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Manual do Professor x teas & Descerdocom Programe Metas Curriulares Manual Certificado pela Faculdade de Letras dda Universidade de Coimbra ont lol T/O/MM 160! 1> [ALO] Manual do Professor PORTUGUES Antonio Vilas-Boas Manuel Vieira Descardacom Programa eMotas Ccurreulares Manual Certificado pela Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra Manual do Professor x [it [Propindetairs | ODtagnéatce Bi 1 Fernando Pessoa G a CO 18_Contetulzaroitrco- teria Q ESS 2 ___Sonmiae anton; valor Fc de poion 0 genta artsco Aerts Osberefedocontactotemparaeis Caso opoeta-bucdleae comaNsturese Tl «O guardador de rebanhos (1X)» Temas comuns + AliriaCasrosFemandoPessas Frcha de polos 2 Reflae enstencil~ Alberto Caso primadodas sensagies 73 Ricardo Rels 14 «Mestre, sio plécidas» Fre de pion 0 hagiment ssi —iearde Reis opeta asso» TT «As rosas amo dos jardins de Adénis» Funes stats valor spear mot beira Ewressioora tps sabre um tema Raflnses sores ‘sreacatrevtaedavtla 1B «Vem sentar-te comigo, Lidia, dorio- BH «Saudoso ja deste vero que vejo» Expl sabre um tema Fiehede poise! Reflege ext“ eardo Formas pena Reis acoectnciaeaencencie da mortaliade ert > 0 ee Es a Manual do Professor Sa @ @ 106 09 19 0 m 4 1s 18 1a m0 ms ‘Alvaro de Campos, de triunfal» inorocalgatr:A-ode tana OE Costs Ode maritima» iMrtocudotes3-ode actin OE ose dan ote Fj capo 5 hmet arte Aro ‘Can pt ds nde fia deopn 6-6 apc Ae de Cansosamaratocate rennet Socana «Esta velha angistia» “«Aniversérion Fa deapoinn’ 7 -Refleta exsteeial— Alvaro se Campos: sy eansereiae tempos do Inna Means =Osanverssde Ride Creo squeme-sintese Tested svalinio LBrasso «0 dos castelos» «D.Dinis» «D. Sebastiao, rei de Portugal» IL Mar portugues «Horizonte & Intertetualdades - Mensagem Os Lusi <0 Mostrengo= cuits imprin cee ripen mt i Oeneserte «Serevo meu livro & beira-magaan «Nevooiro» Fa de apoio n+ Setastanismo Relate de viagem = Gos passa resent, ‘rads vst de Rs Fa Esquomasntese EEA reste deovatoco Indice geral Lemnsal_—_teeeape Reis, eaten Qa Funges sites cosa tentust vaor tempera Funes sintitcas ins lor temporal valor assetual Exgessio ral Apresentarao ora fmparne fo (eleratsodo anes Funes sinttioas Exposigo sabre tema + Osporugueses eo mat aatuldade Poses oligos tones sinatees lor modalvalor Temporal Exgessio ral Apreiagcrtica = ptr de Maia Helene eradsSive Engessio ral Apceiato erica Tertodeopinio~ __(efie)=Sobteo tet ‘emacs ePoragalea Europa no nie Manual do Professor x 2 Contos Sa ee ee 132 Contertulizarzterria a 134 Manuel da Fonseca 135 «Sempre é uma companhia» Camprensiodeerat fsxpasctosobreum _Coesiotestusfuntes Q lade pio? Sol cma + Debates Oscontedos —temeOsrosde sits: Caaterescodespesinagers-rosioenre gol Camuneaqsonss——dscusa drtneinreto tliseCaneteiagsodoesmnce ea pscligeoe Exessbooa, fonedades ata, ——_‘Fichadeaoio n= ‘ainolteoshmpertindadasverbedashiaetnal Dette Uae grin ds sneres ‘erases Ma Marla Juditede Carvalho 9 «George» Tastodeopinios Valor maal organiza das Fideaepoion?2- Actas dilate Frechecimerto do sepuéncastexuas ‘rvenae meron eenagiag atarres epulaazertves bos fin fernina- Acomplia humans 157 Ata de opin» “Ervehacmant ds populagion FE scene sinese ED reese rine Nn 3 Poetas contemporaneos [eternal foe Tete Lema | 166 Contertuatizareotterria 158 ePlateion Tade epi “Temas comune Mauel Targae JorgeceSena OG) import da berate 1 eAtargaden TaeeSa Mt Tape Aesgon BD 17 abivro de horas» Pees vtec as 12 eMineragéo> Fees eE eu tapa Aino nes fo Tact eerste ‘oneness Pugs se Nseries [| Bayénio de Andrase 7 Porton TT Noi do verbo» {ososaee un arc 19 «Cangion Capresso wat fovea: Mest ie 180. «Em Lisboa com Cesdrio Verde» irrertttnter- tue het, CeSvetee hace 182 «tiltimo poema» Temescommecotsalysiooor 3D Epa easartouttse aA taba» Const iss Arne 2 nereseutesde Seaton mt ‘oneness ado conten ie ne > Manual do Professor 181 «Qs estivadores> «Oh as casas as casas as casas» Teaseomms “Ry desehrinotareston ES De «Portugal sacro-profano: Vila do Conde» 192 «Célofon ou epitafion «Conselho» Fe de spot 2-Representagfesdo contamprines Tadao liars» Purges do pont Arte police poesia de Ry Belo Arecarzo erica eesateda plea» Wr Baro ceil de Mae lg) Ed erento 1m 5 4 José Saramago as a = PB | Compr eens do oral Enposieaosereun tema Moos de habia zolengodestempos Eressio orl Debate Aquestoda Ibias soi Cag eat fetes setacas subordnayaa valor tna vale tempat Avreciag cca (deempsitn)- Aiea mo essago ose Saramago, Nob da irate 1908) 4.10 ano da morte de Ricardo Reis ConertuaizagSohistven Litera 1935: um navio chega a Lisboa 20 20 m 217 Ricardo Reis desembarca em Lisboa Teas comuns »Osespacsern ano {amor de ard teem Gs Maas cw Afuste cost de Rares Fe de pat = Representagies do século espaga caida Lestraa por epasso Fernando Pessoa visita Ricardo Reis Leura esas Lisboa 1936: um Carnaval triste Letturmaparepassn— ms 20 vvé Marcenda pela prime Ricardo Reis conhece uma criada do hotel, Lidia Ricardo Reis mantém-se interessado por Marcenda EnpressSo oral Dialog argumentative Kissed Usbos Enqunts apt Subang: ror tempat valor aspetat Fea de apoio Inertetaide Aoreclacsocrteas Proceso olin pintuadeEnilaneD —palgmaseomernentese Conleet Sergent nse sines Suborinagaeivaeraspeual valor mods. Exosiciosobreum tema: Geamores de Rrsro eis > Manual do Professor [a a 759 Marcenda: © amor impossivel 2 Lidia “Temas comune Metisse amare Fras eSuss Amo de parti, Vege nema tera sosNae Lidia: adeus Fc de pain 5 -Representagsesdo amor Lerman eps 3 28 Com Camées pela Baixa de Lisboa 230 wi A procura de emprego com Camées Viagens literarias Intrtxtualidades-De esmaulacio geegriies tert card Res Csiro verde, us deCamoes Fc de psi Deambulgta qeogrstin © vioger terri» Itrtextualiade: Jone Stara, lotr deLuisdeCamses Casino Verdes Fernando Posi Letturaaparepassa_ Ricardo Reis e o «espeticulo do mundo» had opoion5- Representassesd sécla ‘espagada cde o tempo stra eas acontacinertospotcas Lekuras parepasso 0 Giltimo eneontro Fea de poo reread José Senge terde Lae de Comte a 289 Discurse politico «-Nonca ns renieremos: Sento 7 EE ese sesso ‘216 4.2 Memorial do Convento 216 Connotea 72 Areal promessa, Leituraapar passa ‘A procissao do auto de f6 Leturas prepa > Nunca te olharei por dentro Leturas prepa p Que padre é este? emscamine Octane opps Etlome arene onal ao rena ae em ota Ltr paras > %% Eressio oral Proceso oligos: uns ‘ert de opin satétcas suordnacae 2 ‘atl onda ‘eso ex aor epoca ruler nas soclades Conterporaneas ‘Vator mata tunes sintteas organo das Sequncas teu reproduio de luersonacscurse Compreensodo oa Dogo araumenttve Dale rte een PesoreRardo fs cedamdamarede Picardo Expresso ora Erpsiesebreum tema +A inportirelada [btu entre os ovens cows tet fo sonst ssordnat vl tempura inert “esto de pinto» Partcwarzenavida sScil-um dover eum rete Cossids dreto disc indie valor mada Expresso oral Sutera tunes stitcas Toto de pinio« ‘net od Osmareocasamento “retoedecire nde EnpressSo oral lage argumentstvo Regrssiepaiice Sabrina fungtes sitstcas cesta eta valor Temporal ascursdretae