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Modelos

de Grafos
MACS

18 OCTOBER

Escola Secundaria De Rio Tinto


Por: Carolina Ferreira nº8
Francisca Martins nº22
Lara Barros nº19

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Índice
Introdução……………………………………………………………………………..1
Aplicação dos Grafos nas diversas áreas……………………………………….....2
Euler…………………………………………………………………………………….3
Historia………………………………………………………………………………….4
Grafo não euleriano…………………………………………………………………...5
Teorema de
Euler……………………………………………………………………...6
Teorema do
caminho……………………………………………………………….....7
Eulerização……………………………………………………………………………..8
Hamilton……………………………………………………………………………..…9
História……………………………………………………………………………..….10
Circuito de
Hamilton………………………………………………………………….11
Algoritmo dos mínimos
sucessivos………………………………………………....12
Algoritmo da ordenação do peso das
arestas……………………………………..13
Árvores……………………………………………………………………………......14
Arvores…………………………………………………………………………….....15
Historia………………………………………………………………………………...16
É uma
arvore?....................................................................................................17
Algoritmo kruskal……………………………………………………………………..18
Algoritmo Prim………………………………………………………………………..19
Caminhos critico…………………………………………………………………....20
Historia ………………………………………………………………………………..21
Exercícios ...
…………………………………………………………………………..22
Conclusão…………………………………………………………………...............23

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Introdução
Um Grafo é determinado por um conjunto V de vértices e um conjunto A de
arestas, cujos extremos são vértices que pertencem ao conjunto V.

No âmbito da disciplina de MACS foi nos proposto que realizássemos um


trabalho sobre a Teoria dos grafos. Vamos dar a conhecer o propósito e a origem de
cada um dos métodos e a elaboração e resolução dos problemas criados para os
mesmos.

Aplicação dos Grafos nas diversas áreas

Ao analisarmos a História, vemos que a evolução da Matemática teve sempre


um papel fundamental no desenvolvimento científico-cultural das sociedades. A teoria
dos grafos foi explorada há mais de 200 anos, ao ser utilizada para resolver um
problema das pontes de Konigsberg (atualmente cidade de Kaliningrado, na Rússia).
No dia a dia, recorremos com frequência ao uso de esquemas para facilitar a
visualização e a compreensão das mais variadas situações, como, por exemplo, para
representar relações num mapa rodoviário duma cidade, o relacionamento social
entre indivíduos, a estrutura hierárquica de uma empresa ou até mesmo as relações
existentes na Matemática e na Informática.
A teoria dos grafos é uma estrutura matemática usada para representar essas
relações, e ficar a conhecer alguns problemas clássicos, quer pelo seu interessante
desafio intelectual, quer pela sua importância em aplicações práticas no nosso
quotidiano.
A aplicação desta teoria não é utilizada apenas na Matemática. Abrange
também áreas diversas, como, por exemplo, o planeamento de uma rede de

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comunicações viária, projetos de arquitetura, desenho de circuitos eletrónicos,
resolução de problemas inerentes às telecomunicações, distribuição de produtos,
controlo de tráfego urbano e ainda na medicina.

Euler
Historia
Leonhard Euler (1707-1783), nasceu na Suíça. Aos 13 anos
entrou na Universidade de Basileia e aos 16 anos obteve o grau de
mestre em Filosofia. Euler foi o matemático prolífico na História, com
especial destaque para a teoria dos números, combinatória, análise,
geometria, entre outras. A sua primeira referência conhecida sobre a
Teoria dos Grafos surge com Euler que, em 1736, apresentou a
solução do famoso problema das sete pontes de Konigsberg, o ponto
de partida para o seu estudo.
Um grafo euleriano é um grafo que admite um circuito de
Euler.

Grafo não euleriano


1. O carteiro Paulo utiliza o seguinte percurso no seu dia-a-dia para distribuir a
correspondência. O ponto A representa o posto de correios e os restantes
vértices os locais de entrega, enquanto que as arestas representam as ruas.

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a). Será que consegue distribuir todas as cartas, começando e acabando no
posto dos correios?

Resposta: Não, não é possível percorrer todas as ruas, pois o grafo é desconexo. Para o
carteiro entregar a correspondência teria de existir uma rua entre os locais C e I, por
exemplo.

Teorema de Euler e Eulerização


2. Um pintor organizou o seguinte recinto destinado à realização de uma
exposição de arte, com os seguintes espaços: auditório (a), exposição (e),
espaço de debate (d), sala de reuniões (s) e teatro (t).

Ao verificar o esquema feito pelo pintor, uma visitante verificou que, se mantivesse
o número de portas abertas, não conseguiria visitar o recinto começando e
terminando na sala de reuniões, percorrendo todas as portas e passando por cada
porta uma única vez.

a) Verifica se a visitante está correta e dê uma sugestão para resolver o problema.

A tua resposta deve:


- Apresentar um grafo que modele a situação descrita;
- Referir se e possível realizar o que a visitante pretende;
- e resolver o problema da visitante.

Resposta: O que se pretende verificar é se é possível encontrar-se um circuito de


Euler.

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Um circuito de Euler é um circuito onde é possível percorrer todas as arestas sem
repetir nenhuma, voltando à sala de reuniões. Pelo teorema de Euler, um grafo
euleriano admite um circuito se é conexo e todos os seus vértices têm grau par.
- É conexo;
-Os vértices E e A têm grau ímpar (3).
Sendo só, isso possível se, se acrescentasse uma porta para o exterior no teatro. A este
processo chama-se eulerização.

Teorema do caminho

3. A Maria vai fazer anos e tenciona entregar os convites para a festa a casa dos
amigos. A mãe dela quer um trajeto em que ande o mínimo possível desde a
loja de convites (d1) até a sua casa (d2).

Será possível encontrar um trajeto em que não tenha de repetir ruas, no entanto
passar por todos os pontos pretendidos?

Na tua resposta deves:

-Apresentar o grafo que representa a situação, onde as arestas representam as ruas e


os vértices as casas;
-Apresenta um possível trajeto.

Resposta: Pelo teorema do caminho de Euler podemos ter um caminho de Euler se no


máximo tivermos 2 vértices de grau ímpar. Neste caso o que se pretendia saber era se
existia um caminho de Euler. Como o ponto de partida e o de chegada têm ambos

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graus ímpares e o grafo é conexo, um possível trajeto é: d1, d3, d4, d6, d2, d4, d5, d1,
d2.

Hamilton
História
William Rowan Hamilton (1805-1865), nasceu na Irlanda e
foi o mais famoso cientista irlandês da época. Aos 18 anos de idade
ingressou na Universidade de Dublin, onde frequentou a escola de
matemática e estudou os grandes clássicos da ciência. Ainda antes
de concluir os seus estudos foi nomeado professor de astronomia.
Os seus trabalhos foram importantes no desenvolvimento da ótica e
da mecânica clássica.
Um grafo hamiltoniano é um grafo que admite um circuito
de Hamilton.

Circuito de Hamilton
4. A Sofia decidiu viajar até Paris e, a partir daí, visitar outras capitais pela Europa,
regressando a essa primeira cidade no fim da visita. As capitais que pretende
visitar, para além de Paris, são Berlim, Madrid, Viena e Roma. Para planear bem
as suas férias utilizou a seguinte tabela, que apresenta as distâncias em km
entre as capitais referidas:

Berlim Madrid Viena Roma


Paris 1054 1274 1135 1420
Berlim ----- 2320 639 1501
Madrid ----- ----- 2381 1959
Viena ----- ----- ----- 1139
Roma ----- ----- ----- -----

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Resposta: O seu percurso será definido a partir do grafo construído, atendendo à
tabela. Com base nos dados indica
o percurso mais curto possível para
a viagem da Sofia, sem fazer com
que ela repita nenhuma
cidade.Legenda:
Paris – P
Berlim – B
Madrid – M
grafo
Viena – V
Roma – R
R.: PBVRM
Total: 1054 + 639 + 1139 + 1959 = 4791 km
Algoritmo dos mínimos sucessivos
5. Um grupo de amigos está a passar férias em Londres e decidem visitar os 6
museus mais importantes apenas num dia. Estes museus estão representados
na figura 1 como M1, M2, M3, M4, M5, M6 e as distâncias entre eles, em
metros.

a) Eles pretendem demorar o menor tempo possível a realizar o percurso, para ainda
terem tempo para jantar. Indica, então, o percurso mínimo possível a ser feito pelo
grupo de amigos para visitar os 6 museus, saindo do hotel em que estão alojados,
indicado pela letra H, e voltando para o mesmo.

b) Dependendo da sua escolha, o grupo de amigos pode ser levado a percorrer uma
distância maior do que a necessária?

