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07 Mecanica
07 Mecanica
INTRODUÇÃO
1 O Veículo
2 Composição do Chassi
Transmissão
Embreagem
Caixa de Mudança
Árvore de Transmissão
Diferencial
Direção
Freios
Suspensão
Eixo
Equipamento Elétrico
88 • Manual do Candidato
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Mecânica Básica • 89
O VEÍCULO
1 O VEÍCULO
90 • Manual do Candidato
C2O M P O S I Ç Ã O
COMPOSIÇÃO DO CHASSI
DO CHASSI
O Chassi é composto pelos seguintes sistemas:
Mecânica Básica • 91
Em ônibus e carros que sempre trafegam em boas estradas, cada vez mais, está sendo
utilizado o tipo de carroceria monobloco.
92 • Manual do Candidato
MOTORES DE CARBURAÇÃO: são aqueles cuja mistura ar-combustível é preparada fora dos
cilindros e inflamada por uma centelha elétrica (são motores a gasolina, querosene, gás
liquefeito de petróleo).
MOTORES COM INJEÇÃO ELETRÔNICA: nos atuais motores com injeção eletrônica, a mistura
é feita no duto de admissão, próximo à válvula de admissão, e inflamada por uma centelha
no interior do cilindro.
MOTORES DIESEL: nos motores diesel, o combustível é introduzido sob pressão no interior
dos cilindros, onde se inflama ao entrar em contato com o ar altamente comprimido.
Mecânica Básica • 93
SISTEMAS ANEXOS
Sistema de Alimentação
Compõe-se do tanque, da bomba e do filtro de combustível, do filtro de ar e do carburador,
ou de injeção eletrônica.
O ar aspirado pelo motor entra pelo filtro de ar e, ao passar pelo carburador, provoca a
pulverização do combustível, formando a mistura ar-combustível.
O carburador, por sua vez, é mantido sempre cheio pela bomba de combustível, que aspira o
combustível do tanque e o impele para o carburador através do filtro de combustível.
94 • Manual do Candidato
Sistema de Ignição
Compõe-se da bobina, do distribuidor, do condensador, dos dispositivos de avanço manual
e automático (centrífugo e a vácuo) e das velas.
A corrente vem da bateria pelo cabo primário (a 12V ou 24V, conforme o caso), percorre a
bobina e vai ao platinado (nos motores mais antigos). Quando este está fechado, a corrente
vai à terra e nada ocorre. Mas, quando o platinado se abre, a corrente é interrompida,
gerando uma corrente induzida que varia de 18.000 a 30.000V na bobina. Esta corrente vai
pelo cabo secundário ao distribuidor e, por intermédio de um contato giratório – o rotor, é
direcionada para a vela do cilindro onde vai se dar a combustão.
O condensador serve para armazenar a corrente, que tende a saltar de um contato a outro do
platinado na hora em que ele se abre. O platinado fecha e abre de acordo com um ressalto no
eixo do distribuidor, que é acionado e coordenado pela árvore de manivelas.
Mecânica Básica • 95
Nos motores mais modernos, os platinados foram substituídos por sensores e por um sistema
de ignição eletrônico.
Quando as válvulas estão colocadas no cabeçote do motor, também faz parte do sistema uma
árvore de balancins. Comandadas pelos ressaltos, camos ou excêntricos da árvore de
comando de válvulas, as válvulas de admissão e de escapamento vão se abrindo e fechando
nos tempos certos, sendo todo o sistema acionado e coordenado pela árvore de manivelas.
96 • Manual do Candidato
Sistema de Lubrificação
Compõe-se do cárter, do filtro de óleo, da bomba de óleo, dos tubos e canais de lubrificação
interiores, chegando às peças móveis do motor e ao manômetro indicador da pressão do sistema.
A finalidade desse sistema é reduzir o atrito e o desgaste, diminuir o ruído e reduzir o calor
produzido. As áreas mais importantes a serem lubrificadas no motor são as superfícies de
contato dos pistões, as paredes dos cilindros, os mancais, os pinos dos pistões e o
mecanismo das válvulas.
Sistema de Arrefecimento
O arrefecimento pode ser feito por circulação de água ou de ar.
Nos motores arrefecidos a ar, em vez de canais internos para circulação de água, existem
aletas externas pelas quais passa o ar, forçado por potente ventilador.
