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crs25,00 NOVA ELETRONIGA Ne4-MAIO * SISTEMA TERMINAL DE AMPLIFICADOR 99} Th, 99 on DE ALTA POTENCIA PARA AUTOMOVEIS, e| DISTORCEDOR RVI —TERCEIRO MODULO DO SINTETIZADOR. CONVERSORES ANALOG! CO-DIGITAIS @|AMIGOS HUMANOS E RO- BOS PATRICIOS * FREQUENCIMETRO DIGITAL ATE 30 MHZ. —— * PROGRAMACAO DE MICROCOMPUTADORES — 4 licdo * AUDIO — 33 ligdo Filcres liqiiida com Os precos altos Cr$3.50 Cr$ 4.70 | 400mw [ess \ i ZENER BUDE ey | ‘ih | 404srivce” 448comPponeNnTes AIBCPTOELETRONICA CONVERSANDO SO- NOS AUTOMOVEIS appere FETs = (CONG Diretor Responsive! NAO ESTA NOS LI- pepe 421vros! AgD EE ROCESsADORES LEONARDO BELLONZI EM PERSPECTIVA Gerente Administrative Auoto CESAR DIAS BAPTISTA ou Assessor Técnico e Redator DISTORCEDOR RVIII AMIGOS HUMANOS E “JULIANO BARSALI A Consultor de Arte e Fotografia Seana AGB rowos PaTRIcIOs SERGIO OLIVELLA ° OKO BATISTA RIBEIRO F° GUIA DE ABREVIA- SIST. TERMINAL DE 421tunas TB \roe0 - 13 PARTE CONSULTORIA TECNICA: ‘Cldudio C. Digs Baptista Geraldo Coen Joseph €, Blumenfeld CURSO DE PROGRA- fuliano Barsalh 2 a Jt Baral 434vocica PL AQQMAcAO DE MicRO- Leonardo Ballonzi COMPUTADORES — CORRESPONDENTE EM NEW YORK: . A Guido Forgnont LIGAO 4 Impresso na Cia. Lithographica Ypiranga CURSO DE AUDIO — Rua Cadete, 209 MD ricao 3 BOIS eS DISTRIBUIGAO NACIONAL: DIGITAL ABRILS,A. Cultural e Industrial A. Emfio Gooidi, 575 NOVA BLETRONICA é uma publicaedo de propriedade de Todos of direitos reservador: proibese « reproducso porcal ou EDITELE — Editora Técnica total dos textos e usragSer desta publica, asim como taducées eadeptande, Eletrdnica Ltda. 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Nada, nada mesmo de bom se pode adquirir pelo mesmo prego do “‘ndo to bom"? | Bem... pelo menos a Nova Eletrénica continua a melhorar seus artigos, a qualidade de impressao, a equipe técnica; continua a langar “kits” que funcionam NOVA ELETRONICA 403 “AMPLIFICADORES DE AUDIO CONECTA- DOS EM PONTE (BRIDGE) PARA MAIOR PO- TENCIA COM BAIXA TENSAO DE ALIMENTA- AO” — Aplicacao do sistema “bridge” aos ampli- ficadores TBA-810DAS, para excelentes resulta- dos em auto-rédios e afins. CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA NOVA ELETRONICA 405 __ (MSSM INTRODUGAO Com o aparecimento de altofalantes de alta Poténcia, tal como alguns modelos “Gauss” (USA) que, mesmo sendo de alta eficiéncia, aceitam 300 W RMS continuos, ou os “Cerwin-Vega” usa- dos nos efeitos sonoros cinematograficos chama- dos “‘Sensuround’', que admitem ainda mais po- téncia, tornou-se obrigatério o uso de ampli cadores de dudio também de poténcia elevada. Isto do 6 dificil de ser conseguido com amplificadores valvulados, mas estes sé probleméticos, enormes € mais caros que os bons transistorizados. Os amplificadores transistorizados, no entanto, sem transformadores de saida (felizmente!), tém sua tensio méxima de sada limitada pela méxima tensio da fonte de alimentago que neles se pode aplicar. Os transistores, em geral, no admitem ten- ses muito elevadas ‘de alimentagio, 0 que os faz poder entregar uma determinada tensio alternada maxima de saida, ndo muito alta. Para obtermos deles mais poténcia & necessdrio, pois, jé que a tenséo maxima é limitada, reduzir a impedéncia do altofalante ou carga colocada a saida. Ora, jus- tamente os mais potentes altofalantes, bem como ‘a maioria dos altofalantes, tem uma impedancia um tanto alta(8 @ em geral e raramente 49) para que os amplificadores possam entregar corrente FIGURA 1 Sv 406 NOVA ELETRONICA suficiente para excitar a0 méximo esses altofalan- ‘tes mais potentes. O resultado 6 que o amplifica- dor entra em “clipping” antes de atingir a potén- cia de programa que o altofalante suporta e a forma de onda ceifada, do sinal, acaba por danifi- car 0 altofalante, que ndo pode acompanhar esse tipo de sinal, superaquecendo-se a bobina mével e estragando-se com, digamos, 135 W RMS, um alto- falante que aceitaria amplificadores de até 300 W RMS com formas de onda ‘mais senoidais”. Meus irmaos MUTANTES adquiriram, hé bastante tem- Po, quatro altofalantes “Gauss” de 18”, cada qual devendo aceitar 300 W RMS a 8 . Para uso pré- Vis6rio, foram conectados, cada um, a um ampli- ficador, de minha confecgao, de 135 W RMS. Em um dos “shows”, no auge do Rock, o técnico de som “‘resolveu" deixar acenderem-se as, lampadas de aviso de “‘amplificadores em clip- ping’ que coloquei na mesa que construi para Mu: tantes. Nesses momentos, a alma se inflama e nem mesmo 0 risco do equipamento consumir-se em holocausto a expressio artistica é considerado. O sucesso foi obtido, 0 piblico pulava e cantava sobre as cadeiras, todos eram uma pessoa sé. Mas, 0 prego foi pago — um dos maravilhosos “Gauss” de 18”, 0 melhor altofalante do mundo para essa aplicagdo, passou pela transiggo. .. Sua VU Altofalant FIGURA 2 bobina tornou-se som, calor e seu dltimo instante entre nés foi siléncio gritante que interrompeu os acordes graves do sintetizador .. . Preocupado com isso, apés “transar a reencar- nagio" do altofalante, passei a estudar maneiras de obter mais tensio na saida dos amplificadores transistorizados. Transformadores de saida? Nao! Seria 0 retorno a um passado