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Professor: Renato
Aluno: Guilherme da Cunha Machado
Disciplina: Educação Física
Esporte Adaptado
Introdução:
Os esportes adaptados para deficientes ocupam cada vez mais espaço, mostrando-se
fisicamente e emocionalmente importantes para a inclusão social e reabilitação de quem os
pratica.
Vibrar e torcer por um atleta ou time é um sentimento universal, e dá até para dizer que
diferenças não existem diante da emoção de acompanhar um campeonato. E assim deve ser
também na hora de praticar esportes: todos os indivíduos possuem o direito de realizar os
mais diversos tipos e modalidades esportivas possíveis.
Que a prática de exercícios físicos é algo de extrema importância para a saúde, muitos já
sabem. Por este motivo, toda e qualquer pessoa deve se empenhar na prática de algum
esporte, inclusive aquelas com deficiência.
O exercício físico e a prática regular de esportes podem trazer diversos benefícios para a
saúde e qualidade de vida da pessoa com deficiência. Melhora a circulação sanguínea, o
fôlego e ainda proporciona sensações de prazer e alegria.
Praticar esportes também pode ser uma forma de auxílio para a reabilitação da pessoa com
deficiência.
Este trabalho vai apresentar a origem dos paradesportos, nome dado aos esportes
realizados por pessoas com alguma deficiência, e também quais são os mais populares
praticados no Brasil e no mundo.
Como surgiu o esporte adaptado:
Os paradesportos surgiram no século XX com os esportes para deficientes auditivos.
Depois, em 1920, foram incluídos a natação e atletismo para deficientes visuais.
O esporte adaptado para deficientes físicos apareceu pela primeira vez apenas após a
Segunda Guerra Mundial, como forma de reabilitação e inclusão social dos soldados
mutilados.
Com isso, segue abaixo dezenove modalidades esportivas adaptadas para pessoas com
deficiências:
Basquete:
O basquete adaptado surgiu nos Estados Unidos da América por volta de 1945, já no
fim da Segunda Guerra Mundial.
É um dos esportes adaptados mais antigos e esteve presente em todas edições dos
jogos paraolímpicos realizados até hoje se consagrando como um dos esportes
favoritos na competição.
Basquete, em nível de competições oficiais, deve ser praticado com cadeiras de rodas
adaptadas e padronizadas à prática do esporte, seguindo uma certa linha.
Bocha:
Na partida, o jogador possui seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca,
que é a bola alvo. A quadra deverá ser lisa e plana com área delimitada nas dimensões
de 12,5m x 6m.
Os jogadores são divididos por categorias conforme o tipo e grau de deficiência, por
exemplo: distrofia muscular progressiva, acidente vascular cerebral, disfunção motora
progressiva, entre outras.
A bocha adaptada faz parte dos Jogos Paraolímpicos desde 1984. Trata-se de um
esporte que requer bastante concentração e precisão.
A disputa consiste em lançar bolas — que podem ser vermelhas ou azuis —, de modo
que elas cheguem o mais próximo possível da bola branca (Jack). O esportista pode
disputar sozinho, em dupla ou em equipes maiores.
Para fazer o arremesso das bolas, pode ser usada as mãos, os pés, e até mesmo a
cabeça. Se o participante tiver maior comprometimento dos membros, pode contar
com o apoio de um assistente.
O esporte pode ser praticado por qualquer pessoa que se encaixe na classificação, por
exemplo, pessoas com paralisia cerebral, atrofia muscular espinhal, disfunção motora
progressiva e etc.
Natação:
A natação é um esporte excelente para pessoas com deficiência, já que trabalha todas
as funções do corpo, e traz diversos benefícios para saúde, além de ser muito
acessível.
Está presente nos Jogos Paraolímpicos desde 1960, quando aconteceu a primeira
edição. A partir de então, o Brasil já conquistou 102 medalhas nessa que é a sua
segunda modalidade mais premiada.
Este é um dos esportes mais completos, ele trabalha todo o corpo e também é popular
por ser capaz de acalmar e relaxar o praticamente.
Tênis de Mesa:
O tênis de mesa é uma das modalidades mais tradicionais dentro do esporte inclusivo.
Tanto que, esteve presente na primeira edição dos Jogos Paraolímpicos, em 1960.
Além disso, para o tênis em cadeira de rodas, a bolinha pode pular duas vezes na
mesa.
O saque deve ser feito com a mão contrária à que segura a raquete. Mas, para os
atletas andantes que não têm condição de usar o braço livre — por causa de
amputação ou outra deficiência —, é permitido utilizar a mão que segura a raquete
para realizar o saque.
A grande vantagem desse esporte é que quase todos podem participar, com exceção
apenas para as pessoas com deficiências visuais. Além disso, os participantes podem
competir sozinhos em duplas ou em times maiores.
Atletismo:
Sendo assim, existem modalidades para pessoas com deficiência física, mental e visual,
cada uma com suas particularidades.
Voleibol Sentado:
Para quem busca um esporte dinâmico e divertido o voleibol sentado pode ser a
escolha ideal. Sua prática incentiva o espírito de equipe e o desenvolvimento de
capacidades motoras e o estímulo das funções cognitivas.
Com algumas regras básicas do vôlei em pé, o vôlei sentado é um jogo igualmente
empolgante e é disputado oficialmente desde os anos 1980, com as Paraolimpíadas de
Arnhem, na Holanda.