isco et Sabor: urges sitdtcasdscusodretoe ‘arco eee moda Manual do Professor [a a 287 Modos de juntar um homem e uma Tome min Apegita de ae te S68 toamorecacazaments en Memon do Coment Fre Lt Sousne Amor de prigs0 Fa de spot -Caracteragaodaspersonagens Letras par epasen_ lp 08 Voar até ao Sot Fea de pain 2 Dimens simbies Leteras arenas. Ip, 34 O transporte da mae da pedra Leturaapar passa {319 Quanto pode um rei Intrtrtslicades Veto crtes-Memoral fdComente, Os Lied Fee de spain 3 Vissocrtica Leituraapar passa 85 O dia da sagrago do convento Fiche poi Tempohtrice mood {331 Memos De ore ede santo tastes um ‘ants As paquenas memarisde dose Sram = Ed ereecvicso Subrdraotuges stdtcas var spetun orgie ds sents ‘etal lar temporal Compreenso do oral Diaogoargumentat- Didogperve pate Berolomestouenoe Sorat de Meare Comsnto Teta de opin - Gsanocoma meter daaqioeds pores humans Exosieiosobeeun Fuses siti tema-Oralardo ‘aborinacic. ces tent: tbat its aa tpl Expresso Fecha de pcan = Debste=Aeseravaturs Interteualdade ses tempos madernos Expresso ol orci crea forecentorigoral —— geturas de Garg Aimpenanciadosrtuas Damence Dip revi pestal sce oh Manual do Professor e = — a =| P=} aA 4 Pe B Ss 4 7 Ua eR be eer) Camilo Pessanha Clepsydra digs: 2008 Editor: Assi & Alvin ISON: 872-97.07050 Duas propostas para eta de vrs de poesia, nos qua se encontram las temsticas que se podem elas ntertextualmente com 2 esa de Ferman Pessoa, orténimo eheternims. cata OETA David Mourdo-Fereira iG Obra poética fogs 17 Q Falter Earl Presenca ‘ISBN, 072-28-206077, ‘Quem poluiu, quem rasgouos meus lengéis de linho, Ondcesperei morrer,~ meus tio castos lengdis? Domeujardim exiguo os altos girass6is (Quem foique os arrancouelangou no caminho? ‘Quem quebrou (que furor eruel esimiesco!) Amesa de cu cear, -tébuatosca de pinho? Emeespalhoualenha? E meentomouovinho? Daminha vinhao vinho acidulado efresco, ‘Almada Negreiros Nome de guerra digs: 2016 tor Assi & Alvin ISON 970-072-97-1082-9, Umparsem outro sentido além de par IAM OS DOIS AO ACASO por aguela manka ¢ passa ‘vam de brago dado ao lado daqueles que se levantarn com cosolenadatém que perguntar noite Ele era para todos os efeitos um homem que leva uma senhora pelo brago. Ela rebuscava nas suas memérias 2s vrias comparaghes que Ihe dissessem agora como devia lidar com mais aquele,K ele sentia-se mais forte porlevar pelobrago umamulher. Naotinhamedodecncontrarfosse ‘quem ose. Hletomavaa responsabilidad. Aquelamulher apareceu-lhenasuavida. B,secraumamulherlive,niioera porcupa dle. Naocra por culpa dele que as mulheres nao cramsenhoras. Folha! Eraumafolha pousada no cotovelo do vento: cepairava, deslumbrada, ‘Eraumafolha:lembrava, dotio frigil,omomento emqgueavidame ficava cescrava doteujuramento, Eraumafolha:maisnada Antes fosse esquecimento! Dua propostas:a primeira, facta de um grande nome de Modernism sequal, cots de un dos mais destacados contistas portuguese, cua obra se insere na mesma lia estes dade Manuel da Foncova, oNoorrealia. Mario Dionisio dia cinzento e outros contos| Eoiggo 2001 citer: Publicacoes Europa-Amirica ‘s0N970-07-1-020001 ‘Uma principiante ‘Laura traz hoje uma saia que Ihe fica muito bem. $80 Clegantes estas stias. Quando a pessoa se senta, sober ‘um bom bocado. Paraiso as cortam deviés. By agarradi nas, as pernas ficam tal qual as das estelas que vérn nas revistas americanas a anunciarcigazros ¢ coca-cola. Lau raé elegantezinha, Usa agora os cabelos compridos sem chegarem a tocarThe nos ombros, Sedugio, Sex appeal (Odette gostaria deter 0 cabelo assim. Nao suja os vest dos eandasemprebem pentezda, Mas ocabelo deQdette no se presta, Seo cabelo no é naturalmente ondulado, tem de se andar todos os dias a caminho do cabeleireiro, ‘quent lhe desagradaria muito, mas ica caro. Manual do Professor 3° Periodo ORHAN PAMUK Orhan Pamuk Istambul-memérias, de uma cidade Eaigdo 2018 stor Eira Presenca ISHN 9 76-077-299-976-6 OoutroOrhan Desdea minha infincia,¢ durante muit pre tive num cantinho da cabeca a ideia de que exist, algures nas ruas de Istambul, cutro Orhan que era igual ‘a mim, meu gémeo, ou mesmo meu duplo, No consi 0 recordar-me donde me veio nem como nasceu esta impressio. Teria acabado por me surgi, certamente, za sequéncia de um longo periodo entretecido de mal centendidos, de coincidéncias, de jogos e de an, Deixem-me contar-Ih que a vivi mais concretamento, ¢ assim explica «do se manifestouem mim. Uma proposta de um lira de mem, na qual Orhan Pam ‘premio Nob da Literatura em 2006, record a cidade onde Proposta de atlvidades, Apreciagio critica As obras inicads para o desenvolvimento do Pro- jeto de Letura esto tematicamente relacionadas cam as obras em analise no Ambito da Eduecag3o Litersra, No leque das opgdes superidas, seteciona uma ou duos obras para leres a0 Longo do ano e para desen- volveres uma apreciagée eritiea, nuns apresentacio oral com durago de dois 2 qustro minutos, ou num texto escrito, com uma extenséo de 200 a 300 palavras Qualquer que cejaa forma de aprecentagtio de apre gsi erica a produ, considera 0s seguintes tépicos: ' deserigao sucinta do lio enquanto objeto (for mato, capa, contracapa, editor, ano, ugar de edt ‘20, orgarizagdo interna.) "= comentéro erica, com a indicagSe dos aspetos mais valorizados, come, por exemipi, um episcio relevante, personagens marcantes, page, relag30 do autorinaradr/personagens, uma citagdo ou um ‘certo que mporteler, elerequardar na meméia, que senti qué ‘Segue as fases habituais do processo de produg3o tera sj orl sea exert plop, tet 0 apresetag)e revi, 2 = + s.eu0 + repego such + ostenuamno——«« wicugove assis» PALA TAMRES = RStoteuma —* nee wea Neméras ote vies ras = toes ‘Antslogia postion Oveniadorde patumasderés.daterra 5 few cwalhide) — (boemesesculhis)—passados Cubas PRIMOLEW e ‘= aacromo tasuccan —* GABRIEL GARCIA '* JOSE GOMES FERREIRA © MANUEL ANTONIOPINA Seistoéum O tempo — Calcada do Como sedesenha — homem recto ‘Cem anes de sol didrio rveliece sma asa + tunnscer depressa a dosgrenhado cer ppoust Obra postica samenovern "OE deumavalauer * ETouscado + shoals Wager oronho Peseaparsemen noprincpiode Yale potado awesatim seen ae Swann TeauNOA ceRsA0 Amenina Jia * SSSCORWaL — ¢ + wiaonestoxmeno ” Aavore das a ar Indices dearo.Palovres Foesias om + rmouscoco.—* RA WooLr M290 jay deoma moe Santon dei Ne radae aici fame Peamase rasas | Petersbur outros cents ange Derretras do mz ar wari ‘Antologia poética _escritor enquanto * ee sea as Fothas de erva ee = eral ‘= FERWANOONAMORA © JORGELUIS BORGES C30 Tinhoso ere eee Retathos davida ” Fecées + wiscamos Sane baoresson de um médico * José carposopmes —— PATRAQUIM uma cancao_ ANGLED KA BAKS (© FRANZ KAFKA Balada da praia Dosso céncavoe desesperada 012 U, 12,13, 16 21,31 Contes Goscies outros pemas oa (powmas eseaos) Rensuet Manual do Professor Manual do Professor x Test de avalagso Teste de avaliacao =| GRUPO! re A L80 texto sequinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulario. Q A prova de forga CO senhortambém gosta dever osnavios?. Era um velho decabelos brancos ¢ olhos amis, com as maos enfiadas nos bolsos dum casaco de boa fazenda escocesa, onde uns tragos maisescuros formavam grancles quadra dos. Mas as calqas deshotadas esfiampavam. sede velhas. Também ocasaco + Acsorriso amargo da sua interrogago respondi com a contrariedadede quem vai ou virum pedide deesmola justificado numa hist6ria vulgar Vrabalha sea valer..