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7.

Os sofrimentos produzidos por causas anteriores, assim como os


decorrentes das faltas atuais – são sempre a consequência natural da falta
cometida, ou seja, em virtude de uma rigorosa justiça distributiva, o homem
sofre aquilo que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser
tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer
numa condição humilhante; se foi avaro, egoísta ou se fez mau uso de sua
fortuna, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer
com seus próprios filhos, e assim por diante.

- Questão 861 LE

- Parábola do Pai que dá boas coisas (Lucas 11:11)

Assim se explicam, pela pluralidade das existências e pelo destino da Terra,


como mundo expiatório, as anomalias apresentadas pela distribuição da
felicidade e dos infortúnios entre os bons e os maus. Essas anomalias são
apenas aparentes, quando as tomamos do ponto de vista da vida presente,
mas se nos elevarmos, pelo pensamento, de maneira a englobar uma série de
existências, veremos que é dado a cada um a parte a que faz jus – sem
prejuízo do que lhe cabe no mundo dos Espíritos – e que a justiça de Deus
nunca falha.

O homem não deve jamais esquecer que ele está num mundo inferior,
onde permanece pelas suas imperfeições. A cada vicissitude, deve lembrar
que, se pertencesse a um mundo mais avançado, isto não aconteceria, e dele
depende não mais voltar a este mundo, desde que trabalhe para o seu
aperfeiçoamento.

8. As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos endurecidos,


ou demasiado ignorantes para fazerem uma escolha consciente, mas são
livremente escolhidas e aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem
reparar o mal que fizeram e tentar fazer melhor. Assim é aquele que, tendo
cumprido mal a sua tarefa, pede para recomeçá-la, para não perder as
vantagens de seu trabalho. Essas tribulações são, às vezes, expiações do
passado que corrigem, e provas para o futuro, que preparam. Rendamos
graças a Deus que, em Sua bondade, concede ao homem a oportunidade da
reparação, e não o condena, irrevogavelmente, pela primeira falta.

- Parábola das Bodas. (Mateus 22:1-14 e Lucas 14:16-24)

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