problemético; seria a perda de uns 40% da poténcia; seria mais distoreSo, pior resposta a freqiiéncias, custo ele- vado, peso e volu ne excessivos. Impedancias mais baixas de altofalar.tes? — Nao! Estes néo sao fa- bricados assim e 0 uso de vérios altofalantes em paralelo néo resolveria, obviamente, a questéo, jé que havia pouca poténcia para apenas um deles Outro problema de usar impedancias baixas seria a perda de grande parte da mesma nos cabos que ligam os amplificadores aos altofalantes devido a que a propria impedancia ou resisténcia dos cabos passaria a ser excessiva. Tensdes mais altas na alimentacdo? — Nao! Os transistores existentes na época, no mercado nacional, néo resistiriam, mesmo os mais bem selecionados; haveria pouca confiabilidade A solucéo foi o uso de dois amplificadores (de 135 W a4 Q) conectados em ponte (bridge), ‘© que nos deu 270 W RMS sobre 8 &2 e, portanto, exatamente 0 que desejavamos, ou praticamente isso (300 W RMS @ 8 OHMS) CONEXAO EM PONTE (BRIDGE) — Que & essa conexdo em ponte? — pergun- taria vocé a esta altura. — Trata-se apenas de enviar, por qualquer meio eficaz, 0 mesmo sinal a dois amplificadores iguais, no nosso caso, de 135 W RMS @ 4 &, mas com fase invertida, isto é, 180° de defasamento (fig. 1). A saida dos dois amplificadores, conectamos entéo, um altofalante ENTRE OS DOIS “VIVOS”, desprezando os “terras”. Vemos que, além de outras vantagens, temos também como resultado uma “linha balanceada” usando o sistema de conexdo em ponte. A tensdo sobre a carga passou a ser dobrada em relacdo a cada amplificador e, para 4 2, a potén- cia quadruplicaria. Isto, seria demasiado para cada amplificador, que seria obrigado a fornecer poténcia dobrada, ficando entdo 0 uso limitado a altofalantes de, 8 2 (onde a poténcia seria apenas dobrada e nao quadruplicada) e a poténcia a 270W, praticamente 0 que se desejava. Na fig. 2, podemos acompanhar a explicacdo tedrica que se segue. Para maiores detalhes, pro- cure o livro AUDIO HANDBOOK, da National, (na LITEC, por exemplo, Rua dos Timbiras, 257 em Sao Paulo, SP) A Editora é a National Semi- conductors Corporation — 2900 Semiconductor Drive — Santa Clara, CA95051. A conexio de dois amplificadores como na figura resulta em considervel aumento de potén- cia de saida, Nesta configuracdo os amplificadores so excitados em contrafase, de maneira que NN NOVA ELETRONICA 407 quando a tensio na saida de Al esté a Vs, a tenso nna saida de A2 é a da terra, Caso néo existisse A2 © a carga estivesse conectada entre Al e a terra, isto daria aparentemente © mesmo resultado que © sistema “bridge”. Mas quando Al estivesse a terra, nao haveria diferenca de potencial entre as extremidades da carga, enquanto que na conexdo em ponte, quando Al passa a ter a tensdo de saida ao nivel terra, A2 tem a tenséo ao nivel da fonte na extremidade da carga que estaria ao nivel terra se usassemos apenas A1 como ampli- ficador. Considerando cada extremidade do resistor de carga R1, no sistema convencional, uma delas estd sempre a terra enquanto que a outra varia de tensdo entre 0 nivel da fonte e o da terra. No sistema em ponte, ambas as extremidades da carga variam entre os niveis da terra e da alimentacao. A fig. 3 mostra esse aspecto em gréfico. A tensdo pico a pico é, pois, 0 dobro, idealmente, daquela da fonte de alimentaco. A poténcia de saida seré, ento, quatro vezes a obtida com 0 uso de ‘apenas um amplificador. Como cada amplificador teria de liberar 0 dobro de poténcia, como jé disse ¢ isto € geralmente impossivel, pelas préprias Condigdes de projeto desses amplificadores, faz-se RL com o dobro do valor e obtem-se apenas © dobro da poténcia, mas com a vantagem de po- dermos trabalhar com a mesma tensio de alimen- tagdo e com impedancia dobrada. A poténcia dissipada em um circuito em ponte, € calculada notando-se que a tensio no centro da carga no se “move”; por isso a equagéo seguinte Pode ser aplicada a metade do resistor de carga: V; Vs2 S2 Pay ou Pay = — ‘Al 2° BRL 10 RL APLICACAO Os amplificadores que usei como exemplo, que construf para os MUTANTES, serao publicados brevemente. Por ora, passo a descrever uma apli- cacao da conexio em ponte, usando os amplifi ficadores TBA 810DAS, de artigo que jé publiquei nesta Revista, no seu ndmero 2. © principal motivo da escolha destes amplifi- cadores, muito mais que o da abertura de nova Possibilidade de comercializagdo, é ser a tensao de alimentacao das baterias dos automéveis, onde o ——-ov FIGURA 3 — —-. oo, 408 NOVA ELETRONICA TBA B810DAS encontra larga aplicaco, muito reduzida, geralmente 12V e atingindo 14,4 V quando ela est sendo “carregada. Isto torna © sistema de conexéo em ponte ideal para obter- mos potenciais elevados em amplificadores de du: dio para automéveise similares,a um custo reduzi- do e sem qualquer desvantagem em relacdo 8 qua- lidade sonora e conseguirmos “aquele som Quaisquer aplicades onde seja necessdrio obter-se maior poténcia com tensdes de alimentacao baixas fe com impedincias mais altas de carga (8 ©) do que se obtinha usando apenas um TBA 810DAS (a 4.Q) sero permitidas pelo uso de dois TBA B810DAS conectados em ponte. O uso, em auto- movel, de varios pares destes amplificadores