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Formação Inicial de Professores de Física - Possibilidades e Desafios em Abordagens Didático-Metodológicas No Ensino
Formação Inicial de Professores de Física - Possibilidades e Desafios em Abordagens Didático-Metodológicas No Ensino
REITOR
Valter Joviniano de Santana Filho
VICE-REITOR
Rosalvo Ferreira Santos
CAPA
Márjorie Garrido
DIAGRAMAÇÃO
Guilherme Peres
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais,
desde que atribuam a você o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
SUMÁRIO
7 APRESENTAÇÃO
O PROGRAMA DE BOLSAS DE
INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE E SEUS CONTRIBUTOS
PARA A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
Resumo
Apresentaremos neste capítulo um relato das atividades e uma breve
avaliação das ações do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID) da Universidade Federal de Sergipe, referente ao biê-
nio 2020/2021, ponderando sobre os eventuais reflexos dessas atividades
na formação inicial e continuada de professores. O PIBID se consolidou
como importante meio de imersão de licenciandos na prática educativa,
processo que é acompanhado por um aprofundamento nas discussões,
produção e avaliação de ações que viabilizem a imersão deles e a apren-
dizagem dos estudantes da Escola Básica. No contexto do PIBID/UFS
foram desenvolvidas atividades como: estratégias de produção, aplicação
1. Introdução
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID),
que historicamente se consolidou como política pública de formação
inicial de professores, desde meados de 2007 atua na valorização do ma-
gistério, de modo a fortalecer os cursos de licenciatura, ao promover a
qualidade do ensino superior e possibilitar sua integração e atuação na
comunidade escolar em espaços de vivência com estudantes e professo-
res da Educação Básica (ALVES et al., 2012).
Esse processo é considerado basilar para a formação daqueles que in-
gressam em cursos de licenciatura, e, para aqueles professores que já
atuam na realidade escolar, possibilitando a eles desenvolver atividades
de planejamento, ação e avaliação no coletivo, o que favorece o aprofun-
damento nas questões e aspectos da vivência docente, além da reflexão
e do debate, que incidem no processo de (auto) formação (ALVES; MAR-
TINS; LEITE, 2021; CARVALHO; GIL-PÉREZ, 2011).
No cenário educacional, a formação de professores tem sido deba-
tida não apenas do ponto de vista de pesquisadores, como também por
parte de políticas públicas e de profissionais da educação quanto à or-
ganização curricular, pedagógica e avaliativa (ALVES; MARTINS; LEI-
TE, 2021). Desde 2007, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
6. Considerações Finais
Com base nos relatos apresentados é possível evidenciar que cerca de
100 atividades didático-pedagógicas foram implementadas nas 36 esco-
las da Educação Básica, contempladas pelo PIBID/UFS. As atividades
contribuíram para a melhoria do ensino das diferentes áreas discipli-
nares do programa, que mesmo em face do contexto pandêmico, o PI-
BID/UFS contribuiu para a formação dos participantes, o que significa
considerar a integração universidade e escola pública.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado como apoio da Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de
Financiamento 001.
Às escolas da Educação Básica, aos bolsistas de Iniciação à Docência, aos seus
professores supervisores e aos coordenadores de área da Universidade Federal
de Sergipe, que participaram e contribuíram com todo o processo formativo.
Referências
ALVES, F. C.; MARTINS, E. S.; LEITE, M. C. D. S. R. O PIBID e a aprendizagem do
fazer docente em tempos de pandemia. Revista Ibero-Americana de Estudos em Edu-
cação, v. 16, n. 3, p. 1586-1603, 2021.
Resumo
Para auxiliar no desenvolvimento das atividades do PIBIB, que estejam
baseadas na pesquisa em ensino de física, elaboramos um teste de lei-
tura para ser usado antes do conteúdo de Movimento Retilíneo Unifor-
memente Variável (MRUV). Desenvolvemos o teste de leitura baseado
nas leituras sobre aprendizagem ativa e nas metodologias que aplicam
esse tipo de teste, como o Ensino sob Medida. O teste foi aplicado em 3
turmas do primeiro ano do ensino médio, em uma escola pública do in-
terior de Sergipe. Os resultados estão condizentes com os resultados da
literatura e mostram as dificuldades dos estudantes na interpretação dos
gráficos de cinemática e confusão entre velocidade e aceleração.
1. Introdução
Richard Hake (1998) coletou dados de escolas de segundo grau e facul-
dades em todo os EUA sobre o desempenho dos alunos no Inventário de
2. Fundamentação Teórica
Em um ambiente de aprendizagem ativa, o livro didático deve ser visto
como um recurso - uma fonte de conhecimento factual, para explicação
de ideias novas e difíceis e para exemplos trabalhados. O tempo de aula é
então usado para discutir ideias (ao invés de apresentá-las), para respon-
der a perguntas, para esclarecer pontos de confusão, para demonstrar o
processo físico e para praticar a física enquanto o professor está presen-
te para dar feedback. A desvantagem, claro, é que os alunos devem ler o
texto. Infelizmente, surgiu uma situação em que os alunos dos cursos de
ciências esperam que o professor lhes diga tudo o que é importante. Na
medida em que cumprimos, essa expectativa é reforçada. A maioria de
nós, tendo sido educada em um sistema onde ensinar contando era a nor-
ma, também passou a ver a aula como um momento em que o professor
repete principalmente as informações no texto, não dando aos alunos
nenhum incentivo para lê-las por si próprios (KNIGHT, 2004).
Para incentivar os alunos a lerem o livro texto de física, diferentes au-
tores recomendam o uso de testes de leitura curtos (pré-testes) no início da
aula (HEINER, BANET e WIEMAN, 2014, NOVAK et al., 1999, MAZUR,
2015, KNIGHT, 2004). Isso pode ser em todas as aulas, no início de cada
novo capítulo ou de forma aleatória, sem aviso prévio. Questões de múlti-
pla escolha funcionam bem se o tempo de avaliação for uma preocupação.
Ao fazer a leitura prévia do livro texto, os alunos podem acompanhar me-
lhor o material, fazer perguntas mais profundas durante a aula e ter um
desempenho melhor nos exames. Para muitos alunos ler ou não antes da
aula é um dos fatores mais importantes em sua decisão de participar da
aula (KARP e YOELS, 1976). Apresentamos abaixo diferentes maneiras de
ver e usar os pré-testes em metodologias de aprendizagem ativa.
4. Metodologia
A nossa pesquisa é um estudo de caso e buscou gerar conhecimentos
para serem aplicados no desenvolvimento dos produtos desenvolvidos
no âmbito do PIBID. A nossa abordagem foi qualitativa, apesar de gerar
dados quantitativos, nossa preocupação foi verificar qual o entendimen-
to dos alunos do Ensino Médio sobre Movimento Retilíneo Uniforme-
mente Variado antes da aula sobre esse conteúdo. Usando as ideias dos
testes de leitura fizemos um pré-teste, com 10 questões, que foi enviado
aos alunos por grupo de whatsapp. Além das 10 questões no formulário,
5. Resultados e Discussão
Por uma questão de espaço apresentaremos apenas as duas primeiras
questões como exemplo do trabalho realizado.
