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Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 780238 Impresso: 13/04/2021) NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16246-1 Primeira edicao 27.11.2013 Valida a partir de 27.12.2013 —— Florestas urbanas — Manejo de arvores, arbustos e outras plantas lenhosas Parte 1: Poda Urban forests — Tree, shrub and other woody plant management Part 1: Pruning Ics 13.020.10 ISBN 978-85-07-04666-0 cneen Numero de referéncia Gy S88 ee TECNICAS: paginas © ABNT 2013, Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - §8,853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 © ABNT 2013 ‘Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrGnico ou mecanico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissao por ‘escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 2081-201 - Rio de Janeiro - FU Tol: +55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www abnt.org.br © ABNT 2019 - Todas 08 dretas reservados Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - §8,853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 Sumario Pagina Prefacio . 1 Escopo... 2 Termos e definigées. Procedimentos Objetivos da poda Inspegao da arvore. Ferramentas e equipamentos .. Tipos de poda Podas comuns. Podas especiais. Poda de palmeiras. Podas em redes de servicos puiblicos Técnicas de cortes. Tratamento de lesdes.. Destinagao dos residuos das podas Bibliogratia Anexos Anexo A (informative) Exemplos de especificagao de poda. AA Exemplo 1... A2 Exemplo 2 AB Exemplo 3 Figuras Figura 1 — Ponto de remogao das frondes. Figura 2 — Poda excessiva em uma palm inaceitavel) .. Figura 3 - Corte para remogao de galho em seu ponto de origem (técnica dos trés cortes) Figura 4 - Corte para redugao do comprimento do galho ou caule de origem .... 12 Figura 5 — Corte final para remogao de galho com pequeno angulo de inser¢ao © ABNT 2013 - Todos os iret reservados iii Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) 013 Prefacio ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laborat6rios ¢ outros). Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsdvel pela identificacao de quaisquer direitos de patentes. Nesta Norma o termo “convém’indica uma recomendagao ou orientagao, e 0 termo “deve” indica um requisito que precisaser atendido. A ABNT NBR 16246 foi elaborada pela Comisséo de Estudo Especial de Manejo Florestal (ABNT/CEE-103). O seu 1® Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 11, de 29.11.2012 a 28.01.2013, com o ntimero de Projeto 103:000.00-003/1. O seu 2° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 05, de 02.05.2013 a 10.06.2013, com o niimero de 2° Projeto 103:000.00-003/1. O seu 3° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 09, de 06.09.2013 a 07.10.2013, com o niimero de 2° Projeto 103:000.00-003/1 A ABNT NBR 16246, sob 0 titulo geral “Florestas urbanas - Manejo de arvores, arbustos e outras plantas lenhosas’, tem previsao de conter as seguintes partes: — Parte 1: Poda; — Parte 2: Seguranga na arboricultura; — Parte 3: Andlise de risco; — Parte 4: Plantio e transplantio. Esta Norma é baseada na ANSI A300-1:2008. O Escopo desta Norma Brasileira em inglés é o seguinte: Scope This part of ABNT NBR 16246 establishes procedures for pruning trees, shrubs and other woody plants in urban environments, in accordance with applicable law. iv © ABNT 2019 - Todos os direitos reservados Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUGAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) eee NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16246-1:2013 —_—_—_———— ee Florestas urbanas — Manejo de arvores, arbustos e outras plantas lenhosas Parte 1: Poda 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR 16246 estabelece os procedimentos para a poda de arvores, arbustos e outras plantas lenhosas em areas urbanas, em conformidade com a legislagao aplicavel. NOTA Esta parte da ABNT NBR 16246 pode ser utiizada como orientagao para que profissionais da administragdo publica municipal, estadual e federal, assim como prestadores de servigo particulares, proprietérios de iméveis, concessionarias de servigos publics € outros, elaborem suas especificagoes de trabalho. Os procedimentos previstos nesta parte da ABNT NBR 16246 ndo se aplicam a podas ‘em frutiferas, para as quais podem ser utiizadas as técnicas de poda empregadas na fruticultura 2 Termos e definigdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definicdes. 