-respondi, numa evasiva’apergunta, como seni quisessecon fidenciar gostosa um desconhecido. ‘Met a mao no bolso das calgas, para tirar oporta-moedas, mas hesitei, eparando me 1» Ihornaquole homem que me fitava com um olla vago, como se énfio estivesse aver me. Agora o seu sortiso era longinguo e irénico, talvez refletido duma meméria antiga, onde estava verdadeira essa expresso ce superioridade. Racrescentei Isto ¢ interessante. Tem core movimento. Achei-me ridiculo ao dizer esta frase que no significava nada para aquele homem, 15 Paramim também mo eram s6 isso, aqueles navios e comboios, as docas, os guindastes, co formigar degente, que se via daquele jardim como ur terraco sobre oi. Yandel naqueles barces... Naqueles, niio; noutros como aqueles... Pez bem em no falar deavenruras... (Esta expresso «Pez bem» colocou-o de repente numa posiao de su perioridade cm relac3o a mim.) lim nao falar de sonhos de paises desconhecidos, dessas 2» coisas que sio ments...) Fez uma pausa. E eu olhei em volta, a procurar nas caras das pessoas que estavam por ali perto uma informagio a respeito deste «filésofo» que falava comigo. alvez. es tivessem a rirse dele, ou de mim, que 0 ouvia com atengio, Bra, com certeza, um ma nfaco j4 bem conhecido dos frequentadores daquele jardim pdblico onde eu 1 parado por acaso, nessa tarde em que passeava sem destino, Mas os tr6s ou quatro ho- "mens que estavam encostados is grades, olhavam também lé para baixo, para os navios atracaclos ss muralhas,ao longo do rio, ou amontoads nas docas. Vinha um martelar es: tridenteecompassado, dum velho cargueiro onde faziam reparacées pinturasyao ladode um outro, de porbes abertos, dois guindastes descarregavam lingadas de sacos®. Aolonge, = pequenos barcos pintados de branco atravessavam o rio cinzento, Eas gaivotas,emvoos serenos, pairavam, atentas, sobre os lugares onde descarregavam pele ou desaguavam os Tenmama terse . Sena acordax Asin apnea pare termina en pra 10 ‘Nsogunda part nica se cam oad vero canectv de lor aera vo Cantu (1. que insta o toet ents apis part ea tind, ent oon en ele 2. Compara: a date um care (#o/queracresa tem pee res) a Yee as fasts (ve 87) compragso ers pis rea fee da pean, Alem da compara are ba uma persontesanem wee ms exaust, que ad anda 3 axtacdo ao. 3 Manual do Professor 4 “Teste de avalingSo GRUPO Manhattan terre pela primeira ve nos Estados Unidos em setembra de 2002. Na época esse woo chegounoaeroporta JPK. Contra nudo o que se deve faver,aceiteia oferta deunsdesconhe dos que, sada, me perguntaram se quetia ir para Manhattan. 5 tinha um papel com amo- rade da casa da amiga ondeia fica, cra num cruzamento coma Canal Street, na Chinatown. Desa primeira vee, nfo esqueco o dia u desctembro, um ano apés.a queda das torres. Demanha,nastlevisées e nos ridios de toda a cidade, cuviram-sc os nomes das vitimas, ‘mencionados um a um. A pé, desea Broadway até ao ground aro, Pelo caminhoe depois de Ii chegar, encontrei excenticidades que me surpreenderam bastante. Também nesse dia, subi pela primeira vez ao Empire Stare Building. Ainda nos Estados Unidos, escrevi sobreo que vipara uma revista que nao cxiste. ‘Ao longo destes anos, tenho regressado muito a Manhattan, Estive em invernos co: bertos de neve, em primaveras ¢ em verdes com parques cheios de gente e de luz, Em Manhattan, ao longo deste tempo, conhec varias pessoas que jimorreram. Em 2010, assei ses semanas num pequeno apartamento da 30" Street. Cheguei com lum romance que me resistia ¢ sai com muitas piginas eseritas, muitos dias proveitosos, romance quase acabado, Manhattan é uma méquina. A sua efieieia contagia. Uma das ‘minkas livrarias preferidas fechou ha doismeses, chamava-se Saint Marks. Mesmo saben- ova fechada quis passar por, quis vé-la, Olhando pelas vitrinas, apenas o espacovazio, tudo surpreendentemente limpo pi vinte anos, as paredes pintadas a um lugar onde existin uma livraria durante maisde spera do que vir, sm nostalgia do pasado, As ves, ‘Manhartan éuma méquina que funciona demasiado depressa E queles lugares quase secretos, que poucos conhecem, mas duram pouco tempo. Até os raros que consoguem conquistar a cidade por um momento, com flas porta, com gente que espera duas horas para comer um croissant, por exemplo, acabam por no resistir A velocidade de Manhattan, Ou porque deixaram de conseguir pagar as rendas altissimas Poderia dar ourros exemplos: bares, restaurantes, ete. Em Manhattan, ha muitos da ou porqueas pessoas deixaram de querer erossants passaram a preferir uma sobremesa ‘wadicional das Filipinas. Em 2012, passei duas semanas 2 andar de bicieleta por Manhattan. Havendo oport: nidade, descer qualquer uma das avenidas de bicicleta, do Uptown ao Downtown, éuma cexperiéncia incrivel, Entreos prédios, 0 céu é uma especie de rio invertido, Pedalando 30 lado de téxis amarelos, sobre tampas fumegantes do sancamento piblica, somos partede ‘Manhattan, somos parte da méquina, thegar de bicicleta Times Square Go tiunto. No mundo, hi muitos mundos, niio existe apenas os Estados Unidos © o Ocidente ‘Ao contritio do que se costuma afirmar, nfo ha Coca-Cola em toda a parte e nem todos os habitantes do planeta sabem quem foi o Elvis. Ainda assim, ndlo ha diividas de que ‘Manhattan é 0 centro de um dos mundos que cxistem c, em todos cles, nao hé nenbuura lugar como Manhattan. su Pe, We oman. 25nd 20160 2% Manual do Professor x Diagnéstico Responde aos its que se saquem, egistando as respostas no teu caderno PROFESSOR 5 1. Em lag 3 resposta qe ded oferta ete flit «pr desconhecioos a Same - chegada a0 aeroporto JFK 0 autor Ee (A) justioa-a 20 so (B) contextuatiza-a en Q (C) laments & once rade til on (0) critica, = Ten gous 2. A utlzacio do edvérbi «ld» (8) contrbui para a construgéo da coeséo ane (A) levicaL "oe hp ea (B) temporal heeds o War ports (©) referencia. oe (D) imerfrésica {nares possi: ena team ato jes a seer 2.0 autor relere um «romance» que esoreveu em grande parte em Manhattan SIM, 2 que antes the «cessta» (|. 15) porque he fltavam ideies pare 0 Soe doce deters es (A) terminar. tora atest perio (B) promover terse deat um (©) ecitar. Kowa nari (0) continuar. aa ~ 4. justiticagdo para 0 facto de haver pesscas que nao resistem @ «elocidade = ETE de Manhattan» (|. 26) & dada através da expresso de ‘Doctrnerts Cee Teste de dagnostzo 1 Solugao (8) uma possbilidade fetter (©) um contrasto (tte) (D) uma alternativa Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 5. Indica a fungao sintatica de «a0 aeroporto JFK» (L.2) 6. Classifica a oragdo «Mesmo sabendo-a fechada» ll, 17-18). 