” e separação de Deus (Ap 20:11-15). Embora tenham existência, não gozarão de comunhão
com Deus e nem da glorificação do corpo – essa que constitui a imortalidade. A sua ressurreição não é a
“ressurreição da vida”, mas a “ressurreição para a condenação” (Jo 5:29).
Qual a distinção entre imortalidade e vida eterna? A imortalidade é futura (Rm 2:7; I Co 15:53-54) e
refere-se à glorificação dos nossos corpos mortais na ocasião da ressurreição. A vida eterna refere-se
principalmente ao espírito do homem: é uma possessão que não é afetada pela morte do corpo. A vida
eterna alcançará sua perfeição na vinda de Cristo, e será vivida em um corpo glorificado que a morte não
mais poderá destruir.
Todos os cristãos, quer vivos quer falecidos, já possuem a vida eterna, mas somente na ressurreição
terão alcançado a imortalidade
A Bíblia afirma que os justos não receberão sua recompensa final nem os ímpios seu castigo final,
enquanto não se realizarem as suas respectivas ressurreições. Ambas as classes estão num estado
intermediário, aguardando tal advento. Os cristãos falecidos vão estar “com o SENHOR”, mas não recebem
ainda o galardão final. O estado intermediário dos justos descreve-se como um estado de descanso (Ap
14:13), de espera e repouso (Ap 6:10-11), de serviço (Ap 7:15), e de santidade (Ap 7:14). Os ímpios
também passam para um estado intermediário, onde aguardam o castigo final, que se realizará depois do
juízo do Grande Trono Branco, quando a Morte e o Hades serão lançados no lago de fogo. (Apo. 20:14.)
OPINIÕES ERRÔNEAS
a) Purgatório
A Igreja Católica Romana ensina que, após a morte, mesmo os mais fiéis precisam de um processo
de purificação antes de se tornarem “aptos” para entrar na presença de Deus.
Também adotam essa opinião certos protestantes que, crendo na doutrina de “uma vez salvo, salvo
para sempre” - embora reconhecendo a palavra divina que diz “sem a santidade ninguém verá o Senhor”,
concluem que haja um “purgatório” onde os crentes carnais e imperfeitos se purifiquem da sua escória.
Esse processo, segundo dizem, realizar-se-á durante o Milênio enquanto os vencedores estão reinando
com Cristo. Todavia, não existem nas Escrituras evidências para tal doutrina, e existem muitas evidências
contrárias a ela.
Assim escreveu John S. Banks, erudito metodista: “As Escrituras falam da felicidade intermediária
dos mortos em Cristo. (Luc. 16:22; 23:3; 2Cor. 6:6,8.) Certamente os cristãos em geral, depois de longo
tempo de crescimento na graça, estão tão aptos para o céu quanto o malfeitor penitente crucificado ao lado
de Cristo, ou quanto Lázaro mencionado na parábola. Também as Escrituras atribuem ao sangue de Cristo
ilimitada eficácia.” Se, de fato, as Escrituras ensinassem tal estado intermediário purificador, teríamos que
considerar imperfeita a expiação de Cristo e sua graça para o homem no estado presente! mas, uma vez
que as Escrituras não ensinam tal doutrina, podemos apenas considerar esse estado como obra “criativa”,
um grande e verdadeiro super-erro antibíblico. Essa doutrina tenta prover o que já está amplamente
provido.
O Novo Testamento reconhece apenas duas classes de pessoas; as salvas e as não-salvas. O
destino de cada classe determina-se agora, na vida presente, que é o único período probatório. Com a
morte termina esse período probatório, seguindo-se o julgamento segundo as obras praticadas no corpo
(Hb 9:27; 2 Co 5:10).
b) Contatos Sobrenaturais
O espiritismo, em suas diversas linhas, ensina que é possível alguém comunicar-se com os espíritos
de pessoas falecidas, sendo essas comunicações realizadas por meio de um “médium”. Entretanto,
notemos que:
- A Bíblia proíbe, expressamente, consultar tais “médiuns”. A própria existência de proibição, por si só, já
indica a presença do mal e o perigo de tal prática (Lv 19:31, 20:6,7; Is 8:19). Mesmo diante do farto ensino
teológico em todo o contexto bíblico, é comum os espíritas citarem o exemplo de Saul indo à pitonisa.
Parecem ignorar que esse desafortunado rei pereceu por ter, inclusive, consultado à feiticeira (I Cr 10:13).
- Os mortos estão sob o controle de Deus, o Senhor da vida e da morte e, por conseguinte, não podem
estar sujeitos aos médiuns (Ap 1:18; Rm 14:9). A passagem que relata o caso do rico e Lázaro prova que
aos mortos não é permitido comunicar-se com os vivos (Lc 16).
- Visto que os mortos não se podem comunicar com os vivos, somos obrigados a concluir que
as mensagens recebidas e comunicações praticadas no espiritismo são, na verdade, de origem maligna;
são manifestações enganosas de espíritos mentirosos e sedutores (1 Rs 22:22; 1 Tm 4:1) Muitos dos que
abraçam o espiritismo, consultam médiuns ou se fazem adeptos de práticas ocultistas são os que não
receberam a verdade do evangelho de Cristo (ou fecharam-se para ela, rejeitando-a) ou, ainda, perderam a
noção da genuína fé cristã, mesmo que algum dia a tenham conhecido. Entretanto, os que crêem nas
Escrituras e dela são conhecedores alcançam suficiente luz para iluminar, também, sua vida quanto às
regiões do além túmulo.
c) Sono da alma
Certos grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, crêem que a alma permanecerá num estado
inconsciente até à ressurreição. Essa crença, conhecida como “sono da alma”, é também adotada por
indivíduos em outros grupos religiosos. É verdade que a Bíblia descreve a morte como um sono, mas isso
em razão de que o crente, ao falecer, perde a consciência e a submissão para com o mundo natural, tão
cheio de fadiga e sofrimento e acorda num reino de paz e felicidade.
O Antigo Testamento ensina que, embora o corpo entre na sepultura, para o não-salvos o espírito
que se separou do corpo entra no Seol (traduzido “inferno” na versão de Almeida), onde vive em
estado consciente (Is 14:9-11; Sl 16:10; Lc 16:23; 23:43; 2 Co 5:8; Fp 1:23; Ap 6:9).
A palavra salvação, de tão profundo significado, é o tema de toda a Bíblia e de todo sermão
evangélico. Os grandes hinos da Igreja, quase sem exceção alguma, exaltam em suas estrofes a grande
salvação consumada pelo Senhor Jesus Cristo.
5. A salvação será para a eternidade - Ef 2:8, Hb 5:9. Certo escritor sacro manifestou que a salvação
está expressa em três tempos verbais: passado, presente e futuro. Temos sido salvos da culpabilidade e da
pena do pecado - II Co 2:15, Ef 2:5-8, II Tm 1:9, Ef 1:7. Somos salvos agora do hábito do pecado, de seu
poder e domínio - Rm 6:14, Fp 2:12,13, II Co 8:18. Seremos salvos não somente da pena, contaminação e
poder do pecado, mas também de sua presença e conseqüências - ‘Porque a nossa salvação está agora
mais perto do que quando ao princípio cremos”, Rm 13:11; “Para vós outros, que sois guardados pelo poder
de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo” – Pe 1:5. Por ocasião de
Seu regresso, o Senhor Jesus transformará nossos corpos mortais, os quais serão então como o seu
próprio - Fp 3:20,21. Não ficará nenhum vestígio do pecado em nosso corpo e ”a terra se encherá do
conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” - Is 11:9. Esta salvação será completa.
6. O descuido da salvação provocará males terríveis – Hb 2:1-4. O maior pecado é a incredulidade, a
qual envolve o desprezar a Cristo. Este é o pecado que levará o homem ao inferno - Jo 3:18-21,36. A
incredulidade torna Deus mentiroso - I Jo 5:10. Constitui um pecado terrível descuidar de uma tão grande
salvação e este descuido ou negligência trás sobre o impenitente castigo mais terrível que a própria morte -
Hb 2:23, 10:28,29.
7. A fé em Cristo como nosso Salvador crucificado e ressuscitado constitui o meio de salvação,
enquanto que a incredulidade provocará nossa perdição. Estas verdades estão claramente apresentadas
em João 3:14-36. “Para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”, v. 15. No versículo 16 a mesma
verdade se repete, pois a bíblia nos diz “...não pereça, mas tenha a vida eterna”, e no versículo 36 lemos o
seguinte: “Quem crê no Filho tem a vida eterna”. Compare com João 5:24. “Justificados, pois, mediante a
fé” - Rm 5:1; “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” - Ef 2:8. Mas a fé que salva pressupõe
arrependimento genuíno e é seguida da obediência: “Arrependei-vos e crede no evangelho” - Mc 1:15,
“Para a obediência por fé” - Rm 1:5; 16:26. “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado” - At 2:38. O
arrependimento fica evidenciado pela confissão, seguida da mudança enquanto se obtém o perdão e a
limpeza, I Jo 1:7-9.
8. O Pai, o Filho e o Espírito Santo cooperam com o pecador na salvação deste. Nas declarações
anteriores, temos estudado a salvação do ponto de vista humano. Devemos confessar e esquecer o pecado
- Pv 38:13. Devemos buscar ao Senhor e voltar-nos para Ele; Ele terá misericórdia e nos perdoará com
magnanimidade - Is 55:6,7. Mas a salvação tem duas fases: a humana e a divina. O Pai traz o pecador até
junto de Si - Jo 6:44; o Espírito Santo convence ao homem do seu pecado - Jo 16:8, e o pecador é
regenerado pelo poder do Espírito Santo - é “nascido do Espírito”, ”nascido de novo”, Jo 1:11-13, 3:3-7. Na
regeneração seremos participantes da natureza divina, a qual nos capacitará para “fugir da corrupção das
paixões que há no mundo”, II Pe 1:4. Esta natureza divina em nós expulsará o desejo de pecar e nos fará
amar a santidade e a procurá-la: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado”;
porque “a divina semente” – a vida divina implantada no homem - “esse não pode viver pecando, porque é
nascido de Deus” (I Jo 3:9), versículo que tem sido interpretado segundo outras passagens da mesma
epístola.
AS EVIDÊNCIAS DA SALVAÇÃO
sentido de que é filho de Deus. Pode então o crente dizer com toda a sinceridade: PAI NOSSO. “Mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”, Rm 8:15.
João o apóstolo do amor, cita outra evidência interior: “Todo aquele que ama é nascido de Deus, e
conhece a Deus” - I Jo 4:7. “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os
irmãos; aquele que não ama permanece na morte” - I Jo 3:14.
Deus nos dá além disso outra prova interior: o revestimento do Espírito Santo. “Nisto conhecemos
que permanecemos nele, e Ele em nós, em que nos deu do seu Espírito” – I Jo 4:13.
A evidência exterior que se resume numa conduta de obediência a Deus em seus preceitos, é
aparente tanto para o recém-convertido como para os que o conhecem. O Senhor Jesus reproduz no crente
sua própria vida, revestindo-o do poder para trabalhar por sua causa, capacitando-o para viver uma vida de
santidade e preparando-se para o futuro céu. As passagens bíblicas a este respeito são tão numerosas que
qualquer um pode encontrar várias delas, de maneira que não citaremos aqui.
Ao ingressarmos no reino espiritual, pela fé em Cristo Jesus, um novo horizonte se descortina para
nós. Mudanças ocorrem em nosso dia-a-dia, somos transformados em novas criaturas (II Co 5.17) e uma
outra realidade revela-se a nós.
Contudo, apesar dos tesouros da verdade bíblica, os crentes dos dias atuais têm contentado-se com
pouco. Porquê? Muito provavelmente, por não viverem uma vida realmente em correta posição diante de
Deus. É uma questão de consciência de sua colocação espiritual, de postura e um posicionamento pessoal
inadequado (Efésios, cap. 1 e 2; I Ts 4:1).
Vejamos algumas ponderações sobre os que, historicamente, assumiram um posicionamento de
íntimo de Deus:
I) mortos para o pecado (Rm 6.2) – não nos é possível levar uma vida frutífera em Deus andando,
concebendo, consentindo ou vivendo em pecado(s).