24 arboricultura ciéncia e arte do cultivo, cuidado e manejo das Arvores e outras plantas lenhosas, em grupos ou individualmente, normalmente no ambiente urbano 22 arborista individuo que exerce a atividade da arboricultura e que, através da experiéncia, da educagao ¢ treinamento complementar, possui competénciaprofissionalpara prestar ou supervisionar 0 manejo de Arvores e outras plantas lenhosas 23 arborista em treinamento individuo em fase de treinamento,com o objetivo de ganhar experiéncia e competéncia profissionalnecessaria para prestar ou supervisionar o manejo de arvores e outras plantas lenhosas 24 cambio tecido vivo e composto de células meristematicas, que envolvem a arvore e originam casca para fora e lenho para dentro do tronco e ramos 25 colar saliéncia na regido inferior da insergao de um galho ao tronco ou a outro galho de maior diametro, formada pela sobreposigao de tecidos vasculares do galho e do tronco 26 copa conjunto de galhos e folhas que formam a parte superior de uma arvore © ABNT 2013 - Todos 0s ciretos reservados 1 Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - §8.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 27 corte de destopo corte de um galho ou caule junto a uma gema ou a um galho lateral, sem dimensées suficientes para assumir a dominancia apical, a fim de atender a algum objetivo estrutural definido NOTA —_Occorte de destopo pode ou nao ser uma pratica de poda aceitavel, dependendo de sua aplicagao @ de seu objetivo. 28 corte final corte que completa a remogao ou redugao de um galho ou um toco de galho 2.9 crista da casca saliéncia na regiao superior da insergao de um galho ao tronco ou a outro galho de maior diametro, formada a partir da sobreposigdo de tecidos do galho e do tronco 2.10 desrama raleamento técnica de poda utilizada para eliminar, de forma seletiva, ramos indesejados, permitindo uma maior entrada de ar e luz no interior da copa da drvore e reduzindo a densidade dos ramos restantes an descamacao limpeza técnica de poda de palmeiras que consiste na remogao da baseapenas de frondes mortas no ponto onde elas fazem contato com o caule, sem danificar tecidos vivos do caule 2.12 destopo técnica de poda inapropriada, utilizada para reduzir 0 tamanho de uma érvore, deixandoapenas brotos, tocos, entrends ou ramos secundarios, que néo sao suficientemente grandes para assumir dominancia apical 2.13 dominancia apical inibigao do crescimento de gemas laterais pela gema terminal 214 emergéncia no sistema elétrico situagao de interrupgo no fornecimento de energia elétrica, geralmente associada a fenémenos climaticos de intensidade acima das médias para a regio onde ocorrem, que demandam pronta intervengao da concessionaria responsavel pelo sistema elétrico NOTA _Nessas situagdes, a prioridade 6 o restabelecimento do servigo de energia elétrica em virtude do risco que o desabastecimento oferece & seguranga e bom funcionamento das cidades. 245 esporas de escalada dispositivos metélicos que possuem um espordo afiado no lado interno, que sao utilizados para facilitar a escalada, criando pontos de apoio no tronco. Também sao conhecidos como bicos, ganchos, esporas, cravos e escaladeiras 2 © ABNT 2013 - Todos o¢ dietos reservados Exemplar para uso exclusive - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUGAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 2.16 estipe caule tipico de palmeiras, normalmente ereto, mais ou menos cilindrico, ndo ramificado, onde as folhas concentram-se apenas no pice 2417 florestas urbanas Arvores e outras formas de vegetacdo de pequeno, médio e grande portes, que crescem, de forma esponténea ou cultivada, em ambientes urbanos 2.18 fronde folhas das palmeiras 2.19 ramo primario tronco ou galho proeminente de arvore a partir dos quais os brotos ou ramos crescem 2.20 ramo secundario broto ou caule que cresce a partir de outro ramo ou caule 2.21 latada ‘combinagao de poda, suporte e treinamento de galhos para orientar 0 crescimento de uma planta em um plano. Também é