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i ebro da Cons ses | concepco # 6 dimersoramento dar extras requsten da parte do projetta ‘me eval osu estbiiode No velco da saul, cam bose ro metod ‘dor estcos ites hajeom da apada pla ance generale do eguomantaroa Iomeadarante pcos Euocidigos, a veicaio do estabixiie enquadn-s pot Ghamados erades lies de eneafad. A Teo ds Eaabbcode Ertl & “Spresentads no preseme lo de urn modo urea eqctande numa some 1 eoria inear (ora clsen cares rics e mods Ge nstabaiada eats Snear tena dap encrvadra do extidnge rencando-e prea dosretates Jwos daponives neste domi. teora de pérencurvadra perme a nan do ‘amporament pn-riien oa wala do ef dasimpereges geometicas nage ‘time cesar. wo retoms oanterr fro pubicsdo plo outcres- Exot Esrutr amplando o seu ambto ao Ormersonsrent de Etre Etabelecs no CGptul 1, fndamentes econctos de extabldade, pa ak ettuas reise de Budo armado epre-seragoe mdtodos de adhe creat ce Omensonsmenta os Capiuies 226s cpitdos aio Et Capitsos so forsee deccadosoot potieas de encarvadur lose 0 dmensonament ge exuusdeaco consul, osplacs- pss wforeadon gn deima chen OEarcdigas em purtalrat Barts 11 e-,} odoptades como normasprtuguesas NPEN 1993-1 €EN 15535) rao projects de estruturasmataan, const 2 base ds regulamentnes adopt ‘tizndo ce programas de ciculo atone, nrmeacamerta de progam Ge ‘elements fos de ula corrente ati de projects tad, um Axa Pot Inteaéd de extmplose apages prtca de projet. ‘Come lo texto pode ser vest nor casor de engenaa cil engeahara mecca Const ind um elment de fornia no dominio Ga nvestigayio es 172-8h20-19- DMI orarericere EDICOES ORION ESTABILIDADE E DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS ANTONIO REIS DINAR CAMOTIM ESTABILIDADE E DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS ‘com OAPOIO DE: MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS Das “Titulo: ESTABILIDADE E DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS, Autores: Arno Reise Der Ealtor: Ei bouts 7501 ‘Afraid 2721-801 Amadora joncom (Capa: A. Faria~ Edigdo Electrnica Lda. Fotos ellustragées: GRID, REFER e A. Faria — EdigSo Electdnica Lda, ‘Arranjo grafico e fotocomposicdo: A. Faria ~ Ecicao Electrénica Lda Imprass0 e acabamentos: Rolo & Filhos I, Matra 1sBN: 978-072-8620-186 DapésitoLogal ns 942227112 Resarados tas os ins. € pois 2 eps dst por ass eto, oft, Se lcen cman cut tr eager a pen obs oor sane ‘vel ig es pasted prcndmen es ce ers can eat No cagP OM 118 Edigao Abril de 2012 u 2 1a 122 1224 1222 13 1a 13.14 1312 132 1321 1322 4 vat van 1a saz 1422 15 16 181 162 1624 183 Pretécio Copii CConceltose fundamentos Introd Fendmenor de instabiidadeestrutural tabiidade do eqlbvio Tips deinstabiidade estrturl Inetabiidade ifrcacional Instabiidade por'soap through” Anil lneates endolineares ‘alse de exabildade de modelos esruturals simples Instabildade iurcaional Instabiidade por’snap-though™ “ipo de anaises de esabiidade Instabiidade ifuraconal Instabiidade por'srap-throught ‘itis deestabidade Problemas conservatives Energia potencal| Gites eteas iio do equi accente Cro energetco luc histéica do teal da exabidade esttural 2 establldede no dimensoramento de estrturas bjecthose madcos de verficaco da seguranca Fnabladeecimendonsmento de estrturas metas Bremplos Establidade edimensionament de etuturasdebetdo ESTABIUDADE EDIMENSIONAMENTO DEESTRUTURAS 1631 W wa 172 16 2 24a 212 213 2a 2s 2s 22 221 222 223 a 234 232 2321 2322 2323 233, 234 235 2351 2352 2353 2354 236 2361 2362 2363 2364 exempls Modelo probablstcos no dinesionamento ‘eestablidade de estes ‘modelos probbiicos na verfcacto d seguranga O career leatro das imperfektes geometcas ceaestabidae de estutras Problemas propostos apituo2 Andlse linear de establidade sistemas dscetos ‘sabliade da tajectérafundamental ‘args de bifrcaho e modos de sabiidade Estado nears de pr-encuradra Condes de otogonalidade Coordenséas principals Anil ruméxca Sistemas contnuos nena poten otal quays varacional dos modos de stablldade Condes de ontagonadade Coordenadesprincipas Métodosaprosimados Método das DiferengasFinas Método de Engessr Newmark Método de Engesser MétadodeNlewmark ‘Método de Engessr Newmark Método de Galerkin ‘Método de Rayleigh itz Método dos Eementos Fines ‘Matiz de lez oral prima Nati de iid ttaleracta Comparagio entre at mates 6 rigdereacta e aprox Discezaco dasbars eesolucio do problem decsabldade xamposd aplicaio oluns no unifomes oluna com apoiselstcos (oluna sobre funda elisticn sca reticuada simples Problemas reposts % % ” et 86 a 0 8 10 106 107 108 4 18 0 my 16 19 1 16 wi ui 16 6 150 1s 31 an ain aa 3a aaa 32a 3123 313. ana 314 ana aaa 32 321 2 322 3213 322 322 3222 323 saa 323 33 a3 aan ana 2321 3322 333 3331 aaa 34 a 421 opto 3 : Estabilidade de pega lineares e estruturasretculares 159 Colunas 159 tabidade esta 159 Comprimento de encuvadura 159 Imperfies