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Neste seminário irei mostrar um pouco dos benefícios e da importância do piano para
professores em formação.
Primeiramente, vou fazer um resumo da história de como surgiu a modalidade
piano em grupo nas universidades segundo Campitelli e Mendes relatam no texto que
mandei. Elas falam que o emprego das aulas de piano em grupo é conhecido desde o
XIX através do músico alemão Johann Bernhard Logier. E a partir das ideias dele outros
professores da Europa e da América passaram a fazer também essa modalidade. Ao
final do século XIX, o educador Calvin Brainerd Cady propôs a inclusão do ensino de
piano em grupo no sistema educacional dos EUA. Nessa mesma época os EUA se
tornou líder na produção de piano e o instrumento passou a ser comum por lá. Em 1925,
uma escola de Nova Iorque fez um programa par ensinar os princípios básicos das aulas
de piano em grupo para a formação de professores. Um professor pianista – Burrows –
fez um curso de piano nessa universidade e aí ele se torno referência no assunto. Um
aluno dele – Robert Pace – se destacou na área, e uma aluna dele (Pace) veio para o
Brasil, em 1973 e apresentou o material desenvolvido por seu professor (pace) e aí a
professora de piano e diretora do conservatório de Santo Amaro teve contato com esse
material e implementou o método no conservatório Mas, foi com os estudos de Maria
Lourdes Junqueira Gonçalves, pesquisadora na UFRJ, que a modalidade de piano em
grupo começou a se estabelecer no país. Ela conseguiu uma bolsa e passou 4 meses nos
EUA, que foi onde ela conheceu os métodos de piano, e aí quando voltou ao Brasil ela
elaborou um curso básico de educação musical através do teclado e foi aí que as
universidades começaram a estabelecer as aulas de piano em grupo.
No estudo passado Campanelli e Mendes falam de uma entrevista que Gillian Buchanan
fez com 312 profissionais e mostra como a habilidade de tocar piano é desejável mesmo
por não pianistas
Benefícios da aula em grupo para quem já pratica o piano: Como sabemos o
piano é um instrumento de prática solitária, já que você consegue praticamente imitar
uma orquestra nele sem necessariamente ter outros instrumentos presentes. As aulas em
grupo, vai permitir ao estudante do instrumento praticar em conjunto
independentemente do nível. Dessa forma ele poderá, conforme Campitelli e Mendes:
Trabalhar a ansiedade durante a performance, descobrir novos repertórios e desenvolver
a percepção auditiva, desenvolver percepção rítmica e técnica pianística, trabalhar
interpretação de uma música de acordo com estilo do período musical, já que o grupo
também poderá ser um ambiente para discussão de formas musicais e questões
estilísticas.
O fato de aprender um instrumento em grupo, gera uma motivação para os
alunos, já que a metodologia se torna agradável por permitir que os alunos interajam
entre eles podendo trocar experiências e descobertas no instrumento, segundo SANTOS
(2007, pag. 02) o ensino de instrumento em grupo “proporciona um ensino mais
dinâmico e estimulante”. Mesmo que o aluno já tenha experiência com instrumento, na
disciplina o aluno poderá observar a metodologia do professor e fazer uma
autoavaliação, atentando por exemplo para como o professor ensina a postura: onde
sentar no banco, a distância do banco em relação ao piano, a altura adequada para tocar,
a altura do punho, a forma da mão, entre outros
Aos alunos que não tinham experiência anterior ao piano, a disciplina permitirá,
principalmente, que ele desenvolva e aplique suas habilidades de harmonia. Só que
antes de aprender a dominar o instrumento, é necessário que o aluno já tenha uma
leitura fluente em partitura, conheça as escalas, os acordes e suas inversões e já tenha
alguma noção de harmonia. Assim, ele poderá colocar em prática as funções
harmônicas, as cadências, visualizar melhor os graus da escala entre outros.
REFERÊNCIA
VIEIRA, Bruna. Piano em grupo sem fones de ouvido: uma abordagem colaborativa. In: XXIV
Congresso da ABEM, Campo Grande/MS, 2019.