No voleibol sentado, a quadra é menor. Ela tem 10m x 6m, e a rede apresenta uma
altura de 1, 15m e 1, 05m para homens e mulheres, respectivamente.
Dentro da quadra, ficam dispostos 6 atletas em cada time. Vale destacar que os atletas
precisam manter a pélvis encostada no chão. Os jogadores são divididos em dois
grupos, considerando seu grau de limitação.
Futebol de 5:
Os participantes usam vendas nos olhos, para que esportistas com percepção luminosa
não tenham uma vantagem. O goleiro é o único do time que não possui deficiência
visual.
Para que os jogadores consigam identificar a bola, ela é preenchida com guizos. A
torcida só pode se manifestar na hora de um gol.
Goalball:
Para que seja praticado, a adaptação vai no equipamento. Dessa forma, as regras do
remo são aplicadas igualmente para a modalidade adaptável.
Arco e Flecha:
Quando houve a primeira edição dos Jogos Paraolímpicos, em Roma no ano de 1960,
já havia a modalidade de tiro com arco.
O tiro com arco adaptado é uma modalidade bastante inclusiva. Ela pode ser praticada
por atletas com amputações, paralisia, paralisia cerebral, lesões medulares, perda de
força muscular e doenças progressivas.
Halterofilismo:
É um esporte que exige muita força dos competidores já que, deitados, eles devem
trazer a barra com pesos ao peito. Em seguida, devem mantê-la estável e reerguê-la
estendendo completamente os braços antes de colocá-la na posição original. Vence o
atleta que levantar o maior peso.
Esse esporte adaptado possui apenas uma classe que é divida em categorias de acordo
com o peso corpora dos esportistas.
Ciclismo:
Um dos esportes mais empolgantes, com certeza, é o ciclismo. Além de divertido, ele é
muito inclusivo, pois pessoas com deficiência visual, cerebral, amputados ou
lesionados podem praticar.
Nas competições de ciclismo, os atletas são divididos em três classes de acordo com a
deficiência que eles têm.
Artes Marciais:
A prática de artes marciais como judô, karatê, jiu-jitsu, muay thai e kung fu é uma
excelente opção para quem não gosta da musculação, mas quer trabalhar os músculos
do corpo.
Além disso, elas proporcionam força e equilíbrio a quem as pratica, de modo que são
extremamente importantes no processo de recuperação da autoconfiança.
As artes marciais são exercícios que podem ser facilmente adaptados e tudo o que se
necessita para praticá-las é vontade e determinação. Isso resultará numa melhora
global do desenvolvimento corporal e trará os benefícios do fortalecimento dos
músculos do corpo.
O judô por sua vez é um esporte competitivo presente nas paraolímpicas desde 1988.
Na modalidade esportiva, é exclusivo para esportistas com deficiência visual.
Esgrima:
Nessa prática esportiva, as cadeiras de rodas ficam fixadas ao solo — para dar
estabilidade — e uma armação especial garante que os atletas se posicionem a uma
determinada distância e ângulo.
A esgrima sobre cadeira de rodas é um esporte muito vibrante, ideal para pessoas que
gostam de competições acirradas.
Tiro Esportivo:
Hipismo:
Esse esporte adaptado é um dos mais indicados para a reabilitação física e também
social das pessoas com deficiência física ou visual. As partidas são organizadas de
acordo com a habilidade funcional dos atletas.
Vale destacar que o local deve ter sinalização sonora para orientar os atletas com
deficiência visual.
Parabadminton:
Sua versão adaptada surgiu no Brasil a pouco tempo. De acordo com o Comitê
Paraolímpicos Brasileiro, o esporte adaptado foi introduzido no país em 2006 pelo
professor Létisson S. Pereira, no Distrito Federal.
A modalidade vai ser disputada pela primeira vez em jogos olímpicos na edição 2021
Paraolimpíadas de Tóquio. São 6 categorias disputadas que variam entre competições
individuais ou em duplas.
Pesca:
Com as adaptações certas, a modalidade pode incluir pessoas com diferentes tipos
deficiência, inclusive tetraplégicos e paraplégicos.
Para praticar esse esporte para pessoa com deficiência, existe uma gama de
equipamentos com adaptação, que ajudam o esportista a conquistar o máximo de
autonomia e praticar com conforto o esporte.
Power Soccer:
O power soccer é o futebol em cadeira de rodas motorizada. É o primeiro esporte
adaptado de equipe competitivo pensado exclusivamente para ser disputado por
pessoas com deficiências severas, como a tetraplegia, amiotrofia espinhal, distrofia
muscular, paralisia muscular, entre outras.
Além disso, é a única modalidade coletiva que pode ser praticada por atletas que usam
cadeiras motorizadas para sua locomoção diária. Trata-se de uma atividade inclusiva e
terapêutica, afinal, desenvolve qualidades desportivas e, ainda, estimula diversas
ações, como a condução da cadeira, espírito de equipe e novas amizades.
A prática do power soccer começou na França, em 1978, para reabilitar jovens com
deficiências severas. O Canadá, posteriormente, também desenvolveu uma forma de
futebol em cadeiras motorizadas, que eles chamavam de Motor Ball.
(Bibliografia: https://www.atletis.com.br/esportes-adaptados-praticados e
https://blog.freedom.ind.br/6-esportes-praticados-por-pessoas-com-deficiencia/ )