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Resposta:

a) H M5 M6 M2 M1 M3 M4 H
Total: 719 + 480 + 461 + 492 + 400 + 772 + 516 = 3840 m

b) H M2 M6 M5 M3 M1 M4 H
Total: 719 + 461 + 480 + 723 + 400 + 3006 + 516 = 6305 m

R.: Sim, pois existem duas arestas com o mesmo valor, isto é, duas ruas com o mesmo
número de metros. A sua escolha aleatória pode levar o grupo de amigos a percorrer
um percurso bastante maior do que o necessário, como se verifica a cima.

Algoritmo da ordenação do peso das arestas


Uma empresa de cosméticos decidiu expandir o seu negócio e abrir lojas nas cidades
indicadas na tabela seguinte, em que as distâncias entre as mesmas estão expressas
em km:

Bruxelas Estocolmo Tóquio Londres Oslo


Nova Iorque 5885 6316 10840 5567 5911
Bruxelas ----- 1569 9446 371 1401
Estocolmo ----- ----- 8168 1905 525
Tóquio ----- ----- ----- 9586 8403
Londres ----- ----- ----- ----- 748
Oslo ----- ----- ----- ----- -----

A diretora comercial, que mora em Londres, ficou encarregada de dar formação em


todas as lojas que iam abrir em breve, começando e acabando na sua cidade. Sabendo
que as vai visitar a todas sem repetir nenhuma, indica o circuito mais favorável para a
diretora.

Resposta:
Legenda:
Nova Iorque – N
Bruxelas – B
Estocolmo – E
Tóquio - T
Londres – L
Oslo – o

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LB: 371 ET: 8168
OE: 525 OT: 8403
OB: 1401 BT: 9446
BE: 1569 LT: 9586
OL: 1748 TN: 10840
LE: 1905
NL: 5567
grafo
NB: 5885
ON: 5911
NE: 6316
LBOETNL
Total: 371 + 1401 + 525 + 8168 + 10840 + 5567 = 26872 km

Método das Árvores


6. O Pedro vive em Coimbra e é vendedor numa empresa. Todas as semanas parte
de sua casa e vai visitar quatro cidades: Lisboa, Porto, Vila Real e Faro.

Lisboa Porto Vila Real Faro


Coimbra 207 121 134 443
Lisboa ----- 313 309 277
Porto ----- ----- 95 554
Vila Real ----- ----- ----- 638
Faro ----- ----- ----- -----

a) Ele é obrigado a, primeiramente, visitar os clientes da sua cidade e a seguir os da


cidade do Porto, devido aos horários. Ele está convencido de que, se depois do Porto
seguir para Vila Real vai realizar um percurso menor todas as semanas. Mostra se o
Pedro está certo e justifica.

b). Indica quantos percursos possíveis existem para que o Pedro consiga realizar o
pretendido se não fosse obrigatório seguir de Coimbra para o Porto.

Resposta:

a)
Legenda:
Coimbra – C
Lisboa – L
Porto – P

10
Vila Real – V
Faro – F

1. CPLVF
121 + 313 + 309 + 638 = 1381 km

2. CPLFV
121 + 313 + 277 + 638 = 1349 km

3. CPFLV
121 + 554 + 277 + 309 = 1211 km

4. CPFVL
121 + 554 + 638 + 309 = 1622 km

5. CPVLF
121 + 95 + 309 + 277 = 802 km

11
6. CPVFL
121 + 95 + 638 + 277 = 1131 km

R.: O melhor percurso é o CPVLF, com um total de 802 km. O Pedro, está, então,
correto pois o percurso com menor número de km é o que, depois de passar pela
cidade de Coimbra e Porto, vai para Vila Real.

b) n = 5
(n – 1 ) ! = 4! = 24

R.: Os percursos possíveis que existem para que o Pedro consiga realizar o pretendido
se não fosse obrigatório seguir de Coimbra para o Porto são 24. Isto é, existem 24
circuitos de Hamilton.

Árvores
Historia
As arvores são outra classe de grafos que noa tem circuitos não
podendo ter arestas paralelas nem lacetes.
Joseph Bernard Kruskal (1928-2010) nasceu nos Estados Unidos
da América. Frequentou a Universidade de Chicago e fez o seu
doutoramento na Universidade de Princeton em 1954 onde foi
professor de matemática mais tarde, bem como nas Universidades de
Wisconsin e Michigan. O seu trabalho deu um contributo importante
na otimização de redes. Desenvolveu o algoritmo para a resolução do problema de
árvores abrangentes de custo mínimo.
Robert Clay Prim (nascido em Sweetwater, Texas, 25 de
setembro de 1921) é um matemático e informático norte-americano
que ficou conhecido pelo algoritmo com o seu apelido. Na ciência
computacional, o algoritmo de Prim é utilizado para encontrar a árvore
geradora mínima num grafo. O algoritmo foi desenvolvido em 1930 por
um outro matemático e depois por Prim em 1957.