II) vivos para Deus (Rm 6.11-13) – Andaram como mortos entre os vivos (Cl 3.3), sabedores de que o
mundo jaz no maligno e que sobre a nossa vida está a benção do Senhor.
III) Estar debaixo da Graça e viver por ela (Rm 6.14;I Jo 3.19-20) – é a substituição solene da
condenação (a que estávamos submetidos por causa da lei) pela salvação providenciada pelo próprio Deus,
afim de vivermos em novidade de Vida e para darmos frutos (Jo 15.4-5).
IV) Viver como filhos de Deus – Deus se interpõe, como Pai, em favor de Seus filhos (Rm 8.31-39). Isso
caracteriza toda sorte de livramentos e bençãos concedidas por Deus sobre aqueles que estão debaixo da
Sua guarda e proteção.
Desde o passado, Deus tem, à sua maneira, procurado manter o contato e a comunhão com o
homem – obra da sua criação. A história e a Bíblia nos mostram que com o passar do tempo o homem foi
se distanciando cada vez mais de Deus e não Deus distanciando-se do homem.
Deus falava com Adão no paraíso, na viração do dia. Adão quebrou essa comunhão ao abrir
legalidade para o pecado em sua vida. Porém, de alguma maneira, Deus sempre buscava falar ao seu
povo. Utilizou reis, falou através de seus profetas, dirigindo e guiando seu povo. Hoje Ele tem nos falado
através do seu Filho.
Temos muitos exemplos bíblicos de como Deus se manifestava ao seus servos, os quais não eram
tanto assim muito melhores que nós, mas que mantinham comunhão com o SENHOR e Ele falava-lhes em
meio às circunstâncias que viviam.
EM BUSCA DA INTIMIDADE
Visando o objetivo da intimidade com Deus, duas palavras são de grande importância em nossa
caminhada:
I) Educação (II Tm 2.15) – O cristão deve se educar para colocar sua vida espiritual em um patamar de
constante busca do conhecimento das coisas do alto (Cl 3.1). A busca real do conhecimento de Deus trará,
inconfundivelmente, os seguintes frutos:
• Maturidade cristã - Trata-se de um processo lento e necessário... “até que Cristo seja formado em nós”
- Gl 4.19.
• Santificação – é o aperfeiçoamento moral constante. É a Palavra de Deus trabalhando cirúrgica e
curativamente em nós - Jo 17.17.
• Desenvolvimento intelectual – é o experimentar o quanto a Palavra de Deus nos torna verdadeiramente
sábios – Sl 119.98; 2 Tm 3.15.
II) Disciplina (I Co 9.25) - Devemos adotar uma disciplina sincera e voluntária como aquela desenvolvida
por atletas e desportistas. Para tornarem-se campeões passam horas treinando arduamente. Mesmo contra
Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é também descrita como invocar a Deus,
invocar o nome do Senhor (Sl 17.6; Gn 4.26), clamar ao Senhor, levantar nossa alma ao Senhor, buscar ao
Senhor, aproximar-se do trono da graça e chegar perto de Deus.
A Bíblia apresenta motivos claros para orarmos. Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O
mandamento para orarmos vem através dos salmistas, dos profetas, dos apóstolos e do próprio Senhor
Jesus (I Cr 16.11; Is 55.6; Cl 4.2; Lc 18.1).
Deus aspira a comunhão conosco. Mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele. A
oração é o elo que precisamos usar para receber as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das
suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos
seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu
Pai celestial (Lc 11.5-13).
Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram
fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra
dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito
Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente pedia
oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele
(Fp 1.19).
O pastor sul-coreano, doutor Paul Yonggi Cho, personalidade cristã destacada nos anos 70 e 80,
ainda hoje é um referencial quando se trata de ensino e experiências em batalha espiritual, crescimento da
fé, milagres e maravilhas sob a unção do Espírito Santo. Sua igreja na Coréia foi a primeira a ser
reconhecida como o maior templo evangélico do mundo, apenas recentemente superado pelas modernas
igrejas ocidentais. Em seus ensinamentos o pastor Cho compartilhou muitos segredos biblicamente
inspirados sobre uma vida vitoriosa e frutífera baseada em oração. Para o seu conhecimento e
enriquecimento espiritual, observe os trechos abaixo extraídos do livro citado nesta apostila.
“Quando recebemos a Jesus como Salvador e Senhor, nascemos espiritualmente e o Espírito Santo começa
a habitar em nós. Uma das primeiras coisas que Ele nos ensina é como orar. À medida que nós, cristãos,
aprendemos mais a respeito da oração e chegamos a orar cada vez mais, nossa fé em Deus torna-se mais forte
e nosso amor a Ele aumenta e permeia mais profundamente a nossa vida. Embora todos os cristãos creiam em
Jesus, a maioria deles não saber orar de modo eficaz. É por isso que não crescem corretamente na fé; pelo
contrário, sua experiência e vida cristãs permanecem na etapa infantil ou até mediana. Por isso, conclamo a
todos os cristãos a aprenderem a orar. A maioria dos cristãos tem o desejo forte de orar eficazmente, mas não
sabe nem começar. Muitos, ainda desejam orar durante horas mas, sem terem certeza de como fazer isso,
ficam desanimados.
Quando mais tempo a pessoas ora, tanto mais profundamente poderá experimentar a dimensão espiritual
e nela viver. Multidões de cristãos não conseguem orar mais do que dez ou quinze minutos. Esses nem
imaginam o que é orar durante meia-hora, uma hora ou três. Mas quando a pessoa pratica a oração e se
disciplina bem, consegue orar durante horas a fio.
Eu pessoalmente desejo que todos os cristãos se capacitem para fazer orações mais profundas e
prolongadas. Quando eu era um cristão menino, ainda imaturo, eu também não conseguia orar por muito
tempo. Entretanto, à medida que crescia na fé cristã, passei a usufruir períodos mais profundos e prolongados
e vim a entender e reconhecer a suprema importância da oração. Através da disciplina, capacitei-me a orar por
períodos mais longos e minha vida de oração aprofundou-se. (...) Sem orar esse tanto, eu não poderia receber
poder espiritual suficiente para ministrar às pessoas.
Mediante a oração, o SENHOR me reveste de poder e posso continuar meu ministério. Espero,
sinceramente, que todos os crentes em Cristo orem com mais eficácia e passem mais tempo em oração.
Mas, como cristão consegue orar conforme deve? Para orarmos de modo profundo e eficaz durante
períodos mais longos, segundo o nosso desejo, devemos tentar descobrir as melhores maneiras de orar.
Devemos estudar bem outros métodos e planejar as nossas orações com toda a sinceridade. Mas se não
orarmos com fervor e eficácia, nunca conseguiremos orar da maneira que almejamos. (...)
Por mais que queiramos orar com eficácia, não poderemos orar com profundidade nem manter longos
períodos de oração se não soubermos como orar. Se, porém, tomarmos conhecimento das muitas maneiras de
orar, e se aplicarmos bem, poderemos cultivar um período eficaz de oração (...) E devemos saber compartilhar e
ensinar aos outros os conhecimentos que recebemos no tocante a como orar bem. (...) Assim conseguiremos
romper as fortalezas do diabo e viver de modo vitorioso.
A ORAÇÃO EFICAZ
• nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou
abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). O autor de
Hebreus admoesta-nos: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e
Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando.
• a oração deve ser feita em nome de Jesus. Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a
pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor.
• A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus (1 Jo 5.14). Em muitos casos,
sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia (vide a oração do próprio Jesus no
Getsêmani - Mt 26.42). Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas
promessas de Deus constantes da sua Palavra.
• Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade
de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos
em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (Mt 6.33). Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e
agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações (1 Jo 3.22). Tiago ao
escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo,
quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus - tal qual o profeta Elias. O
AT acentua este mesmo ensino.
• Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola
da viúva importuna (Lc 18.1-7). A instrução de Jesus ensina a perseverança na oração (Mt 7.7,8). O
apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2). Os santos do AT também
reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas
mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas. Depois de Elias
receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair.
• Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Rm 15.11)
• Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Fp 4.6)
• A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; 1 Jo 1.9)
• Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades. Segundo está escrito,
deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos ou porque pedimos com
motivos injustos (Tg 4.2,3)
• Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Lc 23.34)
• Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo
nosso falar de modo vazio (Mt 6.7).
O Pastor Benny Hinn escreveu: “(...) Só há uma coisa a ser feita: orar. E isso significa guerra. Guerra
total! Antes de mais nada, a guerra é contra nós mesmos, pois esse é o nosso maior inimigo. Se você não
conseguir “esquecer” de si mesmo, você não conhecerá a presença de Deus.
A carne morre quando oramos. Mas você terá de combater para conseguir isso. A maioria dos crentes
descobrirá, como eu mesmo descobri, que, quando nos empenhamos realmente em oração, ficamos pensando
em quão desesperadores são os nossos pecados e as nossas necessidades. Tudo quanto podemos dizer ao
Senhor é: ‘perdoa-me; tem misericórdia de mim; guia-me, ...’ e assim por diante. É tudo ‘eu’, ‘mim’, ‘me’. Não
me entenda mal. Você precisa, sim, confessar os seus pecados, pedir e receber perdão – e também buscar
orientação de Deus. Mas você também precisa prosseguir na comunhão com o SENHOR, ouvindo e falando
sobre coisas que forem caras para ele. Você precisa exercitar-se em amá-lo e adorá-lo. Nisso consiste o fruto de
sua presença. As outras coisas virão no tempo determinado por Ele, e não no tempo determinado por você.
Cinco minutos passados na presença do SENHOR, em comunhão perene, valem mais do que um ano no
modo “me-me-me”. E você descobrirá que, quando obtiver a vitória nessa batalha, começará a experimentar a
presença de Deus. Seu prazer será tão intenso que você desistirá facilmente de andar na carne ou para as
satisfações do seu próprio ‘eu’ para poder aquecer-se ao sol da presença do SENHOR. Deus falará com você;
você falará com Ele. Ele compartilhará tanto com você – e falará tanto com você! E você se deleitará, em gozo
tão profundo, em seu amor e presença, em sua ternura e sabedoria.
A partir daí você passará a obedecer mais integralmente à sua voz. E essa é a chave para a unção do
Espírito Santo. O SENHOR, então, lhe confiará coisas pequenas a fim de determinar a sua fidelidade e como
você obedecerá. Se você for fiel no pouco, ele lhe confiará mais.. mais... e mais. Seu maravilhoso poder
repousará sobre você, tornando-o mais capaz de cumprir a chamada que Ele lhe fez. (...)
Não esqueça a Bíblia, ela faz parte essencial do momento de oração. Eu não começo um dia sem examinar
as Escrituras, antes mesmo de orar. Isso é imperioso. Ela é a Palavra de Deus, e preciso deixá-la derramar-se
sobre a minha própria alma! E assim também deve ser com você. Quando você estiver orando e
experimentando a presença de Deus, mantenha a Bíblia sempre ao seu lado. O Senhor lhe conduzirá a ler
passagens nas Escrituras, ensinando-o a respeito delas. Ele o estará ensinando. (...)
Quando você estiver seguindo esse admirável curso de vida cristã, você descobrirá na Palavra princípios e
doutrinas bíblicos de magna importância. (...) Lembre-se: o Espírito Santo jamais o seguirá; a você compete
segui-lo! Portanto, você terá de aprender como ouvir a sua voz, pois se a desconhecer, também não poderá
conhecer o seu poder. Em João 10.27, Jesus repetiu uma importante mensagem. Leia! E se você é daqueles que
reivindicam conhecer a Jesus deve dar ouvidas à voz dEle e seguir as diretrizes dEle em sua vida.
Ainda há mais: devemos segui-lo diariamente. Ouça diariamente a sua voz (Sl 95.7). A questão não é se
Deus está falando com você hoje, e sim se você está dando ouvidos a Sua voz. (...)
Você precisa desejar estar com Deus e ouvir a sua voz. Busque manter comunhão com Ele, em oração e
adoração. Se estiver vivendo em erros ou pecado, arrependa-se e volte-se para Ele, confiando em Sua graça e
em Sua misericórdia. (...)