conec tados em ponte, cada par precedido de um filtro ativo passafaixas e reproduzindo uma seccdo da faixa de dudio em conjunto com seu altofalan- te, pode chegar a um resultado realmente “Cine- ramico”! INVERSOR Foi experimentado, por mim, 0 uso de pré- amplificadores inversores integrados para conse- guir a conexdo em ponte, bem como consegui, em testes, fazer a inversio de fase necesséria por meio de transformador, Geralmente evito trans- formadores e neste caso ndo fugi 4 regra. Preferi © uso de um dnico transistor inversor, pela maior simplicidade na montagem e custo mais reduzido, sem comprometer a qualidade sonora em grau relevante para esse tipo de aplicagdo, nao de altis sima fidelidade. Prés inversores de alta qualidade com circuitos integrados, para circuitos profissio- nais de Alta-Fidelidade, sero publicados, mas séo muito caros para serem usados nesta aplicacSo. GRANDE VANTAGEM DA APLICAGAO DO TBA-810DAS EM PONTE, COMO AMPLIFICA- DOR PARA USO EM AUTOMOVEIS (12 a 14,4 V). Estive refazendo mais seriamente as medicdes relativas 8 poténcia maxima possivel de se obter do TBA-810DAS. As medicées publicadas no pri meiro artigo foram baseadas nas especificagdes do fabricante. As medic&es deste artigo foram feitas por mim. Isto se deu devido a fonte de 12V que possuia naquela época no suportar a medi G0 feita com carga. Hoje, medindo eu mesmo, usando fonte ajustdvel que montei para esse fim, obtive os resultados que constam da Tabela I, usando como carga resistores de 4 e de 8 2. ti 1 Ne ae 4 com 0 artigo pronto, meu amigo Leonardo, na Fileres, fez-me notar que a diferenga entre minhas medigdes (as da Tabela |) e as do fabrican- te era demasiada para que as minhas fossem corre- tas. Pensando e testando novamente descobri que os resistores de carga, a0 se aquecerem, tinham seu valor reduzido a 3,5 2, 0 que alterava as me- dicgdes para poténcia menor. Procurei por toda Sao Paulo fio de “‘constan- tana” ou “manganina’” para confeccionar resis- tores mais precisos, que pouco variariam com o aquecimento. Foi impossivel encontrar no tempo de que dispunha. Montei entéo {idéia do José, da Filcres) um sistema de refrigeracdo com agua para que os resistores se mantivessem a 4 92. Medindo novamente, obtive a Tabela II, a verda- deira, que traz os dados reais sobre a poténcia que obtive do amplificador simples TBA 810DAS e do amplificador duplo em ponte. Refiz todo 0 artigo... Na Tabela I! vé-se o resultado de medicdes do TBA-810DAS conectado em ponte (Bridge). Note que, para 0 caso da conextio em ponte, a 82, a poténcia obtida é MAIOR que a 4 ©; isto porque a protecdo interna dos integrados comeca a atuar, reduzindo a poténcia para cargas menores, em impedancia, que 82. Veja que a 4 Qa poténcia da conexdo em ponte é praticamente a mesma ob- NOVA ELETRONICA 409 Max. Poténcia de saida em W RMS Ponto de “Clipping” no (Clipping Point) Max. Tensdo saida VRMS Namero de TBA810DAS Carga Gonexfo | (errada) 6VCC gvcc 12VCC 144V CC 16V CC 6VvcC a 9vcc es 12V.cC er 14,4. VCC a 16 V CC “Bridge” 6VcC avcc 12V.cC 144V CC 16 V CC * Maxima poténcia obtida nos testes para o circuito em ponte de dois TBA810DAS, com os resistores alterados pelo aquecimento. — tida em conexdo normal também a 49 e que ndo € possivel alimentar o circuito conectado em Ponte quando carregado por 42 com a tensio superior a 14,4 V, pois, além dessa tensio, a potén- cia CAI, entrando em cena o circuito de protecao. Resumindo-se, a concluséo é que, para condi- es ideais, 0 circuito conectado em ponte deve ser ligado a altofalantes (cargas) de 8 2 para maxima Poténcia e qualidade sonora. O amplificador em ponte torna-se equivalente ao amplificador normal quando conectado a cargas de 4 © até as tensdes maximas de alimentaco em uso nos automéveis. Temos, portanto, agora, uma medicéo mais realista sobre 0 TBA 810DAS que ilustra ao mes- mo tempo as _vantagens do uso em ponte. Peco ——————-.1A 410 NOVA ELETRONICA perdéo ao leitor que tiver montado o TBA 810DAS. do artigo anterior, pela diferenca aparente nos resultados obtidos agora, nestas medigdes e os Publicados pelo fabricante, mas lembro-o que, em geral, os dados publicados sobre componentes so aqueles mesmos emitidos pelo fabricante. Sendo assim, se usarmos esse critério em voga no mercado, poderiamos dizer que o TBA 810DAS , que, sozinho produzia “7 W"" (na verdade 5.3 W) sobre 42, a 16 V CC de alimentaggo, agora, em Ponte, fornece duas vezes mais sobre 822, ou seja, "14 W"... (11,4 W reais). So esses 714 W" que sero ouvidos como uma perceptivel superio: ridade sobre os demais amplificadores integrados existentes nesta categoria, por mais “WATTS” que exibam em suas especificacdes. Devo frisar Tensio de Alimentagao Max. Poténcia de saida em W RMS no Clipping P Max. Tenso saida VRMS- 6VvCC gvcc w2vcc 14,4 VCC 16V CC 6vcc 9v cc 12vcC 14,4 VCC 16 V CC 6vcc 9vcc 12Vv cc 144VCC 16 Vv cc * Maxima poténcia real obtida nos testes para 0 circuito em ponte de dois TBAB10DAS, com os resistores de 4 ohms constantes, refrigerados. ft que 0 fabricante do integrado fornece dados sobre a poténcia “tipica” e néo a que se deva obrigato- riamente obter, néo tendo havido, pois, ma fé de sua parte. A curva de resposta por mim obtida