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De acordo com o texto, a mulher não nasce com o amor materno inato, este sentimento é

desenvolvido pela convivência e cuidados ao filho, que avançaram ao longo dos anos. Um
ponto interessante é que os homens eram considerados  superiores a  mulheres, esta visão
machista era apoiada por trechos bíblicos. Que relatam que Eva, é a responsável por trazer o
pecado e os males do mundo. É ainda dito que a criança também era submissa e foi somente
depois de alguns anos que os pequenos passaram a receber uma atenção especial. A maioria
das crianças  eram criadas pelas Amas até os cinco anos de idade, dessa forma as mães não
tinha contato com os próprios filhos, que ao voltar para casa não reconheciam seus pais.
Algumas amas não cuidavam apropriadamente das crianças que morriam por maus tratos, fato
que não impedia dos pais continuarem entregando os filhos aos "cuidados" das Amas. Santo
Agostinho afirmava que o filho era o "fruto do pecado" que às vezes vinha como forma divina
de punição aos pais.

Os casamentos arranjados eram comuns na época, dessa forma o amor era um sentimento
raro e quando um dos noivos falecia o cônjuge não ficavam tristes, pois era praticamente um
desconhecido que havia morrido. Era recomendável que os pais adotassem uma postura rígida
com os filhos, pois os castigos eram imprevisíveis para uma boa criação. Quando um adulto
crescia com vícios ou "fora da linha" a culpa era dos pais em especial da mãe que na maioria
das vezes tinha pena de castigar o filho. O nascimento de um filho podia significar a morte dos
pais, visto que em sua grande maioria eram pobres e não tinham condições de cuidar nem de
si próprios, dessa forma abandonar os filhos era uma questão de sobrevivência tanto para os
progenitores quanto para as crianças, que na maioria das vezes morriam. 

A partir do século XVIII, as mulheres mais favorecidas puderam alcançar a autonomia


intelectual. As mulheres começaram a ter interesse por conhecimento e desejavam ocupar o
mesmo espaço que seus companheiros tinham, queriam direitos iguais, lutaram para isso,
mesmo com a resistência masculina, aos poucos foram conquistando seu espaço.

Por volta do século XVI e XVII as mulheres entregavam os filhos às Amas, pois se preocupavam
com a estéticas dos seus seios, além disso os médicos aconselhavam a não ter relações sexuais
na gravidez e no amamento. É ainda dito que naquela época os muitos pais não tinham
sentimento de apagado aos filhos, quando as crianças faleciam alguns pais nem iam sepultar
os filhos.  As crianças tinham uma péssima alimentação e além disso podiam morrer por doses
exageradas de narcóticos para fazer a criança dormir. Eram utilizados xarope de diacódio,
láudano e aguardente. Eram tantos os perigos que os pequenos  tinham que enfrentar que se
morressem no transporte, ou pelo leite da amas contaminados por doenças, tinham as
doenças que afetavam as crianças, como diarréias, febres, ainda tinham que sobreviver às más
condições de higiene. Era comum as amas deixarem as crianças por horas, por vezes, dias
inteiros atoladas em seus excrementos, não tendo o mínimo de higiene. Os bebês eram
empacotados com vários panos e roupas e isso trazia vários problemas ao bebê.  Muitas
tinham comprometimento na sua respiração pelo aperto nos pulmões e tinham muitas
convulsões. Esse costume não podíamos culpar as amas, pois os bebês eram enfaixados assim
para que crescessem retos e bem formados, era um costume que vinha sendo praticado há
séculos Os pais sequer mandavam mensagem para saber se o filho estava bem, às vezes, as
amas entravam em contato com a família para pedir dinheiro para as despesas. As mães
tinham pouco contato com os filhos, tratavam eles com severidade, assim, a criança tinha
medo de se aproximar da mãe. No lugar do respeito, surge o medo e a criança torna- se cada
vez mais tímida. Para sair de casa, sempre tinham belas roupas, mas em casa era nu e morto
de fome.

Após 1760, a figura feminina  adota uma  postura materna, publicações   "ordenam" que as
mães  amamentem seus filhos e priorizem a maternidade. Surge então  o mito do amor inato
da mãe pelo filho, visto até mesmo nos dias atuais. Ansiando por igualdade muitas mulheres
acreditaram nas palavras de homens que afirmavam que exercer o papel da maternidade
traria igualdade e respeito às mulheres, entretanto esse discurso não foi comprado por todas
houve as que acataram o seu novo "papel social" outras fingiram e ainda houve aquelas que
resistiram a esse novo papel feminino. 

No primeiro capítulo a autora salienta que o amor materno não é inato, pelo contrário é
construído pela convivência e cuidados ao filho, comprovado por uma lista de exemplos, já no
segundo é apontado que a visão do papel que a mulher deveria exercer na sociedade mudou,
passou a ser associada ao amor pelo filho. Esta visão ainda permanece intacta nos dias atuais. 

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