ARTE INSTITUICIONAL

- Esta teoria surgiu na década de 50 e salienta a importância da

comunidade de conhecedores de arte na definição e no desenvolvimento
dos limites daquilo a que podemos chamar de arte.
Surge como seu defensor George Dickie, que define uma obra de arte
como um artefacto que abrange um conjunto de características que lhe
cedem o status (estado) de candidato à apreciação dos indivíduos da
instituição do mundo da arte.

- Esta teoria é não essencialista, uma vez que defende que o que faz com
que um determinado objeto seja considerado arte, tenha de ser
encontrado fora do objeto e não no próprio objeto em si.
OUTROS DEFENSORES:
Morris Weitz (1916-1981): Posição não-essencialista; rejeita qualquer
definição essencialista por considerá-la limitadora da criatividade dos
artistas.
Arthur Danto (1924-2013): Ainda que não seja possível encontrar uma
definição de arte assente em propriedade intrínsecas e manifestas dos
objetos artísticos, é possível definir arte com base em propriedades
extrínsecas e relacionais não são inerentes ao objeto em si, mas
dependem do tipo de relações que este estabelece com outras realidades,
inserindo-se no contexto de uma prática social instituída – o mundo da
arte.
OUTRAS CARACTERISTICAS:
-As teorias essencialistas da arte falharam porque todas elas assumiram
erradamente que existe um conjunto de condições necessárias e
suficientes para a arte, uma característica partilhada por todos os objetos
artísticos.
-Ora, não só isso não se verifica, como, caso se verificasse, estaria a impor
limites a uma atividade que se caracteriza pela sua abertura à mudança e
à inovação.

OBJEÇÕES:
- É uma teoria circular: O estatuto da obra de arte é atribuído por
representantes e, por sua vez, o mundo da arte é definido como o
conjunto daqueles que têm o poder de fazer essas atribuições.
-Torna a definição de arte inútil, quer porque aceita que tudo se pode
tornar arte, quer porque, ao aceitar que existem razões para a atribuição
do estatuto de arte, é sempre possível apelar a tais razões,
independentemente do mundo da arte e seus representantes.