Hoje Deus o está chamando para que se volte para Ele. Agora, separe um momento para ouvi-lo, e eu sei
que você ouvirá a voz do Senhor. Você está preparado para experimentar o poder do Espírito em sua vida?
Cale-se agora e permita que Ele fale com você. (...) E então você experimentará a presença e o poder de Deus!”
d. JEJUM
Algumas pessoas deixam de ingerir alimentos por motivos de saúde, exames médicos, anorexia ou
por dieta. Outras porque desejam emagrecer e há ainda aqueles que se privam de refeições por causa do
trabalho, falta de tempo, greve de fome, gestos de oposição, etc. É claro que esses tipos e intenções de
jejum não são bíblicos, são apenas humanos.
De forma, a igreja cristã atual ensina pouco sobre o jejum. Com isso, infelizmente, o Corpo de Cristo
deixa de usufruir os benefícios bíblicos e espirituais que essa prática oferece. Muita confusão existe
também sobre o que seja o jejum e seus tipos, como deve ser feito e, até mesmo, se é preciso jejuar.
Segundo o Dicionário Aurélio, jejum, “é a abstinência total ou parcial de alimentação em certos dias ou
períodos, por penitência ou prescrição religiosa ou médica”. Assim, já na simples acepção da palavra, jejum é
se privar de todo e qualquer alimento sólido no corpo e não apenas abster-se daquele chocolate ou
refrigerante que tanto se deseja. Não é apenas deixar de assistir ao seu programa ou novela preferidos
(ainda que inclua isso também!). Gestos e decisões como essas são, na verdade, propósitos ou votos
PORQUE SE JEJUA?
• Em obediência à inspiração ou ordem de Deus e sua Palavra – Jl 2.12, Mt 9.15
Além de excelente prática de exercício espiritual, representando uma oferta de sacrifício voluntário ao
SENHOR, o jejum é bem propício e muito eficaz em diversas situações. E, em outras, é indispensável!
- Jejuamos em tempos de crise, como quebrantamento e indignação frente a algo que ameaça roubar a glória de Deus
de sobre o nosso testemunho de vida (Et 4.15-16)
- Jejuamos para buscar a direção de Deus (Ed 8.21-23)
- Para crescermos no entendimento espiritual e revelação divina (Jr 36.6)
- obter de Deus o suporte e a competência necessários para executar a Sua obra (At 13.3-4)
A Bíblia registra pessoas fazendo uso do jejum como arma de “defesa e ataque” e forma de
consagração à Deus em várias ocasiões. É importante destacar outros resultados bíblicos alcançados por
crentes que se lançaram aos pés do SENHOR através do propósito do jejum. Por ele, se tornaram capazes
de: • vencer (ou oferecer) resistência em casos de difícil solução
A DURAÇÃO DO JEJUM
A Bíblia não relata quantas vezes devemos jejuar e nem o tempo de sua duração. Ela relata,
sobretudo, que devemos jejuar.
O Jejum de Ester durou 3 dias; o jejum de Paulo também durou 3 dias (At 9.9). O Jejum de Jesus,
Moisés e Elias foram de 40 dias (I Rs 19.8). Daniel jejuou 21 dias.
Acerca de John Wesley, Duewel falou em seu livro: “buscando restaurar a pureza e o poder dos
cristãos primitivos na igreja, Ele requereu, logo de início, que todos os ministros e pessoas com quem
trabalhava jejuassem às quartas e sexta-feiras até próximo das 17h”.
e. INTERCESSÃO
A intercessão é um dos temas bíblicos de grande importância espiritual, mas também um dos mais
negligenciados, por um grande número de Cristãos.
Muitos equívocos acontecem nas reuniões de oração simplesmente por ignorância. Colocam todas as
orações em um mesmo pacote e simplesmente o despejam diante de Deus. Há uma necessidade de
aprendizado e experiência nessa área, se quisermos ter vitórias e testemunhos como frutos de intercessão.
Interceder é intervir, interpor-se em favor de alguém.
Intercessão é a oração em que o crente suplica em favor de outra pessoa, grupo de pessoas.
cidades, nações. etc.
De acordo com essas definições o conceito de intercessão pode ser resumido como mediação –
“colocar-se entre”, representar uma parte perante a outra. No hebraico, intercessão é “paga”, vem da raiz de
uma palavra que significa colidir pela violência, pela importunação; colocar-se entre, pleitear, estar junto de
(papel do paráclito), alcançar.
Intercessão envolve delegação, autoridade.
Isaías 55.12, Jeremias 7.16 e Ezequiel 22.29-31 citam o colocar-se na brecha para defender alguém.
Ezequiel 13.5 e Salmo 106.23 falam em erguer um muro em torno de alguém.
Isaías 59.16 diz que o próprio Deus interviu, já que na terra não se achava ninguém à altura,
providenciando um intercessor que não pode falhar - Jesus Cristo (Hb 7.25).
No seu ministério terreno:
• Ele orava pelos perdidos, os quais veio buscar e salvar (Lc 19.10)
• Chorou, quebrantado, pela indiferença da cidade de Jerusalém (Lc. 19.41)
• Orava pelos seus discípulos (Jo 17.6-26)
• Orou até pelos seus inimigos quando pendurado na cruz (Lc 23.34)
• Jesus ainda intercede por nós (Rm 8.34)
• Jesus é o nosso advogado junto ao Pai (l Jo 2.1)
A INTERCESSÃO DO CRENTE
CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR
• Identificação - é baixar-se ao lugar da carência ou da fraqueza e, conforme a direção do Espírito Santo,
tomar o lugar daquele por quem vamos interceder.
• Agonia - é um esforço tão intenso contra as forças das trevas, para arrebatar algo que está sob o domínio
do diabo, que parece que a gente vai arrebentar. Um exemplo dessa agonia foi a de Jesus no Getsêmani -
suou gotas de sangue, sentiu dores até à alma.
• Autoridade - corresponde ao nível de intimidade, da consagração, unção e poder que o intercessor
possui.
É claro, esta rápida abordagem não é suficiente para esgotar este assunto, pois há muito que
aprender sobre o tema. Sobretudo, lembremos que Jesus foi e é o nosso exemplo perfeito!
Ele nos ensinou como devemos viver e orar de uma forma que o agrade e provoque as respostas
necessárias, pelas quais seja glorificado o grandioso nome do Senhor.
Deus quer que oremos fazendo intercessão pelos outros, pois recebemos este ministério sacerdotal,
como diz o texto em Isaías 62.6-7. Portanto, vamos orar, interceder, até que os propósitos de Deus sejam
estabelecidos na terra.
O mundo está envolvido por uma grande batalha espiritual, na qual os seres humanos – como nós,
são os alvos principais desse conflito. Por isso é importante termos conhecimento que o diabo quer tirar
tudo de bom que Deus tem reservado para os seus filhos. Diante disso, a posição que tomamos em nossa
vida diária tem papel decisivo no transcurso dessa batalha espiritual.
A batalha espiritual da raça humana teve seu início no princípio da criação, quando a serpente
enganou a mulher, que por sua vez induziu a Adão a comer da árvore proibida. Logo depois dali, essa
batalha real foi revelada: “(...) este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Não somos pessoas que estão fugindo do diabo. Pelo contrário, somos aqueles que por continuar as
obras de Cristo, em certo sentido, perseguem o inimigo e o vencemos (I Jo 3.8c); pois sabemos e cremos
que as portas do inferno não prevalecerão contra nós. Em Cristo somo mais que vitoriosos!
Deus nos tem reservado uma vida abundante a fim de que possamos ser um referencial para aqueles
que ainda não o aceitaram. Na Bíblia, o novo testamento faz uma descrição mínima (e básica) dessa vida
sob os seguintes critérios:
• Uma vida de amor, alegria, paz, paciência, bondade, mansidão, temperança, benignidade (Gl 5.22)
• Uma vida onde as nossas necessidades são supridas (Fp 4.19)
• Uma vida de vitória(s) (Rm 8.37)
Todavia, satanás fez, faz e fará tudo para roubar, matar e destruir nosso sonhos, planos, promessas
e os propósitos de Deus na nossa vida.
Com equilíbrio, bom senso e maturidade, devemos entender também que vida abundante ou vida de
vitória não significa, em nenhum momento, ausência de lutas, de provações ou até mesmo privações!
Entendemos que, em grande parte, tudo aquilo que conspire contra nossa vida com Deus e fatores que nos
impedem de termos nossas necessidades supridas podem (sim!) ser - direta ou indiretamente, de origem
maligna.
Muitos negligenciam essa luta no mundo espiritual. Seus pensamentos estão envolvidos e voltados
somente para o mundo físico e material. Essa ignorância espiritual é o ambiente propício para a pessoa seja
assolada (e até vencida) pelas hostes espirituais da maldade.
Existe um ladrão (o diabo) que quer roubar a vida abundante que nos foi outorgada em Cristo Jesus.
Além de escravidão, sofrimento e morte sobre os que ainda não creram no evangelho, um dos grandes
objetivos do maligno contra nós é para que o cristão não tenha as suas necessidades supridas e perca a fé
e o ânimo.
Para usar a proteção (uniforme de soldado, escudo, capacete, botas) além de armas, o soldado
precisa ser treinado (II Tm 2.15).
Os pensamentos de uma pessoa refletem não apenas suas opiniões, mas sua visão da vida, sua
visão do mundo... Suas convicções!
O conjunto das convicções, pontos-de-vista e crenças, por sua vez, é formado (desde a sua
infância) e modelado todos os dias de sua vida pelas informações que essa pessoa recebe ou estará
exposta. Sejam por palavras ou imagens, essas informações serão absorvidas e admitidas gradativamente
pelo cérebro, caso não sejam avaliadas e “filtradas” conscientemente por quem as recebe.
Em geral, uma mensagem pode se fixar em alguma parte da sua memória, mesmo sem que haja
desejo ou autorização para isso. Ou seja, ainda que não ocorra uma busca ou atenção interessada por
aquela informação, mesmo assim, é alta a probabilidade dessa “mensagem” entrar e se integrar – às vezes,
até com relativa profundidade, às lembranças, memórias ou opiniões pessoais.
Na verdade, em nossa mente, quando não houver atitude de rejeição e firmeza de pensamento
(vigilância), o cérebro entenderá que houve então algum nível de consentimento e permissão da nossa
parte.
O problema, a grande questão, é que todo o nosso comportamento e nossa forma de existir no
mundo (nosso agir e reagir, nossas atitudes, nossas emoções, nossas escolhas e preferências, etc..)
refletem exatamente aquilo que está armazenado em nossa mente. Somos formatados de acordo com
todas as memórias e informações que estão armazenadas em nossa mente.
E de que forma temos pensado? 2Co 10:2-6; Cl 2:2-10; Cl 3:2; Fp 4:8; Sl 92:5-6; Is 55:6-9
Seria por acaso que no evangelho da nova aliança, tenha o Espírito de Deus enviado a nós um
conselho que, ao mesmo tempo, deve ser percebido como importante advertência? (Rm 12.1-2)
A fala é um dos cincos sentidos naturais do ser humano. Por ela uma pessoa manifesta suas
posições, pensamentos, sentimentos, decisões, opiniões, etc..
Também concordamos, é claro, que uma pessoa pode-se se comunicar razoavelmente bem, mesmo
não tendo condições de falar normalmente como todas as outras. Por isso mesmo, aqui neste estudo, a
abrangência do assunto tratado a seguir não estará restrita apenas à ideia da fala verbal ou da
manifestação vocal porque, sabemos, não são essas as únicas possibilidades de comunicação válida, uma
vez que existem inúmeras formas eficazes de linguagem - desenvolvidas pelo ser humano ao longo dos
séculos.
Assim temos que, na linguagem humana, há diversas “palavras” relacionadas à comunicação e a
expressão opinativa (verbal ou equivalente). Dentre todas, porém, duas delas têm grande importância e
significado bíblicos no que se refere à participação, à interação, de uma pessoa frente mundo espiritual e ao
Reino de Deus (inclusive) e suas conseqüências.