conhecida como pérgula ou caramanchao elevacao de copa poda seletiva dos galhos inferiores de uma arvore, visando a desobstrugao em altura 2.23 lesao abertura criada quando a casca de um galho ou de um caule vivo é penetrada, cortada ou removida roto principal ou tronco de uma arvore de crescimento ortotrépico 2.25 limpeza poda seletiva que visa a remogdo de galhos mortos, doentes ou quebrados 2.26 limpeza de casca remogao de tecidos soltos ou danificados de dentro e em volta de uma lesdo 2.27 linhada de arremesso peso de arremesso atado a extremidade de um cordel, com 0 qual serd posicionada a corda de escalada dentro da copa da arvore © ABNT 2019 - Todos os direitos reservados 3 Exemplar para uso exclusive - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853. 169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) 2.28 peciolo haste que sustenta o limbo da folha ou fronde 2.29 poda retirada seletiva de partes indesejadas ou danificadas de uma arvore, a fim de se alcangarem objetivos especificos 2.30 poda corretiva poda para corregao de procedimentos incompletos ou equivocados 231 poda para vistas poda seletiva para permitir visualizagao de uma vista especifica 2.32 poda tipo poodle técnica de poda, inadequada e excessiva, na qual sao retirados os galhos secundarios do interior da copa, permanecendo apenas um amontoado de galhos e folhas na extremidade do galho principal, a semelhanga do rabo de um leao ou da tosa comum no cao da raga poodle 2.33 podador individuo que, através de treinamento teérico e pratico, possui habilidade para executar as técnicas especificas relacionadas @ atividade, levando em consideragao a adequagao da arquitetura da copa ou espaco necessario para ela e para a manutengao, bem como a prevengao de queda de ramos NOTA _ Este profissional somente é autorizado a executar seus servigos quando evidenciada a auséncia do risco elétrico, nao sendo necessario possuir treinamento ou cursos de capacitagao e habilitagao para trabaihar em sistemas elétricos de poténcia. 2.34 podador em sistema elétrico de poténci; individuo que, através de treinamento tedrico e pratico, esta familiarizado com os equipamentos € 08 riscos da atividade de desobstrugao de redes de eletricidade, e que demonstrou habilidade para executar as técnicas especif cas relacionadas a atividade 2.35 podador em sistema elétrico de poténcia em treinamento individuo em fase de treinamento de campo, para ganhar experiéncia e competéncia necessérias para aplicar as técnicas de desobstrugao de redes elétricas 2.36 redugao técnica de poda utiizada para reduzir a altura ou largura da copa de uma arvore 2.37 restauragéo poda seletiva para melhoramento da estrutura, forma e aparéncia de drvores que tenham sido severamente destopadas, vandalizadas ou danificadas 4 © ABNT 2013 - Todos 0s ciraltos reservados Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0007-74 (Pedido 790238 Impresso: 19/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 2.38 servigo de utilidade publica servigo que a administracao publica presta diretamente ou por terceiros, por meio de permissao, concessao ou autorizagao, com o objetivo principal de servir a sociedade 2.39 toco de galho comprimento de galho pequeno e indesejével que permanece na arvore quando ha quebra ou corte incorreto na poda distante do colar 3 Procedimentos 3.1. Objetivos da poda 3.1.1 Os objetivos da poda, bem como a destinagdo de seus residuos, devem ser estabelecidos antes do inicio de qualquer operagao de poda. 3.1.2 Afim de se alcangaremos objetivos da poda, convém: a) consideraro ciclo de crescimento, a estrutura individual das espécies e 0 tipo de poda a ser executada; b) que no se retire mais que 25 % da copa. O percentual e a distribuigdo da folhagem a ser removida devem ser definidos de acordo com a espécie arborea, idade, estado sanitario e localizagao. Podas de maior intensidade devem ser justificadas tecnicamente; ¢) que nao se retire mais que 25 % da folhagem de um galho, quando este ¢ cortado junto a outro galho lateral. Convém que o galho lateral tenha dimensoes suficientes para assumir a dominancia apical. 3.1.3 O destopo e a poda tipo poodle devem ser considerados praticas de poda inaceitaveis para Arvores, exceto nos casos em que tal pratica for necessdria para posterior supressao. 