DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E LINGUÍSTICAS Na crescente demanda de inclusão no Brasil, em 2002, foi reconhecida a Libras como a língua de comunicação e expressão da comunidade surda brasileira. Posteriormente, em 2005, foram revogadas as diretrizes da inclusão dos estudantes surdos em escolas comuns inclusivas onde, nesta política ainda incipiente, buscou-se garantir os direitos dos estudantes surdos à inclusão nas salas de aula das escolas públicas e particulares. O método utilizado no ensino-aprendizagem nos primeiros anos foi a de salas específicas multisseriadas, que segundo Martins e Lacerda (2016); “A referida sala tinha um funcionamento multisseriado, a língua de instrução era a Libras e as atividades eram conduzidas por uma professora bilíngue ouvinte, fluente na língua de sinais. Delas participavam, além da professora, crianças surdas e, em algumas oportunidades, uma instrutora surda - modelo linguístico para aquisição da Libras. (MARTINS; LACERDA, 2016, p.164)”. Refletir sobre a necessidade de revisão do conceito de inclusão, onde esta realmente atua e de fato como atua, o que segundo Foucault (2014) “‘o conhecimento se baseia numa rede de relações [...]’ (p.190) e, dessa rede, emergem práticas das quais derivam certas subjetividades perpassadas por determinados saberes que puderam ou conseguiram sobreviver” (FOUCAULT, 2014, apud MARTINS; LACERDA, 2016, p. 167). A formação de professores e educadores nas universidades brasileiras é uma temática bastante discutida pela comunidade acadêmica. A maioria dos licenciandos não são preparados para estarem em uma sala de aula onde alunos pertencentes da comunidade surda estejam presentes.