É uma arvore?

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7. Uma empresa de telecomunicações divulgou um desafio aos seus
trabalhadores, contruírem uma árvore que represente a rede de fibra ótica da
urbanização Y, corretamente.

Figura 1. Urbanização Y

Indique qual dos projetos seria selecionada pela empresa.

Resposta: os projetos admitidos pela empresa seriam o projeto c) e o d), uma vez que
não formam circuitos assim como lacetes e por serem conexos representando bem
uma arvore abrangente do grafo da urbanização Y.

Algoritmo Prim

8. Na ilha de são Miguel, perto de um hotel famoso ir-se-á construir um parque


natural com 6 bebedouros e por isso pretende-se realizar a rede de canalização
por onde passará a água.

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Figura 2. Distancias entre as casas da Urbanização

Atendendo que se devem privilegiar as distancias, em metros, mais curtas possíveis


entre os bebedouros (A, B, C, D, E) tomando que todos devem estar incorporados na
rede, construa um grafo que traduza todos os pedidos e indique a distancia mínima
total. Inicie pelo bebedouro D.

Resposta:

DAEBC
3+7+9+5= 24
Ao todo o grafo da rede de canalização terá 24 metros.

Algoritmo Kruskal
9. Uma pequena aldeia está a preparar-se para as celebrações de Natal e, por
isso, no centro da mesma, vão se montar pontos de venda alusivos ao natal,
interligados por uma extensão de luzes (em metros). Para que tal seja possível
cada uma das bancas deve estar ligada a:
- Uma das duas bancas principais onde estão os geradores; (G1, G2)

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- Ou ligada a uma banca que eventualmente esteja conectada a um gerador;
(A, B, C, D)
Sendo assim, possível ligar todas as luzinhas de natal de cada uma das bancas.

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Indique o número de extensão, em metros, apenas essencial e as ligações a fazer entre


os pontos de venda de modo a que todos estes possam receber o espirito de natal.

Resposta:

7+5+3+2+1= 18
De modo a que a extensão ligue todas as bancas serão necessários 18 metros.

Caminhos críticos
Historia

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O método do caminho critico pode conduzir a um dígrafo que permite determinar o
tempo mínimo de execução de um projeto quando se conhecem as diversas etapas e
respetivas dependências.

10. A companhia de aviação DELTAK opera nos aeroportos nacionais. De acordo


com o protocolo devem ser realizadas uma lista de tarefas entre a aterragem e
descolagem do avião.
A tabela seguinte apresenta o tempo necessário para concretizar cada tarefa
(duração) e quando existem, as tarefas precedentes que devem ser
previamente concluídas (tarefas pendentes). Há tarefas que se podem
desempenhar em simultâneo como o desembarque de passageiros (DP) e de
bagagens (DB).

Determine o tempo mínimo em minutos necessário para realizar todas as tarefas que
antecedem uma nova descolagem.

Resposta:

DB-2 CB-18 EP-14+20=34 DP-14 LC-14+12=26


RA-26+4=30

Assim, o tempo necessário para que se realizem todas


as tarefas serão 30 minutos.

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11. Num determinado verão, no FESTIVAL VERÃOLOUCO decorreram os seguintes
concertos C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8 e C9.
Estes realizaram-se a durante 3 dias. Tendo em conta que certos concertos estão
dependentes de outros, uma vez que partilham os mesmos músicos de banda e que
tem durações diferentes, construa uma tabela que represente a situação.

Resposta: De acordo com os dados fornecidos a tabela seria a seguinte:

Concertos Duração Dependências


C1 20 --
C2 35 C5
C3 25 C5
C4 50 C1,C6
C5 40 C4,C7
C6 30 --
C7 60 C6
C8 47 C5
C9 55 C2,C8,C3

Conclusão:
Na nossa opinião, o estudo dos grafos apresenta um marco importante e essencial no
nosso
dia-a-dia. Em suma, conseguimos compreender melhor a utilidade e necessidade deste
tema,
enriquecendo assim os nossos conhecimentos matemáticos e gerais.

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