7. Identifica 0 antecedente do advérbio com valor locativo, «lé», que aparece na frase «Pelo caminho e depois de [é chegar> lL 7-6) GRUPO II O interior de Portugal tem vindo a sofrer um processo de desertificapao, que resulta, entre outros fatores, da fuga das populagdes para as cidades do litoral. Entre as jovens, esta tendéncia para abandonar o interior revela-se muito forte. Redige um texto de opiniéo em que apresentes justiticagdes para esta ten- déncia, expondo, pelo menos, dois argumentos que @ comprovem e um exemplo ilustrativo de cada um desses argumentos. Gepe IE O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras e estruturar-se em trés partes lagicas. 15 Manual do Professor x Manual do Professor Manual do Professor Femando Pessoa Peeters eT ge Modernismo icio do século XX: Modernismo — um novo clima cultural Em toda Europa, oinicio do século XX fol marcado pelo aparecimento denovos mo- vimentos literirios ¢ artsticos, que pretendiam romper com o passado. Esse movimen to cultural, que se denominou «Modernismo>, teve também as suas manifestagSes em Portugal. Neste dominio, o periodo republicano distinguiu-se por um clima de intensa criatividade nas artes pisticas, na literatura ena misica e pelo confronto entre as novas corentesmodernistas eas tradighes est OfinaldoséculoxiXeos wimeiros anos do século XX foram marcados por um grande progressotécnico,em que se verificou osurgimento de novas méguinaseteenologias que modificaram a vida das socicdades mais industrializadas, Sob a influéncia dos avancos, cos ¢ cientifices, surgiu um movimento cultural que se denominou «Futurismo~ ce que fazia a exaltacio dos principais elementos da civilizagio industrial ~ a méquina, movimento, avelocidade, etc Em Portugal, com 0 novo clima de liberdade que se vivia apés a implantagio da Reptblica {i910}, também estavam criadas condigdes para que mais facilmente se pudes wp som accitar as novas correntes antsticas ¢ iteréias que ja haviam surgido noutros paises, nme 117 Memeo Caer vas corentes literéias ¢ artisticas, como o Futurismo. Cosmopolitas, pois todos haviam estado fora de Portugal, tinham tomado contacto ceuropeus dereno- «9 vacio literéria Jovens ccom idcias novas, pretendiam fazcr vingar os scus p ‘como em [tia c em Franga. Jovens escritores poetas, como Remand P 03, Mario de Si-Cameiro, Almada Negreiros ou Santa- Rita Pintor,afirmam-se como defensores le no- Jom os movimento: a0 mesmo tempo, chocar uma sociedade que ainda nha dificuldadeem aceitaras ino- vagbes. A divulgacio das suas obr foi feita, sobretudo,a pantirde revista lteririas como AdAguiae A Renascenca. Foi, contudo, coma revista Orphen, em 191s, ques suas propostas lograram maior divulgacdo. tenob 1. Identifica, ustificando, a unica afirmacao que nao pode ser comprovada com 0 autem des texto. Regista a resposta no teu caderno. (Pew xeon 15, Fe Mass dca (A) 0 Modernismo consiste, em geral, num mavimento cultural que nasceu no inicio do século XX, fortemente marcado pela ideia de rutura com o pasado. (8) As tendéncias modernistas centraram-se exclusivamente numa forma de arte pRoressor ~aliteratura - (C) 0 Modernismo portugués pretendia retirar Portugal do marasmo cultural 18) (0) A revista Orpheu foi o principal meio de divulgaco das ideas literérias dos mo- 0 testo refers, no rime pare ‘oeas.artes plsticas+ ea emisien demistas portugueses. 18 Manual do Professor Contextualizacéo histiricoReréria Toxo? Orpheu: as origens do primeiro grupo modernista .cco, Santa: Rita Pintor ~ a regressarem a Lisboa, 1ra- um conhecimento dircto das mais recente sar edepari- tisticas. Luis de Mi talvor, depois de passar dois anos no Rio de Janci aia que queria chamar Orpheu. Pessoa e S4-Cameiro, que jéplanea vam hdum ano editar uma revista chamada Lusiténia, ou ent Europa, res orgos com cl vanguardi sim, a revista scria ainda mais internacional, m: os do polita 1 pelo menos na aparéneia, Ficar-Ihe-iam bem alguns brilho cubista e do ruldo futurista, E abria-Ihe novos horizontes ter um eodiretor brasileiro: Ronald de Carvalho, poeta e amigo intimo de Montalvor, ocodiretor por Paoresson 2 Hager oPropane deci se | QQ. Notas Careless sempre, se Maru nono de ada peru side, siren 0 Programs © Mets Curlers prev na teal, 25 tgs et tes {ledS mints pra otatanen ~Poesado ortsnmo 6 tempos) Bemardo Soares, Lio do dea sesseot tempos) Poestadoshetir temp Mensagem Baron) Be 1 Aprosomtagao Contestuabzagae histrco tears (Unigede 1) 19 Manual do Professor x a. Teaw3 2 Orpheu e 0 Modernismo portugués revista Orphow fo decerta no seu tempo, um escindalo sociale cultural. Visto de perto,0 Moderismo em Porrugal parte de uma eloucura» transnacional No inicio de Q 1015, Luts de Montalvor volta do Brasil encontra-s, em feverciro domesmo no,com Femando Pessoa ¢ Mitio de Sé-Cameiro no café Montana, onde se lembra de langar sins peau revista trtoenea comnts namie Orphen, Peston « Si-Caraciran operdem tempo: entusiasmam-se imediatamente com a ideia, adotam o nomeda revista ence’ tam Luts de Montalvor e 0 seu amigo brasileiro, Ronald de Carvalho, como diretores. Acham a revista uma excelente ocasido para criar uma arte verdadeiramente moderna, faa tocrocare convidam ainda alguns amigos. Poucas scmanas depois do encontro no café Monta- egos ° i ie vo nha, arevistasegueparatipegrata A social eartisticamente, como o produto de uns cérebros em estado de delitio ou psico- cliteartisticae social da época fica profundamente irritada,edesvaloriza arevista, logicamente perrurbados. td ty Em termos artsticas, arevista reprodus, quase inteiramente,o Modernism cu 1» ropeu, visto que nos dois mimeros se encontram, além do Simbolismo, vestigios claros do Gubismo, do Vorticismo c sobretudo do Futurismo, cmbora 0 Orphew niunea tenha sido uma revista cubista,voricista ¢ muito menos farurista. Almada falou de uma «série infindivel de isos», que considerou sera earacteristica prin cipal de Orpheu, ou seja, a caractertstica principal da modernidade. Em termes de 2» criagies tipieamente nacionais, foram acrescentados ainda o Paulismot co Inter secionismo’;¢, cm virias ocasids, Pessoa entendcu o Orphew como érgio oficial do Sensacionismo® ute kj as ‘Bagui podiiamos paraftascar mais umavez Almada, A idcia de celebrar o centenstio do Orpheu com esta edigio fac similada chate absolutamente certo». Mesto que ote 2% nha feito de forma escandalosa, a revista marcou oinicio da modemidade aristica em Portugal ¢ continua viva através de muitas releituras, debates ereinterpretacoes. sien et ete fy Et cia gn abs ANY Ona Eels bon ie a Se Chora 208 saa 5 cates ivertad por Fears Peszone que sare ylation rama sneeste occas 51 | es palit crater femelere pr ua nqungen ptea gue eee cde de a tron eimai (ages shes etapa spurte Panna Gt kee orc aed Mas ts) oer {TinonsoPesane de Noasinm pone oP eta p90 2 eae rata ean Pee carter gla encemet vir ans enti da cnc expressiva,desimbolos, de pon a (frases exclamativas,interroga: suspensivas),devocabulériosimples;fre quentepresenga Manual do Professor x Fernando Pessoa, Poesia do orténime PROFESSOR or 9% 1 trabalho do poeta é a criago de mundas de palavras nelas «fingides», cuja proje ce Singer 20 no real cabe a0 leitor "wie cs 1. Faz uma breve deseripdo da pintura Mascara de ago de Amadeu de Souze-Cardoso, Q Gremmenetesits estabelecendo possiveis relagdes de sentido com 0 poems seguinte Amesseter Un pre Misa de for de hones tops Cr tgue se aime Sp ‘Sinn sn ste ‘edindsergectsoree —~ Fingetio comp icografia! Opoetaé um fingidor lees aeméseare gue melas ale va fingirqueédor ‘ga tsenaees(oubauséni dels) Que chegaa fingir ue é dk ‘fe leur lhe women os que be Adorque deveras sente. pe proves. 