3.2. Inspegdo da arvore 3.2.1. O arborista deve realizar uma inspecdo visual, para avaliar todos os aspectos fisicos e fitossa- nitérios de cada Arvore-alvo do trabalho e realizar o planejamento prévio das atividades. O arborista em treinamento também pode realizar este tipo de inspegao, desde que esteja sob supervisao direta de um arborista 3.2.2 Caso se constate a existéncia de alguma condi¢ao ou fator que requeira atengao além do ‘escopo original do trabalho, é conveniente que esta condigao ou fator seja reportado a um supervisor imediato, ao proprietario da arvore ou a pessoa responsavel por autorizar a realizagao do trabalho. 3.3 Ferramentas e equipamentos 3.3.1. Devem ser utilizados equipamentos e praticas de trabalho que nao danifiquem o tecido vivo fe a casca além das especificagdes de trabalho. Ferramentas de impacto nao podem ser usadas no corte final. 3.3.2. As ferramentas usadas para fazer os cortes de poda devem estar sempre af adas e em perfei- Bes de uso. OABNT 2019 - Todos 08 direitos reservados 5 ‘Exemplar para so exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853,169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 3.3.3 Esporas de escalada nao podem ser usadas para poda de drvores, exceto quando: a) os galhos estiverem separados @ distancia maior que a linhada de arremesso e nao houver alternativa de escalada da arvore; ou b) acasca for de espessura suficiente para prevenir danos ao cambio. 3.4 Tipos de poda 3.4.1 P_ odas comuns 3.4.1.4 Limpeza 3.4.1.1. A limpeza consiste em poda seletiva para remover galhos mortos, doentes ou quebrados 3.4.1.1.2 A localizagao e a variagao de tamanho dos galhos a serem removidos devem ser especi- ficadas, 3.4.1.2 Desrama ou raleamento 1A desrama ou raleamento consiste em poda seletiva para reduzir a densidade de galhos .4.1.2.2 Convém que a desrama ou raleamento resulte em distribuigao equilibrada de ramos em galhos individuais, néo comprometendo a estrutura da drvore. 3.4.1.2.3 Nao 6 recomendado que se retire mai a ultima poda. que 25 % do volume da copa que cresceu apés 3.4.1.2.4 A localizagao e a variagao de tamanho dos galhos, bem como o percentual de folhagem a serem removidos devem ser especificados. 3 Elevagao da copa 1 Aelevacao da copa consiste em poda seletiva para fornecer espagos verticais. 4.1.3.2 Convém que a necessidade de espago vertical, a localizagao e a variagao de tamanho dos galhos a serem removidos sejam especificadas. 4 Reducao 1 A redugao consisteem poda seletiva para reduzir a altura e/ou a largura da copa e, or consequéncia, a drea e o volume da copa, sempre obedecendo a arquitetura tipica da espécie, buscando uma distribuigo equilibrada de ramos. O galho deve ser podado junto a outro que tenha no minimo 1/3 do seu diémetro. 3.4.1.4.2 Deve-se considerar a tolerancia da espécie a esse tipo de poda. 3.4.1.4.3 Convém que sejam especificadas a localizagao e a variagao de tamanho dos galhos a serem podados, bem como o espago (desobstrugao) a ser obtido com a poda. 6 @ABNT 2013 - Todos os direitos reservados -Exomplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso; 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 3.4.2. Podas especiais 3.4.2.1 Generalidades Deve-se considerar a habilidade de uma espécie em tolerar podas especificas, quando aplicados um ou mais dos procedimentos citados em 3.4. 3.4.2.2 Poda durante o plantio Convém que esse tipo de poda se limite & limpeza (3.4.1.1). 3.4.2.3. Poda de condu 3.4.2.3.1 Recomenda-se a limpeza (3.4.1.1) e a remogao de galhos que estejam em atrito com outro ou possuam fraca ligagéio com seu ramo de origem. 3.4.2.3.2 Convém que se promova o desenvolvimento de um ou mais ramos-lideres, quando apropriado. 3.4.2.3.3 Recomenda-se selecionar e manter uma distribuigao estruturalequilibrada dos galhos. 3.4.2.3.4 Recomenda-se a remogao de galhos que interfiram com elementos construidos e/ou equipamentos urbanos, desde que nao prejudiquem a estrutura original da copa da drvore, objeto da intervengao. 