Nesse caso foi possível visualizar que a maioria compreende que não
existe uma obrigação em todos os casos em relação a existência simul-
tânea de aceleração negativa e velocidade negativa, porém uma parcela
significativa de 38,8% demonstra uma percepção errada sobre esse tópico.
Na segunda afirmação da questão foi obtido os seguintes resultados:
“Nunca vão se encontrar (colidir), pois ambos estão se movimentando na mesma direção.”
“O veículo que está à frente apresenta velocidade negativa, pois apresenta menor
velocidade.”
5. Considerações finais
Foi possível identificar que os alunos tiveram dificuldade, em alguns ca-
sos, em diferenciar os conceitos de velocidade e de aceleração e como eles
se relacionam; dificuldade em diferenciar e compreender o que significa a
inclinação e área abaixo da curva do gráfico de velocidade ou de posição;
problemas para comparar gráfico de velocidade com gráficos de posição;
sem contar uma possível falta de atenção por parte dos alunos em iden-
tificar a existência de gráficos de posição em função do tempo em meio a
gráficos de velocidade por tempo ou em perceber que a questão solicitou
a alternativa incorreta. Os resultados da confusão entre velocidade e ace-
leração estão de acordo com os resultados encontrados por McDermott e
colaboradores (TROWBRIDGE e McDERMOTT, 1980 e 1981), bem como
os resultados que indicaram a dificuldade de interpretar gráficos (McDER-
MOTT, ROSEQUIST e Van ZEE, 1987). O feedback no final das questões
nos ajudou a entender a dificuldade dos alunos na interpretação das ques-
tões do tipo Ranking Task (O’KUMA, MALONE e HIEGGELKE, 2004) e
na interpretação dos diagramas de movimento (KNIGHT,2004). Estamos
assumindo que os estudantes fizeram a leitura do capítulo antes do teste de
leitura, mas sabemos que nem sempre todos fazem a leitura prévia.
Com esses resultados em mãos procuramos produzir vídeo aulas, ati-
vidades de aprendizagem e listas de exercícios (usando os formulários
Google) que exploram essas dificuldades para serem usados no ensino
remoto. Os resultados dessas atividades serão divulgados em breve. Esse
trabalho foi uma experiência muito rica para os bolsistas e possibilitou
a discussão não só de conceitos de física, mas de conceitos relacionados
ao ensino de física que deverão ser aplicados em um futuro próximo no
estágio desses alunos.
FORMAÇÃO INICIAL DE
PROFESSORES DE FÍSICA:
POSSIBILIDADES E DESAFIOS
EM ABORDAGENS DIDÁTICO-
METODOLÓGICAS NO ENSINO
RESUMO
O baixíssimo rendimento escolar nas aulas de Física no Ensino Médio
é notório e constante ao longo de décadas devido a um conjunto de me-
didas negativas tomadas nas secretarias de educação em todo o Brasil.
Uma dessas medidas é a baixa carga horária semanal que obriga o pro-
fessor a priorizar o cumprimento do currículo em detrimento ao acom-
panhamento adequado da aprendizagem. Por conta disso, amiúde vemos
alunos com muita dificuldade em aprender Física justamente porque o
ensino se concentra na memorização de fórmulas em inúmeras situa-
ções-problemas cujos níveis de abstração estão acima da capacidade
cognitiva dos alunos. A dialogicidade defendida por Paulo Freire tem
1. Introdução
Ao longo de décadas, o ensino de Física no Ensino Médio confundiu-se
com uma atividade curricular de mera aplicação de fórmulas na resolu-
ção de problemas artificialmente formulados ou abstratos cujos resulta-
dos não retornam ao aluno nenhum sentido ou significado. Esta perda da
consciência dos significados das fórmulas e dos resultados calculados, re-
correntemente deixam os alunos desmotivados em estudar essa ciência.
Mesmo com advento da utilização de computadores na escola, a ausên-
cia da compreensão das relações de causa e efeito nos fenômenos estuda-
dos na Física tem uma contribuição fundamental para o desânimo da sua
aprendizagem nas escolas. Isso nos põe a refletir que além dos recursos
computacionais e laboratoriais, a postura e a abordagem didático-meto-
dológicas são essenciais para uma boa práxis docente no ensino de Física.
A dialogicidade é a estratégia mãe que potencializa quaisquer abordagens
pedagógicas, pois ela oportuniza a exteriorização dos conhecimentos pré-
vios, dos pensamentos e visões dos alunos acerca do mundo que vive. Para
Paulo Freire, essa verbalização é a essência da libertação do educando e
para o educador é um ato de coragem e amor à causa, ao compromisso
da educação (FREIRE, 2015, p. 111). Para David Ausubel (1978, p. iv), “o
2. Desenvolvimento
Apresentaremos nesta seção o cenário educacional e as condições e de-
safios do ensino remoto, as atividades desenvolvidas pelo grupo, as fer-
ramentas de ensino utilizadas e o feedback dos pibidianos.
3. Considerações finais
Fica claro, através das colocações dos graduandos, como é significati-
vo o trabalho desenvolvido através do programa para a formação inicial
deles. De um modo geral, as matrizes curriculares das licenciaturas pre-
veem um contato com o ambiente escolar na segunda metade do curso.
A antecipação dessa vivência a partir do 3º período é fundamental para
evitar a evasão dos alunos no curso de licenciatura.
Segundo a análise do questionário, a participação no PIBID aumen-
tou a sua motivação para continuar no curso de licenciatura em Físi-
ca. Observou-se que 95,2% dos pibidianos se sentiram motivados a con-
tinuarem no curso de licenciatura. Para um deles, “a experiência com o
Referências
AUSUBEL, D. P., NOVAK, J. D. AND HANESIAN, H. Educational psychology: a cog-
nitive view. 2nd ed. New York: Holt Rinehart and Winston, 1978.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 59. ed. ver. e atual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Afetividade nas práticas pedagógicas. Temas em psi-
cologia, v. 20, n. 2, p. 355-368, 2012.
O DESENVOLVIMENTO E
APLICAÇÃO DE OFICINAS
TEMÁTICAS DURANTE O ENSINO
REMOTO EMERGENCIAL NO PIBID/
QUÍMICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE/ CAMPUS
PROFESSOR ALBERTO CARVALHO
Resumo
Este relato de experiência apresenta e discute o papel do processo de
elaboração e aplicação de oficinas temáticas na modalidade de Ensino
Remoto Emergencial. A atividade é parte do processo formativo que
ocorre no PIBID do curso de Licenciatura em Química da Universidade
Federal de Sergipe/Campus Professor Alberto Carvalho. A discussão rea-
lizada confirma a importância do PIBID na qualificação dos bolsistas de
iniciação à docência.
2. Desenvolvimento
O núcleo de iniciação à docência do PIBID/Química da Universidade
Federal de Sergipe (UFS/campus Professor Alberto Carvalho), desenvolve
suas atividades em três escolas localizadas na cidade de Itabaiana/SE,
sede do nosso campus. Os colégios estaduais selecionados para receber
o projeto foram: Murilo Braga; Professor Néstor Carvalho de Lima e Dr.
Augusto César Leite.