5 Eosqueleemo que escreve, dacocsiteriria Lenn reseantdotendeter —~-Nadorlidasentembem, tmcesaranene maletinmes —- Naoasduasquecleteve, ‘re dis eres ele er jd. ac: gi en extinct feos dr eka fren ‘ges siyica peste conte Mas sé queelesnaotém. Eassim nascalhas deroda ‘baler telecuanente ado 4p, Gira, aentreteraraa0, sentido pa chen poe Seapets dare Esse comboio de corda 2. Tratase de um letar que eva Que se chama coracto. ‘nates de alguna fea com 2 shi, una dor que & pss 93 0 em ad pine, a dr Senta el sees poebc, nem 2 Segunda, 2 dor por le tbat ‘isteanentepaaconsrurumo- ae oar, opoena.a dx eta ‘dor dle eat, iagcamete Femarclo Peston Porn docu ein de Richard enh Goro lo. cca Mice tsp Pel Sontondesnon aes Aarne 2 Osea se dor priv 7 s corn -~ Ena pona de Ferand Peso cot ura ats guia ia neler arcane deur Caatiae de cer waa or ent corse nse pa. rte Sue aaa nd or esa ele tm urs aa aes So pe aa rgment, ra Srpan gr lacorbsco gue. ue ies eco pula abl pb “erin pcan ced tar snow or stints ‘Songun a ato do re sco acre menermioen 4. Identifica, na primeira quadra, as duas dores nela veferidas, expictando ¢ relac&o ‘iced 9 lores entre ambas, ‘Seren due da neces, Losjte patie eteetatthe (a rar © apart dele cms xplicita o papel do leitor, de acordo com a caracterizagtio que dele ¢feita na segun- da quadra 3, Interpreta 0 sentido da metéfora «comboio de corde», considerando a relagdo entre 0 coragao» @ a «razéon, 4, Sintetiza e nogo de trabalho artistioo que se encerra nas palavras do sujeito poético. 6 Manual do Professor x O fingimente antstico rae EI Isto @~ pnoresson g sscogio titra Dizem quefinjo ourninto S esnoocnmin es Q ‘Tudo queeserevo. Nao, Eusimplesmente sinto 1k singlet sa J Oar 9 rniagdontve 34) 2. he ae resides refed 8 Sounds exten qu opts saa ope snd go 8 € brett asa eta segunda 3 lade émas bead ave a primers ca gates cracteradapelabele- 2 Outs pds desereve ago ‘recs pein da dr seni ea hagas poenaatrre do gia ‘Roctairao tngimentacopooma Smmsteladereliades $.Opoetashimame este pea te oprocese we deseo “ree osu anlion iste eds cor ‘ments que ent mass gus se ieri para methor ear as ‘hina Ele reser sentiments para eto een, pode sent Pranteapoemacewer ssenimen- tesques poeralheprovec Sraméticn 1U. Oran sbi sistnta relatnaemantecedts) 12.Sye00 Coma imaginagio. & Nilo uso ocoracto. Tudo o que sonhoou paso, Oquemefalha oufinda, come que um tergo Sobre outracoisaainda, wo Bs acoisaé que élinda. Por isso escrevo em meio Do quenio esto pé, Livredo meuenleio, Sério do que nloé. 1 Sentir?Sinta quem. [pubsicadoem abi e933] 1, [dentifica, na primeira estrofe do poema, ‘a. o-verso onde 0 poets confessa que néo trenspte para a sus poesia as emogtes tis como elas nascem, Bb. 0 dois versos que indicam claramente que a sus poesia é produto de um trabalho intelectual sobre as emogies sentidas, 2. Compara as duas realidades referidas na segunda estrote, no sentido de explicitares © percurso do trabalho poética tal come 0 poeta o entende. Ne tua resposta, integra as palavras fingirou fingimento, 3. Interpreta o sentido da Gltima estrofe, tendo em conta as duas estrofes anteriores. | Gramstica Sooo 1. Atenta no timo verso do poema, 11 Classifica 2 oraco subordinada «quem le 1L2 Indica a respetiva fungao sintatica. exe ‘cadere Baie ATE moses Fungses tons pools a Manual do Professor PROFESSOR Ficha de apoio Le 9S an *Lngagon estos ‘ease eee: ania. oe moana heccige iic: degt wie habe mpm ole) fensema ohio oom ‘Ectmature es tgs ce he erro aod ee Srltoceics| pt 19215159.0169 Euwzicdieaiaaar, wales Epnimeeresm ea! ‘ozo 0 0 fingimento artistico Toxo ‘«Autopsicogratia» No primeiro destes poems, «Autopsicografie, Fernando Pessoa define-se como um, poeta efingidor»: segundo cle, hi que entender o traballao do pocta como uma transfi- guraciio de vivencias, de emogdes. 0 pocta pode, ewentualmente, parirde uma deter ‘minada vivéncia, emocio ou «dor que deveras Sente»s no entanto, a0 «eScrever» ¢$5a «dor», cc transfigura-a, inge-a stravésce um processo de intelectualizagiio dessa mesma ivéncia ou dor. Assim senco,20 itor «apenas» éoferecido.um produto -0 poe ‘ma, «dor» escrta resultante desse processo de intelecrualizacto de emocBes sentidas A coneluir o seu pequeno poema, uma comparagio: tal como um comboio de corda ‘gira nas calhas da roda, o coraclo «gira a entrctcr a raz», ou scfa, a sensibilidadc, a ‘emogio,a «dor», fomecem A razio (inteligéncia) a matéria-prima nocesséria 8 produgao deum poemac deemoeao estética, Quanto aos leitores, esses, como se diz na segunda quad, 86 tém acesso ao prazer de fruir essa emogio estétiea, resultante do proces so de «fingimento», da transfiguraglo ou recriago a que a dor efetivamente sentida foi sujeita para setransformarem dor eserita, opoema. te ata Ps, tied erat ethno pert ain are face Mera ~1800 315, ert veal teres 7005 py. CD foe sad ‘ono2 «isto» No segundo pocma, «Isto», o pocta rctoma a questio do fingimento, esclarecendo de- ‘nitivamente que nfo se ata de mentir -«Dizem que finjo ou minto /rudo o que escrevo. Nao.» para, em segzuida, acrescentar que sente «Com a imaginagion, isto 6 «finge» no boraa dor sentida, fitrando aarravés da screver um poeta, no usa ocaragio, sentido definido em Autopsicogrias: reeri, eela imaginagao criadora,deixandobem claro que, xplica seguidamente, para o caso deainda ndoter sidoentendido, que adorsentida «Tudo que sonho ou passo» no passa de «um terrago sobreoutra coisa ainda» essa coisa, o pocma, resultante da transfiguracao, do fingimento da dor sentida através dain- teligencia, da imaginagao —essa coisa firma, «é que élinda. Hsia do tera Parag Una pce cde nes 20 es ta Wel Eats 7005 op 60e6Lfonte stnae 1 Escolhe 3 opeo que permite obter uma afirmaedo correta, de acordo com o sentido dos dois textos anteriores, registando @ resposta no teu caderno. O fingimento artistica consiste em (A) 0 poeta construir os seus poeras, apresentando a0 leitor as suas emogdes tal coma as sentiu, diretamente. (®) 0 poeta canstruir 0s seus poomas, escondendo as suas emogdes @ os seus sen- timentes, (C)0 posta canstruir as seus poomas a partir de emagées que apresenta aa leitor filtradas pelo trabalho da intoligéncia, (0) opoeta construros seus poemas a partir de emogdes inventadas pelainteligéncia, Manual do Professor dor de pensar | Antes de ler NNO ey A mulher 6 frequentamente motivo de criagao postica através de retratos idealizados. 