vé-se na fig. 4. Note a excelente resposta de graves do amp! cador “bridge” que é mais uma vantagem da liga- ao em ponte, dada a possibilidade de pura e sim- plesmente eliminarmos os capacitores eletroliticos na saida dos amplificadores, obtendo agora respos- ‘ta muito mais plana nos graves (fig. 4). A resposta a alta freqiiéncia pode também ser melhorada — ver artigo anterior j4 mencionado. © motivo da possibilidade de eliminarmos os capacitores eletroliticos da safda é que agora ndo hé (teoricamente) diferenga de potencial entre os dois “vivos” dos dois amplificadores em ponte, como havia entre o vivo e o terra, antes do capa- citor, usando-se apenas um amplificador. Na pré- tica hd pequenas diferencas na tenso de alimen- taco divididas pelos resistores exteriores ao inte- grado, devido a tolerancias na fabricagdo desses resistores, quando se usam dois amplificadores conectados em ponte. Fica, pois, a critério do montador individualizar 0 ajuste desses resistores para evitar a presenca de tensdo CC na saida. No prototipo a que me referi, a diferenga de tensio CC era de 100 mV, portanto aceitével, sem qual- quer ajuste, para altofalantes de automéveis. A di- ferenga no custo, pela eliminacao dos eletroliticos 6, também, vantajosa, bem como 0 peso, dimen- ses e tempo de montagem NOVA ELETRONICA 411 ww ee [Ficura 4 © 100 z «88 ene z + 68 aK 20 Toowsz FONTE DE ALIMENTAGAO. Apenas para o uso do amplificador TBA 810D AS conectado em ponte (ou néo) em aplicagées resi denciais ou outras onde no se tenha ou deseje baterias, é necesséria a confecedo de fonte de ali- mentacdo, que deveria alimentar o amplificador com + 16 V CC, jé que esta ¢ a maxima tenséo aplicavel, na prética e que permite a maxima poténcia de saida. A fig. 5 mostra uma fonte de alimentagio con- vencional néo estabilizada, muito simples, que pode ser utilizada e que foi montada e provada Por mim em conjunto com o amplificador conec- tado em ponte. Como toda fonte nao estabilizada, na auséncia de sinal, a tensio é a nominal (16 a 16,5 V CC). Quando hé sinal, maximo e continuo (com carga) e 0 amplificador (bridge) entrega a Poténcia maxima, a tenso da fonte vai caindo até atingir um nivel (12 V CC, no caso) que faz a Poténcia de sa/da limitar-se, para sinais continuos, aquela que se obtém com alimentagdo de 12,7 V e.ndo de 16 V. Para corrigir isto, s6 montando-se fonte super- dimensionada (mais cara) ou estabilizada (também mais cara). NAO MONTE FONTE COM TENSAO FIGURA 5 412 NOVA ELETRONIA SUPERIOR A 16 V CC PARA TENTAR RESOL- VER ESTE PROBLEMA, POIS:O CIRCUITO DE PROTECAO CORTARA O AMPLIFICADOR E O SISTEMA NAO FUNCIONARA, Na prética, para o uso como amplificador de misica ou voz, 0 sinal destes programas no se mantem no maximo nivel, mas chega a este e deste retorna a um nivel médio inferior, durante 0 pro- grama. Isto permite que o amplificador entregue mais poténcia nesses curtos espacos de tempo, on- de a fonte de alimentagdo mantém-se & maxima tenso, sem ter tempo de “esvaziar-se” até a0 nivel de tensdo inferior. Dai ter eu preferido pu blicar a fonte da fig. 5, por enquanto, Aqueles que desejem, mesmo assim, um resultado mais Perfeito, em poténcia, “ronco”, distoreao, etc., Poderdo usar uma fonte estabilizada, que servird Para essa finalidade, desde que aceite cargas de até 2A, para ficar “folgada”. Com a fonte da fig. 5, a méxima poténcia, continua, seré de 8,8 W RMS e, nos picos, 11,4 W RMS (REAIS...). Para a fonte estabilizada ou baterias (potentes, pois pilhas comuns no aguen- tam), a 16 V CC, teremos sempre, nos picos ou continuamente, os 11,4 W RMS. MONTAGEM Para a montagem do amplificador conectado em ponte, basta adquirir ou confeccionar a placa de fiagdo impressa apresentada na fig. 6 vista pelo lado dos componentes e na fig. 7 vista pela face cobreada. As figuras so auto-explicativas Quanto & posigo dos componentes. Nao seré de- mais repetir as explicagdes sobre a montagem dos integrados em seus dissipadores e destes na placa de fiagdo impressa, ia <— f | :| issipaoor ot CATERER FIGURA 7 ATENGAO! Os integrados, na placa, tém que os seguintes passos, na mesma ordem apresentada ser 0s primeiros componentes montados, jé com 0 dissipadores presos s suas aletas e com os para fusos no lugar. Para colocar os dissipadores, siga _indicadas. 1. Escolha apenas dissipadores com as dimensées NOVA ELETRONICA 413 2. Fure os dissipadores conforme a fig. 8. 3. Pegue os dissipadores, um por vez e monte-os usando pasta de silicone, nos integrados, con- forme a fig. 9, Aperte fixamente os parafusos, Pode ser usada cola nas porcas. 