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Artur José Muluco

Judith Uwezo Wa Mungu

Rassul Suleimana Abacar

Sheila Maria

Gestão de inovação e empreendedorismo

(Licenciatura em Ensino de Matemática)

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Artur José Muluco

Judith Uwezo Wa Mungu

Rassul Suleimana Abacar

Sheila Maria

Gestão de inovação e empreendedorismo

(Licenciatura em Ensino de Matemática)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de Tema


Transversal I, Regime Regular, 1º ano, 2º
Semestre, leccionado pelo Docente: dr. Benedito
C. Estaupe Machado

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Índice
Introdução .........................................................................................................................3

1. Conceitos básicos ........................................................................................................4

1.1 Tipos de Inovação ........................................................................................................5

1.2 Os factores de influência no processo de inovação ...................................................5

1.3 Fontes de conhecimento utilizadas para inovar em percentagem................................6

2. Gestão empreendedora .................................................................................................7

2.1. Práticas para a gestão do empreendedorismo corporativo .........................................8

2.2. Dificuldades vivenciadas pelos empreendedores na gestão de seus


empreendimentos ..............................................................................................................8

2.3. A importância do plano de negócios como ferramenta de gestão para um


Empreendedor ...................................................................................................................8

Conclusão ........................................................................................................................10

Referências Bibliográficas ...............................................................................................11


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Introdução
Tendo em vista a situação em que o mundo vive na era de transformações de
produtos e serviços tradicionais, o aumento de negócios e empresas no mercado, há
necessidade de inovação das técnicas utilizadas pelos empreendedores. A tecnologia e a
inovação, mudaram algumas situações do quotidiano, mudando assim a forma como são
criados novos negócios, novas empresas e soluções. Sendo o empreendedorismo e
inovação cada vez mais relacionados a essências para construção de negócios e
empresas sustentáveis, surgindo a necessidade de inovar e investir em soluções cada vez
mais inovadoras. Portanto, o presente trabalho de pesquisa, cujo tema Gestão de
Inovação e Empreendedorismo tem como objetivo geral apresentar a relação de gestão
de inovação e empreendedorismo, e, objetivo específico, descrever os conceitos básicos,
os tipos de inovações e factores que mal influenciam, caracterizar o empreendedorismo,
indicar as dificuldades da inovação, empreendedorismo e indicar a importância do plano
de negócio.
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1. Conceitos básicos
O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer
e atingir objetivos e que mantem o alto nível de consciência do ambiente em que vive,
usando-a para detetar oportunidades de negócios, tomar decisões moderadamente
arriscadas e que objetivam a inovação (Miguez & Lezana, 2017. p. 02).

Inovação

Na visão de Bispo, Cardoso et al. (2022) citado por Bessant e Tidd (2009), A
Gestão da Inovação é a busca pela compreensão dos factores que podem determinar o
sucesso ou fracasso de um empreendimento, dentre eles distinguem quatro temas
centrais:

✓ compreender o que se tenta gerenciar;


✓ compreender o como;
✓ compreender o quê, o porquê e o quando da atividade de inovação;
✓ compreender que isso é um alvo móvel.

De acordo Melo, Cassini e Lopes (2010) cit. in Farrell (1993), a cada instante
cria-se algo novo, sem muitas vezes perceber que se está criando, é uma forma de
inovar, de formar uma cultura empreendedora, onde não somente a organização, mas os
empregados também ganham, em experiência, conhecimentos, crescimento profissional
e pessoal. Dessa forma, o empreendedorismo precisa ser melhor analisado como prática
social dentro de um universo social, econômico e cultural, permitindo a inclusão e o
destaque de variáveis que elucidem melhor o fenômeno.

Na era do conhecimento, inovar é uma forma de aproveitar-se de momentos


criativos, fazendo uso muitas vezes de um conhecimento pré-existente que juntamente
com outros pequenos conhecimentos sejam capazes de assimilar novas habilidades e
novas soluções, esse processo envolve um ciclo que compreende aproveitar-se do
desenvolvimento, produção, e de todas as interações e realimentações possíveis entre as
fases (Rosa, Neves et al. 2022. p.04).