3. A Poda em arvores jovens 3.4.2.4.1 As razbes para se podar drvores jovens podem incluir, mas nao se limitar, a redugao de riscos, manutengdo ou melhoramento da satide ou da estrutura da arvore, melhoria de aspectos estéticos ou atendimento a uma necessidade especifica 3.4.2.4.2 Convém que, em situagdes nas quais arvores jovens nao tolerem podas recorrentes fe apresentem potencial para crescer junto a pontos de conflito, seja considerada a possibilidade de seu transplante apés verificarem-se exaustivamente as alternativas para melhor alterar 0 espago disponivel para que tal arvore possa continuar sem a necessidade de podas recorrentes. NOTA Entende-se que arvores de grande porte podem ultrapassar esses pontos © desenvolver suas copas sem entrar em conflito com elementos construidos. 3.4.2.5 Poda emergencial 3.4.2.5.1__E realizado a qualquer momento, sem a necessidade de programagao, pois visa resolver problemas emergenciais causados por galhos de drvores que oferegam riscos imediatos a terceiros e/ou a servigos de utilidade publica. 3.4.2.5.2 Deve seguir as orientagdes descritas nesta parte da ABNT NBR 16246. 3.4.2.6 Latada 3.4.2.6.1 Galhos que se estendem para além do plano de crescimento devem ser podados ou amarrados ao fio de condugao. 3.4.2.6.2 Convém substituir os amarrilhos sempre que necessario, a fim de evitar estrangulamento de galhos nos pontos de amarragao. © ABNT 2013 - Todos 0s dri reservados: 7 Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021), ABNT NBR 16246-1:2013 3 7 Restauragao 3.4.2.7.1_ A restauracao consisteem poda seletiva para aprimorar a estrutura, forma e aparéncia de arvores que tenham sido severamente destopadas, vandalizadas ou danificadas. 3.4.2.7.2 Recomenda-se especificar a localizagao na arvore, a variagao de tamanho e o percentual de brotagdes que devem ser removidos. 3. 8 Poda para vistas 3.4.2.8.1. A poda para vistas consiste em poda seletiva de galhos para permitir acesso a uma vista especifica, 3.4.2.8.2 Recomenda-se especificar a variagdo de tamanho de galhos, sua localizagdo na arvore © 0 percentual de folhagem a ser retirado. 3.4.2.9 Poda de raizes ‘A poda de raizes nao € recomendada, devendo ser priorizado o aumento dos canteiros e alternativas a essa poda, que, caso imprescindivel, deve ser feita com ferramentas adequadas, com cortes que devem resultar em uma superficie plana, nao permitindo o ressecamento do tecido, a uma distancia e intensidade que nao comprometam a estabilidade e a vitalidade do vegetal. 3.4.3, Poda de palmeiras 3.4.3.1 E recomendada a realizagdo de poda de palmeiras quando fronde, inflorescéncias, frutos e peciolos puderem criar uma condic¢ao de risco. 3.4.3.2 Nao podem ser removidas frondes vivas e saudaveis que se iniciem em Angulo maior ou igual a 45° com 0 plano horizontal na base das frontes (ver Figura 1), exceto no caso de frondes em conflito com redes aéreas de servicos. Nao remova frondes vivas e saudavels | ‘cima do plano horizontal Figura 1 ~ Ponto de remocao das frondes 8 © ABNT 2013 - Todos 08 ltaltos reservados: Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 3.4.3.3 Recomenda-se a retirada de folhas junto & base do peciolo sem causar danos aos tecidos vivos do estipe. 3.4.3.4 Recomenda-se que a descamacéo da palmeira (barba) seja feita pela remogao apenas das bases de frondes mortas no ponto onde elas entram em contato com o estipe, sem causar danos aos tecidos vivos (ver Figura 2) 45° Pratica de poda inaceitavel: Remover todas as frondes vivas @ saudaveis abaixo de um angulo de 45° com plano horizontal Figura 2 - Poda excessiva em uma palmeira (pratica inaceitavel) 3.4.4 Podas em redes de servicos publicos 3.4.4.1 Generalidades 3.4.4.1.1 O propésito da poda de arvores que estejam em risco imediato ou potencial com redes eiétricas e outros servigos de utilidade publica é prevenir a interrupgao no fornecimento desses servigos, cumprir os requisitos legais e regulamentares sobre distancias de seguranca, prevenir danos aos equipamentos, evitar a obstrugao de acesso as estruturas e assegurar 0 uso correto da faixa de passagem. 3.4.4.1.2 Somente o podador em sistema elétrico de poténcia deve ser designado para traba- hos préximos a redes elétricas, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)l"], O podador em sistema elétrico de poténcia em treinamento também pode realizar esse tipo de trabalho, desde que esteja sob supervisao direta de um podador em sistema elétrico de poténcia. 