4. Ponha em cada dissipador, no furo restante, um parafuso 1/8” por 3/8” e coloque uma porca 118". As pontas dos parafusos devem ficar para o lado oposto as aletas do dissipador e sero inseridas nos orificios correspondentes, nas placas de fiacéo impressa (fig. 10). Esté, entdo, pronto o integrado, com dois dissipadores e dois parafusos salientes para a mon- tagem na placa de fiagdo impressa, devendo ser in- troduzidos os parafusos nos dois furos da placa e com o maximo cuidado para que todos os pinos do TBA 810DAS sejam inseridos e atravessem 0s respectivos furos. Apés soldado no lugar seré dificil, senéo impossivel, retirar o integrado sem danificé-lo, caso algum terminal nao tenha entrado corretamente em seu furo e saido pelo lado cobrea- do da placa de fia¢do. Caso, apesar de todas as precaugées, isto venha a acontecer, tente, antes de retirar 0 integrado jé soldado, retirar o dissipador do lado do pino torto; dessa forma poder recolo- car 0 terminal no furo com alicate de pontas finas, Cuidado para que nenhum pino encoste nos dissipadores! Atengio 4 polaridade dos capacitores eletro- liticos. © diagrama de cada amplificador completo, antes de conectado em ponte, esté na fig. 11. Para maiores detalhes sobre o amplificador indi dividual, procure o artigo jé mencionado (Revista ° n? 2). FIGURA 9 PORCA | | | UY DISSIPADOR SS 2 INTEGRADO 'NOTA~ A medida de 2,5 mm deve ser obedecida com preciso pela montador ac maiores que 0.3mm FIGURA 8 DISSIPADOR FIGURA 10 Dissipador Visto de Baixo 414 NOVA ELETRONICA ENTRADA FIGURA 11 CONECTANDO EM PONTE Jé montados os dois amplificadores, observe a fig. 12 e a observacdo em negrito sobre a fia¢do. importante — Ao montar os componentes na placa note a existéncia de dois furos de didmetro maior, entre os quais deveré ser soldado um fio. Esse fio tem que ser preparado exatamente como se segue. Corte um pedaco de fio grosso, de bitola # 12 AWG (no pode ser mais fino) com nove centi- metros de comprimento, exatamente. “Descasque” as duas pontas, retirando seis mili- metros da capa plastica isolante. Enfie, pelo lado dos componentes, as pontas nos dois furos e solde. ATENGAO: 0 fio NAO pode ser cortado menor ou achatado contra a placa. E obrigatorio que for- me um arco, elevando-se a uns 12 ou 15 mm, sobre a placa de fiagdo impressa. Qualquer oscilacdo de RF que se apresente a safda do amplificador podera ser devida a nao ser respeitada esta indicacao, devendo ser, caso acontecam oscilacées, dada nova atencdo a este fio. Note bem: 0 amplificador nao apresenta pro- blema de oscilagdo, sendo estas precaucdes com o fio terra devidas a medigdes feitas por mim em condigdes de oscilacao propositadamente provoca- das com a retirada do capacitor de “bypass,” de 0,47 uF. Note, também, que este capacitor tem que ser, obrigatoriamente, de poliester metalizado. Oscilagdes de RF séo perceptiveis com o uso de osciloscdpio, mas podem ser detectadas pelo aque- cimento (anormal) dos dissipadores quando nao existir sinal e pela tensdo da fonte de alimentacdo (se no estabilizada) que tenderé a cair ao nivel minimo, como quando existe sinal maximo. Os protétipos montados e provados por mim no apresentam estas oscilagdes em qualquer hipd- tese, a qualquer nivel de sinal, com ou sem carga 8 saida e a qualquer tensio de alimentagio (as recomendadas) entre 6 e 16 V CC. LIGAGAO A FONTE Caso venha a utilizar a fonte de alimentacdo apresentada ¢ muito importante separé-la, pelo menos, por 30 cm do amplificador “bridge”, para evitar indugdo de “‘ronco” do transformador de alimentagao no circuito. A colocago de todo o amplificador conectado em ponte em uma caixa metélica, ligada ao terra do “jack” de entrada é recomendavel para evitar “ronco". Os cabos de alimentagdo devem ser grossos, principalmente quando a fonte estiver distante do amplificador. NOVA ELETRONICA 415 FIGURA 12 0 6até vec Broximo. aciz Autofalante de 8. loudivisor de frequencial CONCLUSAO Apresentei a vocé um exemplo de conexéo de dois amplificadores iguais em ponte (bridge). Este exemplo foi apoiado em testes exaustivos e os re. sultados compensam, desde que sejam cuidadosa- mente obedecidas as instrugées para a montagem. Nao existem ajustes a fazer, daf ser o teste indica- do a prépria conexdo do sistema a um altofalante 416 NOVA ELETRONICA e sua entrada ligada a uma fonte de programa de aproximadamente 50 mV para maxima excitacio, sendo preferivel que essa fonte de programa seja ajustével e que permita niveis mais altos que os 50 mV citados, para a devida folga de operacéo. Poderdo ser usados geradores de dudio e osciloscé- pio para as medic&es, que deverdo confirmar os re- sultados aqui publicados. RELAGAO DE COMPONENTES (oe eeu CCT L Sera} Cee) (el Pe Pee MTL 8) Prac! [oY [or lee RI, R2-12 R3, R4 — 100 k2 Cm ORCA a A ead R8, RO — 562 Crean oRCRC RY R11, R12 - 10V @ 1/4W [el ey eat OT Ca Cok oy ESHA a Ce eC Pee aCe Ce Renu) Circuito Integrado TBA 810DAS” Gnome} €5, C6, C7 — 0,1 uF (schiko ou poliester metalizado) CB, C9, C10, C11 — 100 uF / 40V Peer ON, C13, C14 — 5600 pF Normalmente néo seré necesséria medi¢do algu: ma, pois 0 dispositivo ndo é critico. Recomendo apenas fazé-lo se desejar conhecer melhor o am- plificador. Dois conjuntos destes amplificadores em ponte poderdo ser usados com sucesso em seu au- tomével, para som estereofénico, com poténcia bastante razodvel e superior 4 da maioria dos aparelhos comerciais existentes, por custo muito inferior e para sua satisfa¢do com mais uma mon tagem bem sucedida e com 0 novo som. A sugestéo do emprego de varios conjuntos destes amplifica- dores conectados em ponte, em lugar de di passivos de freqiiéncias apresentada no decorrer do artigo, é também interessante, mas apenas pode- isores C15 — 4,7 uF @ 35V (lies ean aCe ACCC) ree Cea Ne ee C19 — 0,47 pF (poliester metalizado Cre eu) CR ese CO aa ean Pee a