geométicas 161 Estabildade easto-plsticn 167 Bfurcago de equiirio 168 Immperfeigtes geoméicas 10 Tensbesresiuais 18 Aegras de dmensonamento 137 Eurocéego 3 188 Exemplos de apcagio ws (olunab-artculada numa estrtua simples 182 Estrutua atlas 194 colnaeviga 158 [etoblidadeelistcn 199 Colunas-vigasimplesmenteapciadas 200 Colunas-viga com utras conics de po}0 207 Ande america 216 Estabildade easton m Andie da segtorensvers 2s nile da coknasiga 2s egras de densonamento 230 Eurocsgo 3 232 Exemplode apiacto 24 Poicos 27 Estabilidad elistice 237 fircagsode enon 27 Andie e2*ordem 258 Fstobildade easton 289 rcagiode quo 258 Anilie de22 order 250 ogra de imenionamento 251 EuroeSigo3 282 Exemplo de apticacio 256 Problema propostos 289 Coptulos Instabiidade por lexéo-toreso 282 Tengo de bars com sega de parede fra aberta 2a Encuvadura de colunas 236 Regras de dimensionamento 208 woe ww ESTRBLIDADE EDIMENSIONAMENTO DEESTRUTURAS wovce 43. Instabilidade lateral devigas 239 622.1 Tensbesnafesede pés-encuvadura 387 43:1 Vigas de seego rectangular are fs) 20 6222 Concttodelaruraefectva 339 432 _Vigasde secgiem |(dupla seta) Be 623. Regasdedimensonamento 390 42.21 infutnla dopo de caregameto 2 623.1 Euocédgo 3 27 43:22 Inftnciadascondiges de apoio 28 (63. Establldadedecacas clinics 200 433. Vigesde seco monossimécce x3 531. Anil near ¢eestbildade 400 434. Regras de dmensionamento 306 631.1 Formulacoeneroética 400 AGA) Boccia 307 632 Pés-encundura 108 ‘44 Compoctamento de counasviga 310 632.1 Equagiesdevon Kaman-Donnal—pacase casas perfas 409 441 Aledorece 310 6322. Equages devon Karman-Donnell—placase cases cam 44.11 Regrasde dimensonamento 33 Imperteicces an ‘442 Flexiodesviada 35 6323. Anis linear de esablidad através das eugBes 4421 Regs de dmensionamento 36 devon Karman-Oonnl a3 1443 Exemplode aplcagio 307 6324 Faempladeaplcago pain incicosubmetido 145. Problemaspropostos . 320 acomprssio unforme ns 633. Cargadecolapso an copiulos 164 Preblemas proposes es ‘Teoria da pés-encurvadura 328 opto? 51 Compartamentainkil de psrencurvedure mB Encurvadura local em elementos estruturals, 430 S21 Sitemasdlsctos oy 512. Sitemas Contiwos 332 7.1 Esrutuas consuls por placas 430 5.121 Determinago do campo de deslocamentos residual 335 72 ArdliseesrutwalEetos de encurvaduralocalede'shear lg’ 431 5122 Deteminago da vajectiriade equllxo Ng) 337 73 Esabildade elisa ecomportamentopésenauvedura 440 5123 Establdade ds tajectrias de equllxo 0 73.1. Tenses citcaselistas de elementos estrturas 0 52. funda dasimpereees geometric m 732 ftados omblnados de tensio 4s 52.1 Estabiidade do equlbvi- Leis de sensbiidade 7321, Placassob compresio,flrdoecorte us, as mertes 35 7322 Esabiidade de esuuturs com mihiplos pardmeos decarga 49 53. Sistemascomestedosndolinestesde pré-encunadura 350 733 Comporamento depés-encurvadura 450 53.1. Exemplo Comportamento de um aro“abstido™ 352 7331 Ineracco instbldadeplsticidade 450 54 Desenvlvimentos da teria da pés-encurvadura 357 7332 Wigiderdepésencurvadura 482 55. Problems proposts 338 734 Resistinca posta deplacasocore 458 7A. Heitodetnsiesresidais eencuvadura Coptulos local em epimeplistio 464 Estabilidade de estruturas laminares 361 TA TensGesresiuaisdevidesssoldadura 464 TA2 Het dastenseseldua na nsablidae elisa a 461 tnvoducto 361 743. Encurvaduradeplacas em regime plstico 469 62. Estabildade de placas 365 75. Ressténcia ima wn? 62.1. Anliseinear de estabidade 365 75. Regras de dimensonamente Eurocidigo 3 46 62:14 Energia potecial 368 | 761 Secrbsefectiase cases de secr20 a6 6212 Equa varacionais dos modos de nstabiidade 368 | 762. Dimensonsmentonafase de p-encirvadra local 432 (6213 _Tensbes de btucartoe modes deinstabikade 399 1763. Exadoscombinados detensto 433 6214 Métodos numérics am 764 Exempla de aplicagio 498 622. Pos-encuradura Solio de eter 383 77. Problemas propostos 2 ESTABILOADEEDINENSIONAMENTO DEESTRUTURAS a 82 a2 922 823 ua e2at e242 2s 33 aan 832 e321 4322 8323, ae aa Bart e422 baa 8431 432 851 852 86 as 362 7 au Aaa 422 Coptulos Extabildade de paindis reforgados e vigas dealma chela| Conceitobisos de mensonamento Fsrablidade elisa de panés fora Comportamentopardmetos isles e modeacso Painds com um ou dos eforos 3 compresso uniflorme Pains com um ou des reforos com compress lineaments varie Pains com miliplsreforgos Modelo de plas ortotépca stabildade elisa de placa ototepias Fermulasmplicadas Coneeto de ghz éptna deal de um reforgo Ccomportamento de posencurvaduree este ‘ia de pln refercados Comportamente de pir encurvadre Restnciaitima Palnds ob compresiounioune Painds sob compressiovatvel Eetsdesheorlog Problemas de esabidade em igs dealmachela Encurvaduradobanzo no plano da alma Resistencia ttima dealmaso corte Modelos de coportamento sf ransvers resent em vigs de olma cha Establdade de puinds de alma sob fogs concenradas Fundarentoe ogeas de mensionamento Imeraeao de esoros Fundementes -egras de diensionamento Erablidadeedmensonamenta de refogos Fundamentes Regrasdedimensionarento fxemplode splacio Problema popostos Anco (Calcul das variagées Coneeto de uncon Estacionariedade de foncionais Condes de ontera Fundonaismais gers 497 or 508 sot 506 s10 s 313 37 ae 1 sa 336 57 37 538 sat sm sar 556 556 S61 6 6 565 567 567 568 sn sm ser sa 585 ey 81 821 222 823 zai 33, a a a a ca Anew “Torgio de berras com secco de parede fina aberta {oro uniform Torgioniouniferme Empenamento de uma seco submatida atrgio Tenses ecsoroe Valores daconstante de empenamento EmpenamentoSecundiio Energia de deformacio Equaciodeequlixio econdes de fontera Awe {Ateoria DMV para placase cascas Relacbes nemdticas Felacées consis Equi Energi de defermacio eases neo Desenvolvimento em sére de Taylor nero E Calcul automstico AnesaF ‘Solugbes dos problemas propostos Bibliografia. Indice remissivo 593 583 504 so 598 eo. oo 610 on 61 ona os 655 669 681 PREFACIO © dimensionamento de uma estruturarequer a veicagto da sua esta- bildade, lém, nturalmente, da vrfcagzo da sua resiténcia. Os objectvosbésicos do dimensionament, so frequentemente ldentifcados com a sguranga, a economia ea eattca, A optimiza «0 do custo de uma estratura, pasa pela redugte das quantidades de ‘rateriis struturais ea sua melhoraetétia requer em geral atin (0 de elementos estrturaisebelos. O conceit de “esblteza de uma estrutua” est assim asoclado a objectivos denature estica fou econémica. ‘A presente obra surge do desenvolvimento do livro Estabiidede Estrtural, pblicado pelos autores ers 2001. O novo livro Estabilidad ¢ Dimensonammento de Estrutuas resultado ensino de dseipins na {rea a Btabildade, Dimensionamento de Estruturas ¢Estrturas Me- tiles 6a LicenclaturaMesteado ¢ '6s-Gradaacio do Departamento de Bogenhara Civile Argitectura do Insuo Superioe Tecnica. Pretendeu se, a semelhanga da publicagio anterior, preencher uma lacuna no dominio das publicabes em lingua portuguesa, sobre Esta- bildade de Estraturas e, em particular, no ques refere& sua rlagho com o Dimensionamento, 0 project das estruturas metiicss onde betfo,reque a vert oda sua seguranca em relaglo aos estados limites de encuvadr fectvament,ocolepso de uma estruara pode ocorrerestendalmen- te de dois modos: (i) roture do material ou (i) instabllidadeestrutral. © primeiro modo de colapso, uj estudo € object da Mecca Extra tural eda Resistncia dos Maeras€ adequadamente previsto através de consideragdes de equilirio efectuadas na conigurasf indforma- P, ~ Fi- ‘mont. () Trjeed-_gura 1.3(b), por outro lado, observa-se que, a coluna "se afista’ da ase quilférie. configurago inci o que significa que o equlfbrio é instvel. ode -mostrar-se que, neste timo exso, a perturbagéo “conduz” a coluna Figura13 Aconfguracio de equlfbrio C, conforme lustrado na Figura 1.4. Se, Confiuragss de equl-posteriormente, se apicar uma nova perturbagio i estrutura, em C Irioda cbinade Baler (q#0e P> P,~ Figura 1.3(0)), verfica-se que o equilbrio & estéve. () Equllrioestive. A Figura 1.5 mostra as caracteristicas do comportamento geo- (©) Equilibrio nstivel metricamente nto linear da coluna de Euler, descrito nos parigrafos (@ Equilibrio estvel_ anteriores. Representam-se as tajectérias de equilbro, assinala-se le Pere wo Pore wo Pope nfo s)Equiiioensvel WY Eglo tnvel_——_e) Eglin este! concertos eFuNonuenTos © ponto de bifurcacio e identificam-se as configuragdes de equili- ‘rio estives(cheio) einstveis (tracejad), 1.22. Tiposde instabilidade estrutural ‘A insbiidade de uma estrtura que eylu co longo de uma de- terminada trajectéria de equilibrio (reagho eargacdeslocamento) corresponde transi¢So entre conBiguragdes de equlbrioextives © Instdvels. Ess instabldade pode surgi de dos modos: 1) Ocorrénca de uma bfurcato de equilib, fenémeno designa- do por instabiidadebifureacional (ver Figura 1.6). ii) Ocorrencia de um ponto limite, de um ponto onde a trjec- ‘ria de equilbro (nfo linear tem derivads nul. Se carga for aumentada, a extratura "pass dintmicamente para uma conf- .uragio de equilbro afatada (ver Fgura 1.10). Este fenémeno Aesigna-s por instbilidadepor ponto limite u instabilidade por “nap-through”. 7 emo agl-eriic dec doe ng portage (eobmenos de spent a designe poe us enSaenceGSnep gy Figura 14 ‘ransgt da colina de Esler entre dts stad de epilirio “afestads”(eetado Indformad inv ora estado defrma- Ao etivl. Figura 1s Compertamento da ‘outa de Euler, ESTABILOADEEDUMENSIONAMNNTODEESTRUTURAS Figura 1.6 Instbilidede bur ‘aconal Descrevem-se em seguida as caracteriticas destes dois tipos de Instabiidade estrutural. Para iustrare claificar os concetos envol- vidos, sbordam-se, de um modo necessariamenteinuitivo algumas cstrturas de utiliza corrente cujo comportamento ¢suscepti- vel de ser condicionado pela existéncla de configuragtes de equll- brio instvels. Finalmente, refira-se alnda que, na secgHo 1.3.1, se analisario dois modelos estruturas simples (um grau de liberdade), o8 quais cexibem, respectivamente,Insabllidade bifurcacional e instabilidade ‘por ‘snap-through?” 