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UMA ECONOMIA DOS OCEANOS SUSTENTÁVEL

A economia dos oceanos, que abrange atividades que vão de pesca e navegação a turismo e
biotecnologia marinha, deve alcançar um valor estimado em US$ 3 trilhões, de acordo com uma
estimativa feita, antes da pandemia, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico, uma organização econômica intergovernamental sediada na França. A quantia
representa o dobro do valor estimado em 2010, quando alcançava US$ 1,5 trilhão.

“Uma economia dos oceanos sustentável requer ecossistemas marinhos saudáveis e


resilientes, os quais estão sendo severamente ameaçados por pressões antropogênicas e climáticas”,
ressalta Rashid Sumaila, professor do Instituto de Oceanos e Pescarias da Universidade British
Columbia.

‘Os pesquisadores identificaram quatro principais barreiras a serem levadas em


consideração:
- a fragilidade do setor em atrair investimentos sustentáveis;
- a insuficiência dos investimentos públicos e privados;
- a capacidade limitada dos atores em desenvolver projetos financeiramente atraentes; e
- o alto risco dos investimentos no setor.

“É possível fazer uma transição para uma economia azul, mas isso, de fato, exige muito
esforço e planejamento, bem como um realinhamento dos incentivos e reformas profundas”,
afirmou Bumbeer. Para isso, a tecnologia e o compartilhamento de informações sem fronteiras são
fatores essenciais.

De acordo com a bióloga, é preciso ainda mudar a forma como contabilizamos o valor do
oceano, considerando sua importância em mitigar as alterações climáticas e em balancear os
ecossistemas, condições fundamentais para o desenvolvimento econômico. “Quando a gente
entender que o oceano contribui para a economia, não só através do PIB, mas também de uma
forma mais holística, vamos entender melhor o seu valor, o que refletirá nos investimentos e no seu
uso sustentável”, disse.

Para especialistas, investir em iniciativas de descarbonização dos transportes marítimos é


um dos caminhos para fortalecer a economia marinha.

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