São as palavras ou expressões ligadas ao sentido de “falar” e “declarar”, desde que signifique uma
ação ou reação autônoma e consciente do próprio indivíduo, seu posicionamento ativo. Entretanto, não
desprezamos o fato de que “não falar”, “não agir” e “não reagir”, algumas vezes, pode representar também
uma escolha, uma decisão, uma atitude. Ou seja, o posicionamento ativo de alguém diante de pessoas ou
situações (Jo 19:9).
Destaque-se abaixo os significados das atividades “falar” e “declarar” mais importantes dentro do
enfoque deste estudo:
- FALAR = expressar ideias, comentar / emitir opinião
- DECLARAR = afirmar, confirmar, assinar embaixo
POR FIM...
No texto de Efésios 6.10-18, o apóstolo Paulo fala a respeito do inimigo: ele não é humano (carne e
sangue), é espiritual (principados, potestades, príncipes das trevas). Paulo ainda recomenda:”revesti-vos de
toda a armadura de Deus,...”. Se há necessidade de armadura é porque temos a possibilidade ou a
realidade da guerra.
Mas, o que deve ser feito diante dessa realidade de batalha espiritual?
Conhecer as ‘estratégias’ dessa guerra, através do conhecimento da santa palavra (Sl 32.8-9),
praticar os ensinamentos de Deus para nós (Mt 7.24-26) e tomarmos posse da nossa autoridade em Cristo
Jesus, nosso Senhor (Lc 10.19, Ef 2.6).
É preciso também buscar, receber e confiar no poder do Espírito Santo – amigo indispensável ao
verdadeiro cristão.
Ele nos guiará e nos treinará em toda vitória para a glória de Deus, nosso Pai.
Quando pensamos em quem somos, precisamos reconhecer que algumas vezes nos assustamos
com reações inesperadas, violentas, as quais nos surpreendem e dizemos: “Como eu pude fazer isto?” Já
ocorreu algo semelhante com você? Pensamentos e atos pecaminosos surgem de repente na nossa vida,
atrapalhando nossa caminhada de fé e, as vezes até pensamos em desistir - e alguns o fazem. Por que isto
ocorre?
Na verdade, o que buscamos é que a paz de Cristo habite triunfantemente em nosso coração.
Precisamos viver bem com Deus, bem com o nosso próximo, bem conosco mesmo. Assim, estaremos de
bem com a vida. Mas, o pecado quebra e compromete essas possibilidades. Como? Porquê? A Bíblia nos
conduz à resposta em Romanos 3.23.
Tratando do nosso interior estaremos mais capacitados a restaurar relações rompidas em nossa vida
(com familiares, entes queridos e amigos), as quais produzem ressentimento, falta de perdão, etc.
Estas rupturas nos fazem amargos e prisioneiros de sentimentos como: rejeição, autopiedade, culpa,
mágoa, medo, tristeza, ódio e complexos diversos. A verdadeira cura interior será feita através da oração e,
principalmente, através do estudo da Palavra de Deus que, como espada de dois gumes (Hb 4.12), é apta a
discernir os pensamentos e propósitos do nosso coração, conscientizando-nos claramente da causa de
muitos dos nossos sentimentos negativos, depressivos ou repressivos e outros problemas ocultos e
constantes em áreas pessoais e relacionais.
• Auto-rejeição - pessoas que não aceitam sua aparência física. porque pais e familiares lhe convenceram
que era feia, dentuça, cabeçudo, desafinado, magricela, etc.
• Culpa - comportamentos que foram reprovados e lançados sobre a pessoa, por exemplo: “Se você fosse
obediente, sua mãe não teria se acidentado, e não teria quebrado o braço” ou “se você não tivesse pego
esta gripe, nós poderíamos ter saído de férias”. Ainda atos reprováveis como vício, homossexualismo,
abuso sexual, geram imensas culpas que tornam-se um grande peso a ser carregado por quem praticou
ou viveu. Um diretor de hospital de doentes mentais declarou que se ele pudesse abolir a culpa do
interior dos seus pacientes, 90% deles poderiam ter alta do hospital. Vê-se o tamanho poder de
escravizar e oprimir que este sentimento tem.
• Abusos sexuais - tais abusos ocorrem, em sua maioria, na infância e são perpetuados, quase sempre,
dentro de casa por parentes próximos. Estes acontecimentos ocasionam dificuldades de relacionamentos
afetivos, culpas e podem gerar desvios sexuais.
• É preciso crer!
Crer e desejar que sentimentos imaturos e o comportamento pecaminoso sejam mudados por Deus.
A verdade é que Deus pode agir no nosso passado, tocando e perdoando a lembrança dos episódios
que nos atormentavam ou atormentam. ‘Acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus
pecados e das suas iniqüidades, para sempre”. (Hb 10. 17).
No caso de cura da alma, de feridas que foram causadas por atos cometidos por nós ou cometidos
contra nós, estas podem ser curadas. Em ambos os casos, o remédio é um só: o amor e o perdão que vem
de Deus.
• É Preciso renunciar
Renunciar ao pecado, a satanás e as suas obras.
Tal postura é fundamental no início de uma nova vida com Deus. É pôr em prática o ensino da Sua
Palavra (Fp 3.13-14).
Junto com a paz interior, que é um efeito da experiência com Deus e precisa ser apropriada, está a
necessidade de obter-se a mente de Cristo (I Co 2.16). Isto quer dizer que no nível (e através) dos nossos
pensamentos somos também restaurados.
À medida que a Palavra de Deus vai sendo incorporada ao nosso pensar pela leitura, meditação e
memorização, vamos sendo curados de pensamentos imundos, mundanos; pensamentos maldosos,
maliciosos, maquinações, ciúmes e contendas. Então, aprendemos a reter e incorporar o pensamento nas
coisas de Deus, em amor, retidão e justiça (Cl 3.2).
Avançamos no caminho da cura interior quando nos dispomos a consagrar-nos mais a Deus.
Entregando nosso corpo, nosso ser, diariamente, como sacrifício vivo e santo a Deus. Este é recebido pelo
Senhor no seu altar. A partir desta disposição pessoal, o Espírito Santo, que jamais violenta a nossa
vontade, começa a operar num nível profundo e interior visando nos levar a viver o que declara I Ts 5.23. E
as demais coisas do Senhor nos alcançam, sendo-nos acrescentadas.
Todo aquele que tem se arrependido sinceramente e considera a Cristo como seu Senhor e Salvador,
deve submeter se ao mandamento do batismo na água por imersão, de acordo com as Sagradas Escrituras.
Ao cumprir este requisito, o crente lava seu corpo em água pura como símbolo exterior de limpeza,
enquanto que seu coração tem sido lavado com o sangue de Cristo como limpeza interior.
Há quatro perguntas que freqüentemente se ouvem com respeito à ordenança do batismo na água, a
saber:
1 - Qual era a forma de batismo na época dos apóstolos?
“Mediante o batismo o crente declara ante o mundo que morreu com Jesus e que também como ele
3 - Qual é a fórmula a ser empregada ao administrar-se esta ordenança?
4 - Quem reúne as condições, do ponto de vista bíblico, para batizar-se?
A FORMA
Existem muitas teorias contraditórias com respeito à forma de batismo, isto se deve ao
fato de que o homem tem seguido a tradição e não os preceitos bíblicos.
As nossas igrejas praticam quase por unanimidade a imersão em água no nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo, e consideram anti-bíblicas as demais formas de batismo. O
falo de que existia tal harmonia aparente entre as mencionadas igrejas, com respeito ao
batismo em água, é algo transcendental, se levarmos em conta que grande parte de seus
membros procediam de denominações religiosas que praticavam o batismo por aspersão e o
batismo de criancinhas. Somente podemos explicar esta verdade dizendo que o batismo no
Espírito Santo nos tem feito tão dóceis à voz divina, que havendo-nos libertado das cadeias
da tradição que nos prendiam, recorremos agora diretamente à palavra de Deus, a qual tem
se constituído norma de nossa vida.
Imaginemos que os nativos de certa ilha remota, jamais visitada por missionário
algum, encontrassem uma Bíblia. Suponhamos que a dita Bíblia fosse lida e compreendida, e
que alguns se convertessem e desejassem fazer a vontade do Senhor. A leitura diligente do
Novo Testamento lhes demonstraria que lhes era necessário batizar-se. Já que nunca
haviam assistido a um batismo, deviam guiar-se pela Bíblia. Mediante a leitura das páginas
sagradas os nativos descobririam o seguinte:
1. A ordenança requer água - “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde
havia água, disse o eunuco: Eis aqui água, que impede que seja eu batizado?”, At 8:36.
2. O batismo requer abundância de água - “Ora, João estava também batizando em Enom,
perto de Salim, porque havia ali muitas águas; e para lá concorria o povo e era batizado”,
Jo 3:23.
3. O batismo requer que tanto o que batiza como o batizando desçam à água - “Então
mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Felipe batizou o eunuco”, At 8:38.
4. O batismo requer o sepultamento na água - ‘Fomos, pois sepultados com Ele na morte
pelo batismo”, Rm 6:4. “Tendo sido sepultado juntamente com ele no batismo, no qual
igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre
os mortos”, Cl 2:12.
5. O batismo na água requer sair da água - “Batizado Jesus, saiu logo da água”, Mt 3:16.
“Quando saíram da água (...)“, At 8:39.
O SIMBOLISMO
Por seu simbolismo, o batismo na água é tão maravilhoso como belo. Simboliza a morte, sepultura e
ressurreição de Cristo e do crente que está em comunhão com Ele. “Fomos, pois, sepultados com ele na
morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também andemos nós em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele nas semelhança da sua
morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição” - Rm 6:4,5. “Tendo sido
sepultado juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder
de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” - Cl 2:12.
Como confirma a maioria dos grandes eruditos no estudo das Sagradas Escrituras, ainda aqueles
que praticam o batismo das criancinhas por aspersão reconhecem que a forma original do batismo foi por
imersão, significado que se expressa com toda clareza no vocábulo original grego que tem sido traduzido
por ”batismo” na versão portuguesa. Além disso, quase todas as traduções aos idiomas modernos
proporcionam o dito significado.
Se queremos ser fiéis a Cristo devemos fazer exatamente o que nos diz a Sua Palavra e não adotar
qualquer forma estranha. Como ato de lealdade ao Senhor devemos cumprir as ordenanças tal como nos
foram entregues pelos apóstolos.
A FÓRMULA
O Senhor mesmo deu a seus apóstolos a fórmula em Mateus 28:19, onde disse o seguinte: “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias
até a consumação dos séculos” E fazemos isto no nome de Jesus Cristo, isto é, em virtude do mandamento
do Senhor Jesus e da autoridade que nos tem conferido.
Não devemos confundir a fórmula com a ordem ou autoridade para batizar. A fórmula encontramos
em Mateus 28:19 “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. A ordem ou autoridade foi dada pelo
Senhor, em outras palavras foi Jesus Cristo, foi o Senhor quem mandou. Atos 2:38; 10:48.
OS CANDIDATOS
Antes de encerrar este estudo fascinante, dediquemos uns momentos às pessoas que reúnem as
condições necessárias para serem batizadas. A ordem divina é muito simples. O pecador deve arrepender-
se e crer primeiro - Mc 1:15, At 2:38. Somente os crentes devem ser batizados -Mt 28:19, Mc 16:16. Esta
verdade exclui o batismo das crianças que são ainda muito pequenas para arrepender-se e crer e invalida
”o batismo” daqueles que não estão regenerados quando se submetem a ele. Explicaria isto, a razão dos
doze homens em Éfeso serem batizados novamente por Paulo em Atos 19:1-7?
Alguns afirmam que o batismo no Espírito Santo exime o crente da necessidade de submeter-se à
ordenança do batismo na água. Esta atitude está em conflito com a declaração de Pedro em Atos 10:47,48.
Se alguém ler o novo testamento com o propósito de ver a importância que se dá ao batismo na
água, descobrirá a rapidez com que os crentes eram batizados na água depois da conversão e a
extraordinária ênfase que tanto Cristo como os apóstolos deram a este sacramento.
A Ceia do Senhor, consistente do pão e do suco da vide, constitui um símbolo que expressa nossa
participação na natureza divina de nosso Senhor Jesus Cristo - II Pe 1:4, uma memória de seus sofrimentos
e de Sua morte - I Co 11:26, e a profecia de Sua segunda vinda - I Co 11:26. Todo crente deve participar da
ceia até que venha o Senhor.