Na divisão dos grupos de trabalho, cada colégio ficou com 08 bolsis-
tas de iniciação à docência e supervisão de um professor de Química da
Educação Básica. Para viabilizar a proposta do projeto, os alunos foram
organizados em duplas, sendo que cada dupla deveria elaborar uma ofi-
cina temática. Esse trabalho de orientação contou com o acompanha-
mento do coordenador de área, supervisores e com um orientador espe-
cífico para cada dupla de bolsistas.
Referências bibliográficas
BRASIL. Edital MEC/CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID – cha-
mada pública para apresentação de propostas. Edital N° 7/2018. Brasília, DF, 12 de
março de 2018.
BRASIL. Edital MEC/CAPES. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Do-
cência – PIBID. Edital N° 2/2020. Brasília, DF, 06 de janeiro de 2020.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias. Brasília, DF, 2006.
DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J. A. A; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências:
fundamentos e métodos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GAMA, D. S. O PIBID como espaço que contribui para a permanência de alunos no
curso de Licenciatura em Química. 165 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Universi-
dade Federal de Sergipe, Departamento de Química, Itabaiana, 2021.
LIMA, J. P. M; ANDRADE, D. O PIBID/Química da Universidade Federal de Sergi-
pe/Campus de São Cristóvão. In: LIMA, J. P. M (org.). Ação, Pesquisa e Reflexão nas
atividades do PIBID/Química da Universidade Federal de Sergipe/Campus de São
Cristóvão. São Carlos: Pedro & João Editores, 2017.
LIMA, J. P. M. Uma luz no fim do túnel: o PIBID como possibilidade de melhoria
da formação inicial de professores no curso de Licenciatura em Química da Uni-
versidade Federal de Sergipe/Campus de São Cristóvão. 2018. 229 f. Tese (Doutorado)
O ENSINO DE QUÍMICA EM
TEMPOS DE DISTANCIAMENTO
SOCIAL: AÇÕES DO PIBID PARA
MINIMIZAR OS PREJUÍZOS
CAUSADOS PELO ENSINO REMOTO
Alexandra Epoglou1
Antônio Hamilton dos Santos2
Givanildo Batista da Silva3
Ruyanne Andreza Camilo4
Resumo
O presente capítulo apresenta atividades selecionadas das três escolas
parceiras do PIBID/Química, campus São Cristóvão. Tendo em vista que
os objetivos educacionais apontam para diferentes aquisições pessoais, é
imprescindível que o futuro professor vivencie situações nas quais pos-
sam ser desenvolvidos conceitos, procedimentos e atitudes. Dessa forma,
as atividades relatadas demonstram aspectos como: i) o desenvolvimento
de processos investigativos mobilizados pelos projetos de pesquisa; ii) o
aprendizado de conceitos e procedimentos por meio das aulas de revisão
e iii) o incentivo à argumentação e à compreensão de situações especí-
ficas nas ações do júri simulado. É possível concluir que, sobretudo no
1. Introdução
O ensino da Química tem sido debatido no Brasil há pelo menos quatro
décadas, visto que a primeira edição do evento científico que mais reúne
os pesquisadores da área ocorreu em 1982, o I Encontro Nacional de En-
sino de Química (SCHNETZLER; ARAGÃO, 1995).
Tendo em vista a consolidação de linhas de pesquisa específicas so-
bre o ensino de química, podemos destacar que há inúmeras investiga-
ções acerca das dificuldades e dos desafios para se ensinar e aprender
os conceitos químicos que fazem parte do currículo escolar (AKAH-
OSHI; SOUZA; MARCONDES, 2018). Nesse sentido, a formação de
professores, inicial ou continuada, tem sido pautada, em grande par-
te, pela compreensão das dinâmicas que se estabelecem nos processos
educativos.
É importante destacar que as pesquisas da área acompanham o movi-
mento dinâmico da sociedade, influenciado por demandas e contingên-
cias específicas. Assim, as contribuições dos recursos das tecnologias
digitais de informação e comunicação (TDIC), na educação, têm sido es-
tudados desde o século passado (BONILLA, 2011). Muitos pesquisadores
se debruçam para construir conhecimentos que expliquem diferentes si-
tuações nas relações professor-máquina-redes de informação-objeto de
conhecimento-aluno e, com isso, elaboram hipóteses para conjunturas
ainda não vivenciadas (LEMOS; LÈVY, 2010).
Em março de 2020, muitas das predições mostraram-se reais, modi-
ficando abruptamente o cotidiano da sala de aula. Nesse período, por
conta dos perigos de contaminação da COVID-19, as salas de aula foram
fechadas, em todos os níveis. Aos poucos, foram organizados os sistemas
2. As escolas parceiras
O grupo de Química do campus São Cristóvão atuou em duas escolas de
Aracaju e em uma escola na cidade de São Cristóvão. Muitas atividades
foram realizadas nas três escolas, mas para esse capítulo, selecionamos
aquelas que se destacaram e mostraram bons resultados em cada comu-
nidade escolar.
5. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo de
avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Em 2009, o
exame aperfeiçoou sua metodologia e passou a ser utilizado como mecanismo de acesso
à educação superior. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avalia-
cao-e-exames-educacionais/enem. Acesso em 21/01/2022.
Referências
AKAHOSHI, L. H.; SOUZA, F. L.; MARCONDES, M. E. R. Enfoque CTSA em mate-
riais instrucionais produzido por professores de Química. Revista Brasileira de Ensi-
no de Ciência e Tecnologia, v. 11, p. 124-154, 2018.
ANVISA. Nota Técnica SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA Nº 47/2020. Recomen-
dações sobre produtos saneantes que possam substituir o álcool 70% e desinfecção de
PIBID E A CIDADANIA EM
TEMPOS DE PANDEMIA POR
MEIO DO TRABALHO COM
TEMAS TRANSVERSAIS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO
PIBID LETRAS UFS – ITABAIANA
Resumo:
Apresenta-se, neste trabalho, um relato de experiência acerca de uma
ação do Pibid Letras Português, da Universidade Federal de Ser-
gipe, Campus Itabaiana, na qual se buscou desenvolver o letramen-
to e a cidadania por meio do trabalho com gêneros textuais e temas
1. Introdução
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) é
uma etapa fundamental do processo de formação acadêmica na me-
dida em que representa a aproximação do licenciando das escolas,
conciliando teorias e práticas pedagógicas, a fim de promover o en-
riquecimento do processo ensino-aprendizagem. O principal objetivo
do Pibid é a formação de professores. Na apresentação do programa
feita no site do Governo Federal - CAPES (BRASIL, 2020), é possível
constatar essa orientação:
[...] cabe aos sistemas e redes de ensino. Assim como as escolas, em suas
respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currí-
culos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contempo-
râneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global,
preferencialmente de forma transversal e integradora (BRASIL, 2018, p.
19). (Grifo nosso).
Se recordarmos que o trabalho com projetos tem como um dos seus ele-
mentos propulsores a necessidade de se trazer para o cotidiano da sala
Temos sido desafiados dia a dia pelas novas demandas lançadas sobre
a escola. Uma dessas demandas diz respeito, como tratamos anterior-
mente, ao favorecimento da construção da autonomia dos aprendizes
de forma que possam ser cidadãos responsáveis e conscientes de suas
ações. Isso nos coloca a necessidade de se pensar alternativas de inter-
venção, que dêem conta do atendimento a essa e a outras demandas.
