Você está na página 1de 81
be 205 museus desenvolver a Coe Sue Geer cr Oe acc ca nega! eee Lee toe Pete Die es CE coi Cem Roe Cad) eritiet) Meu cated eel) ees Con conscientizar co interessados em geral quanto 2o papel dos museus DTTC ee Magiita Xavier Cory ExposicAo ConcercAo, MonTAGEM E AVALIACAO FO 214 er. Museu de"Arquvstogia e Etnotogta Universidade de S20 Paulo ‘BIGLIOTECA Humbert imbrunislo Centro de Documentagio e Informagiio Polis Instituto de Estudos, Formacio e Assessorin em Politicas Soctais CSB Cory, Marita Xavier Expsigio: concep, momiagem eavaiaso./ Mari Xavier Cunha Sio Paes Annan, 2005 162 p5115.420.¢m ISBN 8S-7119.503.6 AGRADECIMENTOS 1, Muscologit. 2, Museu. 3, Exposigdo Muscoigia 4. Comanienin Maseokigics, (Titulo A Pundacién Antorchas, VITAE-Apoio i Cultura, Eduenga «© Promogao Social e 26 Center for Muscum Studies/Soithsoniam Institution pela oportunidade que me proporcionaram de participar do Seminario de Capacitacién en Conservacién Preventiva y Exhibiciin de Colecciones Arqueolégicas y Etnogrificas na Argentina ‘Aos meus professores James Volkert, Carolyn Rose © Magdalena Mier cpu oe Dp 069 EXPOSICAO, CONCERGAG, MONTAGEM E AVALIAGAO Coondenagéo edi Jain Antoni Peri Prods Livia C.L Perea ~ pagina (CONSFLHO EDITORIAL dado Peel Caza Norval Baill Junior Maria Oils Late do Siva Dias ‘Gs Berard Kease Mara de Lourdes Seb Cos de Al Salis Poi Jaco 21600015555 edo: mago de 2006 ‘AT © Maria Navier Cury ANNABLUME editor, somnicagio ‘Run Pare Carvalho, 275. Piheios {05427-1009 Paulo SP ras Tele Fax (O11) 3812-6964 ~ Televendae 3031-9727 ‘wannabe cont Sumario APRESENTAGAO INTRODUCAO CAPITULO 1-0 CAMPO DE ATUAGAO DA MUSEOLOGIA MUSEALIZACAO DEFINIGAO DE MUSEOLOGIA MUSEU E COMUNICAGAO MUSEOLOGICA AEXPOSIGAO (Os elementos da eonsirugio expogtifiea e a experiéncia do publica CAPITULO I -0 PROCESSO DE CONCEPCAO EMONTAGEM DE EXPOSIGAO A ABORDAGEM ADMINISTRATIVA Plancjamento estratgico A ABORDAGEM POLITICA -Bstratégias de planejamento como uma postura politiea dla equipe Metaqualidade: qualidade de vida no trabalho AABORDAGEM TECNICA, Representagdes griieas do processo Os papeis e os eonfrontos(¢ profssionsis envolvidos) © PROCESSOGLOBAL CAPITULO UI ~\ CULTURA DA AVALIAGAO, IPOS DE AVALIACAQ “9 3k 81 98 101 0s us no BI DOS OBIETIVOS DA AVALIACAO DO SISTEMA DECOMUNICAGAO MUSEOLOGICA A METODOLOGIA: AS ETAPAS DE AVALIACAO, CONSIDERAGOES FINAIS. BIBLIOGRAFIA 135 136 Ma APRESENTACAO A rea de Muscologia catece de um niéimero maior de estudos e pesguisas que possam fundamentar trabalho pritico de musedlogos & outros funcionirios de must responsiveis pela salvaguarda do patriménio cultural que se encontea em nosso pas As proprias politicas piblieas para os muscus sio uma criagdo recente no Brasil. Existem alguns poucos cursos de araduagdo para a formagio de muscdlogas e a grande mtioria dos Adedicados individuos que trabalham em museus no tem essa Formagio espcifia, Eles aprenderam seus oficos no enfrentamento cotidiano de problemas. [Nessa situacio, os muscus universiticios t8m trazido uma contribuigdo enorme, conduzinde a reflexio © a pesquisa académica em vir dreas: educagdo em museus, conservasio, documentagdo ¢ expografia. Essa contribuicdo, entretanto, em Torma de dissenagées ¢ teses defendidas, poucas veres chega & um piblico mais amplo, por nfo ser transformada em Livro, donde « Importineia da presente publicagio. ‘A autora se prope a refltir sobre o trabalho de concepia fe montagem de exposigdes, fizendo uso do referencal te6rico da aadministraclo, principalmente dos principios da Qualidade Total do PlaneJamento Estratégico, aplicados 4s especificidades da ‘Museologia, Se a primeita fungdo da instituigio museu foi coletar arefato eulturais,e segunda, pesquisi-los, contemporaneamente sua fang principal é a de comunicagdo, Desse ponto de vist, apesar da importancia dos catilogos, cursos, palestras cte. a principal forma de comunicac3o museolégica é a exposic ‘casio em que 0 publico tem a possibilidade de compreender 0 1s, pessoas exsns 10 MARILIA XAVIER CURY. processo de muscalizagio, de ter contato com 0 passado da hhumanidade e constuir Seu lugar no mundo. Neste trabalho, © musew & apresentado como 0 local da experiéncia de apropriacio de conhecimento: as equipes rmultdsciplinares tém como preocupacio o modo de aprender do piblico, ou sj, o que aprendem eas melhores formas estatégias texpogrifieas para que « aprendizado acontega. A exposicio, eno, 6 vista como 0 lugar do disloga entre o “produtor" € publico, lugar de negociagio de sentido. Por ess razio, 0 ubjetivo de toda exposigdo & o de criar as conigdes para que o publica tenha "uma experiacia snica” dle apreciagao, ‘A novidade apresentaca no texto & 0 uso do planejamento cstratigico, eujas vantagens para 0 ese seriam: ajudar a