1.221 Instabilidade bifercaclonal ‘A Figura 1.6 mostra um diagrama carge-deslocamento genérico que ‘lustre, esquemeticamente, os conceitos essencias envolvides num problema de inscbilidade bifurcacional arbitrrio. Recorde-se que ‘estes conceit foram ja introduzidos em 1.2.1, quando se abordou ‘© comportamento da coluna de Euler. ‘Um problema de instabilidade bifurcacional & caracterizado pela existenca de: Uma trajectria de equilrio fundamental (linear ou néo line- 41), que se inicia na origem do diagrama carga-deslocamento, i) Uma trajectoria de equlrio de pos-encurvadura, que nio pas- sa pela origem do diagrama cargi-deslocamento. lit) Um ponto de bifurcacio, que corresponde & intersecpio das duns trajectérias eno qual as configuracbes de equilbrio da tra- Jectria fundamental passim de estives a instiveis, ‘A anilse de um problema dest tipo envolve a determinasio (i) as coordenadas do ponto de bifurcecdo (nomeadamente a ordena- 4a, designada por “carga de bifureagic"), (i) da configuragio de- formada exbida pela esrutura quando ocorr a bifercagio (“modo 4e instablidade”) c (il) das propriedades da tajectoria de pés- covcetose Funpawentos encurvadiura (sobretudo na vizinhanea do ponto de bifurcagio) [Bainda importante chamara atengio para 0 carter ‘abrupto” 4a instablidade bifurcacional, o que se traduz pelo facto de os des- locementos que “definer" o modo de instablidade de uma estruta- 14 eg, o8 deslocamentos transversais, no caso da coluna de Euler) (() no estarem presentes a trajectria fundamental (i surgiter, ‘subitamente, quando ocorre a bifurcarSo. Deste modo, s6€ passvel detectar um fendmeno com estas caracterstica através de uma ané- se estrutural que incorpore (ou melhor, “antecipe”) oaparecimento esses deslocamentos ~ ¢ 0 que sucede, por exemplo, na coluna de Euler, em que as equagées de equilibrio sio estabelecidas numa con ‘iguragio deformada que inclu os deslocamentos devs flexdo. ‘Apresentam-se agora alguns resultados relatvos a esruturas de utlizagdo corrente que exbem instabilidade bifurcacional, os quails, ‘sero obtidos postriormente (nos Capituls 5 € 6, essencialmente), ‘por meio de andises rigorosas, Para além de lustrar este comporta- ‘mento estrutural,pretende-se também transmitir uma ideia do tipo ceaplicagio dot resultados a que ¢ possvelchegar através da utliza- dos prinlpios e métodos da Teoria da Fstabilidade Estrutural, ‘Comega-se por considerar a coluna de Baler, recordando que «carga de bifurcagio e © modo de instabilidade sio dados, respec- tivamente, por (1.1) e (1.2). No que respite & trajectria de pés- cencuzvadura, pode mostrarse que, na vizinhanca do ponto de bl- fureagio (pequenos deslocamentos, je, q<<1~ “dominio nical de ‘pés-encurvadura’), ela 6 razoavelmente aproximada pela pardbola as) representada na Figura 15 € onde oparkmetroq se designa por “am: pe do meo dein? coh re-se agora a coluna tubular metlica represenada na Figere 17-4 aca ret ra carp eal At pres a cor luna, por sua ver esto submetdas a ume tensio axial de compres- so uniforme, de valor = P/A, onde A 6 roa da scr transver sal. O colapso da coluna pode ocorer por instabilidade das chapas, ‘qe conatitue as suas paredes (ver Figura 1.7), bastando para isso ‘quea tensioaplicadasinja um determinado “valor cetio¢, ‘Tratasede um fendmeno de insablidade loca o qual consis tena encurvadura das placas que constituem as paredes da coluna (places sabmetidas a compressio axial uniforme). Tal como sucede no caso da coluna de Euler i) a trajectéria fundamental de uma placa compeimida (onfiguragao de equilibrio plana) €instével para 19> a, (i) existe uma trajectria de pésencurvaduraestivel. Este Figura 17 (Coho bul de pare fina int. blade oe ESTABIUDADEE OMENSIONAMENTO DEESTRUTURAS Figura 18 ‘Tijetris deg brio de me paca compra. compostamento estéiustrado na Figura 18, onde estdo represen: fdas as trajectrias de equilibrio de uma placa quadrada (ado be ‘xpesturaf,simplesmente apoiada em todo. contorno esubmetida ‘a compressio uniforme. ‘Mostrar se-i no capitulo 6, que o modo de instabilidade da pla ccatema forma }=qsen™ sen r (xy) =a sen sen? aay {um semi-comprimento de onda em cada direccdo -ver Figura 1.8) ‘equea tensio critica correspondente vale PE sy ssl as 30-6 ‘onde F ev sio,respectivamente, 0 médulo de elasticidade e 0 coe- ficiente de Polson do material. Quanto & trajectéria incial de p6s- -encurvadura, ela & dada pela expressio caceolf ——o0 A comparagio de (1.6) com (1.3) ¢ a observagio das Figuras 1.5 € L8 permite constatar que tanto a coluna de Euler como a pa ‘a comprimida exibem una trajet6ra inicil de pés-encurvadura {tok nome (mie t Frojectieio p6~oncurvadurs (estévet) ‘ONCETOS EFUNDAMENTOS parabélica estivel. Note-e,noentanto, que