[...] O cuidado em propor uma organização didática que garanta a in-
tegração dos diferentes eixos de ensino de língua (leitura, produção e
análise lingüística) e o envolvimento dos alunos em situações comuni-
cativas reais cria, portanto, um espaço favorável para a construção de
competências necessárias à ampliação das capacidades lingüísticas do
indivíduo (SANTOS, MENDONÇA e CAVALCANTE, 2007, p. 131-132).
4. Resultados práticos
Em linhas gerais, a experiência aqui relatada, além da contribuição no
campo específico de ensino de língua portuguesa para melhorar as habi-
lidades e competências de leitura e escrita dos alunos, levou-os a refletir
sobre a realidade social à sua volta bem como também agir positivamen-
te visando mudanças para a comunidade na qual estão inseridos.
Desse modo, observou-se que integrar ao trabalho de ensino de lín-
gua portuguesa a abordagem do tema transversal solidariedade contri-
buiu não só para a formação de um leitor e escritor competente linguis-
ticamente, mas também de um leitor e escritor crítico e consciente da
sua função social.
As sequências didáticas desenvolveram-se de forma extrema-
mente proveitosa e o desempenho apresentado pelos alunos nas au-
las e no aprendizado em si foi de grande desenvoltura e um ótimo
Fotografia 1: ação solidária dos alunos do Colégio Djenal Tavares de Queiroz, Moita
Bonita, SE. Distribuição de kits de proteção individual (Máscaras+ Álcool gel)
Fotografia 2: ação solidária dos alunos do Colégio Djenal Tavares de Queiroz, Moita
Bonita, SE. Distribuição de kits de proteção individual (Máscaras+ Álcool gel)
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educa-
ção é a base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em:<http://
1. Introdução
O presente texto tem como objetivo relatar a experiência do Programa
de Iniciação à Docência do núcleo de Língua Portuguesa vinculado à
Universidade Federal de Sergipe. As atividades foram iniciadas em ou-
tubro de 2020, sob a supervisão do Professor Doutor Alexandre Melo
de Andrade, docente do Departamento de Letras Vernáculas da referi-
da Universidade3. O núcleo foi composto pelos seguintes professores:
Ana Márcia Barbosa dos Santos (Colégio de Aplicação-UFS), Urandi
Rosa Novais (Colégio de Aplicação-UFS), Adriana da Silva Araújo Inácio
(Centro de Excelência Nelson Mandela-SEDUC).
Este relato de experiência é fruto das atividades desenvolvidas pela
professora Doutora Ana Márcia Barbosa dos Santos Santana e pelo gru-
po de dez pibidianos, sob a sua supervisão. Devido à necessidade de iso-
lamento social ocasionada pela Covid-19 todos os trabalhos aqui apre-
sentados ocorreram no formato remoto.
Inicialmente, tivemos uma reunião para apresentação dos pibi-
dianos aos seus respectivos supervisores, nesse contato, o professor
Alexandre Andrade discorreu um pouco sobre o programa e sobre os
4. Na oficina do mês de outubro, cuja temática foi o terror trabalhamos com o conto “O
homem que adorava flores” de autoria do escritor norte-americano Stephen King.
Referências
BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas e GEBRAN, Raimundo Abou. Prática de
Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Aver-
camp, 2006.
FREITAS, Richardson Santos. 1985 – Yellow Kid. Disponível em: https://nanquim.com.
br/tag/richard-outcault/. Acesso em: 01 out. 2021.
MARTINS, Danyla. Turma da Mônica - Origem, Maurício de Sousa e personagens.
Segredos do mundo. Disponível em: https://segredosdomundo.r7.com/turma-da-moni-
ca-origem/. Acesso em: 08 out. 2021.
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https://segredosdomundo.r7.com/batman-historia/. Acesso em: 04 out. 2021.
NAÇÃO HQ: quadrinhos e política cultural. As aventuras de Nhô Quim ou Impressões
de uma viagem à Corte. Disponível em: https://nacao.net/2006/01/30/as-aventura-de-
-nho-quim-ou-impressoes-de-uma-viagem-a-corte/. Acesso em: 01 out. 2021.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed
Editora, 2000.
ROJO, Roxane(org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Pa-
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LAPELOSO, Mariana. O que é mangá? Conheça as principais características do gê-
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ZENI, Lielson. Literatura em quadrinhos. In: RAMOS Paulo; VERGEIRO, Waldomiro.
Quadrinhos na Educação. São Paulo: Editora Contexto, 2009, p. 127-158.
Resumo
Este texto tem como propósito discutir sobre a importância da utiliza-
ção de jogos e materiais didáticos no processo de ensino-aprendizagem
da Matemática. A experiência de formação comentada neste trabalho é
oriunda de uma oficina realizada no projeto intitulado “Girando a Roda”,
atividade proposta no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID), do curso de Licenciatura em Matemática do Campus
de Itabaiana - SE. Este projeto teve como objetivo oportunizar aos bol-
sistas de iniciação à docência o contato com pesquisadores da área da
Matemática e Educação Matemática de outras instituições de ensino
superior. Por meio do trabalho desenvolvido na oficina foi possível ob-
servar que a maneira como se ensina Matemática pode ser aprimorada,
visto que a inserção de jogos e recursos materiais didáticos contribui
1. Introdução
O presente relato tem por objetivo destacar a importância do uso mate-
riais didáticos no ensino da Matemática, considerando as dificuldades
dos alunos em compreender determinados conteúdos. Este trabalho ori-
ginou-se de uma experiência vivenciada no Projeto Girando a Roda, rea-
lizado como parte das atividades desenvolvidas no Programa Institucio-
nal de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Federal
de Sergipe, Campus Prof. Alberto Carvalho, em – Itabaiana - SE.
Neste texto, destacamos uma experiência vivenciada na Ação 2, in-
titulada “Girando a Roda da Matemática na Prática”, na qual o profes-
sor formador convidado realizou uma oficina envolvendo o uso de jogos
e materiais didáticos no processo de ensino e aprendizagem da Ma-
temática.
A proposta da oficina levou em conta que os recursos materiais auxi-
liares podem contribuir no processo de compreensão dos conceitos ao
ajudarem o aluno a entender as relações matemáticas que permeiam as
representações de pensamento ou algoritmos expressos nas resoluções.
E, ainda, que as atividades com materiais, oportunizam a vivência de um
processo de aprendizagem da Matemática no qual o aluno é o protago-
nista do próprio aprendizado.
Para que isso aconteça, novas práticas de ensino devem ser adotadas e
dentre elas está o uso de recursos materiais didáticos. Entende-se que é um
método desafiador, mas essencial e construtivo, não só para os alunos, mas
também para os educadores que desenvolverão aulas mais eficazes.
Regras do jogo:
Primeira rodada:
• O jogador deve colocar seu peão na posição 0 (zero) para que o
jogo inicie.
• Para saber qual jogador iniciará o jogo é indicado que se jogue os
dois dados ao mesmo tempo, iniciará o jogo quem tirar o maior
número.