defini «tipo de insituigéo que se deseja ser no futuro © como chegar li Aplicando a mesma metodologia ao setor de eomunicagio museologica, é possivel fazer © diagnéstico dos produtos expositivos; dos conhecimentos acumuladas pelo sistema; do campo de agio do sistema em si e comparado a outros, Permit, tinda,avalar as questdes externas ao rauseu, que influenciam © funclonamento da instituigdo, ¢ as internas, que interferem na atuago do sistema de comunieagdo museologica A aulora trata, ainda, das quest@es politicas que cercam a sivdud, iseutindo a esas de planejamento como senda wns postu politca du equipe que procura tuna atuapio mais demoetica Baseada em sua experiéncia pritica- pois concebet e montou iniimeras exnosigdes em seus virias postos de trabalho - Matitia Xavier Cury iscue as questdes téenicas do processo de coneepeiio «montage de exposiges,indicando a contibuigdo de vrias reas do conkecimento para a construgdo de uma experiencia incerativa para o public, iltime aspecto analisado & o da avaliagie, Apesar da Jimportncia dos processos avaliatives para planejamento longo prazo, para medira eficacia dos programas existentes e para a {ormilagio de novos programas, ela raramente & feita no Brasil Depois de dseutia literatura sobre ipos de avaliagdo, a autora propde uma metodologia de avalisgio para o sistema de comunicario museol6gica, a partir de alguns objetivos claramente especiticados, EXPOSICAO -CONCHPCAU,MONTAGEMEAVALIACA (Como se v8, este texto tz uma unde contrbuiglo para os estas de museu e para todos aqueles que batalham na ra, mas apaixonante, tarefa de mauter o patriménio cultural vivo © significative para as geragdes ats © vindouras, Pros Dra, Manta Hens Paes Maniss IntRopucio, Os questionamentos que me remeteram a esta pesquisa surgiram durante 0s anos de envolvimente em processos de coneepgdo © montagem de expesigae, Inicialmente, a minha preacupagio compreendia os dominios do provesso e das tenicas ‘de concepgo.¢ montagem de exposigdes em contextos muscokigicns Minha preocupacao era, como ainda & pertinent, pois a visio global do processo, assim como o saber como execu eada passe fundamental. Nesse sentido, o envelvimento pritico em stuayies reais ea pritica docente no Musau de Arqucologia e Einologia da Universidade de Sao Paulo — um museu universitirio ~ me forientaram para a busca de um aprofundamento, de forma 8 ampliar as possibilidades de reflexao e de revisio de posturas, nciodoldgicas. A literatura rlativa as questies metodoligicas do rocesso de concepelo e montagem de exposigdes é ampla e se diversifica entre artiges, desenhos de Duxogramas, relat6rios \Genicas eles que deserever e/ousistematizam o deservolvimento do process. Ieturaatenta da bibliografia sobre expografia (que envolue design de exposigbes, exposigées itinerantes, tempordeias ‘0 educacionais; elementos de identidade visual e outros relativos 20 toma) contribuiu para me inguictar mais winda, Essa inquictagio residiu no fato de os procedimentos serem deseritos¢, até mesmo, ensinados, sem que, na maior das vere, se abrsse uma discussao sobre as opgdes tomadas (¢ as descaradas) ou sobre as possiveis, formas de experimentagdo de outras possibilidades e, sobretudo, de outras posigdes. O que podemos observar nos discursos que falam sobre a realizagio desses trabalhos & um constante assim” ou “faga assim”. Raramente encontramos “cu fiz assim porque..." ou “voo® tem diversas opgdes ¢ elas dependem do -se po Patriménio Comunitro 0 conunto de bens parilhado por wm grupo de pezos em win espe dalimitado ‘© a0 longo do temp, cn preserva & importante para a Senta cultural do erp, Entende-s por Patriménio Integral o conjunto de bens que dove ser prservado par a ientdadee ntegridade dos sres + Referéncia Patrimonial: elemento extra do universo atrimonil, sigifcativo em rlagoa um conjunto maior, ¢ ‘que sua preservagio pode representa 0 universo referido. (BRUNO, 1996; 20) Estas idéias levaram & criagfo de miltiplas formas de instituigdes: muscus de cidade, museus de bairos, noves muscus fu ecomuscus, museus tradicionaist. Cada um com seu desafio metodoldgico que consiste na sua forma specifica de consirugso a relagdo entre 0 Homem e 0 Objeto. Resumo revendo os resultados do “Encontro Nacional do ICOM-Brasil, 1” (1998: 10)° ‘que o museu (qualquer que seja a sta variant) & 0 cenério do fato ‘museoligico e que “[..] as miltiplas possibilidades de aplicagao de processos muscoldgicos sio meramente diferengas metodolégicas, que s6 vém a enriquecer a unidade da teoria smuscolégica”. ‘Assim, podemos afirmar que hd uma dnica muscologia - com diferentes formas de manifestago ~eom seu objeto de estudo: 0 fato musea irs ds Gores par fie xemplificago, Pra ui presenta ‘mssempla ver MENSCH. Poe van,189,

Você também pode gostar