A Santa Ceia representa ainda a união com o Senhor o qual é o sustentáculo de nossa vida
espiritual. Constitui um ato recordatório de Sua morte e um prenúncio de Seu retorno.
1. O sacramento foi instituído por nosso Senhor – Lc 22.19, na véspera do dia em que foi
traído – I Co 11:23. Inspirados pela reverência, acerquemos-nos do cenáculo, onde o Senhor
Jesus e Seus discípulos, reclinados em redor da mesa, celebram juntos, pela última vez, a
“Este sacramento simboliza o corpo quebrantado do Senhor e seu sangue derramado no madeiro do Calvário. Nossa
páscoa, a qual prefigurava a morte expiatória de Cristo como o “Cordeiro de Deus, que tira o
participação dos benefícios derivados de sua morte expiatória e o pacto que foi assinado com seu próprio sangue.”
pecado do mundo” - Jo 1:29. Foi durante a ultima páscoa que o Senhor instituiu o
sacramento recordatório da Santa Ceia, que simbolizaria um fato passado - sua morte na
cruz - e um acontecimento futuro - sua volta nas nuvens. Parece que foram poucas as
palavras pronunciadas nessa ocasião, mas nasceram do íntimo do coração do Mestre e
causaram profunda impressão em Seus discípulos, que não podiam compreender o que o
Senhor dizia com respeito à Sua morte, sepultura e ressurreição. Os sentimentos mais ternos
que a natureza humana é capaz de experimentar debaixo da inspiração do Espírito Santo,
impelem o coração do homem a meditar na morte do Senhor Jesus ao participar dos
elementos que o mesmo Jesus escolheu para simbolizar Seu corpo partido e Seu sangue
vertido no madeiro.
2. Devemos examinar-nos com toda a diligência antes de participarmos deste sacramento
santo e nos aproximarmos da mesa do Senhor com reverência e entendimento do que
fazemos - I Co 11:27-32.
3. Nosso Senhor ordenou a Seus discípulos que observassem a Santa Ceia “Tomai, comei” –
Mt 26:26,27, “Fazei isto” - I Co 11:24. A observância deste sacramento comemorativo de Sua
morte não é opcional, mas obrigatória. Constitui um mandamento do Senhor Jesus, por cuja
desobediência teremos que prestar contas. Trata-se de uma ordenança perpétua, a qual
deve ser observada com freqüência, pois Paulo nos disse: “Porque todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” - I
Co 11:26.
4. A Santa Ceia constitui uma antecipação do dia da volta do Senhor. “E beberá do fruto da
vide de novo com os seus no reino do Pai”, Mateus 26:29. É assim que a Ceia do Senhor se
mantém “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Jesus Cristo” - Tt 2:13.
5. O cálice e o fruto da vide representam o Sangue de Cristo e simbolizam a selagem do novo
pacto com o dito sangue. O mesmo Senhor Jesus declarou o seguinte: “Porque isto é o meu
sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”.
Trata-se do pacto predito por Jeremias no capítulo 31:31,34. Em Lucas 22:20 aparecem as
palavras numa ordem distinta, a saber: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue
derramado em favor de vós”. Segundo Weymouth, este versículo diz o seguinte: “Este cálice
é o novo pacto ratificado por meu sangue, o qual será derramado para vosso beneficio”.
Em Hebreus 9:16-18, este pacto é considerado um testamento, o qual constitui o
significado principal da palavra grega. Para que o testamento entre em vigor é necessário que
o testador tenha morrido, O sangue derramado no madeiro constitui a prova da morte de
Jesus. Selou o pacto com Seu próprio sangue, e desta maneira o ratificou, fazendo-o eficaz e
operativo. Trata-se de um pensamento bendito para nós, que somos herdeiros de Deus e co-
herdeiros de Cristo - Rm 8:17.
6. O sacramento do batismo simboliza a morte de Cristo por nós, tal morte refere-se ao mundo e a nossa
identificação com o Senhor – Rm 6:3-5, Cl 2:12. A Santa Ceia simboliza a morte do Senhor em nosso
lugar, na qualidade de Cordeiro Pascoal, sacrificado para livrar-nos do pecado e da morte, segundo a
vontade de Deus, “foi morto, desde a fundação do mundo” - Ap 13:8. O batismo na água significa que o
crente se une a Cristo e começa assim uma nova vida em virtude da regeneração. Mas na Santa Ceia é o
SENHOR que se une ao crente, para procurar e produzir sua santificação, sustento, fortaleza e renovação.
O batismo está relacionado com o novo nascimento, que se produz uma vez, de maneira que não
necessitamos ser batizados repetidamente, mas aquele que tem nascido de novo necessita alimento
espiritual constante e por esta razão participamos com freqüência da Ceia do Senhor.
É assim que o pão, alimento por excelência, é o símbolo mais apropriado que o homem poderia
escolher. E isto está de acordo com as palavras do Senhor Jesus que disse: “Eu sou o pão da vida. Vossos
pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo que dele
comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o
pão que darei pela vida do mundo é a minha carne” – Jo 6:48-51; “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade em
verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tendes
vida em vós, mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que
vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai; também quem de mim se alimenta, por mim viverá. Este é o
pão que desceu do céu, em nada semelhante aquele que vossos pais comeram, e contudo morreram: quem
comer este pão Viverá eternamente” - Jo 6:53. Leia-se também João 6:32-35.
7. A Ceia do SENHOR envolve a cura. Se o crente está enfermo e afligido por seus sofrimentos corporais e
pode discernir a virtude sanadora no corpo de nosso Senhor, tipificada pelo pão, pode receber a cura e
fortaleza para seu corpo como também para sua natureza espiritual - I Co 11:30-32.
8. Trata-se de urna ordenança que envolve união. O mandamento do batismo deve estreitar a comunhão
entre o crente e o Senhor, enquanto que a Ceia do Senhor deve acentuar a dita comunhão que existe
entre os crentes que formam a família de Deus e participam de um pão e um cálice. “Porventura o cálice
da benção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a
comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um só pão e um só corpo;
porque todos participamos do único pão” - I Co 10:16,17.
9. O simbolismo das ordenanças do Novo Testamento facilita a compreensão das verdades espirituais de
fundamental importância para o crente. No batismo, ao submergirmos na água, e ao sair dela,
simbolizamos não somente nossa própria morte e ressurreição, mas também a de Cristo. A Santa Ceia
nos fala, por assim dizer, a nosso coração, a nossos olhos, e a nosso tato e gosto. João disse: “O que era
desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que
contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” - I Jo 1:1. Ao comer o pão,
que tipifica o corpo quebrantado do Senhor, e ao beber vinho que representa o sangue do Senhor Jesus,
nos apropriamos, por assim dizer, do corpo do Senhor. Todo este simbolismo nos proporciona um sentido
da realidade que talvez não poderíamos experimentar de nenhuma outra forma, e expressa quão
absolutamente necessário é para o corpo e a alma o sustento que proporciona Cristo, que morreu e
ressuscitou para livrar-nos do pecado e sarar nossas enfermidades.
Quanto mais compreendermos os mandamentos, tanto mais significado terão para nós e tanto
maior será a benção que receberemos. Roguemos que Deus nos ajude a cumprir este mandamento santo,
inspirados por um amor e reverência jamais experimentados no passado.
O batismo no Espírito Santo era, por assim dizer, o patrimônio mais valioso e normal dos crentes da
igreja primitiva.
Junto com o Espírito Santo o crente recebe: revestimento de poder que o capacita a viver e servir ao
Senhor e o repartimento de dons para serem exercitados no ministério - Lc 24:49, At 1:4-8, I Co 12:1-31.
Como co-herdeiro com Cristo, destinatário e beneficiário da maior de suas extraordinárias e maravilhosas
promessas - depois da salvação e vida eterna, o Espírito Santo (Lc 24:49, Jo 14:25-26 Jo 15:26 Jo 16:7-15,
Jo 20:21-22). O cristão também deve reivindicar e receber a plenitude e profusão do próprio Espírito Santo
em todo o seu ser (espírito, alma, mente, corpo e coração) e, assim, então, manifestar em sua vida a
presença, o poder, a virtude e o agir dos “sete espíritos” de Deus conforme registram Is 11:2, Ap 1:4, Ap
3:1, Ap 4:5, Ap 5:6.
Este batismo maravilhoso é distinto da salvação e posterior a ela – At 10:44-46, 11:14-16, 15:7-9.
Notemos que não se trata simplesmente de uma promessa, mas da promessa por
excelência, a qual excede todas as demais depois de cumprida a promessa relativa ao
“A Promessa do batismo no Espírito Santo pertence ao crente por direito, e em virtude do mandamento do
Messias. Nosso Salvador mesmo se referiu a ela dizendo: “E, comendo com eles, determinou-
lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, que (disse
Senhor, não somente deve esperar receber a dita promessa, mas também deve buscá-la ardentemente.”
Ele) de mim ouviste. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados
com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” - At 1:4,5. Tratemos de formular o que nos
ensina a Bíblia com respeito a “esta promessa do Pai”, de forma tão simples que ninguém
deixe de entendê-la.
1. No Antigo Testamento o Espírito Santo é revelado como o doador da vida - Gn 1:2
(compare também Romanos 8:2). Ainda que os profetas, reis e sacerdotes do passado
tenham sido ungidos com o Espírito Santo, a promessa de seu derramamento geral sobre
toda a carne foi para a época que começou com a ascensão do Senhor, que se apresentou
ante o Pai nos céus, depois de haver pago o preço total pela redenção do homem - Hb
9:11,12. Estas grandes promessas relativas ao derramamento futuro do Espírito Santo
encontram-se em lsaías 32:15 que diz: “Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto”, e
o capítulo 44:3 expressa o seguinte: “Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes
sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha benção
sobre os teus descendentes”. Mais adiante, em Joel 2:28,29, temos a grande predição que
teve seu cumprimento parcial no dia de Pentecostes, a chuva serôdia continua se cumprindo
na atualidade, em virtude da descida de caráter geral do Espírito Santo sobre o mundo (a
chuva tardia, leia-se Joel 2:23 e também Tiago 5:7,8). Notemos que a promessa consiste em
derramar o Espírito Santo sobre toda a carne.
2. João Batista predisse o sacrifício de Cristo, denominando-o: “O Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo”, João 1:29. Profetizou também com respeito ao ministério do Senhor,
dizendo que batizaria com o Espírito Santo. “Eu vos batizo com água, para arrependimento:
mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou
digno de levar, Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” - Mt 3:11. E a esta predição
que o Senhor Jesus se refere no texto citado no princípio deste capitulo. Por meio destes
textos, ,juntamente com Atos 11:15,16, sabemos que somente Jesus pode batizar no Espírito
Santo (compare com João 1:29-34, 7:37-39).
3. Jesus enviou a promessa do Pai - Jo 14:15-17, “Se me amas, guardareis os meus
mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”. E novamente
o versículo 26 nos diz: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
4. O Senhor considerou de tanta importância a descida do Espírito Santo que disse: “Mas eu
vos digo a verdade: Convém-nos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros;
se porém, eu for, eu vo-lo enviarei” – Jo 16:7. Muitos crentes falam do Espírito Santo com leviandade. Isto
é um insulto ao Espírito, a Jesus que sacrificou sua vida para que tivéssemos o direito de gozar a
presença permanente do Espírito Santo em nós e ao Pai, que em nome do Senhor Jesus nos outorga este
dom supremo. Sem a ajuda do Espírito Santo não poderemos viver como devemos, nem fazer o que nos
corresponde.
5. O apóstolo Pedro não faz distinção entre a promessa do Espírito Santo e o dom do Espírito Santo - At
2:38,39, “Respondeu-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois é a promessa para
vós outros, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso
Deus chamar”. Em Atos 11:16,1 7 o dom do Espírito e o batismo no Espírito Santo são idênticos.