• O jogador 1 jogará o dado branco para indicar quantas faixas irá
subir, e o vermelho para indicar quantas faixas irá descer, o joga-
dor deve primeiro deslocar o peão para subir e depois para descer.
• Abaixo da faixa -10 o jogador está fora do jogo.
• Vence a primeira rodada quem chegar primeiro ao topo do
Tobogã.
Segunda rodada:
4. Considerações finais
A experiência vivenciada na oficina sobre o uso de jogos e recursos ma-
teriais no ensino de Matemática nos oportunizou refletir sobre possibili-
dades de aplicação de atividades de ensino voltadas para a compreensão
dos processos operatórios de soma e subtração de números inteiros. Per-
cebemos que essa é uma questão que precisa ser discutida e reformulada
pelos professores, pois nossa experiência enquanto estudantes da educa-
ção básica, e hoje como pibidianos, nos mostra que esse ensino é pauta-
do na memorização de regras.
As atividades apresentadas neste texto permitem que os alunos com-
preendam conceitos que estão implícitos nos processos operatórios envol-
vendo números inteiros, dando significado ao que estão fazendo. O uso dos
recursos materiais manipuláveis possibilita que os estudantes possam reali-
zar as abstrações necessárias para a generalização do que está sendo estuda-
do. Por conta disso, é importante que o docente proponha aulas dinâmicas
para buscar ajudar na superação das dificuldades apresentadas pelos alunos.
No que se refere ao ensino de adição e subtração de números de in-
teiros, acreditamos que este possa ser visto de uma forma interessante
e contextual, por isso, é necessária a adoção de metodologias variadas
para o desenvolvimento de conceitos e atividades, como as apresentadas
neste artigo.
Referências
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ma-
temática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. 1998. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf
CÓDIGOS DO COTIDIANO EM
AULAS DE MATEMÁTICA: UMA
APLICAÇÃO DE ATIVIDADES DO
PIBID NO ENSINO REMOTO
Resumo
Neste relato, abordamos o planejamento e aplicação de uma sequência
de ensino intitulada “Códigos do Cotidiano”, realizada por licenciandos
em Matemática (bolsistas de um Núcleos da área de Matemática do Pro-
grama Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, na Universidade
Federal de Sergipe), junto a um professor da educação básica (profes-
sor supervisor). A sequência foi pensada, inicialmente, para uma turma
de 6º ano do ensino fundamental em umas das escolas da rede estadual
de Aracaju-SE, parceira desse Programa, sendo posteriormente aplica-
da a outros públicos. Os objetivos de aprendizagem visam propiciar que
1. contato.rosianesf@gmail.com
2. thaynavivi50@gmail.com
3. cejfmatematica@gmail.com
4. narinha.mylena@gmail.com
5. denize@academico.ufs.br
2. No momento em que este texto foi produzido, o semestre letivo ainda estava acontecendo
sob o modo de ensino remoto.
6. O aplicativo Excel foi usado para haver uma maior velocidade na obtenção das respostas,
deixando os alunos mais curiosos.
7 8 9 1 0 2 7 2 9 0 9 7
1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3
7 24 9 3 0 6 7 6 9 0 9 21
Ao somarmos os produtos: 7 + 24 + 9 + 3 + 0 + 6 + 7 + 6 + 9 + 0 + 9 +
21 = 101
Ao efetuarmos a diferença do produto com a dezena superior: 110 –
101 = 9 (eis, o dígito verificador).
Embora existam outras formas de efetuar este cálculo, buscamos esse
modelo para tornar o cálculo mais simples. O objetivo foi alcançado para
quem participou de ambas as atividades. Além de retomarem cálculo
das operações, percebendo que esqueciam algarismos ou apresentavam
equívocos no cálculo da multiplicação, foram aos poucos tendo mais
atenção. Também ressaltaram que, para resolverem problemas na mate-
mática, tudo depende da “atenção”.
Em geral, os alunos compreenderam o algoritmo, mas para efetivar
sua aplicabilidade, foi necessário um reforço na aplicação do método.
Ademais, durante e após a aplicação das atividades, notou-se a força de
Considerações finais
Para este relato, nosso propósito foi abordar sobre o planejamento e
aplicação de uma Sequência de Ensino intitulada “Códigos do Cotidia-
no”, realizada por bolsistas de um dos Núcleos da área de Matemática
– PIBID-Matemática/SC/UFS, junto a um professor da educação básica
(professor supervisor). Pelo exposto, nota-se a viabilidade da Sequência
de Ensino, aqui apresentada, tanto para promover interesse pelo estudo,
quanto para a mobilização do conhecimento dos alunos na utilização das
operações elementares da matemática. Por outro lado, também foi pos-
sível, a partir da aplicação dessa Sequência, identificar dificuldades que
os alunos ainda possuem, mesmo estudando nos anos finais do ensino
fundamental. Como o caso de determinar múltiplos de 10.
Assim, destacamos que essa experiência ocasionada pela participa-
ção no PIBID-Matemática/SC/UFS, sobretudo, aos pibidianos, resultou
uma aproximação à realidade de ser professor. Ao pôr em prática esse
Referências
BIANCHINI, E. Matemática Bianchini. 6° ano, 9. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
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BID). Brasília, DF: MEC/CAPES, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/
centrais-de-conteudo/06012019-edital-2-2020-pibid-pdfAcesso em jul. de 2021.
MILIES, C. P. A matemática dos códigos de barras – Detectando erros. RPM 68. Dis-
ponível em: <http://www.rpm.org.br/cdrpm/68/12.html>. Acesso em: jun. 2021.
MILIES, C. P. A matemática dos códigos de barras. RPM 65. Disponível em: <http://
www.rpm.org.br/cdrpm/65/9.html>. Acesso em: jun. 2021.
PROJETOS DE ESPANHOL NO
PIBIB: MUSEUS E MUNDO VIRTUAL
Resumo
Este capítulo apresentará os projetos ‘Miradas otras y decolonialidad en el
Pibid: arte, museos y español’ e (Re)descubriendo el mundo virtual: retos y pers-
pectivas, desenvolvidos no âmbito do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência, subprojeto espanhol, da Universidade Federal
de Sergipe. Os projetos tiveram como fundamento o estudo da língua
espanhola a partir de temas sociais, bem como o uso de ferramentas di-
gitais, pois com o avanço das tecnologias e o transcorrer da pandemia de
COVID-19, as tecnologias digitais se tornaram um meio para a efetiva-
ção de aulas e projetos nas escolas. Partimos dos pressupostos teóricos
da interculturalidade e decolonialidade, buscando desenvolver oficinas
pedagógicas com o olhar atento desde/para o sul, desenvolvendo a edu-
cação linguística em espanhol em contexto latino-americano.
1. Introdução
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) bus-
ca proporcionar aos licenciandos as primeiras experiências na sala de
aula de educação básica, problematizando sobre o contexto escolar e, no
A problemática causada pelo avanço do uso das TDIC na vida das pes-
soas e a ineficiência nessa utilização pela maioria das escolas e pelos
professores podem aumentar, isso porque a cada dia surgem novas tec-
nologias capazes de proporcionar diversos tipos de recursos educacio-
nais. (LIMA; MATOS, 2017, p.55).