1. Quve @ cangio de Rui Veloso, «Sei de uma camponesa», e salienta os tragos principals da «camponesa» retratada, 2. Comenta as passivels relagées de sentida com ‘o primeiro verso do poema sequinte @ wives site eee SS Ela canta, pobre ceifeira Bla canta, pobre ceifeira, Ab, canta, canta sem ravao! Julgando-se feliztalveds (O que em mim sente‘sté pensando, Canta, eceifa, easua vox, cheia 1s Derramano meu corugl Dealegre eandnima viuvez, Atua incerta voz ondeando! Ondul: Noarlimpo como umn limiar, como um canto deave Ab, poder sertu, sendoeut! tera tua alegre inconseiéneia, Ehdcurvas noenredo suave ‘aconsciéneia disso! O céu! Dosom queelatemacantar, 0 Ocampo! 6 cangio! Aciéncia Ouvilaalegracentristece, Pesa tantoea vida éto revel Nasua vozhdo campo ealida, Entra pormim dentro! Tomai Ecantacomose tivesse Minhaalmaa vossa sombra level ‘Mais raves pra cantar que a vida Depois, levando-me, passail Ipublicadocm dezmbrode1534] Femara Posen seco a deca nh ‘ist Aken 2014p LiL 1. Caracteriza 0 canto de ceifera tal como ele ¢ apresentado nas duas primeiras estrotes. 2. Explicit justiicando, oefeito do canto da ceifeira no sujeito postico. Na tuaresposta doves indicar 0 sentido que atribuis ao verso 14 13. Refere os desejos exaressos pelo sujeito poético na peniiltima estraf= PROFESSOR Antes ler s Astin Parton eide urs Sees Lata se de uma canponese fel, sertmadae arta cor el menos cargeses, que cats com 2 oes nde quam va er un iho E uma canponesa mas sada do aurea. 2 Taloomoa seeks camoane 8 canta Alm 9,0 elerets naldaseae ea -tigodacare de camponesa, na eangs, pen constr possess dese talaga com acces. Etucog Literiia [LO-cart dace coractrvase pels enremabelere dein =o tha como um canto de are. 2 Paaiowlnerteosuetopoétes fey ents se 90 mesmo temp, a0 air 0 cant da catera 4 Oe o cant, sent, mis 20 mesmo targo ue sere, tame pensa 1) O mat dese aparen: te pra ¢ exist rs Fessequintes,| 2.0 sero pattie, nea estroe, eresh das dese ser camo 3 cetera ser dear de ser 0 que & {Ifo ser eanclente came a 1) Sem dear de te cone Seca da dona eonscénea (welt. Manual do Professor Fernando Pessoa, Poesia do orténime PROFESSOR Evita Topics posse desemelinent lrodueaerajeta de nec aa es tea os valrse si entteag) Deseveliment: elements ob ves quia de Sarto apis tenacoresarelagoente asta seis atte de espera au Fades o trabalodagua 3 fret uate de Lon Augustin — ‘amie de cera 0 deseansa, fos ds mio elementos pe Sits fn doa fin do abo Ui avesgapa meta) Carlie apeisen salorstva das pluras CGT sSolugde (Conirios do ospost alvdados esscrta (Unidede Fernando Pessoa) | Escrita EE Na época em que Fernando Pessoa escreveu «Ela canta, pobre ceifeiram,a atividade agricola estava no inicio da mecanizagao, no mundo ocidental. Em Portugal, contudo, a realidade que ele teria podido ver no campo era a representada nas duas pinturas abaixo reproduzidas. Slat. aot -Cafore (85), Ldn Aarti rm Cae a een es Nadonal oes doris Pre ede re dena FR Redige uma apreciagde critica a estas duas pinturas, com um miimo de 150 € um ‘maximo de 200 palavras, descrevendo-as e comentando-as. ‘Segue 2s fases da produgao de qualquer texto: planificagso, textualizacao @ revisao, Na planificagao do texto considera, desde logo, o seguinte percurso possivel: + introdugo - um paréarafo para indicar os abjetos estéticas em apreciagéor + desenvolvimento - dois parégratos: + no primeiro, descricéo objetiva de cada urna des imagens: 2s ceifeires, a pei- sagem, as cores, as atitudes: + no segundo, apreciagao eritica subjetiva dos elementos reterides no pard: grato anterior. apresentando um leitura pessoal de cada pintura: + conclusio - umn parégrafo, no qual podes apresentar uma breve opini8o geral sobre as pinturas. Anexo ater, faire Peed Anrecose crea erect cries psa oer Manual do Professor dor de pensar Vendaval @™™ Ovento donone, tio fundoetiofrio, ‘Noachas, soprandoportanta salidao, Deserto, penhaseo, coval? mal Queomeucoragao! Indspite? praia, que raivado oceano Pazlouco lugar, cavernasem fin, Mio stio tio deixados® dowlegree dohumano (Comoaalma quehéem mim! ‘Mas dura planici, praia atratem ferezi, Sétématristezaqueaalmalhes vé; sto queem mimév Eovistooquevé. ‘Ah, magoa eter consciéncia davidal Tu,ventodonorteteimoso, iracundc, Querasgas os robles? —teu pulso divida ‘Mink’alma do mundo! Ah, se, comolevasasfolhaseaareia, Aalmaquetenho pudesseslevar-— Fosse pronde fosse, p'ralonge da ideia 2 Deeuterquepensat! Abismodanoite,dachuva,dovento, Mar torvo do Cacs que parece volver® Porqueé que nfoentrasnomeu pensamento Paraclemorrer? 2» Horror deser sempre com vidaaconseiéncia! Horrordesentiraalmasemprea pensar! Arranca-me, 6vento;do cho da existéncia, Deser um lugar! B,pelaalta noite que faves mais‘seura, Pelocaos furioso que eras nomundo, Dissolveemareiaesta minha amargura, ‘Meutédio profunda, Econtraasvidragasdos que hique tém ares, ‘Telhados daqueles quetém razlo, Aira, piri desfeito dosares, Omeucoragio! Meucoragiotriste, meucoragioermo, Tomadoa substncia dispersaenegada Doventosem forma, da noite sem termo, “© Doabismoedonada! Fernanda Reson, eso dose chard eh. Lik deta & Ain 2016 pp TTT 1 Escolhe a opedo que permite obter ums resposta correta, registande a resposta no teu caderno. 0 verso que melhor sugere a temstica geral deste poema & co ands * ingen i se Freed Satsang ae Tonio 3 arch pcos my PROFESSOR cogs Litera 16) 2 llr de ser sempre cam wa a cans | Horror de set 3 td empresa 2520. 2 Teste dats Horde, pe corpora enpess do the do coseteia ue eresgonie ztemado poems LA gratag descendent scr rea eqn sold, Ds pehasca, ov 23) estes ele mmenias, spss galatvamente ‘stem amb ua enue 0 Osea alc seve se deo fs seuss pr se career seostotarde owen de re Aeheque den achara eps de pasar peleselementas eens, (tio ain como a secrete (9.34 Asim os qt lemetas sta arstearent,fidanonle te serigodshperbalazi dest= Ab decssins do syeto poston. (A) +E nisto que em mim & vdcuo e tristeza» (v.11). (B) «An, magoa de ter consciéncia da vidal» (v.13). (C) «Abismo da noite, de chuva, do vento.» (v.21). (0) «Meu coragéo triste, meu coragdo ermo.» (v. 37). ‘Etacuertzectae oto pata lore deseo de que use do rerte, psoiato en seas, actndo, q ulopoe 15, eye deste mundo 5989 Eres: sal deseo da morte como 0 lupaopraoprcloma ve coer noprmero versa daestufe =A: tpadeteresaincs daw 5.0 sverink ets cae con vets esrando evs teh ‘Shean 2 lage de pena, de tin uo wr ncn te dere 15 leant seam ul esta vedrciade vero cores fora cam ue o Sujet oes a eto esr, rrcande wo du tistics 0 corm un degrees ah sherimcmaacosyetopeicase (etrenocdsmos enon dh 2. Transcreve dois versos sequidos,cujo sentido soja idéntco ao da verso «A, maga de ter consciéncia da vidal» (v.13). 2.1 Refere orecurso expressive neles presente, explistando 0 seu valor retativamente 20 sentido geral do poema. 3. Justitica esta sfirmago: A primelra quadra integra uma gradocoo e uma enumeragdo, cujafunedo ¢ contribuir para acarecterlzogdo do sueito postco. 4. Explicit 0 desejo expresso pelo sujeito poético na quarta estrofe, ustificando-o e mencio- nando o recurso expressivo ai presente 5. Relaciona 0 «vendaval» exterior com o estado de espirita do sujeito posto, de modo demonstrares a identidade existente entre ambos a 0 ee Eos Manual do Professor x Fernando Pessoa, Poesia do orténime PROFESSOR [cramitica Sood a Cramitics Tinney dssondnce tiny + Seleciona, entre os processos fonoligicos sequintes, 0 inico que corresponde a 2 (bt pt ‘uma palatalizagao. Regista a resposta no teu caderno. 