Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Grupo 4 - Laura Brand - Secches e Vadell, 2020
Grupo 4 - Laura Brand - Secches e Vadell, 2020
Fichamento de Texto
Introdução
(p. 3) “O campo das Relações Internacionais sempre teve como uma de suas
preocupações centrais a ideia de poder. [...] os debates da área, em alguma medida,
flertam com a capacidade de esses personagens influenciarem o curso de ação de
outros ou modificarem mesmo condições estruturais – em uma acepção mais
abrangente sobre poder.”
1. Modelo Funcional
(p.6) “[...]desenvolvido no contexto das preocupações do Estado canadense
com sua inserção internacional, ressalta-se que uma potência média não se
confunde com uma grande potência, pois não tem uma capacidade
temática ampla de ação.”
(p.6) “Outra diferença entre potências médias e grandes potências poderia
ser notada por meio da participação do Estado no Conselho de Segurança
das Nações Unidas – uma potência média não seria um
membro-permanente.”
2. Modelo Comportamental
(p.6) “[...] , o que qualifica uma potência média como tal é a natureza
multifacetada de seu comportamento na esfera internacional. Uma potência
qualificada como média tenderia a combinar estratégias unilaterais, de
carona, de proeminência regional, de liderança e de reação à coerção de
terceiros Estados.”
(p.6) “Por conseguinte, o que define as potências médias é sua maior
concentração relativa de soft power, que se desdobra em um enfoque
multilateral e na valorização de questões secundárias para o hegêmona,
como direitos humanos e manutenção da paz.”
3. Modelo Sistêmico-estrutural
(p.6) “[...] de visão realista, define potência média a partir de sua posição em
uma hierarquia de capacidades materiais definidas política e
economicamente.”
(p.7) “[...] buscam aferir o poder de um Estado a partir de variáveis
estatísticas como território, população, produção econômica, bem-estar,
insumos militares, posição diplomática e comércio exterior.”
4. Modelo Comportamental-estrutural
(p.7) “[...] As Grandes Potências seriam entes estatais capazes de moldar e
determinar o sistema (system-determining), enquanto as Potências
Secundárias seriam system-influencing, ou seja, não determinam
isoladamente a estrutura, mas conseguem influenciar a sua forma. As
Potências Pequenas apenas conseguiriam afetar o sistema enquanto
membros de coalizões com potências maiores (system-ineffectual).”
(p.7) “[...] Para o autor [Keohane], potências médias seriam Estados que
afetam o sistema por meio de alianças e/ou organizações internacionais
(system-affecting).”
(p.11) “Dessa forma, o ponto de partida aqui defendido é que se entende potência
emergente como potências médias surgidas após a década de 1970.”
(p.14) “Cruzando os dados dos trabalhos que buscam diferenciar potências médias
tradicionais e potências médias emergentes com os modelos teóricos desenhados
para a compreensão de Estados que desfrutam uma posição intermediária de poder
no ambiente internacional, podemos identificar as diferenças sumarizadas no
quadro abaixo.”
(p.15) “Entende-se que as potências médias emergentes primordialmente se
diferenciam das potências tradicionais pelo momento em que assumiram a condição
de emergência – a partir da década de 1970.”
(p. 19) “[...]entende-se que, para compreender como a ideia de poder pode ser
desdobrada no conceito de potência, os modelos teóricos encontrados na Economia
Política Internacional apresentam uma interessante opção, com a capacidade de
reunir elementos desse subcampo com as abordagens teóricas gerais de Relações
Internacionais. Não se pode deixar de lado que esses modelos analíticos carregam
certo estadocentrismo ao trabalhar com a noção de potência como um qualificativo
de Estado, a despeito de eventualmente incluir em suas análises outros tipos de
atores e processos como elementos relevantes para a reflexão sobre as origens e
as consequências dessa circunstância.”
(p. 21) “Outra interessante agenda seria o debate sobre casos limítrofes quando se
atribui o qualificativo de potência média – seja no sentido tradicional ou emergente.
China e Índia não são vistas por Jordaan (2003, p. 167) como potências
emergentes, por exemplo, a despeito de diversos outros trabalhos identificarem um
padrão de comportamento comum entre esses Estados e outros países que são
mais consensualmente aceitos como emergentes.”