Desse modo, percebe-se que um trabalho crítico em cima das TDIC pode
proporcionar aos educadores e educandos, uma nova perspectiva do outro e
do eu, visto que, ao perceber e integrar as diferenças os indivíduos se torna-
rão mais diversos. Além do fato de que as tecnologias digitais estão transfor-
mando o meio acadêmico fazendo-se necessário conhecê-las cada vez mais.
4. Os projetos desenvolvidos
O PIBID é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores
do Ministério da Educação (MEC) e é formado por instituições selecio-
nadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-
rior (CAPES) que recebem cotas de bolsas. O programa tem por objetivo
proporcionar aos discentes na primeira metade do curso de licenciatura
uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educa-
ção básica e com o contexto em que elas estão inseridas1.
Considerações finais
A partir do que apresentamos nesse capítulo, podemos afirmar que o
Pibid é um programa de suma importância na formação de futuros do-
centes, pois oportuniza que o estudante conheça a realidade do sistema
de ensino básico brasileiro, aprimorando seus conhecimentos desenvol-
vidos ao longo da graduação, através de leituras, discussões e projetos
que são efetivados, em parceria com a coordenação, os supervisores das
escolas e os colegas de projeto. Saberes esses que são aplicados nas insti-
tuições de ensino público da rede estadual e federal de ensino nas quais
esses estudantes estão alocados.
Em relação aos projetos descritos, foram oficinas que focaram em
temáticas sociais, justamente pela necessidade de compreender a lín-
gua como um fenômeno social, visto que ensinar língua, mais especifi-
camente, a língua espanhola, envolve conhecer as comunidades de fala,
além de suas histórias, culturas e lutas sociais. Foram, precisamente, es-
sas caracterizações que as oficinas relacionadas aos museus virtuais, Mi-
radas otras y decolonialidad en el Pibid: arte, museos y español, abordaram,
trazendo questões culturais e de lutas em suas temáticas, como também
a realidade pela qual estamos vivenciando com as redes sociais, por meio
do projeto (Re)descubriendo el mundo virtual: retos y perspectivas.
Referências
BAPTISTA, Lívia Márcia Tiba Rádis. Traçando caminhos: letramento, letramento crí-
tico e ensino de espanhol. In: BRASIL, Ministério da Educação. Coleção Explorando o
Ensino. V. 16. Espanhol: ensino médio. (Org.) BARROS, Cristiano Silva de & Costa, El-
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Remotas Emergenciais para os cursos de Graduação no âmbito da Universidade Fe-
deral de Sergipe. 2020. Disponível em: RESOLUC__807_A__771_O_N__26-2020_CO-
NEPE__1_.pdf. Acesso em: 30 jan. 2022.
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LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge
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LIMA, Acacia; MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva. Tecnologias e intercultura-
lidade na aula de espanhol: um tour pela arte pré-colombiana através de Museus In-
terativos. Múltiplos olhares no ensino de línguas: tecnologias de informação e co-
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FERREIRA, Cacio José. Manaus: EDUA, 2017, p. 54-70.
PARAQUETT, Marcia. Multiculturalismo, interculturalismo e ensino/ aprendizagem de
espanhol para brasileiros. In: BRASIL, Ministério da Educação. Coleção Explorando o
Ensino. V. 16. Espanhol: ensino médio. (Org.) BARROS, Cristiano Silva de & Costa, El-
zimar Goettenauer de Marins. Brasília. Secretaria de Educação Básica. 2010, p. 137-156.
SILVA JÚNIOR, Antônio Carlos; MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva. Linguística
Aplicada e o SULear: práticas decoloniais na educação linguística em espanhol. Revis-
ta Interdisciplinar Sulear, Minas Gerias: Edição Especial Dossiê SULear, 2019.
O PIBID INGLÊS E OS
DESAFIOS DA DOCÊNCIA EM
TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
O objetivo deste artigo é o de compartilhar algumas das práticas docen-
tes desenvolvidas pelos partícipes do Subprojeto de Língua Inglesa do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, da Universi-
dade Federal de Sergipe. As práticas do ensino de inglês foram executa-
das em três escolas públicas de Sergipe, o Colégio de Aplicação da Uni-
versidade Federal de Sergipe e o Colégio Estadual Armindo Guaraná,
1. Doutora em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professora dos Cur-
sos de Letras Português-Inglês e Letras Inglês e Coordenadora do Núcleo de Língua Inglesa
do Pibid/CAPES na mesma instituição. E-mail: analucia.sbf@academico.ufs.br
2. Graduanda em Letras Inglês na Universidade Federal de Sergipe e bolsista do Pibid/CAPES,
do Núcleo de Língua Inglesa, na mesma instituição. E-mail: carol.iina_@academico.ufs.br
3. Graduanda em Letras Português-Inglês na Universidade Federal de Sergipe e bolsista
do Pibid/CAPES, do Núcleo de Língua Inglesa, na mesma instituição. E-mail: mikaelle@
academico.ufs.br
4. Professora de Língua Inglesa da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe e Supervisora
do Núcleo de Língua Inglesa do Pibid/CAPES, na UFS. E-mail: renataantonia@yahoo.com.br
5. Graduanda em Letras Português-Inglês na Universidade Federal de Sergipe e voluntária
do Pibid/CAPES, do Núcleo de Língua Inglesa, na mesma instituição. E-mail: ysahkms2@
academico.ufs.br
1. Introdução
Considerando três dos objetivos gerais previstos no edital 2020 do Pro-
grama Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), a saber:
integração entre a educação superior e a básica, a fim de elevar a qua-
lidade da formação inicial dos professores; inserção dos discentes em
escolas públicas objetivando a criação e participação em projetos meto-
dológicos que auxiliem no ensino-aprendizagem dos estudantes da edu-
cação básica; e articulação entre teoria e prática (BRASIL, MEC, 2018,
p. 01), o nosso propósito, neste artigo, é o de compartilhar algumas das
práticas desenvolvidas nas três escolas participantes do Subprojeto de
Língua Inglesa da Universidade Federal de Sergipe, e demonstrar que
esses objetivos foram atingidos mesmo diante de um cenário desafiador
- até então nunca vivenciado nas instituições contempladas com ações
do Pibid - posto ter sido marcado por atividades remotas em virtude da
pandemia de COVID-19.
Foi nesse cenário diferenciado que, em outubro de 2020, tiveram
início as atividades do subprojeto de inglês em três escolas públicas
Figura 1 - Chimamanda Ngozi Adichie e a sua luta por igualdade para todos
Considerações finais
As experiências aqui relatadas revelaram que a pandemia de Covid-19,
apesar dos inúmeros entraves e desafios impostos ao longo da jornada
do Pibid, permitiu aos ID, à supervisora e à professora formadora o apri-
moramento das suas práticas pedagógicas e a ampliação dos seus reper-
tórios e percursos formativos.
Por intermédio das ações, foi possível, também, diversificar, ainda
mais, as práticas voltadas ao ensino de inglês para os estudantes da edu-
cação básica sergipana, ampliando os seus horizontes em relação ao que
significa aprender uma língua estrangeira e aos benefícios que daí po-
dem advir, e neles despertando a criticidade no que concerne ao ensino
da língua inglesa para além do código linguístico.