Pe Bee ear ea eee ene ee ete a So Cee ue mec) Toate Ve eer COR ol Cont) 1 transformador de alimentacdo primario 110 V; Px POR eee Ur 2 diodos SKE 1/TV Dee rst me ice aie OG NOTA: Resistores de 1/2 W, 5% de tolerancia Pace tee sea 14 ser realizada por técnico competente. Serd apre- sentada futuramente matéria sobre este assunto, Nao se esqueca de usar altofalantes de 8 92 para cada par amplificador em ponte! Divisores de fre- aiiéncias, se utilizados, deverdo ser também de 8 , bem como os altofalantes a estes conectados. Colo- que os altofalantes sempre em fase, para perfeita estereofonia, Para isto, os mesmos bornes dos alto- falantes devem ser conectados nos mesmos pontos dos circuitos para o canal direito e para o canal esquerdo. Veja a 32 li¢do Curso de Audio, se tiver dividas a este respeito. O diagrama do amplificador completo, conec tado em ponte estd na fig. 12. NOVA ELETRONICA 417 ECONTROLE EJGNICAD 418 NOVA ELETRONICA COMBUSTIVEL Os dispositivos optoeletrénicos — tanto os emis- sores como os sensores de luz — tem muitas apli- cagdes familiares a todo mundo, como por exem- plo, em calculadoras de bolso (LEDs) e em siste- mas autométicos de abertura de portas ou leitoras de cartées em computadores (fotodiodos e foto- transistores). Muito pouco conhecidas, porém, so as suas aplicages em controles automotivos, especifica- mente em medigdo de consumo de combustivel e controle de ignicéo. Duas configuracées podem ser aplicadas nesses sistemas: — transdutor de reflexdo de luz — transdutor de interrupgdo de luz LRT e LIT O transdutor de reflexdo de luz (Light Reflec- tion Transducer — LRT) contém uma fonte de luz (um emissor de infravermelho de GaAs) e um fototransistor de silicio. Os dois componentes apontam no mesmo sentido, de tal maneira, que © sensor s6 recebe energia luminosa do emissor quando um objeto refletor estiver bem perto de ambos O transdutor de interrupgao de luz (Light Inter- ruption Transducer — LIT) consiste também de uma fonte de infravermetho e de um fototransis- Neste caso contudo, a fonte a: tor, como sensor. FIGURA 1 Disco com . ranhuras tit Foto transistor Alta tensao ponta para o sensor e 0 dispositivo opera em conjunto com uma roda de ranhuras, rotativa, loca- lizada entre a fonte e o sensor. Vé-se que o foto- transistor s6 seré iluminado quando a fonte for descoberta pelas ranhuras da roda. USANDO OS DOIS COMPONENTES Pode-se considerar o LIT, atualmente, como a melhor técnica utilizada em ignicdes eletrénicas. As ignicdes convencionais aproveitam o proprio platinado do veiculo. Um transistor de poténcia é usado como condutor da corrente e tais sistemas proporcionam uma vida mais longa ao platinado, pela redu¢do do faiscamento e da corrente que passa por ele. Todavia, 0 platinado ainda esté sujeito a0 desgaste mecdnico, a vibracdo e a flutua- cdo, em alta velocidade. NOVA ELETRONICA 419 FIGURA 2 Esses problemas ocasionaram um avango em diregdo as ignicdes totalmente eletrénicas. Pensou- se primeiramente em utilizar uma pega magnética rotativa aliada a um ima permanente fixo, para gerar a informacgo da posicio do virabrequim. Isto significa realmente uma grande melhoria em relagéo aos platinados, mas foram introduzidos atrasos da ordem 175 ys, que reduziram a preciso deste sensor magnético, em altas velocidades Por outro lado, se acrescentarmos um disco com ranhuras ao eixo do distribuidor, com um LED em um dos lados deste disco e um fototran- sistor no outro, os problemas do platinado e do sen sor magnético podem ser eliminados. © disco tem um numero de ranhuras igual a0 numero de cilindros do veiculo. Quando gira, ele expée 0 fototransistor ao LED, em sincronismo com a rotagio do motor. O fototransistor, ligado 40s mesmos dispositivos de poténcia utilizados em sistemas convencionais, possibilita uma igni¢do eletrénica toda em estado gélido, sem as impre- cises causadas pelos atrasos. (fig.1 ) Para se substituir um velocimetro de grande Preciséo, um conjunto igual ao da figura 2 6 0 FIGURA 4 recomendado. Neste sistema o LRT capta a velo- cidade radial do eixo de transmisso e pode ser calibrado para fornecer uma indicagdo de km/h. Temos entéo, como resultado, um velocimetro to ou mais preciso que os atuais, Na fig.3, um LRT “8” a velocidade circular de uma roda de pés, movida pelo combustivel que corre pela tubulago, Sendo maior a quantidade de combustivel usado, mais répido seré 0 seu fluxo pela tubulaggo e em conseqiiéncia, mais velozmen- te girard a roda de pas. O sinal, nestas condigdes, 6 + proporcional 4 quantidade de litros de gasolina por hora. Com essas informagdes a disposieao (litro por hora, km/h e rpm) podemos obter, através de um Processamento posterior do sinal, indicagdes de quilometros por litro ou litros por quilometro. Um veculo usando os sistemas das figuras 1 e 3, incluindo condicionamento do sinal (fig. 4) e um “display” com LEDs, vai fornecer ao motorista uma indicacéo instanténea do consumo de com- bustivel. Em sua forma definitiva a mais bem empregada, esse sistema deveré informar a quilo- metragem que ainda poderia ser percorrida pelo veiculo, a cada diferente velocidade ec 420 NOVA ELETRONICA NAO ESTA NOS LIVROS! sugestoes SS nos SS Nova Eletronica CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA CIOMETROS DA GUITARRA Vérios leitores tem me consultado a respeito do problema que encontraram nos controles de sua guitarra, para obter maior progressividade nos mesmos, tanto no controle de volume quanto no de tonalidade. Na maioria das guitarras e contrabaixos, prin- cipalmente os de fabricagdo nacional, os controles se apresentam como na figura 1. Ligando sua guitarra a um amplificador e sol- dando, por tentativas quanto aos valores, resistores nos pontos indicados na figura 2, vocé poderd fi obter uma progressividade maior nos controles. st Para 0 potenciémetro de volume, tente valores de resistores ao redor de 10 k2. Para 0 potenciémetro de tonalidade, tente valores ao redor de 56k. vem dachave Cuidado! $6 faca as tentativas se 0s potencid- seletora de metros de sua guitarra estiverem ligados como na captadores figura 111! fig 2 ao jack desaida volume tonalidade potenciémetros vistos de tras x NOVA ELETRONICA 421 422 NOVA ELETRONICA DISTORGEDOR CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA “ESTE E O OITAVO DE UMA SERIE DE DISTORCEDORES POR MIM APERFEIGOADA, ESPECIALMENTE PROJETADA PARA OS MUTANTES, DESDE O INICIO DE SUA CARREIRA. COMO OS SETE QUE O PROCEDERAM, FOI EXAUSTIVAMENTE TESTADO EM USO PROFISSIONAL, PELOS PROPRIOS MUTANTES, SENDO ESTE MESMO DISTORCEDOR O RESPONSAVEL PELOS SONS DE GUITARRA DE MEU IRMAO SERGIO NA MAIOR PARTE DOS DISCOS LANCADOS PELOS MUTANTES. +3°MODULO 00 SINTETIZADOR +MELHORA PHASER 0 r NOVA ELETRONICA 423 oo Cid ees Rvil EM BREVE NA Filcres Importacao Representacoes Lida. RUA AURORA 165 ~ CEP 01209 - CAIXA POSTAL 18767 TEL, 2214451 - 2213993 - 2216760 - SAO PAULO. 424 NOVA ELETRONICA Aproximadamente desde a época do maior sucesso dos “Ventures”, anteriores aos Beatles e primeira escola dos Mutantes, 0 som das guitarras elétricas, propositadamente distorcido, aparecia na maior parte das misicas norte-americanas “para ouvir e dangar”’. Desse tempo em diante, a distor¢do do som das guitarras passou a ser assunto de pesquisa caseira no mundo todo, onde guitarristas e técni cos ou hibridos guitarristas — técnicos lutavam para conseguir a espécie de distorgo que mais Ihes agradava, © distorcedor era encarado pela maioria dos técnicos de som como uma maldigio, pois seu objetivo era justamente o inverso do maior obje- tivo desses técnicos! Quantas discussdes enfren- tamos, eu e os Mutantes, nas gravadoras e em toda parte! — "Ou colocam a distor¢ao ou nao sai o LP!’” Esta frase foi realmente pronunciada durante a gravagao do primeiro LP. Vencemos e o LP saiu « Isto aconteceu com o primeiro distorcedor da série que culminou com o aparelho apresentado neste artigo. Em parte, os técnicos tinham razio — meu elétrico vindo de uma guitarra e injetando-o em primeiro distorcedor produzia ruidos de RF que transistor, em nivel acima do limite admitido por prejudicavam a gravagdo. Os de hoje sao livres este para uma reprodugao linear. destes problemas. sinal, que originalmente seria como na fig. 1, Mas, 0 que vem a ser, exatamente, um distor- apareceria, a saida do transistor, igual ao da figu: cedor ? ra 2A ou 2B, geralmente, mais como na 2A que Deixando de lado mintcias tebricas sobre a 02 2B- palavra distorcdo e suas aplicagées, o distorcedor é Homie um aparelho usado para modificar o som de, prin- cipalmente, uma guitarra elétrica, servindo também para qualquer instrumento eletrificado, A modificagdo principal que 0 distorcedor produz é no timbre do som, isto é, modifica, am pliando, 0 contetido harménico desse som. Isto quer dizer que, na pratica, torna 0 som mais ou menos puro de uma guitarra, em um som mais vibrante, mais rico, mais aspirado, mais parecido agora com um som de violino que com o de viol8o. AAR TRE A segunda modificacgo importante produzida FIGURA 2 pelo distorcedor ¢ 0 prolongamento da nota emitida pela guitarra, 0 que permite ao guitarrista mais versatilidade na execucdo. Tecnicamente, ele modifica o “envelope dinémico” de uma nota. (A juncdo dos termos ¢ minha mas creio estar correta). Prolongando-se a nota e acrescentando-se har- 2A ménicos, 0 resultado ¢ um som continuo, seme- Ihante ao produzido pelo violoncelo, violino, etc. e que, conforme o tipo de distorcedor utilizado, pode ser mais ou menos dspero, mais ou menos “sujo”, “embrulhado”, “continuo”, “‘redondo”, 2B 2c NE AE etc, TIPOS DE DISTORGAO Basicamente, hé dois tipos de distorcedores 0 “Fuzz” e o “overdriver”” (ou como deseje cha- mé-los). Existem também “distorcedores-oscila- dores” e outros, cujas caracteristicas tratarei em artigos futuros. © “Fuzz” originou-se da tentativa de obter, com dois transistores, por exemplo, 0 som distor- cido que um amplificador valvulado produz ao ser excitado préximo do ou ao maximo nivel. Tentativa apenas, mas que originou novo ¢ muito Util efeito — a distorgdo “Fuzz”. Consegue-se a distorgéo ““Fuzz’” (nao deve ser 3A 3B traduzido) pré-amplificando-se brutalmente o sinal Integrador Diferenci NOVA ELETRONICA 425 O achatamento da forma de onda visto na fig. 2A e na 2B 6 0 que produz os harmonicos. Para conseguir-se maior achatamento ainda e um sinal mais simétrico é suficiente ligar & saida do aparelho um sistema cujo “‘coragiio’” é compos- to de 2diodos conectados um ao inverso do outro. Obtem-se ento a forma de onda, quadrada, da figura 2C. Todas estas formas de onda so exagerada- mente achatadas para que o som saia “limpo”, apesar de enriquecido em harmonicos. Dai o nome “Fuzz" dado @ distorcedores que produzem este tipo de achatamento, ou “‘ceifamento”’ Com 0 uso de filtros, a saida do distorcedor, modifica-se a forma de onda quadrada, “integran. 