3.4.4.1.3 Operagdes de poda préximas a redes elétricas devem atender aos demais requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 16246. © ABNT 2013 - Todos 0s dretos reservados 9 Exemplar para uso exclusive - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) .2 Podas de redugao de copa junto a redes elétricas 3.4 4 Ambientesurbanos ou residenciais 3.4.4.2.1.1 Recomenda-se que os cortes de poda sejam feitos de acordo com 3.5. 3.4.4.2.1.2 corte final para remogao de galho com pequeno angulo de insercao deve ser feito a partir da parte externa do galho, a fim de se evitarem danos ao galho de origem (ver Figura 5). 3. 3 Convém que seja realizado 0 minimo de cortes para se alcangarem os objetivos da poda em redes elétricas e que seja levada em consideragao a estrutura natural da arvore, 3. A Recomenda-se a adaptacao da rede, a poda ou a remogao de arvores, nos casos ‘em que as arvores ou galhos estiverem crescendo abaixo ou para dentro da area de passagem da rede elétrica. E recomendado que essa poda seja feita pela remogao de galhos inteiros ou pela remogao de galhos que tenham ramos laterais crescendo em diregao ao espago de seguranga. No caso de drvores de grande porte, com reconhecidos valores histéricos e/ou culturais, que nao apresentem risco iminente de queda, deve ser considerada preferencialmente a opgao de adaptacao da rede. 3.4.4.2.1.5 Convém que as arvores que estejam crescendo préximo ou para dentro do espaco de se- guranga da rede sejam podadas, cortando os galhos junto a um galho lateral, conforme estabelecido em 3.5.1, a fim de se direcionar o crescimento para fora do espaco de seguranga, ou cortando 0 galho inteiro. Recomenda-se a remogo de galhos que, apés cortados, produzirao brotagdes ou crescerao para dentro do espago de seguranga da rede. 3.4.4.2.1.6 Convém que 0 corte de galhos seja realizado junto a outro galho lateral ou de origem, endo a uma distancia de seguranga predeterminada. Caso uma distancia de seguranga seja estabele- cida, convém que os cortes de poda sejam realizados junto a outros galhos laterais ou de origemalém dessa distancia de seguranca 3 Atendimento a restauragao de emergéncia 1 Durante situagdes de emergéncias no sistema elétrico, 0 servigo deve ser restabelecido com a maior rapidez possivel, evitando-se danos ireversiveis as arvores. 3 2. Apés a emergéncia, podas corretivas devem ser realizadas, caso necessario. 3.5 Técnicas de cortes 3.5.1 Um corte de poda que remova o galho em seu ponto de origem deve ser feito junto ao tronco ou ao galho de origem, sem danificar a crista da casca ou 0 colar, e sem deixar toco de galho (ver Figura 3). 3.5.2 Convém que um corte de poda para redugao da extensao do comprimento do galho ou caule de origemseja a bissetriz entre a crista da casca e uma linha imagindria perpendicular 0 galho ou caule a ser suprimido (ver Figura 4). 3.5.3 O corte final deve resultar em uma superficie plana, com a casca adjacente firmemente ligada. 3.5.4 Ao se remover um galho morto, 0 corte final deve ser feito no limite da crista e do colar, respei- tando-os, junto e para fora do colar de tecido vivo. 10 © ABNT 2013 - Todos os disitos reservados Exemplar para uso exclusive - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853, 169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 3.5.5 Galhos de drvore devem ser removidos de tal forma que nao causem danos a outras partes da Arvore, a outras plantas ou a propriedades. Galhos muito grandes, para serem seguros com uma das maos, devem ser cortados em fases (técnica dos trés cortes), a fim de se evitarem lascas ou a queima da casca na madeira ou rompimento da casca (ver Figura 3). Onde necessario, cordas ou outros equi- pamentos devem ser usados para a descida de galhos grandes ou suas partes até 0 chao. 3.5.6 O corte final para remogao de galho com pequeno angulo de incisdo deve ser feito a partir da parte externa do galho, a fim de se evitarem danos ao galho de origem(ver Figura 5). 3.5.7 Galhos danificados devem ser removidos da copa apés 0 término do servigo, quando a arvore for deixada sem assisténcia ou ao final do dia de trabalho. 