apesar da semelhangs ‘qualtativa dos dois comportamentos, existe ume diferenga quan- Aiativa considerivel (a curvatura da trajectéria da placa é bastan- te mais acentuade), 0 que explica a razko pela qual se diz que as placas (cola) possuem uma elevada (pequens, te. desprezével) “resistencia de pés-encurvadura Para ilustrar este facto, observe- que deslocamentos q = 0,1 €(cluna ~ 10% do vio) eq = 1 (placa— cespessura) implica, respectivamente, eumentos de 1,26 na carga (P=1012 Pe de 34% na tensio (7= 1,340,). ‘Ao contrério do que sucede com as colunas eas placas tac ‘ria iniil de pés-encurvadura de wma casca éem geral,rectinea ‘eapresenta um trogo instil. sta airmagio est iustrada na Figu 1219, onde se mostram as trajectrias de equilbrio de um panel lindrico (espessura rio de curvatura R, comprimento e largure 2) de grande curvatura (valor de 1/8 elevado), simplesmenteapoia- do em todo o contoeno ¢ submetdo a compresso axial uniforme. Figura 1.9 Trjectris de equ ri ds um panel lindo de grande curvatrs, STABIUDADE DMENSIONAMENTODEESTRUTURAS 10 ‘Mostrarse-, também no Capitulo 6, que o modo de instabil dade do pain! ciindrico tem, aproximedamente,a forma an (um semi-comprimento de onda nas direcgdes longitudinal e cir. ‘cunferencial)e que a tensio critica correspondente vale aE ase as) la oo ‘onde @ é um parimetro que tradua a curvatura do peinel, dfinido auravés de : as) (1.9) cexpressio que representa, no plano o~ g, uma recta inclinada (ver Figura 1.8). Notese que, quando R—+ co, (i) expresso (1.10) ten de para (1.4, ¢, para 0 valor de o, corcespondente a placa e (il) & Inclimago da trajectéria de pés-encurvadura tende para 2e70, valor ‘igual ao obtido a partir de (1.6) Observe-se que, devido & natureza do deslocamento excolhido para figurar no eixo das abcisas (amplitude do modo de instabili- q>H) ecste pasa” parao ponto B. ii) Se, poseriormente, 0 carregamento sofrer uma diminuiglo, 0 arco evelui 20 longo da trajectéra de equilbrio (sentido des- ‘cendente) até se atingir um outro ponto limite (C). |W) Se, no ponto C, a carga softer uma (ligeir) diminulgto, ocorre ovamente uma mudancasébita do sinal da curvatura do arco (q>h->4<1i) este “regress” ao ponto D. 1.3 ANALISES LINEARES € NAO LINEARES Pode definirse “comportamento de uma estrutura" submetida a ‘um conjunto de acgBes como a relagéo que existe entre os valores (@) deseas acgbese (i) dos efeitos por elas pravocados na estrutura (tensdes, deformagées, deslocamentos, et.) A determinagio desse comportamento é o objetivo da Teoria das Estruturas e requer a consideragio conjunta de viros tipos de equasBes, nomeadamente: 1) Equasdes ce equiirio, envolvendo forgas aplicada, esforgos & tensbes i) Relagdes constitutivas (relagSes tensbes-deformagses), envol- ‘vendo esforsos ou tensdes e deformagées ~ descrevem 0 com- Portamento do material que constitu a estrutura lil) Relagses cineméticas (relagbes. deformagses-deslocamentos), envolvendo deformagoes e deslocamentos. iv) Equagées de compatibilidade, envolvendo deslocamentos ¢ des- tinadas a garantir que xestratura respeitaas suas ligacoes (dos -vrios elementos entre si e com o exterior). recta de equiv Figura 132 Comportamento de sum crea “bat” (ul << D(a) Geo era ecarregamen- {a () Trajetria de equltrio ESTABIUOADEE DIENSIONAMEHTO DEESTRUTURAS ‘Dependendo do problema especifco que se pretende estudar, ‘0 comportamento de uma estrutura pode ser “modelado” de virias, smaneiras ("modelos de comportamento estrutural), através da adopcio de diferentes hipéteses que incidem sobre as caracteristcas das equagbes referidas. A cada modelo de comportamento esruti- ral coresponde un ipo de andliseestratural diferente ‘A andlise estrutural mals simples esté associada 20 comporta- ‘mento linear, designa-se por “andlise linear de estruturss” e a sua utldade prétca € bem conhecida. Baseia-e na hipétese de todas 2s, equapbes serem lineares, 0 que pressupSe: |) A linearidade fisia ~ relagbes constiutivas lineaes, i.e, mate Flas elsticos lineares, i) A tinearidade geométrica ~ equagdes de equllibrio escritas na -decolunas,placas epainels clindricos "reais" eobserva-se,imedia- Ini) Trajectvin tamente, que delxa de ocorrer bifurcacao de equiltrio (96 existe de cquliria Figura 1.16 fata das inpefi= es nce clu as places pines clinics time treet). Contat-s, no eta, qu é possivel exabelecer tama raed ene forma desta rajectrias eos andamentos das tesjetiias de pis encurvadara dos respectivos sistemas “eas” (Sd lgum modo, “temehante, 0 que explicao interes pri- tao da determinacio desta dimes Pode verse também na Figura 1.16 que © comportamento “vel” dost sistemas esrturais &clarament eifreciad, readamente no que resp & carga (eno) mixima que podem suporar sem qu os desiocamentos ultrapastem nies acetves Em particular observa-se que cage (tenso) eric de bifurensio formece uma esimatva da expacdade carga que €() rzndvel, 0 caso de coluna, (i elaramenteconservtin, o caso da placa (aso contabilia a ressténcia de por encarvadu) ei) daramente nde Conserativa, no easo do painel clinic (no contain a peda, de resstncia provocada plas mpereges ini). A importin- cia da alse de pés-encurvaara reside, preciamente,no facto de permitidetecar ests dierengas de comportamento. Apesu dese apresentarem ag pentscomportamentos ss temas estrturais em regime elisa, €conveniente nfo esquecer «que os fendmenos de instabilidade também influnciam ocompor- tamento em regime easto-plistico A titulo de empl, considere- seacolona a represertad na Figura 117() a qual ontém ume mpereigo nial de ample « ecujo comporament, em re 2) Geometine imperil ea ‘byTaectéra de equtoe ‘me elasto-plistico est ilustredo na Figura 1.17(b) (q 6 0 desloca- ‘mento ‘adicional,devido carga P). Observa-se que o aumento de esiocamentos provoca valores de momentos lectores progressiva- ‘mente mais elevados,o que acaba por conduzir a0 inicio da cedén- cia (tenslo de cedéncia na fibra mais solcitada).O colapeoatinge-se ppouco depois, para ume carga P,cuja determinario exaciarequer & consideragdo do comportamento elasto-plistco da coluna. Note-se ‘que, no caso da coluna perfeits (¢=0), 0 inicio da cedéncia ocorte ja em fase de pés-encurvadura Nas secg6es seguintes,caracerizar-se as anlises de esta dade (aproximadas) de utilizacio mais corvente cilustra-re a sua aplicagio, Aborda-se também o problema da determinacio das tra- jectérias de equilfbrio de sistemas estruturais com imperfigies ge- ‘ométricas eadmite-e sempre um comportamento material elstico lineee. 132.11 Andltelinearde ectablidade Exitem muitos problemas de instabildade bifurcacional em que, por um lado, a trajectria fundamental é linear e, por outzo lado, se pretende determinar unicamente cargas de bifurcagio e modos de instabilidade (na mator parte das vezs, apenas a menor dessas ‘cargas ~ “carga critica de bifurcacio” ~e 0 modo associade). Bentéo suflciente efectuar uma “andlise linear de estabilidede” (nfo confun- dircom “anilise linear de estruurae) [Na anilise linear de estabilidade de um sistema estutural, e3- tabclecem-se as equades de equilrio na configuragio deformeda ‘mas “Iiearizamtse”essas equayOes relativamente aos deslocamnen- tos envolvidos, nomeadamente Aqueles que “efinem" 08 modos de cestebilidade. Tudo se passa como se se estabelecessem as equages de equilbrio numa configuracio deformada que esti apenas “lige. a (i ee [STABIIDADE EDIMERSIONAMENTO DEESTRUTURAS 2 ramente afastada da trafetéria fandamental. Como & Sbvio, uma andlise deste tipo nio fornece qualquer indicasBes sobre as carac- teristicas das trajectérias de pés-encurvadura, EXEMPLO ILUSTRATIVO ——e"*"+"_#]_JJ“______ ‘Considere-se novamente 0 modelo estruturalrepresentado na ‘Figura 114, cujo comportamento édescrit (exactamente) pela cequagto de equilbrio (1.14). A andlie linear de estabilidade do modelo consiste em estabelecero equilibria de momentos ‘puma configuracio deformada (Figura 1.14(b) caracterizada Por u<< €i. 2,4 << 1 (configuragio “vizinha’ da trejectéria fundamental). Este procedimento corresponde a “lincarizar” a ‘equasio (1.14), i.e, a substituir o primeiro membro por uma expresso que depende linearmente do parimetro q. Tomando em consideragdo que” ale = es on wa{i-}at-Lat +... m+ termos nfo tneares (126) obtem-se Pq-Kye=0 27 equagio euja solugdes sto as trajectorias (trajectiria fundamental) (1.28) PKG 4 Asl (gindeterminado) (1.29) ss quals esto representadas na Figura 118 ese intersectam no ponto cujascoordenadas si0.q=Oe P= K¢ (X=1). ‘Gomparando (128) ¢ (1.29) com (1.15) ¢ (1.16), constata- ‘se que, par alm da trajectéria fundamental (trivial), «anise linear de estabilidade fornece (I) 0 valor exacto da carga critica de bifreacdo (P, = Ké), (i) a forma exacta do modo de insta- bilidade (q 0~“Sbvia, neste aso, por se tratar de um modelo com apenas 1 grau de liberdade) ei) uma trajectrla de ps- 5° Desevainenio n aiede Tor (eta) de ungto=9 na vahan- 06150. Aprenas oo false mac or decane. orem ke ds ug als andes ahs de pacnas se bios: emi odode etlemae eens CONCETOS EFUNDAMENTOS encurvadura “degenerada" (rectlinea¢ horizontal). Observa- se asim, que uma andlise com estas caracteristias ndo per- ‘miter determinar anatureza da trajectbria de pét-encurvad- radomoddo, 13.2112 Andilies de pésencurvadura ‘Quando se pretend determinar o comportamento de pée-encurv dra de um sistema estrutural, €necessrioconsiderartemos no linares nas equagies de equlirio (stabelecias na confguracto deformada), ie, efectuat uma andlise nfo linear de establidade™ ou ‘anlise de pds encurvadure preciso dos resuitados obtidas depende, naturalmente, da ordem at & qual fo retidostermos nas equagdes de equlio Em gral, ésuficienteefectuar a “mals simples” das andises de s-encurvadura, na qual retém apenas 0 terms nfo nulos de ‘ordem