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Avaliação do módulo “Quadros neurocognitivos no envelhecimento”

De Julia de Bulhões Carvalho Schechtman

A avaliação neuropsicológica se insere no contexto do envelhecimento ganhando


cada vez mais espaço. A avaliação neuropsicológica no envelhecimento costuma ser
solicitada quando há dúvidas de um processo degenerativo ou mesmo para julgar se
determinadas queixas são reais ou subjetivas. Por exemplo, no envelhecimento saudável
há uma diminuição na capacidade de reter informações. Quando chega um paciente com
tal queixa é importante fazer uma avaliação completa para que se possa julgar se tal
queixa vem de base orgânica ou se é subjetiva, isto é, se não faz parte do próprio
envelhecimento saudável e da acomodação do sujeito à sua nova realidade.

Entretanto, é necessário, ao avaliar idosos, ter em mente que esta população tem
suas próprias peculiaridades: exames de sangue são necessários para excluir quadros
infecciosos ou de intoxicação, como o delirium; e, por vezes, ressonância magnética.

Além disso, alguns indivíduos não veem sentido na avaliação, o que faz com que
o examinador tenha que motivá-los continuamente. Por fim, uma ressalva é necessária:
existem idosos que chegam à terceira com patologias de base nunca diagnosticadas,
como o próprio Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade. Por isso se faz
indispensável o relato de pessoas próximas e a comparação do sujeito com ele mesmo
(em um período anterior).

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