6. Pedro nos diz que a promessa é para todos os crentes, e não somente para os apóstolos ou para os
cento e vinte. “Pois para vós outros” - os que estavam presentes - “é a promessa, e para vossos filhos”, -
os que estavam ausentes - “e para todos que ainda estão longe” – é aqui que nós estamos incluídos. Os
capítulos 10 e 11 dos Atos nos demonstram que o dom era tanto para os gentios como para os judeus
7. O apóstolo Paulo refere-se duas vezes ao dom do Espírito Santo na qualidade de selo. Em Efésios 1:13
lemos o seguinte: “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da Promessa”. Por outra
parte, em II Coríntios 1:21,22, lemos: “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é
Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nossos corações”. A unção e
revestimento do Espírito Santo experimentado pelo crente se reflete em seu rosto, se observa em suas
ações, se ouve em sua voz e se experimenta ao estar com ele. Esse selo está impresso em seu corpo,
alma e espírito.
8. O dom do Espírito Santo constitui uma antecipação de nossa herança perfeita em Cristo - releia os
versículos citados na proposição anterior. O dom do Espírito Santo constitui uma prova positiva de que
somos aceitos pelo Amado e somos co-herdeiros com Ele - Rm 8:16,17.
9. Junto com o batismo no Espírito Santo desce o poder para servir ao Senhor, O crente não recebe o
Espírito Santo como um luxo espiritual, ou para satisfação e gozo pessoais, mas como revestimento de
poder para ser uma testemunha efetiva das grandes verdades salvadoras do evangelho. Isto foi
estabelecido com clareza pelo Senhor Jesus, enquanto caminhava com dois de seus discípulos até
Emaús. “E lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no
terceiro dia, e que em seu nome pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações,
começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas cousas. Eis que envio sobre vós a promessa de
meu Pai; permanecei pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” - Lc 24:46-49. Assim
também em Atos 1:8 nos diz o seguinte: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da
terra”.
Pedro e João receberam ordem do sinédrio judeu de não falar ou ensinar mais no nome do Senhor
Jesus. Depois de serem ameaçados e logo libertados, se trasladaram para junto dos seus, os quais
elevaram em uníssono a sua voz e oraram pedindo ânimo para falar a Palavra de Deus com ousadia.
“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com
intrepidez, anunciavam a palavra de Deus (...) Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” – At 4:18-33, Em várias outras
passagens lemos com respeito ao fato de que os crentes receberam uma nova unção, ou foram cheios de
novo com o Espírito para um serviço especial. O evangelho deve ser propagado pelo poder do Espírito
Santo, o qual é o único que pode convencer ao homem de seu pecado - Jo 16:8, fazendo-lhe doer a
consciência, como ocorreu no pentecostes - Atos 2:37. Compare com Zacarias 4:6.
10. Freqüentemente, junto com o batismo no Espírito Santo, recebemos dons especiais. No dia de
Pentecostes, o dom de línguas foi exercitado transitoriamente (At 2:5-11). Em Éfeso, os doze homens que
Paulo encontrou ali não somente foram cheios de Espírito Santo, e falaram em línguas, mas profetizaram -
At 19:1-7. Nove dons especiais ou manifestações do Espírito Santo se descrevem em I Co 12:1-31. No
capítulo 13 demonstra-se a superioridade do amor santo e divino – o fruto do Espírito. No capítulo 14,
Paulo nos ministra regulamentos com respeito ao exercício dos dons do Espírito Santo. Em Hebreus 2:3,4
o apóstolo demonstra de que maneira eram empregados estes dons para a extensão do evangelho:
“Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho
juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo
a sua vontade?” Estas palavras concordam exatamente com a narração que temos em Marcos 16:20, que
diz: “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a
palavra por meio de sinais que se seguiam”. Todo o livro dos Atos constitui um comentário desta verdade.
11. Numerosos nomes são dados nas Escrituras ao Espírito Santo, em sua relação com a Trindade e aos
ofícios que desempenha. É o Espírito de Deus (Ef 4:30), o Espírito de Cristo (Rm 8:9), o Espírito da
Verdade (Jo 14:17), o outro Ajudador (Jo 14:16), é nosso Guia (Jo 16:13), o nosso Mestre (Jo 14:26),
nosso Revelador (I Co 2:10), nossa Ajuda (Rm 8:26), quem nos faz recordar (Jo 14:26) e quem nos
transforma (I Co 3:18).
12. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” - Tanto a água como o fogo constituem símbolos do
Espírito Santo e manifestam o ministério de Cristo sob aspectos distintos. A água limpa ou purifica
mediante a lavagem, enquanto que o fogo purifica ao queimar o impuro, separando o ouro da escória – Ml
3:2,3. Isaias não somente foi purificado mas inspirado para o ministério mediante a brasa tomada do altar
e colocada sobre seus lábios - Is 6:6,7. O fogo transforma o ferro negro e frio, primeiramente em vermelho,
depois em rosa e por último em branco reluzente. Da mesma maneira o Espírito Santo pode abrandar o
coração do homem e dar calor à sua natureza apagada, iluminando e inspirando-o, e pode fazê-lo como
João Batista, “a lâmpada que ardia e alumiava” - Jo 5:35. João brilhava porque ardia dentro de seu ser o
fogo do Espírito Santo, como havia ardido nos cento e vinte no cenáculo. Que seria do Pentecostes sem o
fogo do Espírito Santo?
13. Existe muita confusão com respeito à personalidade do Espírito Santo. Em parte isso deve-se à falta de
compreensão no que se refere à doutrina bíblica da Santa Trindade. O Espírito Santo é uma personalidade
divina e possui todos os atributos e poderes de tal:
- o Espírito Santo fala (At 1:16) - estabelece pastores nas assembléias (At 20:28)
- realiza milagres (At 8:39) - nos ajuda na oração e intercede (Rm 8:26)
- designa missionários (At 13:2) - dirige concílios (At 15:28)
- encaminha obreiros(At 8:29) - ordena e proíbe (At 16:6,7)
- revela-nos os mistérios profundos de Deus (I Co 2:9-12) - prediz (At 20:22,23)
O DOM O FRUTO
• é dado • é criado, produzido
• vem após o batismo • deve começar com a conversão
• vem do alto • vem do interior
• vem perfeito (as falhas na sua operação • requer tempo para amadurecer (não cresce do
ocorrem por conta do portador) dia para a noite)
• falam de serviço • fala de caráter
• todos terminarão um dia • continuará para sempre (I Co 13:8)
Deus deseja que o crente experimente completa santificação, e esta dita santificação deve-se
procurar seriamente mediante a obediência ao Senhor (I Ts 5:23,4, Hb 12:14, I Pe 1:15,16, I Jo 2:6).
Mediante o poder repartido pelo Espírito Santo, poderemos obedecer o mandamento que diz: “Sede
santos, como eu sou santo”.
Certo escritor de muito talento disse numa oportunidade: “Se a regeneração corresponde à nossa
natureza, a justificação à nossa situação, e a adoção à nossa relação (como parentesco - somos filhos de
Deus), logo a santificação tem a ver com nosso caráter e conduta. Mediante a justificação somos
declarados justos, a fim de que cheguemos a sê-lo na santificação. A justificação é o que o Senhor faz por
nós, enquanto que a santificação é o que faz em nós. A justificação nos coloca em relação justa
com Deus, enquanto que a santificação exibe os frutos de dita relação, ou seja, uma vida
separada do mundo pecaminoso e dedicada à Deus”.
As sagradas Escrituras ensinam que devemos viver uma vida de santidade, sem a qual ninguém verá o SENHOR.
1. A santificação tem um significado duplo: Separação do mal e Devoção à Deus - I Ts 4:3 (“pois
esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição”). Leia-se
ainda I Cr 29:5,15-18, II Tm 2:21, Ex 19:20-22. Na santificação devemos limpar-nos de toda
imundície da carne e do espírito e ao mesmo tempo aperfeiçoar a santidade no temor de Deus –
II Co 7:1. Mas não é suficiente separar-se do mal, aquele que tem sido santificado deve ser
dedicado ao uso e ao serviço de Deus. Desta maneira lemos com respeito à santificação de
uma casa a fim de que fosse santa para o Senhor, e a santificação de um terreno para uso do
Senhor. Os primogênitos deviam ser santificados para Jeová, até o próprio Jesus foi separado -
santificado - pelo Pai para que cumprisse Sua vontade no mundo. Leia-se Lv 27:14-16, Nm 8:17
e Jo 10:36.
2. Em certo sentido a santificação é uma obra instantânea - “Tais fostes alguns de vós; mas vós
vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo
e no Espírito de nosso Deus”, I Co 6:11. “Nessa vontade é que temos sido santificados,
mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”; “Porque com uma única oferta
aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” - Hb 10:10,14. Quando cremos no
Senhor Jesus Cristo e o aceitamos como nosso Salvador, somos justificados pela fé nele e nos
apresentamos diante de Deus sem condenação alguma na alma. Somos regenerados, isto é,
nascidos de novo por intermédio da operação do Espírito Santo e a palavra de Deus, e temos
nos convertido em novas criaturas. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo
pecado’ - I Jo 1:7. Por nossa própria vontade nos separamos para servir a Deus, e Cristo é
agora nossa “sabedoria, e justiça, e santificação e redenção” - I Co 1:30. Por essa razão, todos
os crentes são denominados “santos” no Novo Testamento. Paulo escreve aos crentes em
Corinto, que estão longe de serem perfeitos, denominando-os “santificados” - I Co 1:2.
3. Em outro sentido, a santificação é uma obra progressiva, que por intermédio do Espírito
Santo, o Senhor mesmo leva a cabo em nosso ser, até lograr em nós uma perfeita semelhança
com Ele. Quando cremos, a santidade do Senhor Jesus nos é imputada e estamos assim
“aperfeiçoados” no Senhor (Colossenses 1:28). Mas outra coisa é fazer que a Santidade do
Senhor se converta em uma realidade em nossa vida.
Talvez seja este um longo processo durante o qual o crente tenha que passar por muitas
situações de diversas naturezas, algumas das quais envolvam o castigo corretor do Senhor. Em
Hebreus 12:10 se nos diz com toda clareza que Deus nos castiga como propósito específico de
que sejamos participantes de Sua santidade. Pedro nos exorta: “Crescei na graça e no
conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” - II Pe 3:18. Em II Coríntios 3:18 temos
um texto muito esclarecedor que demonstra a forma como Cristo opera em nós por intermédio
do Espírito Santo, para transformar-nos gradualmente até obtermos Sua gloriosa imagem. Em I
Ts 5:23, 24, Paulo ora por estes cristãos de Tessalônica, dizendo: “O mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”.
4. O processo de santificação é realizado por agentes divinos e humanos. “O mesmo Deus da paz vos
santifique em tudo”. O Senhor Jesus disse a seu Pai seguinte: ”Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade” - Jo 17:17. Deus purifica nossos corações com a fé - At 15:9. Cristo foi feito “justificação” para o
crente (I Co 1:30). Pelo sacrifício de Si mesmo na cruz, santifica aos crente de uma vez para sempre
- Hb 10:10. “Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a
purificado por meio da lavagem de água pela palavra” - Ef 5:25,26.
Nossa santificação não se realiza em nós sem a obra do Espírito Santo - I Pedro 1:2, “eleitos,
segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito”. O Espírito Santo vem ao nosso ser para
fazer-nos participantes da santidade de Deus e para ensinar-nos a verdade, tal como está apresentada nas
Sagradas Escrituras, e esclarecer nossa percepção espiritual, de maneira que possamos contemplar ao
Senhor. Esse mesmo Espírito cria em nosso coração o anelo profundo de nos parecermos com nosso
Mestre - Rm 15:16.
5. Necessitamos cooperar amplamente com a Trindade para obtermos nossa completa santificação. Somos
santificados pela fé em Cristo, leia-se Atos 26:18. Devemos limpar-nos de toda imundície da carne e do
Espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus - II Co 7:1. Por sua parte o apóstolo João nos diz:
“amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como Ele é. E a si mesmo
se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” – I Jo 3:2,3.
Em Filipenses 3:12-14 Paulo afirma que não tem conseguido ainda a perfeição absoluta e que trata
de alcançar o alvo para o qual havia sido chamado pelo Senhor, e acrescenta: “Irmãos, quanto a mim, não
julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo Jesus”.