imaadiatamente superior primera vida pravalores"pe- ‘quenod dos parkmetros de delormaioc permit caracterizar ade ‘quadament o“comportamento incl de pés-encurvadure” do si tema esraturl ou Sea, 0 comportamento na vzinhang do porto de bifurcagio. EXEMPLO ILUSTRATIVO CConsidere-se uma ver mais o modelo estruturalrepreseatado a Figura 114 ¢a equacdo de equiibrio (1.4). Para efectuar tuma andlise de pés-encurvadua, basta ineodusis 0 devenvol- ‘mento em série (1.26) em (14) etter ermos no lineares ‘Amals simples desst anise aquea em que se faz wee ie + termos de ordem superior (1.30) Figura 1218 Trjetrias de quer forecdas ‘pele andi linear de ‘stabil, 2 (eee ESTABIUDADEE DIMENSIONAMETODEESTAUTURAS Quadro 1.1 Compara entre ecexpreiesexcta ‘apreximada de traectiria de ps cencurvadare Figura 1.19 Traetriede ps encurvadursexacte eaproximada ‘na medida em que apenas se retem 0 termo de terceira ordem (ermo nio nulo de ordem imediatamente superior & prime 13), Ostermos desprezadas sto de ordem superior ou igual 5 E-se entio conduzidoa ryKt(a-2¢]-0 a3) equacio cuja solugdo ndo trivial & a trajectoria de pés-encur- vadura aproximada rare 2 or) «gual esti representada, a tracejado, na Figura 1.19 e corres- onde a uma parabola (recorde-se que a trjectra exacta & ‘uma circunferéncia)..No Quadro 1.1 comparam-se os valores fornecidos por (1.18) ¢ (132). Observa-se que, para q 0,5, 08| valores sio muito semelhantes (ver também Figura 1.19). 4 ae emer aes aaa rn 2589 355800 a2 297900 ag200 aa 05598 ass00 Sa amie aso ra on a7 a8 aat00 20 oa on ano 1 2c ast d= Vira (etcnlrtcs) (porate) concertos EFUNDAMUTOS 132.13: Andlise de sistemas estuturals com impereigtes geométicas No cso de sistemas estruturas com imperfeges geométuias, as equagdes de equilbrio incuem, pare além das cargas e dos ps ‘meus de deforma, pazimetos que caractriam esas ier feiges pardmettos de impereiio “Ta como suceia com os stems perets, bem problemas suit simples € postive obter solugdes analticas exactas para as trjectrias de equlibeo. Bento, necessvio recorer «anise de cetabilidadeaproximadas, je, introdusirapoximagdes nas equ gies de equirio. Natuelmente, ess aproximayes eavalvem também trmos onde fguram parimetos de impereiio. Em geral & sucentereter apenas 0 temo dominante da in- Suéncia das impereigdes geometricas, o qual depende sempre in armente do respectivo paretco. Como & vo, esta aproximagio restinge 0 dominio de validade da coreespondent anise de es- tablidade a sistemas com impereigdesiniciis de amplitude "- ficientemente pequena Refirs-se, no entanto, que este tratamento apceximado da inlagacia das imperfeigdes pode ser incorporado cm anlizes de etabdade com diferentes nels de eproximacSo os parimetios de deforma (ie, em anise nears de estab lidade on em andliss de pés-encurvadar). EXEMPLO ILUSTRATIVO CConsidere-se ainda. o modelo estrutural representado na Figura LM eadmita-se agora que a barra AB apresenta uma pequena ‘nclinacdo inicial(e, para P=0) definida por u, = €¢,confor- ‘me mostra a Figure 1.20) (e 60 parimetro de impereigio), ‘Continuando a designar por u = gf 0 deslocemento hori- zontal do ponto B em relacSo & configuragio indeformada do sistema perflto(posigio vertical ~ ver Figura 1.20(a), 0 valor ‘da reacio na mola é agora dedo por ReK(u-u)=KEQ-0) 33) este modo, a equagio que traduz 0 equllrio de momen- tos no ponto A (EM, = 0) passaaser Pq—Ke(q-e)yi-q =0 34) cxjasolusso & .STABIUIDADEE DIMENSIONAMENTO DEESTRUTURAS. Figura 120 Madea crcurat Inger. () Con fase iniiake formate. (0) Tree triad qin. contguagerie coma taeda panting F039 fi-¢ [Na Figura 1.20(b) estao Fepresentadas, esquematicamen: te, a8 trajectérias de equilbrio associadas a dois valores de (e, <&)- Observa-se que (fq = 0 jé nfo é uma trjectéria de ‘equilrio e que (ji) a perda de estabilidade do modelo ocorre agora num ponto imite(e nfo nam ponto de bifurcegio), ces coordenadas A, so definidas através da condio a 0 > ade) & A=Aae Ale) (136) aq ‘Mesmo num sistema estrutural tio simples como este mo- delo, nao ¢ possvel obter expresses analticas exactas para d, A, Pode entio recorzer-sea uma andliseaproximada, em que apenas se retém, na equacio de equilbro, os termas conside- rados em (131) €0 termo dominante no parimetro de imper- feigao (Ke ~ dependéncia linear de e). Obtem-se entdo oa nafe-e to om ‘tendo-se desprezado termos de ordem 4),¢q*e superior. A s0- lugto de (1.37) 6 xifite 2 expressio que permite determinar trajectérias de equilibrio ConceT0s EFUNOAMENTOS aproximadas, as quais tendem assntoticamente (q> «) para a trajectiria de pés-encurvadura do sistema perfelt, Fstaex- pressio apresenta ainda a vantagem de conduair a soluges analiticas (aproximadas) para qe 2, De facto, introduzindo (1.38) em (136) vem (139) 0) Verifis-se asim que a8 impereides iniiais reduzem a carga de instabildade do modelo perfet,“tasformanda” 0 poate debifurcario em