Portanto, a inovação está ligada ao ato de desenvolver ideias consequentemente


oportunidades que se diferenciem do que já existe no mercado. Razão pela qual a
habilidade de inovação requer que o empreendedor aproveite todas as necessidades de
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seu público, criando novas tendências e soluções com vista a gerar mudanças na vida do
consumidor.

1.1 Tipos de Inovação

Segundo Soledade (2015) cit in Schumpeter (1934) existem cinco diferentes


tipos de inovação:

1. Introdução de novos produtos no mercado ou de produtos já existentes, mas


melhorados;

2. Novos métodos de produção;

3. Abertura de novos mercados;

4. Utilização de novas fontes de matérias-primas;

5. Surgimento de novas formas de organização de uma indústria.

De acordo Bispo, Cardoso et al. (2022) cit in Bessant e Tidd (2009) afirmam
que a inovação assume muitas formas diferentes, mas pode ser resumida em quatro
diferentes tipos, a saber:

✓ Inovação de produtos;
✓ Inovação de processos;
✓ inovação de posição;
✓ inovação de paradigma.

1.2 Os fatores de influência no processo de inovação

A dificuldade de consolidação do empreendimento, supervalorização do negócio


e valorização predominante da área tecnológica, estes são exemplos de fatores que,
normalmente influenciam negativamente o processo de inovação, contudo podem servir
de estímulo para o líder iniciar um processo ou a formalização de um processo na
organização (Miguez & Lezana, 2017. p. 03).
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Tabela 1 - Factores de influência para o processo de inovação

Estratégia Considera relação entre estratégia da organização e objetivos do


processo de inovação; estratégias de redução para incertezas e
redução de riscos; gestão eficiente da informação como métricas para
atingir resultados.

Cultura Comunicação como core competência, comunicação como estratégia


da organização, criatividade organizacional, cultura colaborativa,
valorização de boas ideias, motivação da equipe, tempo livre para
criatividade é recursos suficientes.

Projeto e Envolvimento do consumidor, entrosamento da equipe incluindo


processo equipe de desenvolvimento e parceiros, uso de base de dados,
organizacional mercado como ideia central, falta de processo definido, uso de
ferramentas e métodos.

Liderança Apoio de alta gestão, alocação de recursos, suporte de


responsabilidades, líderes influentes e pessoas comprometidas.

Processo Problema de definição de processo, reconhecimento de oportunidade,


análise de oportunidade, concepção da ideia, seleção da ideia,
pesquisa e refinamento da ideia, projeto e evolução do conceito.

Fonte: (Miguez & Lezana, 2017) cit in Hüsig e Kohn (2003)

1.3 Fontes de conhecimento utilizadas para inovar em percentagem

Tabela 2: Fontes de conhecimento utilizadas para inovar em percentagem

Itens discriminados %

Internet 30,0%

Discussões e livros 12,2%

Cursos 7,8%

Mercado 7,7%
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Universidade, biblioteca e/ou jornal 5,6%

Seminários (internos e externos) 5,6%

Consultoria externa e/ou mapeamento da concorrência 5,6%

Clientes e/ou parcerias com empresas de renome 7,7%

Estudo e/ou pesquisas 5,6%

Varia em suas fontes de conhecimento 5,6%

Produtos já existentes 5,6%

Font: (Melo & Cassini et al. 2010).

2. Gestão empreendedora

Segundo Emmendoerfer (2019, Pag. 19) cit. in Drucker, (2016) Os


empreendedores não são somente as pessoas que criam é atuam em organizações
privadas, bem como agem pela lógica de mercado.

Para Melo, Cassini e Lopes (2010), explorar novas oportunidades com os


recursos disponíveis, esta é a principal característica da capacidade empreendedora.
Essas oportunidades estão contidas em conceitos, ideias, e que se traduzem em produtos
ou serviços tangíveis, resultando em conquista e lucro de mercado e de fato, o
empreendedor busca oportunidades, além dos recursos para transformá-las em valor
agregado, em negócios que gerem lucros.

Conforme Melo, Cassini e Lopes (2010) cit. in Dornelas (2001) expõe que o
comportamento empreendedor, incentivado pela organização, precisa estar associado a
uma orientação para a ação, são empresas dando oportunidade às pessoas para
desenvolver inovações como forma de se destacar no mercado, valorizando, assim, o
seu capital intelectual. Sob esta ótica, o empreendedorismo passa a ser um fator crítico
para o desenvolvimento, pois não está apenas associado à criação de novos negócios,
mas sim como forma de sistematizar os processos internos visando a geração das
inovações empresariais.