3.5.8 O corte de destopoé técnica aceitavel, em determinados casos, quando necessario para se alcangar um objetivo especifico. Legenda 1. primeiro corte 2 segundo corte 3 corte final Figura 3 - Corte para remogao de galho em seu ponto de origem (técnica dos trés cortes) © ABNT 2013 - Todos os dirt reservados, " Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58,853.169/0001-74 (Pedido 790238 impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 = Gatho de origem Lina imagindria—> Crista de casca linha de corte |” Colar Figura 4 ~ Corte para redugao do comprimento do galho ou caule de origem Galho ‘de [— coriger Crista 7. \ casca Corte ‘inal Figura 5 - Corte final para remogao de galho com pequeno angulo de insercao 3.6 Tratamento de lesées 3.6.1 Nao é recomendavel o uso de substancias para tratamento de lesdes ou cortes de poda, ex- ceto quando recomendado pata controle de doenga, inseto, ervas parasitas, controle de brotagdes ou raz6es estéticas. 3.6.2 Nao pode ser realizado tratamento de lesdes com substancias danosas as arvores 3.6.3 A limpeza da casca junto a lesdes somente deve retirar tecido solto e danificado. 3.7 Destinagao dos residuos das podas 3.7.1. Os restos e residuos provenientes das podas e remogées de arvores devem ter destinagao adequada, compativel com o valor desses materiais, devendo ser privilegiados os destinos que pro- Porcionem o aproveitamento da madeira, a manutengo do carbono fixado, o emprego em praticas de jardinagem e paisagismo, e a geragao de renda. 3.7.2 Quando houver necessidade de disposi¢aof nal destes residuos, eles devem ser depositados em local apropriado, licenciado para este fm. 12 ‘© ABNT 2013 - Todos 0s crates reservados Exemplar para uso exclusivo - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - §8.853.163/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 Anexo A (informativo) Exemplos de especificagao de poda A. Exemplo1 Escopo: grande figueira proxima a face oeste da piscina Objetivos: aumentar a penetracdo de luz através do lado leste da arvore. Reduzir o risco de queda de galhos de didmetro de 2,5 cm Especificagées: todos os galhos quebrados e galhos mortos de diametro maior ou igual a 2,5 cm devem ser removidos da copa. Os trés galhos mais baixos, de didmetro igual ou maior que 20 om, devem ser raleados em 25%, com cortes de didmetro entre 2, cm € 7,5 cm. Observagao: todo o trabalho deve ser feito em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246 ea NRI0. A.2 Exemplo 2 Escopo: um ipé-rosa Objetivo: promover o desenvolvimento estrutural ou formagao. Especificagées Gerais: toda a poda deve ser feita em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246. Detalhadas: ralear a copa em 20 % a 25%, com cortes de didmetro entre 2,5 cm e 10 om. Reduzir o tronco codominante localizado na face oeste em cerca de 4m. A.3 Exemplo3 Escopo: 23 oitis recentemente implantados. Objetivo: potencializar o estabelecimento - reduzir transtornos @ incrementar 0 habito natural de crescimento. ‘Toda a poda deve ser feita em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246. Especificagdes: manter o maior tamanho possivel e densidade foliar de 80 % a 90%. © galho mais baixo estaré a 1,8 m acima do nivel do terreno em quatro a cinco anos. Conter todo o crescimento de brotagdes que se originem a 45 cm do nivel do terreno e a 10 cm da jungao dos galhos por toda a copa. Remover galhos fracos que estejam rogando outros. Remover galhos mortos. Remover galhos quebrados ou galhos com extremidades mortas junto a galhos laterais vivos ‘ou a gemas. Podem ser usados cortes de destopo nessa operagao. Manter afastamento de 1,8 m da calcada de toda brotagao que se originar entre 45 om e 1,8.cmacima do nivel do terreno. Cortes de destopo sao aceitéveis nessa operagao. © ABNT 2013 - Todos 08 cirltos reservados 43. Exemplar para uso exclusive - POTENZA ENGENHARIA E CONSTRUCAO LTDA - 58.853.169/0001-74 (Pedido 790238 Impresso: 13/04/2021) ABNT NBR 16246-1:2013 gratia [1] NR 10, Norma Regulamentadora de seguranca em instalagées € servicos em eletricidade, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); [2] ANSI A300-1:2008, Tree, Shrub, and Other Woody Plant Management — Standard Practices ~ Part 1 Pruning [3] ISA, Glossary of Arboricultural Terms, 2013 Edition 14 @ABNT 2013 - Todos os direitos reservados

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