2 conglerertedeto 23. Oran subordinate (A) avena- > «areie> (v.17) Q ‘twa emicatva (B) E60> «eu» (v. 20) ‘b.svert do nares) (C) a> vida (v. 25) 5. Ambosidefcam oe partir teen deur ei fee sista pcs; te refre seu tree: (D) puanu- > «cho» (v. 27) {or omer doar, 2. Incica a funglo sinttica da expresso «0 meu coragSo> (36). nia Expressiocral 3. Classifica 3 primeira oraco subordinada presente ne segunda quadra. Ten i de eee Indica Rao een evra tas wees em cof n nossa 4 Kdentifica 0 antecedente do pronome relative que ocorre na quart quadra fompstanent, eins 4 stan aeet, ov demas eles, de ee ts ateendes pos or Tares eres No ttt himaments em ue dee inert aro © tone Gr 5. Indica os referentes dos defticas pessoais «tum (v.14) @ «eu» (v.20), —— sore, seins, nee. Wee Shade. ae Processos fonoldigicns Comic toxtuat Ficha nt Ficha nt 11 Ac cde bee sae Fest tmnios EBL Tne ogee an pe etre a ts Se SJothuoconenate ses were Foe Ey Siem shoe Sete fog er Secioroweneromba ae Sie ‘sms across ris ee ‘busca do amor e da felicidade. Se a ole fa comands ove or nose ter aps pot Sitar A tae ues “eer melo ose mnetocan Cpa A ms pera hs @ cir sinoios faramoe SII te Gites psn sig soe 0 avant Tera Asm, posceouimime —_EXPRESSKOORAL ‘oer as emai eros sie meni ers fecene pemade sim ae ee ee ee Na vida, por vezes somos impelidos a agit, motivados ora pela razio ora pela sobre Eractalente ie ‘emogo, Estas formas de atuagdo originam resultados distintos. wares de fama, ros temper ‘een bi ae dertosn0 Apresenta, durante quatro a seis minutos, un texto de epinigio em que prope ea danoze iterate, Cee emer "ha8 dois arqumentos, um faorével a uma agao humana movida pela rao e outro so humana ea partment, favorsvel a ago humana movida pela emog3o, comprovados através de exemplos. caivgart erate eemocsa A . Iorednciadeuranao grin Planifica e estrutura tua apresentacdo em introdugao, desenvolvimento e sontech tom. concluséo. Utilize adequadamente recursos verbais e ndo verbais, como tom de voz, articu Sat lagdes, ritmo, entoacdo, expressividade e postura, stvidedes de ooressicral Poderds ainda fazer uso de ferramentas teonolégicas, se tal convier tua apre- (Uniade 1- Fernando Pessoa) 5 sentagao, 2 0 ee Es © a Manual do Professor x Ficha de polo nt 2A dor de pensar Ador de pensar Fiona de ape? Texto ha Desejo de inconsciénci Qa Um dos mais belos poemas orténimos, «Bla canta, pobre ceifeira..», inclui a aspiragoa vida instintiva. O poeta dirige sea ceifeira, enfeiticado pelo seu cantar: «Ah, poder sertu, sendo eu! / Tera tuaalegre inconscidncia, Ea conscineia disso!» ‘Mas agui o poeta reconsidera, quer e no quer; formula a ambiglo impossivel » (co sabé-la impossivel comtagia de risteza.o canto da ceifeira) de ser conscientemente inconsciente. Towo2 impossi idade de inconsciéncia ‘Mas segue-se um segundo desejo: «Ab, poder ser tu, sendo cul» - estavontade,a reivindicacdo de permuta ¢ tornada inviavel porque paradoxal [..]. Edepois:«Tera tua alegre inconsciénela, /E a consciéncia disso!» - novo desejo paradoxal. E porqué tal impossibilidade? O pocta vai dizendo: fi que xO que em mim sente » ‘sté pensando» 0 pensamento racional esté na origem do ser incapaz de verdadei- ramente sentir, sensitivamente, instintivamente, como quem descobre 0 mundo sem pré-coneeitos, sem nada dele saber. Mais abalxo continua o poeta: «A ciéncia J Pesa tanto ¢ a vida ¢ to breve!» ~ constatacio amarga que parece reforcar atal dor de pensar, de ser hicido, tema condutor deste belissimo poema. (..} volume 3- goes Madera 180180, Pert, Areal Edtores, 2005 p12 opt 1. Identifica qual dos dois percursos abaixo indicados concretiza o processo da dor de pensar, com base nos dois textos que leste, Regista a resposta no teu caderno. (A) conhecimento da inconsciéncia > aspiraco emativa @ incansciéncia > reco ‘nhecimento racional da prépria consciéncia ~ impossibilidade da inconsciéneia resultante da consciéncia do mundo (B) consciéncia do mundo = aspiracao racional & inconsciéncia > conflito entre consciéncia e inconsciéncia impossibilidade de conhacer canscientemente o mundo 33 Manual do Professor Fernando Pessoa, Poesia do orténime PROFESSOR ° wai Antes deer Video anual Frere, «Pedra Flosofl> (512 mil 1. rede 6, vo poems eanado ‘Pete fleet ure ence de projets eocretzao saves do So fhe Eocene quesamanda we fmundepuaeovn. dase nagesdohomen dedeoarte st fie wel, 0 eta da fags rplsoraderado sore Neste seria ea co qe nde are lao ee oso ea ede ieparce suede raise desusto poste, age opr wes dee poeradeFertadn Pes cog itera ‘LOpoemapode ddr seem aso ‘esaprmeraconesnsenlo ass Pines eos sie ss Seurce Na prmara parte oto poten decree una thaelica rede ‘felt poset Md Sista ee datas suas axa tear pete eer 6 Cintas ateceracctoeinidapx vmaconann aber arlaessa possade pose tral cain ‘pera ambe ita oe Sar Assim o meta procure tadoumde ni eae posse Dhmpiveroremena ase deumanthe qesestuaroae tread edges mov oradespabde WALreaslo {em prsiverete palmar 35 postesem Ales aes {udorestanasagmecheo debe “A, al/ Adame nana srt> {6156 Nim sed mone eo pagan dura de motes aga vespssaaareserarsecoma nt Fa crc peso 8) 22 Osinges face dese agar sta ‘eraffarcamquela-tarnela dosrarerenca soho eI 30 eo, ‘Tatas dates ete ose cbr (vi Alban earn ears deal ar ato pst, aka pon sve aparectebdae ses berarenapensclatesederas Fa | Ants de Lor Se ee Td 0 sonho é uma espécie de antecmara da realidad, E nele que o homem pode verdadeiramente projetar 0 futuro. 1. Relaciona 0 poema «Pedra filasofab», de Anténio Gedeo, cantado por Manuel Freire, com o titulo do poera sequinte e refere de que mado sonha se pode fundir com a realidade e torné-a mais préspera, eee Gada / Maru Foe, ‘Pads feseten Vanes (Se Alvi, RTP 2003) [EtucacSo eric Nao seise ésonho,serealidade @« NAO SEISEESONHO, se realidade, Mas sonhada se desvrtua, Se umamisturade sonho e vida S6de pensé-lacansoupensar, ‘Aquelaterra desuavidade ss Sobos palmares, lz da ua, Quenailhaextremado sul se olvide’ Sente-se fio de haver ar Eaqueansiamos. Ali ali A, nesta terra também, também Avida éjovem eoamorsor mal no essa, nio dura o bem. Talvex palmares*inexistentes, Nog comilhas do fim do mundo, ‘Alas longinquas sem poder ser, » Nem com palmaresde sonhoounio, Sombra ou sossego deem aos crentes Quecuraaalmaseumal profundo, De que essaterrase pode ter. Queobem nos entra no coracéo. Felizes, ns? A, tale talvez, Bem nés que étude. lial Naquela terra, daquela vez Queavida ¢jovem eoamor sor pios Tce eis forests de pefa' 1, Divide 0 poema em duas partes légicas, ustificando a delimitagao proposta. 2. Transcreve palavras, expresses au versos relatives aos elementos constitutivos da paisagem, 3. Interpreta o sentido de «Mas ja sonhada se desvirtuae (v.13), tendo em consideragao a estrafe em que acarre, ‘4. Justifica esta afirmagao: A «terra» sonhada é caracterizada através de uma an- titese. 5. Explicita o ponto de vista do sujito postico presente na Gltima estrofe. Manual do Professor x Ficha de apoio n® 3 5 Ficha de apolon# 3 Sono realldade Sonho e realidade Yoao4 Entre o sonho e a realidade ‘Todos ansiamos porum paraiso, uma ilha do sul onde felicidade épossivel: Ali, ali / Avidaéjovem co amor sori», Mas para opocta € apenas uma ilusio, a felicidade nao existe nessa ihas de fim do mundo porque «Ab, nesta te arambém, também / mal nio cessa, niio dura o bem». & para voltarmos a0 jé citado poema de janeiro de 1913, em cujo Suporte nasceuo titulo Desassnssego, pouco tempo depois aplica doao seu eélebre projeto de livro. Um liveo munca concretizado como tal, mas que, por isso mesmo, concretizou o prinefpio de Incerreza que esteve na sua origem, alcancando, 20 dispersar-se, ‘cao do Rehr ont Lesbos Asie 8 Al, 2015, p20 Tarniine 1. Associa cadouma dasafimagbesdacolunaA aopardgrafcorespondentedotertol, um Sao mencionada na cluna BOs pardgratos esto iantficados por letras, de(A)a(F).ateauetane ae lin des pared renee sco dren Alo: [A nope de desassossego recabre uma ampla gama de sent= ‘ments de cariz negative. LA Regista a resposta no teu caderno, . 0 Livro do desassossego, no senda um dio, presenta ca racteistioas préximas deste génera textual. ® ©. 0 autor desta obra no € considerada um heterSnimo, pois Fernando Pessoa no Ihe atribuiu uma via propria: um seri= 20 heterénimo. dd. Onarrador-observador da realidade que est presente no Livro 40 do desassossego caracteriza-se pela capacidade de transfiqu: ‘aro que observa. 5 A paisagem observada nesta obra peta narrador em deambs logo tpicamente urbana citaina an §. Aestrutura do Livro do desssossego é ce natureza fragmenta Seleciona a opgdo que permite obter uma afirmago correta, relativamente ao texto 2, registando a resposta no teu caderno. A «coeréncia» ({. 10) do Livro do desassossego radica no facto de {A) se tratar de um diario intimo. {B) 0 sonho estar na sua origem, {(C) descrever realidades vistas. {D) ser de natureza fragmentéria “3 cy Manual do Professor Femmando Pessoa Bernardo Soares Lvrodo desassossego Tragos distintivos da linguagem poética de Bernardo Soares Bernardo Soares, na definigao de Femando Pessoa, era um «semi-heterdn: mow, Comparando-seaele,oautorafirma: -enilo sendo a personalidade a minha, é ‘do diferente da minha, mas uma simples ‘miutilagio dela. Sou eu menos o racioct nio e 2 afetividade.» Ajucante de guard jvros em Lisboa, Soares escreve sobre © seu quotidiano anénimo e, principalmen- vs te, sobre asua vida interior. Nao sabemos onde ou quando nasceu, mas no seu Livro dadesassossego ele informa que perdeu mae pai na infincia e que um tio 0 trouxe da provincia para Lisboa. Morava num quar ‘= to andar da Baia lisbocta, na mesma rua onde trabalhava, mum armazém de fazer: das, Motivos posticos/temas: 0 Livro do desassossego & uina especie de diltio int 2 mo, em diseurso de primeira pessoa, que integra historias de vida, reflextcs sobrea ‘natureza humana, descrigdes de paisagens citadinas (Lisboa), de ambientes marca dos pelamelancoliae pela tristera © Linguagem e estilo: obra de nature za fragmentéria, caracteriza-se por uma prosa lirica de natureza meditat lbs Monts Rear Zerth rae one a Manual do Professor Livro do desassossego: a natureza fragmentaria da obra Yoo Fragmentos: origem © Livro dodesassassazondo é como nenhum outro liv, pois co que faz, continuamente, c em todos os scus diversos frag- mentos, com maior ou menorevidencia, éanularprecisamen. Livro Do tea nogio tradicional de livro, constituindo-se em anti-Livo. DESASSOSSEGO © Efi-loatravés da éenica do fragmento, que, longe de ser sim. pplesmente uma falha de completude, ou uma falta de disei- pina do autor, éum modo de pensar e sentir diferentemen- te, Ou, como escreve Pessoa a Armando Cortes Rodrigues 2 19 de dezembro de 1914: «O meu estado de espirito obriga vw -me agora a trabalhar bastante, sem querer, no Livre dodesas sossego. Mas tudo fragmentos, fragmentos,fragmentoss ae * ho Texto Fragmentos: natureza ram-no em dois sentidos: 1) por serem unidades discretas' que, raperones is com outros fragmentos, ti nnham ~ cada uma delas ~ perfeita autonomia; 2) por estas eunidades» serem, frequen: Os depres fumam no seu passcode sempre os eformados deo, 808 OHO tareparam em pouco os vadios parados que sto donos das ojas Lento, fortesefacos, SnenSnaee 2 cs recat sonambulizam em molhos oa muito raldosos ora mis que ruidosos. Gente tla ee desea : a eho des sce nomalsurge de vz quando. Ovautoméveis anes horaniosdo mutofreguentes; in tn a 7 cesses sto musicals. No meu coragi hi uma parde angistia, co meu sossego. feito de timenaepamrarenetaven — | CQ = reignagio paso ane Gece FLIPS far aqresenaces ors oc am reno de temp ene finest mints. Ceniraderesposta O raat do texto no de cua sper dda stress sin 2 Fon Pessoa Lived dmssca)-comgusip Buren Sues aude arash er estar eagso cise ates cS eer cout bea care ANN Ota cae itil, ral, eyessie bo tego de Ces, tia. ss em Ces, rea 0 pasa a porta eas espa pele per Passa tudo isso, ¢ nada de tudo isso me diz nada, tudo éalheio ao meu sentir, alheio, ao destino proprio ~ inconsciéncia, circulos de superficie quando o acaso deita pediras,ecos de vous incdgnitas ~a salada coletiva da vida. 1. Caracteriza o espaco pelo qual deambula o nerrador-observador. tons e,Romenagem sgrens comers esa vg yee 2. Explicita a relacdo entre o narrador-observador esse espaco. Serine cow de Crs Verde {Semen ome. 3. denttca, no terceiro parSgrafo.o recurso expressive que contribu para a sugestao ak outs nto eaves de movimento nas ruas da cidade, justificando a tua escolha. Bernardo Soares. Essas ruas estBo Chaar de tend -melan. 4. interpreta 0 sentido do ultimo paragrato do texto, tendo em conta nomeadamente as ae pee coe en metéforas nele presentes. bu ctu eae conforta de re tense wary pea tees tan oe cont 48 cam Aes en erate Sm Sil at ue tet fe fo pen ont at ep O narrador-observador alude, na linha 68, a Cesério Verde, de quem diz sentir-se tera cule ue ocr oir «ccoevon, Por outro Lado, confessa-se tambetm atingido por urna «tristeza que o invade teh 2 en 0 sete dun enquanto cerninha e observa. inven ees fs es Compara o que ¢ observado pelo narrador enquanto caminha, eos sentimentos que atenomacto ae exits de essa observagdo provoca, com o estado de espirto do sujet postico em deambulacéo tes eps de Baa Loca em «0 sentimento dum ocidental», de Cesério Verde, estabelecendo semelhancas & ooeetaecer ceventuais diferengas entre os dois, Para relembrares 0 poema de Gesério Verde, 18 as suas estrofes iniciais abaixo transcritas. Nasnossas ruas, a anoitecer, Hétal sorurnidade,hétal melancolia, Queas sombras, 0 bulicio,o"Tejo, amaresia Despertam um desejoabsurdo de softer. Océuparceebaixoedencblina, O gisextravasado enjoa-nos, perturba; os difcios, comas chaminés,eaturba Toldam-sed'uma cormonétona clondrina. xi Var Cc dp aka Ora de Casi de curr Cra a, ‘Suavgn cts ge dena Cave Be Labs HEM SOL 2 a 0 ee es a

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