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forma de pensamento que possa dar conta de toda realidade. Neste sentido, acentua que
chegamos ao fim de certa forma de pensar o real e mesmo de conceber a filosofia. O fim da
modernidade é o momento, segundo ele, “em que não foi mais possível sustentarmos que é
possível, através de um único sistema filosófico, dar explicações que tenham eficácia em todos
os domínios do saber.
Este pressuposto levantado por Stein (1997) corrobora a tese de Edgar Morin de que uma
teoria é sempre necessária, mas nunca suficiente para compreender o real. Em ambos os
pensadores, podemos perceber esta compreensão acerca dos limites da concepção de ciência,
de subjetividade e de conhecimento que embalou a modernidade em geral. Uma crítica comum
se refere ao caráter da lógica indutivo-dedutivo-identitária. Em sua obra, A inteligência da
complexidade, Edgar Morin argumentou que: “Desse modo, se nós não podemos nos privar da
lógica indutivo-dedutivo-identitária, ela não pode ser o instrumento da certeza e da prova
absoluta” (MORIN, 2000, p.201). Logo, a emergência de uma nova forma de pensar não exclui
a lógica formal e simplificadora, mas a substitui por uma complexa. O pensamento complexo
convoca “[...] uma combinação dialógica entre a sua utilização, segmento por segmento, e a
sua transgressão nos buracos negros onde ele para de ser operacional” (MORIN, 2000, p.201).