Para Soledade (2015) O ato de empreender encontra-se também associado a


habilidade de permanentemente, forjar novos revolucionários conceitos de negócios,
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reunindo recursos que podem parecer, a primeira vista, incompatíveis entre si. Exemplo:
A invenção da máquina a vapor por James Watt, no século XVIII. que deflagrou o
processo da revolução industrial.

2.1. Práticas para a gestão do empreendedorismo corporativo

Segundo Melo, Cassini e Lopes (2010) cit, in Spinosa e Souza (2004) destacam
as diversas práticas existentes para a gestão do empreendedorismo corporativo:

✓ Parceria entre governos e empresas na formação da cultura empreendedora;


✓ Formação da cultura empreendedora;
✓ Gestão da força de trabalho;
✓ Práticas de aprendizado e;
✓ Formação de grupos de trabalho e gestão da informação.

2.2. Dificuldades vivenciadas pelos empreendedores na gestão de seus


empreendimentos

✓ Ausência de uma cultura com caráter de gerência;


✓ Ausência de recursos financeiros e concorrência elevada;
✓ Ausência de critérios de seleção e de profissionais qualificados;
✓ Conhecimento extremamente técnico dos empreendedores/sócios;
✓ Dificuldades em ter visão de mercado;
✓ Dificuldade em comercializar produtos tecnológicos;
✓ Dificuldade em criar uma política comercial;
✓ Falta de conhecimento para transformar projectos em negócios.

2.3. A importância do plano de negócios como ferramenta de gestão para um


Empreendedor

Para Melo e Cassini et al. (2010) destacam-se:

✓ Foco no trabalho;
✓ Facilita as ideias e estabelecer estratégias no trabalho;
✓ Reduzir os riscos e pontos cegos de negócio;
✓ Facilita a obtenção de financiamentos;
✓ Apresenta os recursos necessários ao desenvolvimento do negócio;
✓ Reavalia o posicionamento da empresa;
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✓ Auxilia no controle dos planejamentos traçados;


✓ Estabelece os objetivos com maior clareza;
✓ Traça metas visando resultados melhores;
✓ Direciona, orienta o negócio e controla os custos.
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Conclusão
Diante a acima exposto podemos concluir que o empreendedor é, por excelência,
o agente detentor dos mecanismos de mudança com capacidade de explorar novas
oportunidades pela combinação de distintos recursos ou diferentes combinações de um
mesmo recurso. A inovação também é declarada como uma necessidade capaz de
inflamar o desejo de mudança, e de se reinventar, sendo considerada uma questão de
sobrevivência, pois, as infrequências tecnológicas e mercadológicas causam rápidas e
significantes mudanças no composto socioeconômico e cultural, o que força as
organizações a se adquirem e atenta por parte dos empreendedores.
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Referências Bibliográficas

Bispo, C. S., Souza, D. J., Araújo, F. P., Cardoso, H., Silva, P. S., & Santos Jr, V. R.
(2022). Empreendedorismo é Inovação.
https://www.uniceusa.edu.br/aluno/arquivos/iniciacao_cientifica/publicacoes/a
rtigo_empreendorismo_inovacao.pdf acesso no dia 02 de Outubro de 2022.

Emmendoerfer, M. L. (2019). Inovação é empreendedorismo no setor público. Brasília


– DF, Enap.

Melo, M. C. O. L., Cassini, M. R. O. L., & Lopes, A. L. M. (2010). Gestão


empreendedora e estratégias de negócios em empresas de base tecnológica.

Miguez, V. B., & Lezana, A. G. R. (2017). Empreendedorismo e inovação, Brasil.

Rosa, A. M., Neves, J. M. S., Rosa, A. C. M., & Santos, R. O. B. (2022). Inovação é
Criatividade: Uma Análise Bibliométrica.
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos20/613058.pdf acesso 02 de Outubro de
2022.

Soledade, S. (2015). Guia audiovisual, Gestão e Empreendedorismo, Volume 1, São


Paulo.

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