Todas as atividades executadas nas escolas foram embasadas nos do-
cumentos oficiais e pedagógicos que normatizam a educação e estiveram
sempre em consonância com as necessidades das comunidades escolares
assistidas pelo programa. Por conseguinte, as ações foram bem recebidas,
repercutindo em notória participação e envolvimento dos discentes das es-
colas e revelando que é possível, sim, por intermédio de programas como o
Pibid, articular teoria e prática, apoiar os estudantes da educação básica e
elevar a qualidade da formação inicial e continuada de professores.
Referências
BARCELOS, Ana Maria F. Reflexões acerca da mudança de crenças sobre o ensino e
aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 7, n. 2, p. 109-
138, 2007.
VIVENCIANDO O ENSINO
DE INGLÊS POR MEIO
DO PIBID: PRÁTICAS DE
FORMAÇÃO DOCENTE EM
TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
O presente texto é um relato de experiências vividas ao longo do Pro-
jeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universi-
dade Federal de Sergipe (UFS), mais especificamente da área de Língua
1. Doutora em Letras pela USP. Professora dos Cursos de Letras Inglês da Universidade
Federal de Sergipe. Coordenadora do Núcleo de Língua Inglesa, do Pibid/CAPES na UFS.
E-mail: akcoliveira@academico.ufs.br
2. Graduando em Letras (Português/Inglês) da Universidade Federal de Sergipe, bolsista do
Pibid/CAPES, do Núcleo de Língua Inglesa. E-mail: caioenzio@academico.ufs.br
3. Mestre em Letras pela UFS. Professor de Língua Inglesa da Secretaria de Estado da Edu-
cação de Sergipe. Supervisor no Núcleo de Língua Inglesa do Pibid/CAPES na UFS. E-mail:
prof.edipoandrade@outlook.com.br.
4. Graduanda em Letras (Português/Inglês) da Universidade Federal de Sergipe, bolsista do
Pibid/CAPES, do Núcleo de Língua Inglesa. E-mail: larissaa2001@academico.ufs.br
5. Graduando em Letras (Inglês) da Universidade Federal de Sergipe, bolsista do Pibid/CA-
PES, do Núcleo de Língua Inglesa. E-mail: renivaldo0839@academico.ufs.br
1. Introdução
Iniciado em outubro de 2020, o Projeto Institucional de Bolsa de Ini-
ciação à Docência (Pibid) – edital 2020, fomentado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Universida-
de Federal de Sergipe (UFS) dá os seus primeiros passos num momento
marcado por diversas incertezas. Afinal, vivíamos uma pandemia em vir-
tude da COVID-19, o que exigia novas práticas, em especial relacionadas
aos usos das tecnologias digitais. Conforme apontam Zacchi e Nasci-
mento (2019), em razão das variadas transformações ocorridas nos vários
campos do conhecimento, a formação de professores hoje vivencia uma
alta dose de incertezas, principalmente com relação às tecnologias digi-
tais, já que as experiências vividas pelos estudantes levam-nos a conhe-
cimentos diversos, com os quais os professores podem não estar familia-
rizados. Mas era preciso seguir e encontrar caminhos para as práticas a
serem desenvolvidas na escola pública.
2. Compartilhando Experiências
Tendo em vista os contextos locais e o que dispunha cada escola e seus
estudantes, demos início à elaboração colaborativa de atividades e pro-
jetos ao mesmo tempo em que realizávamos reuniões do grupo de estu-
dos do subprojeto de Língua Inglesa. Assim, o objetivo era aliar teoria
à prática, entendendo a indissociabilidade entre ambas. Dessa forma, à
medida que apresentamos os relatos de algumas práticas desenvolvidas,
citamos algumas das teorias que embasam nossas decisões.
1. Tradução nossa: 1) Ano passado, 50% das mortes por covid-19 no Brasil foram falsas; 2) A
Funai distribuiu cestas de alimento contaminadas no Pará; 3) Usar seu celular pode causar
câncer; 4) Usar desodorante pode causar câncer de mama; 5) Zumbi dos Palmares teve seus
próprios escravos; e 6) As vacinas não são seguras e podem alterar o seu DNA.
3. “[...] spoken and written texts have always drawn on multiple modes: aural and visual, as
well as verbal and textual.”
4. Atividade relacionada às disciplinas de inglês e espanhol e para a qual os estudantes são
orientados a produzirem vídeos com informações sobre a cultura de países em que tais lín-
guas são faladas.
5. Projeto da instituição que propõe aos alunos se engajarem na produção de atividades
cujas temáticas são o Halloween e o Dia de Los Muertos, comemorações que tomam espaço
em países onde as línguas nativas são aquelas lecionadas na escola (inglês e espanhol).
Considerações Finais
Percebemos que, por mais que a pandemia do novo coronavírus tenha
afetado nossas concepções tradicionais de ensino, buscamos inovar e/
ou adaptar nossas práticas pedagógicas a fim de proporcionar um en-
sino de qualidade para a educação básica sergipana nas escolas nas
quais realizamos nossas tarefas na posição de bolsistas de iniciação
à docência, supervisor ou coordenadora de área. Notamos que tais
práticas puderam ser de grande relevância para os alunos, quando a
maioria deles deram devolutivas positivas. Além disso, se for traçado
um comparativo entre nossas propostas pedagógicas e os documen-
tos base que norteiam a educação no Brasil, pode-se observar que o
que realizamos se encaixa nas noções preconizadas pela Base Nacio-
nal Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017; 2019) e/ou Currículo de
Sergipe (SERGIPE, 2021).
Por fim, também pontuamos a importância das práticas aqui relata-
das para a nossa constituição enquanto professores em formação ini-
cial e continuada no contexto do Pibid, uma vez que as atividades de-
senvolvidas nos possibilitaram não apenas pôr em prática as teorias e
Referências
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Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.
COPE, Bill; KALANTZIS, Mary. Multiliteracies: literacy learning and the design of so-
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______. DEA/Aracaju. Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte. 2021.
Disponível em: <https://www.seduc.se.gov.br/redeEstadual/Escola.asp?cdestrutu-
ra=18>. Acesso em: 23 nov. 2021.
ATIVIDADES DE PRÁTICAS DE
ENSINO DESENVOLVIDAS PELO
PROGRAMA PIBID NA ESCOLA
ESTADUAL JOÃO XXIII
Resumo
O presente capítulo trata do relato de experiências das atividades do Pro-
grama Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID pelo núcleo
de Geografia do campus de Itabaiana da UFS. O texto trata de questões que
envolvem a formação inicial dos discentes, assim como da formação conti-
nuada, uma vez que o programa é alicerçado também pelo trabalho dos pro-
fessores supervisores, que são a ponte direta entre a universidade e a educa-
ção básica. Trata também do processo de ensino-aprendizagem, nas quais
serão tratadas reflexões sobre a formação de professores.
A compreensão de educação como processo de ensino-aprendizagem
segue a lógica em que deve-se ser ponto central a realidade concreta dos
sujeitos envolvidos, sejam eles os alunos e os docentes. Essa educação
deve fazer sentido aos alunos, contribuindo para a manutenção dos va-
lores sociais preponderantes e, nesse sentido, no tocante à Geografia o
professor deve ultrapassar as metodologias engessadas do ensino tradi-
cional, pois ele não leva o aluno ao pensamento crítica, em que ele possa
questionar o mundo e se portar como sujeito atuante e transformador da
realidade. Portanto, através das ações do PIBID, buscou-se ultrapassar
1. Introdução
Em primeira instância, o processo de ensino e aprendizagem não é tão
simples como se pensa à primeira vista, visto que, é uma edificação so-
cial, em que não há neutralidade, portanto atende a determinados inte-
resses, quais sejam: a manutenção do status quo do modelo de sociedade
do modo de produção capitalista.
É evidente a concepção teórico-metodológica do docente, por exem-
plo, ao dizer que a educação é um constructo social e que atende a deter-
minados interesses, ficando explícito um viés materialista histórico de
análise da realidade, e que, por isso mesmo, acredita na mobilidade da
forma de educar.
A geografia tradicional, conforme Saviani, 1983, é acrítica, ou seja,
não questiona/refuta as contradições inerentes ao modo de produção ca-
pitalista, por isso o professor funciona como mero instrumento de incul-
cação do conhecimento pré-estabelecido por forças externas que opera
em consonância com os interesses do sistema capitalista.
2. Desenvolvimento
A escola, não era sinônimo de um local como vemos na atualidade, sendo
relacionado a pessoas que tinham o tempo livre, disponível ao ócio, que
na Grécia antiga, local de origem da palavra, scholé significa, segundo
Martins (2005) apud PAGANINI e AUGUSTO (2016):
Referências
BOHRER, Marcos. A pedagogia histórico-crítica e avaliação. Disponível em: https://
reitoria.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2017/03/A-Pedagogia-Hist%C3%B3rico-Cr%-
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CHIARELLA, Tatiana et al. A pedagogia de Paulo Freire e o processo de ensi-
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SCHNEIDER, Osmar. Escolarizando o mundo- ‘’o fardo do homem branco’’. Disponível
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SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11.ed.
Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teoria da educação, curvatura da vara, 11
teses sobre a educação pública. 33.ed. Campinas: Coleção Polêmicas do Nosso Tem-
po, 2000.
Resumo
Este texto tem como objetivo apresentar um relato de experiência, te-
cendo algumas reflexões sobre a importância do Grupo de Estudos em
Educação e Divulgação Científica (GEEDIC) para a formação inicial de
estudantes de Ciências Biológicas da Universidade Federal bolsistas
do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID),
subprojeto Biologia. Por meio desse grupo, busca-se fornecer uma rede
de diálogos entre docentes e licenciandos no que se refere à educação
em Ciências e Biologia e à divulgação da ciência, fortalecendo as prá-
ticas educativas nas escolas, bem como a propagação do conhecimento
1. Introdução
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID)
foi elaborado a partir de uma ação coletiva do Ministério da Educação
(MEC), Secretaria de Educação Superior (SESU), Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com a proposta de fomentar a
formação docente nas instituições de ensino superior.
O PIBID é um programa que oferece aos estudantes dos cursos de
formação de professores uma vivência prática no “chão da escola”. Essa
dimensão prática do PIBID constitui uma via de mão dupla, na medida
em que fortalece as relações entre instituições superiores de ensino e a
educação básica, possibilitando a formação continuada aos professores
supervisores que atuam nas escolas, como também contribuindo para
formação inicial de qualidade aos licenciandos, proporcionando a esses
futuros docentes uma associação indispensável entre teoria e prática,
para a construção de sua identidade enquanto profissionais da educação.
Neste sentido, Ferreira e Ferraz (2014) defendem a articulação entre a for-
mação e a identidade docente, entendendo que as políticas de formação
influenciam o delineamento da identidade profissional docente que, con-
sequentemente, podem gerar impactos positivos no sistema educacional.
Ao discutir os saberes docentes e a formação profissional, Tardif (2010)
argumenta que o saber dos professores é plural, temporal e heterogêneo,
2.4. Dimensão prática da atividade docente: o que se faz, por que se faz
e como se faz
Compreendendo que a especificidade da formação docente é refletir
sobre o que se faz, e que a produção dos saberes pedagógicos se dá na
Considerações finais
Este texto teve como objetivo apresentar um relato de experiência, tecendo
algumas reflexões sobre a importância do Grupo de Estudos em Educação
e Divulgação Científica (GEEDIC) para a formação inicial de estudantes de
Ciências Biológicas da Universidade Federal que são bolsistas do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Biologia.
Referências
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e rupturas conceituais. Informação & Informação, Brasília, v. 15, n. supl, p. 1–12, 2010.
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IMBERNÓN, Francisco. Formação Docente e Profissional: formar-se para a mudança
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São Paulo: Cortez. 2008.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 11 ed, Petrópolis, RJ:
Vozes, 2010.
Resumo
O artigo apresenta discussão a partir da execução de projetos didáti-
cos, com utilização de tecnologias digitais para o ensino de História,
no âmbito do desenvolvimento do projeto PIBID/História nos Centros
de Excelência Leandro Maciel e Gonçalo Rollemberg Leite em Araca-
ju/Sergipe. Dialogando com bibliografia referencial sobre o assunto
e documentação oficial, realça como ferramentas tecnológicas de in-
formação e de comunicação podem constituir importantes suportes
no tratamento didático de conteúdos curriculares de História. Divulga
experiências didáticas significativas desenvolvidas por meio de pro-
jetos centrados no uso de plataformas, de podcast, do whatsapp e da
pesquisa na Internet como forma de confirmar que, ante a necessida-
de da ministração de aulas remotas em razão de restrições impostas
pelo quadro pandêmico, os professores de História têm na tecnologia
1. Introdução
O presente texto apresenta algumas considerações, resultantes de ex-
periências pedagógicas do PIBID, sobre a importância das tecnologias
digitais no ensino de História, em aplicações feitas nos Centros de Exce-
lência Leandro Maciel e Gonçalo Rollemberg Leite, em Aracaju/Sergipe.
A proposta do subprojeto História 2020/20211 foi fazer uso didático
das novas linguagens relacionadas à tecnologia digital nas aulas dessa
disciplina, com o objetivo de construir situações de aprendizado que
dialogassem com as características da vida social dos alunos, marcada
pela presença de algum tipo de tecnologia de informação e comunica-
ção. Além disso, como sabemos, o contexto pandêmico impôs, de forma
contundente, que docentes e discentes explorassem ao máximo as poten-
cialidades dos recursos digitais uma vez que o ensino remoto se tornou a
principal forma de interação pedagógica.
Nesse sentido, os bolsistas, juntamente com a professora supervi-
sora Regiane Rodrigues Moura, desenvolveram ações didático-meto-
dológicas, pontuadas por habilidades e competências em diálogo com
Referências
ALVES, Lynn. Educação Remota: entre a ilusão e a realidade. Interfaces Científicas,
Aracaju, v.8, n.3, p. 348-365, 2020. Disponível em https://periodicos.set.edu.br/ educa-
cao/about. Acesso em 12 jun. 2021.