pontos limits. A equago (1.40) raduz Guantativament esa redugio e desgna-se por “le de sen- sibiidade is imperiigbes: A titulo de exemplo,refire-se que uma inlincdo inicial da barra AB de cerca de 2° (e = 0,035) provoca uma zedugio de aproximadamente 16% (2, = 088) na Carga de instabliade, importante mencionar que nem todos os sistemas es troturas cua instabilidade¢biareacional ef sensivels i m- pefeigdes grométicas, no sentido em que a presenga dest onda a uma edugéo da carga deinstablidade Por exemplo, S cbservacto da Figure 16 mostra que () nto acokina como a placa no sto sensives as impefegbese que (i) 0 panel cx lindrico exibe sensibilidad as imperfeigbes (postivae). Volta a chamar-se a atengo para o facto dea earacteritics da tr jeatéria de ps-encurvedura de um sistema estratral pereto permitirem identifiae a natureza da infiuéncia que a mper- fegoesgeometrcas ttm no su comporarento. 1822 Insabildade por"snap-trough" No caso de a Instabllidade de um sistema estrutural ecoreer por “snap-through’,viu-se em 12.22 que uma andlise de estabilidade ‘exacta fornece o andamento da sua tajectria de equilrio (né0 linear), a partir do qual se podem abter as coordenadas dos respec- tivos pontos limite, nonieadamente o valor da carga de “snap Relativamente as aniisesaproximadas utizadas neste tipo de problemas, ¢conveniente refi, antes de mais, que nia fez agora ‘qualquer sentido falar em “anise linear deestabildade’ De fact, a linearizagao das equaydes de equillbrio cond sempre a uma “and lise linear deestruturas; portant, implica o"desaparecimento" do fenémeno de instabilidade por “snap-througit ESTABILOADE EDIMENSIONAMENTO DEESTAUTURAS ‘Tal como no caso des anilises de pés-encurvadira, ()&indis pensive consderartermos nio lineares nas equagées de equllbrio i) a preciso dos resultados obtidos depende da ordem a partir da (qual of termos sto desprezados. EXEMPLO ILUSTRATIVO ‘Considera-se novemente 0 modelo estratural representado na Figura 1.15(0),cujo comportamento é descrito (exactamente) pela equacio de equilrio (1.22). Uma anilise de estabilidade ‘prorimada corresponde a “substiuir” esa equagio por outra mais simples, i.e, considerar apenas termos de ordem infe- flor a um determinado nivel, Recordando que 0 valor de a é ppequeno (modelo de um arco “abatido"), tomando em consi- ‘eragio of desenvolvimentos em série aay) « desprezando termos de ordem superior a af ea", 9 ‘equacia (1.22) pode ser aproximada por ‘£0(a—6)(20-9) (a2) iad ora en ee ener ore ee ee sige tah es ee ceenstraree: Tee een eee ees ieee a) couceos eFUNDAMENTOS Pra se fazer uma ideia do grau de precisto desta expres- so aproximada,refirs-se qu, para «= 30° (« = 0,523 rad), of valores fornecidos peas equacies (1.24) e (143) sto, espect- vamente, P,= 005511 KE e P, = 005506 KE (erro de cerca de 01%). 1.4 CRITERIOS DE ESTABILIDADE esignam-se por “ritérios deestabilidade” as condigBes através das ‘qusis 6 possvel dentifiar a estabilidade ov instabilidade de conti guragbes de equilbrio de sistemas estruturas, Deste modo, a util- ‘agi desses citérios permite detectar a ocorréncia de fendmenos de instabilidade ao longo das trajectrias de equllbrio que descre- ‘vem o camporlamento dos sistemas. Existem, essencialmente, dos tipos de critéios de estabilidade, romeadamente (i) os critérios dindmicos e (i) os crtérios estos A utilizagdo dos primeiros, que sio os mais gerais, envolve o est do do comportamento dinimico (caracteristicas do movimento) do sistema estrutural,na vizinhanga da configuracio de equilbrio em anilise eapds a actuagio de uma "pequena perturbaclo” (e . fore fu deslocamento inicial de pequeno valor). Uma configuracio de cequilbrio diz-se estévl se as vibragbes do sistema permanecerem Liitadas no tempo, e instdve no caso contriio, (Os crtéros dintmicos assumem uma importincia fundamental ra andlise da existéncia de fendmenos de “instabilidade dintmied’, 1 @a=1 a STABILOADEEDIMENSIONAMENTODEESTRUTURAS. ‘de maior relevincia para o progresso do conhecimento nos domi- tos mais directamente relacionados com o conteddo do livroe que, fpomeadamente, influenciaram a sua estrutura ~ uma formolagio ‘que integra, simultaneament, Teoria Clissica da Estabilidade ea ‘Teoria da Pés-Encurvadura. ‘Pode considerar-se que a Teoria Clissica da Estabilidadeteve @ ‘sua origem em 1744, com os trabalhos de Euler sobre a estabilidade lista de colunas [1.7]. A sua aplicacSo corresponde & realizagio de andliseslinceres de estabilidade de estruturas, motivo pelo qual 6 frequente designé-la também por Teoria Linear da Estabilidade Deste modo, os resultados cbtdas consstem, essenclalmente, em cargus de bifurcago.e modes de instabilidadee podem, na sua gran- dde maloia, ser encontrados nas obras cléssieas de Timoshenko © Gore 1.2) e Bleich 1.8} “Apesar de Euler ter abordado igualmente o comportamento das

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