Mecânica Básica • 97
TRANSMISSÃO
É o conjunto de órgãos que transmite a potência do motor às rodas motrizes. Na sua forma
mais simples, compreende embreagem, caixa de mudança de marchas, árvore de transmissão,
transmissão angular e diferencial.
juntas
juntas
homocinéticas
homocinéticas
SISTEMA DE TRANSMISSÃO COMPACTA
98 • Manual do Candidato
EMBREAGEM
É o mecanismo que possibilita ao condutor conectar ou desconectar, à sua vontade, o motor
ao mecanismo de transmissão.
Junto ao motor, preso à árvore de manivelas, gira o volante, que possui a face posterior bem
lisa. Presa ao volante existe uma carcaça que sustenta o platô.
Entre a face lisa do volante e o platô, mas sem qualquer ligação com eles, fica o disco de
embreagem, preso à arvore primária da caixa de mudança.
Pisando no pedal, o platô afasta-se do volante deixando livre o disco da embreagem, que
pára de girar.
Ao se soltar o pedal, o platô comprime o disco contra a face lisa do volante, que passa a
girar, por atrito, junto com a árvore de manivelas, transferindo a rotação do motor à árvore
primária da caixa de mudanças.
CAIXA DE MUDANÇA
É o mecanismo que permite aproveitar melhor a rotação e a potência do motor, por simples
mudança da relação de transmissão.
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Quando o veículo está parado precisa de muita força para romper a inércia. Quando está em
movimento, a inércia de repouso já foi vencida e a inércia de movimento ajuda o veículo a
continuar se deslocando. Neste caso não é necessária tanta força do motor, que pode ser
aproveitada em favor de maior velocidade, simplesmente pela troca de marchas.
Alterando a relação das engrenagens, por intermédio do garfo e haste deslizante, a rotação
do motor é transferida através da árvore secundária e da árvore de transmissão (eixo Cardan)
às rodas.
Existem caixas mecânicas com três, quatro ou mais velocidades para a frente e uma para trás,
como também caixas automáticas, acionadas por diversos sistemas que dispensam a ação do
motorista.
As mudanças das engrenagens são feitas por deslizamento, o que exige que a velocidade
tangencial das duas que se vão engrenar seja igual.
Nas caixas modernas existe um mecanismo de sincronização que facilita essa operação.
ÁRVORE DE TRANSMISSÃO
É o mecanismo que transmite a rotação do motor ao eixo de tração. A árvore de transmissão
é provida de juntas universais e de uma junta elástica que permitem acompanhar as flexões e
oscilações do chassi quando o veículo está em movimento.
DIFERENCIAL
É o mecanismo que permite a uma roda ter velocidade diferente da outra, o que é essencial
nas curvas. Sem ele, não haveria veículo com tração nas duas rodas, pois nas curvas a roda
de fora gira mais do que a de dentro.
É composta do volante, da coluna, da caixa de direção, dos braços e das barras de direção.
A caixa de direção, constituída por uma árvore sem-fim e um setor dentado, é o mecanismo
responsável pela mudança na direção da rotação que se dá ao volante e pela redução da
força necessária para virar as rodas.
Nos veículos mais pesados e em alguns modelos de carros, pode ser encontrada a direção
hidráulica, que reduz em até 40% o esforço do condutor.
FREIOS
Destinam-se a reduzir a velocidade, parar ou manter parados os veículos.
Os freios de serviço, porém, são hidráulicos, pois os mecânicos exigiam grande esforço do
condutor e não se mostraram eficientes com o aumento das velocidades.
Um cilindro-mestre com fluido para freios, em nível adequado, é ligado aos cilindros das
rodas por meio de tubulações. Quando se pressiona o pedal do freio, ele comprime o fluido
no cilindro-mestre e, pelos princípios de hidrostática, esse esforço é multiplicado e
transferido para os cilindros das rodas, os quais pressionam as sapatas contra os tambores
do freio.
Nos freios a tambor existe o problema de aquecimento excessivo em caso de uso prolongado.
Assim, estão-se generalizando os freios a disco, pelo fato de ficarem totalmente expostos à
corrente de ar e, com isto, permanecerem arrefecidos, especialmente nas rodas dianteiras,
que são as mais solicitadas na frenagem.
Os amortecedores servem para estabilizar o veículo e podem ser a ar, óleo ou gás.
A roda é, em geral, composta por aro e cubo. No cubo fica aparafusado o aro onde é
montado o pneu.
As rodas dianteiras são as mais delicadas e, do seu projeto, constam quatro ângulos
importantes: de Caster, de Camber, de inclinação do pino-mestre e de convergência.
Eles são: