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Estas estâncias estão situadas no final do 10º canto, ou seja depois do regresso a
Lisboa, onde o poeta apresenta a sua última reflexão.
Com a leitura destas estas estâncias, conseguimos distinguir cinco partes.
A primeira parte é constituída pelas estâncias 145 e 146, nas quais o sujeito poético
demonstra sentir-se cansado, desiludido e incompreendido, pois as pessoas não
reconhecem o seu talento e diz até que está a cantar para “gente surda e endurecida”.
Camões diz que a pátria não tem orgulho nem gosto e que não se anima. O poeta
apela ao rei da altura (D. Sebastião) para que este reconheça o valor dos seus
“vassalos excelentes”.
Na estância 153 fala-se de um filósofo grego, com o objetivo de ilustrar o ultimo verso
da estância anterior (“Mais em particular o experto sabe”).
Nas estâncias 154 e 155 o poeta traça nestes versos o seu autorretrato. Dizendo
ser“humilde, baixo e rudo”; "possuidor de “honesto estudo "; misturado com "longa
experiência”, acrescentando também que está sempre pronto para servir o rei.
Camões sente que falta ser aceite pelo rei (“ Só me falece ser a vós aceito”).
Este auto retrato corresponde ao do homem ideal do renascentismo.
Recursos expressivos
145 “austera, apagada e vil tristeza” - adjetivação
146”o rei”- apóstrofe
147”A ferro, a fogo, a setas e pelouros” - enumeração
147”A quentes regiões, a plagas frias” - antítese
147 “A;A;A;A” - anáfora
149 “vencedor…vencido” - Antítese
154 “De voz nem conhecido nem sonhado ?” - interrogação retórica