6. Deus tem proporcionado meios que estão a nosso alcance para obtermos completa Santificação.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” – Jô 17:17. O estudo das Sagradas Escrituras
acompanhado da oração e de audição atenta às mensagens da palavra de Deus, pregadas por servos
ungidos do Espírito Santo, estão destinados a ser um meio contribuinte para a nossa santificação.
Efésios 4:11,12 nos demonstra que o Senhor deu apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres para a igreja, com o específico propósito de aperfeiçoar os santos. Hebreus 12:14 nos aconselha
seguir “a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. No mesmo capítulo vimos que o castigo
ministrado pelo Pai tem o fim de produzir em nós “fruto de justiça”(v. 11). Em Romanos 6, em II Coríntios 6
e em outras numerosas passagens o crente é exortado a separar-se de todo o mal e dedicar-se a Deus e
Sua obra sem nenhuma reserva, cooperando desta forma com Deus em Sua Santificação a fim de obter a
medida da plenitude de Cristo - Ef 4:13.
Encontramos o plano financeiro do SENHOR bem claro em sua Palavra. Vamos, pois, examiná-lo
cuidadosamente, a fim de nos orientarmos na parte que nos cabe nesse plano.
1. Apresenta as mesmas características do dízimo de Abraão: foi voluntário, foi dado como
expressão do reconhecimento de sua mordomia, foi oferecido por gratidão a Deus e como ato
de adoração.
O fato de o dízimo de Jacó se revestir das mesmas características do de Abraão,
demonstra claramente que ele havia recebido no lar instruções cuidadosas sobre o assunto.
Feliz o lar em que os pais instruem seus filhos nos deveres religiosos e espirituais!
Os que aprendem desde a infância a contribuir liberalmente para a propagação do
evangelho, não terão dificuldades em fazê-lo quando adultos.
2. Notemos que esse voto, de dar o dízimo, foi feito por Jacó logo depois de uma profunda
experiência espiritual. O despertamento na vida cristã traz sempre uma nova disposição de
cooperar materialmente na extensão do reino de Deus.
Uma piedade que afeta somente o coração e não atinge também o bolso é superficial e
efêmera.
3. Convêm salientar ainda que Jacó foi grandemente abençoado por Deus. Como seu pai,
recebeu bençãos materiais e espirituais. Confirma-se assim a verdade de que Deus não falha
em relação aos que lhe são fiéis.
4. Os dois exemplos que temos do dízimo oferecido antes da lei, primeiro por Abraão e depois por Jacó,
servem para demonstrar que era uma prática comum, entre os servos de Deus, desde os primórdios da
raça humana.
2. Há três referências ao dízimo no Novo Testamento. Duas delas, paralelas, se referem à recomendação
de Jesus aos fariseus quanto ao dízimo (Mt 23:23, Lc 11:42). A terceira é a de Hebreus 7:1-10, em que
Melquisedeque aparece como figura de Cristo.
Na conversa com os fariseus, Jesus fala do escrúpulo deles em dizimar até as menores coisas,
esquecendo-se do mais importante, que era a prática da misericórdia e da fé. Insiste com eles para. que
continuem a praticar o dízimo mas dêem atenção devida às obrigações morais.
Cristo está aqui, claramente, dando seu apoio à doutrina do dízimo - Mt 23:23. “Sim. vocês devem dar o
dizimo, mas não devem deixar de fazer as coisas mais importantes” - Lc 1 1:42, ”(..) Vocês deveriam dar o
dízimo, sim, mas não deveriam deixar estas outras coisas sem fazer”, (Textos do Novo Testamento VIVO).
Como nas outras leis do Velho Testamento, o dízimo recebe na Nova Dispensação maior amplitude,
no princípio da mordomia da vida e da propriedade. Esse princípio não exclui o dízimo, porém, vai além,
completa e amplia. Por isso mesmo, o que encontramos no Novo Testamento são exemplos de contribuição
que vão além do dízimo.
Tomemos o caso da viúva pobre. Ela não deu um dízimo, mas dez dízimos - deu tudo, Mc 12:41-44.
Zaqueu, depois de convertido, se dispôs a dar metade dos seus bens aos pobres, portanto, cinco dízimos
(Lc 19:08).
Os crentes da Igreja em Jerusalém ofereceram tudo quanto tinham (At 2:44, 45; 4:32-37). Os crentes
da Macedônia deram com sacrifício, muito acima das suas possibilidades, ao ponto de surpreenderem o
apóstolo por sua liberalidade (II Co 8:15). Os Coríntios foram convidados à contribuir conforme a sua
prosperidade (I Co 16:2); isto não poderia significar, em hipótese alguma, menos do que o dízimo.
E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo
colocou Adão para que cultivasse e guardasse a terra: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao
homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15.).
Deus sempre nos deu coisas para que cuidássemos e zelássemos por elas. Tanto de
propriedades internas como externas: nosso corpo, mente, bens materiais, dons, filhos,
pessoas, ministérios e até a naturezal “Não te faças negligente para com o dom que há em
ti [l]” (1 Tm 4.14, Ap 3.11).
- Mordomo (no grego oikonómos): Mordomia é o ofício do mordomo. Mordomo, por sua vez, é
a pessoa encarregada da administração de uma casa (oikos); administrador dos bens de
uma casa ou de um estabelecimento alheio (Gn 39.4-8; Lc 12.42, 16.2).
- Despenseiro: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios
de Deus” (I Co 4.1)
• Pessoa encarregada da despensa (cômodo em que se guardam mantimentos) Gn 43.16
• O cristão como administrador dos seus Dons - 1 Pe 4.10)
• O obreiro como responsável por cuidar das coisas de Deus - 1 Co 4.1; Tt 1.7
O grande desafio da nossa fé em Cristo é vivermos uma vida dentro dos padrões excelentes
estabelecidos por Deus (Lc 12:42). Dois valores são fundamentais para essa postura: fidelidade e lealdade.
A lealdade de Deus para com o seu povo baseia-se em Seu próprio nome e nos compromissos do pacto
que Ele fez, e uma atitude semelhante de fidelidade deve ser recíproco do povo para com Deus, honrando e
vivendo os compromissos implícitos e explícitos nesse pacto (Êx 34:10, Lc 22:20, Hb 12:24).
Fidelidade e lealdade são dois dos motores que impulsionam o perfeito exercício da verdadeira
mordomia cristã. Já um outro importante elemento nessa engrenagem de amor e fé que a sustenta, chama-
se compromisso. Compromisso, sobretudo, com o Reino de Deus (MT 6.33).
O senso de compromisso do crente influencia todas as áreas e aspectos de sua vida. É evidência de
uma vida regenerada. Regenerada por Deus. Sim! Porque biblicamente há um homem natural e outro
regenerado, ou feito de novo em Cristo (Tt 3.5; 1 Pe 1.3-4).
A regeneração difere do arrependimento, da fé e da conversão no sentido de que ela, a regeneração,
é uma ação direta de Deus na vida do crente. O homem deve arrepender-se, crer e converter-se; assim
Deus ordena. Mas não há mandamento para que o homem se regenere, pois esta é uma obra de Deus. Ela,
a regeneração, é o princípio essencial da salvação, que por sua vez, foi adquirida pela fé.
Em suma, podemos entender que o grau do compromisso manifesta o grau da regeneração que
Deus já efetuou no crente.
a. DONS E MINISTÉRIOS
• Dons
Assim como se identifica uma árvore pelos seus frutos, também se conhece um ministério pelos
seus dons e FRUTOS do Espírito Santo. Como não se pode dar frutos sem estar na árvore, não se pode ter
dons divinos sem recebê-los do Espírito Santo.
• Coração
Seu coração determina a sua forma de se expressar, sentir e agir. Na Bíblia, coração significa o
centro das nossas motivações, desejos, interesses e inclinações.
• Habilidade
As habilidades são talentos (dons) naturais. É importante ressaltar que já nascemos com eles. No
meio acadêmico e profissional, as habilidades ou dons demonstrados, ou presentes em uma pessoa, são
chamados de “aptidões” ou “competências”. Todos já nascemos com muitos talentos naturais diversos,
como falar, praticar esportes, músicas, mímicas, idiomas, etc... Sejam eles exercidos ou não. Contudo,
esses dons naturais precisam ser desenvolvidos pela habilidade, inteligência e conhecimentos, através de
estímulos positivos para que se expressem em nós.
• Personalidade
Sabemos que Deus não usou uma forma única para criar a humanidade e cada ser humano. A
Sua Palavra nos prova que Ele ama a variedade e cada um de nós tem a sua própria personalidade,
tornando cada indivíduo um exemplar único no mundo. Temos características diferentes um do outro.
Alguns são introvertidos e outros extrovertidos. Alguns gostam de rotinas e outros de variedades e novi-
dades constantes. Uns são pensadores, outros realizadores e outros sentimentais. Portanto, sua
personalidade vai afetar como e onde seus dons e talentos (espirituais ou naturais) serão aplicados.
• Experiência
Há cinco áreas principais que ajudam a definir nosso ministério. Vejamos suas implicações:
i) experiências educacionais: quais eram suas matérias favoritas na escola?
ii) experiências vocacionais: quais são os trabalhos que mais gosta de fazer?
iii) experiências espirituais: quais foram as horas em que Deus tocou em sua vida de uma forma especial?
Como foi o dia da sua conversão? Como foi o seu batismo com o Espírito Santo? Seu coração foi
pentecostalmente aquecido?
iv) experiências ministeriais: como você serviu a Deus no passado? Em sua caminhada, o que você já fez
na Casa do Senhor?
v) experiências dolorosas: quais foram as feridas e as tribulações que mais marcaram a sua vida?
b. EVANGELISMO E MISSIOLOGIA
SEMEAR
Evangelizar é fazer com que outros também tenham a oportunidade de conhecerem a Cristo, se
decidirem por Ele e de serem discipulados. Embora esta definição pareça bastante satisfatória, ainda temos
muito a aprender sobre a sua aplicação em nossa vida e à nossa vocação cristã.
A maioria dos membros das igrejas se acha incapaz de evangelizar. Julgam que a evangelização é
uma missão para especialistas e que poucos o são. Muitas vezes, nossa prática equivocada tem ensinado
que trata-se de uma vocação especial. Muitos deixam essa tal tarefa especial para certos pastores,
evangelistas e pregadores que tem dons especiais para o assunto. Diante das ordenanças bíblicas, é
preciso repensar urgente a nossa postura e nossas escolhas, pois todos foram chamados para serem
testemunhas.
Muitas vezes as igrejas realizam cultos especiais, em que sua forma é mudada. A música é escolhida
apelando para as emoções e a pregação é para convencer. Depois da série de conferências, tudo volta ao
que era antes. O povo, então, aguarda a próxima ocasião em que virá outro “especialista”, o qual relatará
sobre feitos e fatos da evangelização. Outras vezes a evangelização é limitada a uma campanha de
visitações ou uma distribuição de folhetos. Esses são exemplos de métodos e iniciativas que empobrecem a
nobreza bíblica do evangelismo, tornando-o uma atividade esporádica e marginalizada.
Evangelização dever ser um estilo de vida que abranja todas as horas e atividades da vida de uma
igreja local, como também a vida de cada um de seus membros. O natural é que ela torne-se uma atividade
central e perene, contagiando tudo o que a igreja e os servos de Cristo fazem.
Evangelizar é a missão principal e a grande tarefa da Igreja. Jesus não cessa de recomendar a seus
discípulos: “sois minhas testemunhas”.
Uma igreja pode fazer tudo mas, se deixar de evangelizar, fracassou em sua missão.
A igreja local é o solo que sustenta as plantações da lavoura de Deus. Se o solo for fraco, as plantas
ficam atrofiadas e não chegam a produzir seus frutos. Podem até ser vistosas, mas sem fruto, produzindo
apenas folhas.
Para produzir o fruto de novas vidas em Cristo e de crescimento no discipulado é necessário cuidar
do ambiente que os sustenta. Qualquer tentativa responsável de evangelização precisa começar com a vida
interna da própria igreja. Ou seja, para que haja crescimento em número e em qualidade, a igreja local
precisa estar bem preparada, saudável e bem nutrida.
Em atos 2.44-47, encontramos um relato da vida interna da igreja em Jerusalém. Como resultado
dessa estrutura interna de alegria, louvor, amor e oração, a igreja crescia “dia-a-dia”. O ambiente atraía os
de fora e dava força aos de dentro.
Existem oitos áreas essenciais na vida da igreja para o sucesso frente aos desafios da evangelização
e do fortalecimento:
Evangelização não é o emprego de técnicas para convencer outros de certas idéias de Deus e de
religião. É um estilo de vida. Vida cristã produtiva, engajada e frutífera. Que também reflete nossa
comunhão com Deus e que nos tornamos instrumentos para comunicar ao próximo o amor de Deus em
Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Evangelização é um fato relacional. Isto é, depende de nosso relacionamento com Deus e com os
outros. O ser humano é o instrumento do Espírito. Somos a ponte pela qual o Espírito de Deus transmite o
amor de Deus aos outros humanos neste mundo. E esta idéia profundamente bíblica está presente em
nossa conversão pessoal ou familiar. Pense nisso!
Na sua vida diária o crente ativo está plantando no mundo as sementes do evangelho. Cada cristão
deve andar consciente de que é um missionário e que seu campo é o mundo do seu dia-a-dia. Deve,
portanto, procurar oportunidades de externar a sua fé e compartilha-la.
CONSOLIDAR
A ordem de Jesus não é simplesmente pregar, mas IR. Ir, fazendo discípulos, batizando, ensinando a
guardar todas das coisas que Ele nos ensinou. Todo crente deve entender o que significa ser discípulo de
Cristo e qual é a sua responsabilidade diante desse mandamento.
Essa ordem envolve toda a Igreja de Jesus Cristo, não importa a idade, sexo, cor ou raça. A Igreja,
na Terra, é o único instrumento com que Deus conta para realizar o seu propósito de levar a verdade de
Sua palavra a todo o mundo.
O texto bíblico exprime dois aspectos que, geralmente, a igreja desconhece: o “ir” e o “fazer
discípulos”. O ir tem a ver com a atividade de buscar e alcançar os que não conhecem a Cristo. É buscar a
quem não ouviu ou não entendeu a mensagem da cruz e, portanto, não é capaz de tomar decisão de seguir
ou não a Jesus.
Este é o primeiro passo da Igreja em seu propósito de obedecer à grande comissão, mas não é o
único. O discipulado vai mais além: é formar homens e mulheres para Deus.
CONSERVANDO OS RESULTADOS
Você já viu um berço sem lados? Seria extremamente perigoso, não é? O bebê nele colocado
poderia cair. Assim também, todo cristão novo precisa de um berço espiritual e a tarefa da igreja local é
construir lados para o berço. Levar uma pessoa a Cristo não é o suficiente. Chegar a Cristo é apenas o
primeiro passo de uma longa jornada!
A evangelização nunca deve ser vista apenas como o semear, mas sim, o preparar o terreno,
semear, cultivar e colher os frutos. É essencial que haja um plano para o cultivo da pessoa alcançada,
conforme as suas necessidades. O recém-convertido precisa receber ensino, orientação e conselhos que o
ajudem a crescer espiritualmente. É importante também que seja participante da vida comunitária da igreja
e de suas atividades. Não existe atalhos ou caminhos mais fáceis em busca dos resultados verdadeiros em
Deus.
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que,
renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e
piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e
Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar
para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras’, Tito 2:11-14.
A ressurreição dos que morreram no Senhor e sua translação, juntamente com aqueles que ainda
estiverem vivos quando o SENHOR retomar, constituem a bendita esperança da Igreja, a qual também crê
que o cumprimento da mesma é iminente (Rm 8:23, I Co 15:51-52, I Ts 4:16-17, Tito 2:13).
A que esperança se refere esta passagem e por que é denominada bendita?
É a esperança do arrebatamento ou segunda vinda de Cristo. Esta esperança se funda
nas promessas de Cristo, tão simples como positivas, as quais têm sido repetidas com
Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e
Mas por que se escolhe esta esperança e se denomina bendita? Porque tem profundo
significado para o verdadeiro filho de Deus. Mencionaremos em continuação, em forma
superficial, algumas das bençãos encerradas nesta esperança:
1. O arrebatamento nos salvará da grande tribulação. “Vigiai, pois,a todo tempo, orando,
para que possais escapar de todas estas cousas que tem de suceder, e estar em pé na
presença do Filho do homem” (Lc 21:36). “Porque guardaste a palavra da minha perseverança,
também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para
experimentar os que habitam sobre a terra” - Ap 3:10.
2. O retorno de Cristo, em busca dos seus, constitui nossa “Bendita Esperança”. Não
esperamos ver o Anticristo nem passar pela tribulação. Pelo contrário, mantemos o ouvido
atento com o fim de ouvir o chamado de nosso Libertador. Nosso olhar percorre os céus,
“aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus” - Tt 2:13. Anelamos e esperamos o Filho de Deus que virá desde os céus - I Ts
1:10. “Assim também, Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados
de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” - Hb
9:28.
3. Como parte dos preparativos que precederão ao arrebatamento, o diabo e suas hostes
serão expulsos do céu. O arcanjo Miguel despejará dos céus todos os inimigos espirituais do
homem – Ef 6:12. Da mesma maneira que os israelitas se livraram para sempre dos egípcios
ao cruzarem o Mar Vermelho, assim também nós seremos livrados para sempre do diabo e
suas hostes, que atualmente infestam o ar e afligem os homens. Esta verdade se expressa em
forma gráfica em Apocalipse 12:7-12. Pratiquemos o coro da vitória a fim de estarmos
preparados para tomar parte quando chegar a hora do triunfo. Maranata, Bendita esperança!
4. No arrebatamento, os santos que morreram ressuscitarão primeiro. “Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de
Deus, descerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” - I Ts 4: 16. “Primeiro”
quer dizer, antes de que se tenha feito algo pelos santos que ainda vivem. Em I Coríntios
15:52, o apóstolo Paulo nos diz o seguinte: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis”. Com respeito ao corpo de ressurreição se diz no mesmo capítulo, versículos
42-44: “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção,
ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em
fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual”, isto é,
corpo adaptado para viver no mundo espiritual.
5. No arrebatamento, os santos com vida serão transformados. “Eis que vos digo um
mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir
e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados” - I Co 15:51,52. Em Filipenses 3:20,21, Paulo
esclarece esta mudança que o crente experimentará, dizendo: “Pois a nossa pátria está nos
céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o
nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem
de até sujeitar a si todas as coisas”. Por sua parte, João nos diz o seguinte: “Amados, agora somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar seremos
semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é (...)” - I Jo 3:2. Esta transformação dos corpos dos
remidos que têm morrido e dos que ainda vivem por ocasião da vinda do senhor Jesus, é denominada por
Paulo em Romanos 8:23, “a redenção de nosso corpo”.
6. No arrebatamento os crentes remidos, que ainda estiverem vivos na volta do Senhor, subirão com os
remidos que têm morrido, sendo os que primeiro ressuscitarão em incorrupção. “Depois nós, (isto é, depois
da ressurreição dos que morreram confiando em Cristo) nós que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares e assim estaremos para sempre
com o Senhor” - I Ts 4:17. Este arrebatamento denomina-se “a nossa reunião com ele” em II
Tessalonicenses 2:1. Bem-aventurada reunião e bem-aventurada esperança!
7. O arrebatamento capacita os crentes em Cristo, tantos vivos quanto mortos, a triunfarem sobre a
morte e sepultura. “E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se
revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória” – I
Co 15:54. Este pensamento inspirou o apóstolo Paulo a escrever esta estrofe, imitando as maravilhosas
palavras de Oséias 13:14.
“Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O aguilhão da morte é o pecado,
E a força do pecado é a lei.
Graças a Deus que nos dá a vitória
Por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
I Coríntios 15:55-57.
8. O arrebatamento libertará o crente para sempre da dor, enfermidade e tristeza. Rogamos que o leitor
leia as emocionantes palavras das Sagradas Escrituras em Oséias 13:14, Apocalipse 7:16,17, 14:13, 21:4.
Num instante o crente se verá transportado de uma terra açoitada pela pobreza e sofrimento, pela loucura e
miséria, pela tristeza e dor, por guerras e calamidades, por lágrimas e lamentos, pela morte e desolação, a
um céu onde a vida, a felicidade, a paz e o gozo são eternos. Ali “Deus lhes enxugará dos olhos toda
lágrima”, Apocalipse 7:17, e “gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”, Isaias 35:10.
Que mudança! Que bendita esperança!
9. No arrebatamento os crentes serão recompensados de acordo com suas obras: “E eis que venho sem
demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”, Apocalipse
22:12. O contemplar o seu rosto recompensará milhares de sacrifícios. Seu “muito bem” retribuirá com
vantagem todo nosso trabalho e Seu “entra no gozo do teu Senhor”, inundará nosso coração de um gozo
jamais experimentado.
Bendita esperança! Ancoradouro do marinheiro açoitado pelo mar tempestuoso, estrela que guia ao
cansado peregrino. Contemplemos através das lágrimas a estrela da esperança, até que apareça a estrela
da manhã. “E assim estaremos para sempre com o Senhor” - I Ts 4:17. “Eu, porém, na justiça contemplarei
a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança” - Sl 17:15. “Na tua presença há
plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente” – Sl 16:11. Ó, Bendita Esperança!
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− Dicionário VINE, W.E.Vine, Merril F. Unger, William White Jr., CPAD, 2002, 1a. Edição
− https://defendendoafecrista.wordpress.com/2017/11/29/mateus-1028-a-alma-sera-destruida-no-inferno-e-deixara-de-existir/
− https://webartigos.com/artigos/o-significado-da-palavra-morte-no-contexto-biblico
− http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/22/a-tricotomia-do-homem.html
− https://jesuscristoemnos.org/cursos-formacao-de-discipulos-de-cristo/conquistando-a-maturidade/cm-01-espirito-alma-e-corpo/
− http://genesisum.blogspot.com/2011/05/corpo-alma-e-espirito-o-que-e-cada-um.html
− http://altarsecrets.blogspot.com/2016/10/alma-vivente-x-espirito-vivificante.html
− http://www.rochaferida.com/2012/11/a-origem-da-biblia.html
− http://www.ebdonline.com.br/estudos/mordomia.htm
− Manual do Curso de Capacitação, Módulos 2 e 3, Ministério Metodista de Discipulado - 1ª Regional, Corbã Editora, 2005
− https://www.webartigos.com/artigos/a-origem-da-biblia
67. Quem nos outorga poder para vivermos uma vida santa?
68. Qual a dupla significação da santificação?
69. Onde está escrito que Cristo é nossa santificação?
70. Como Paulo denominou os crentes de Coríntios?
71. Como obra progressista, muitas lições que Deus nos dá, envolvem castigo. Por que?
72. Com quem devemos cooperar para obtermos a verdadeira santificação?
73. Quais os meios para alcançarmos a santificação?
74. Por que sobrevieram a enfermidade e a morte à família humana?
75. Quem é o doador da vida?
76. Quantos Deus quer curar?
77. A quem Jesus recomendou o ministério da cura?
78. Como se chama o plano financeiro para o sustento da obra?
79. Quem ensinou a Abraão sobre o dízimo?
80. Quais as características do dízimo de Abraão? (5 partes)
81. Onde Jacó aprendeu sobre o dízimo?
82. Que tipo de experiência leva o crente a ser dizimista?
83. O dízimo foi instituído antes da lei ou pela lei?
84. Qual a finalidade do dízimo?
85. Que nos diz Malaquias sobre os dízimos?
86. Onde encontramos o dízimo vigorando no Novo Testamento?
87. O que tipifica o dízimo dado a Melquisedeque?
88. Quem será expulso dos Céus?
89. Quem será ressuscitado primeiro no arrebatamento?
90. O que acontecerá com os santos que tem vida na volta de Cristo?
91. Conforme o apóstolo Paulo, onde é a nossa pátria?
92. Qual o ensino de I Ts 4:17?
93. Do que os crentes serão libertos no arrebatamento?
94. O que Apocalipse 7:17 diz que Deus fará?