Para os Judeus, lavar as mãos antes de comer o pão já era um
costume que fazia parte da tradição. Mas Jesus via mais além, por que todos esses bons costumes que era praticado naquela época corria o risco de esconder o essencial, que é o chamado de Deus. A sociedade Judaica preocupava em distinguir o puro do impuro, mas Jesus mostra que a verdadeira pureza não é o que eles procuram. O homem não é puro pelo que entra nele, mas o homem é puro pelo que sai dele: intenções boas e o bons pensamentos. A palavra pureza não tinha o mesmo sentido que damos hoje........porco, coelho, sábado etc.... Qualquer coisa proibida pela lei tornava a pessoa impura. Para Jesus, tudo que Deus criou é puro. Então, Deus não se ofende, porque tocamos em um doente. São Paulo em sua carta aos Gálatas diz que o povo de Deus passou por uma etapa infantil e que Deus teve que dá a eles regras precisas para forma-los; mas quando o povo de Deus se fez adulto, essas regras perderam sua razão de ser. Claro que tudo o que Deus fez é bom, em si mesmo, pois Deus sendo infinitamente bom, nada podia fazer de mal ou de errado. Por essa razão, lemos no Gênesis: "E Deus viu todas as coisas que tinha feito, e eram muito boas" (Gen. I, 31). No Novo Testamento, Deus deu uma visão a São Pedro, fazendo- o ver um lençol que descia do céu, contendo toda espécie de animais, puros e proibidos. E São Pedro ouviu a voz de Deus que lhe dizia: "Mata e come". E quando São Pedro contestou: "Jamais comerei o que Deus chamou de impuro, a voz de Deus três vezes lhe disse: "Não chames de impuro, o que Deus purificou" (Atos X, 15). Desse modo, Deus ensinou que as proibições de comer certos animais estavam superadas e abolidas.