426 NOVA ELETRONICA FIGURA 4 4A 4B ee do” ou “diferenciando”’, como nas figs. 3A e 3B. 0 “som” da figura 3A é mais grave e consegue-se com capacitores em paralelo a terra, na saida; 0 “som da figura 3B é mais agudo e consegue-se com capacitores em série & saida. A falta de limpeza ou a ““sujeira”” do som destes distorcedores 6 utilissima, mas, apenas em deter- minadas aplicacées musicais, principalmente para solos. Os filtros & safda no resolve o problema da “sujeira’’ (quando esta for problema). Pode-se conseguir, usando-se filtros 4 entrada do distorcedor “Fuzz", um som muito mais limpo, que no “embrulha’’ os acordes, onde as cordas graves ndo embaralham o som das agudas quando tocadas em conjunto, mas hd um limite — 0 som vai se tornando cada vez menos grave, mais agudo © menos continuo. Atingindo o limite, s6 conse- guimos sons mais “limpos'’ com outro tipo de distorcedor (0 “overdriver”) ou usando-se um captador de som independente para cada corda @ um distorcedor para cada captador, num total de seis distorcedores tipo Fuzz por guitarra, Esta quantidade nao é exagerada e a maioria das guitar- ras que constru/ artesanalmente para meus irmaos @ amigos, contém seis distorcedores e seis capta- dores independentes, além dos captadores conven- cionais e do “captador milagroso” — (futura “dica”’ para vocé). Voltando a terra, . O distorcedor “overdriver” é um meio termo entre 0 Fuzz e 0 Sustainer, pois prolonga as notas como este Ultimo e distorce (menos) como 0 Fuzz. Um bom distorcedor “‘overdriver’’ nao se consegue sem muita pesquisa, que dura as vezes varios meses — publicarei brevemente dois circuitos de minha 4c me autoria e que séo usados pelos Mutantes. Cuidado, pois, com publicagBes apressadas, que possivel- mente aparecerdo nas revistas brasileiras apés este artigo, sobre “‘overdrivers”!. .. Espere pelo circuito da Nova Eletrénica e nao se arrependeré. As dife- rengas na forma de onda e no som produzido serdo explicadas na época, 0 distorcedor que apresento a vocé aqui ndo é um “overdriver” e no é interessante ainda que 0 seja. Como distorcedor basico, 0 Fuzz é mais versétil e til que o overdriver. Este, pois, é um "Fuzz"... mas néo simplesmente “um" “Fuzz’" Eo" Fuzz! Eo “R-VINI". © DISTORCEDOR ” VII 0 "R-VIIl" produz 0 som "Fuzz" muito pro longado, suficiente para tornar-se continuo se houver um pouco apenas de realimentacdo acus- tica. (Som do amplificador retornando as cordas).. SUAS CARACTERISTICAS PRINCIPAIS SAO: timbre claro e firme em todas as cordas Sustengdo (prolongamento) maxima, inclusive nas primeiras cordas. Resposta excelente e nitida a palhetada. Auséncia de RF e rufdos desde que obedeci das as instrugdes para montagem. Nao embrulha as notas, podendo ser usado para acordes na mdxima medida em que um distorcedor Fuzz" pode fazé-lo. Colocado antes do Phaser, j4 publicado na Nova Eletrénica n° 3, permite mostrar com muito maior clareza o efeito “phasing”, princi- palmente nos agudos, onde se faz sentir a falta do efeito conseguido com phasers ou flangers mais sofisticados, Pode ser acoplado ao Sintetizador para instru- mentos musicais e vozes, ou ser usado como simples pedal independente. SEGREDO DO NAO EMBRULHAMENTO DAS NOTAS EM DISTORCEDORES DO TIPO FUZZ O embrulhamento ou excessiva intermodula¢ao entre as notas emitidas pelas cordas agudas e as emitidas pelas cordas graves de uma guitarra, quando tocadas simultaneamente, ou em acordes, deve-se a que, sobrepondo:se o sinal elétrico vindo da captagdo da corda grave, fig. 4A, com aquele da corda aguda, fig. 48, obtem-se um sinal com- posto, fig. 4C, que, passando pelo distorcedor, & ceifado, fig. 4D, perdendo-se parte do sinal agudo e criando-se um som rouco e indefinido que, sendo Util para muitas finalidades, ndo é, sempre, © desejado Para resolver 0 problema, de forma simples, prética e eficaz, basta colocar um capacitor em série com a entrada do distorcedor, entre este ea guitarra, O valor exato depende da experiéncia prética auditiva, mais que de calculos tedricos. Em nosso distorcedor, R VIII, este capacitor po- de ser ligado e desligado por vocé, por meio de uma chave, obtendo entéo o som mais grave e embrulhado (mas nunca demasiadamente embru- thado!) ou o som mais agudo e puro. O resultado da colocacao do capacitor é visto na fig. 4€. (Conelui no préximo numero) NOVA ELETRONICA 427 OS MAIS ATUALIZADOS MANUAIS DE SEMICONDUTORES! NOVOS LANGAMEN- TOS DA “EDITELE” —A EDITORA DA NOVA ELETRONICA. i FAIRCHILD SEMICONDUCTOR perry MOS/CCD DATA BOOK 473 paginas Cr$ 120.00 RUw eens) Lae eee 428 NOVA ELETRONICA POWER DATA BOOK 321 paginas Cr$ 88.00 /ANTAGENS: PREENCHA O FOLHETO NAS COSTAS DESTA PAGINA’ = = NOVA _ ELETRONICA ASSINATURA Vocé pode ser assinante de NOVA ELETRONICA! Para isso, basta nos enviar toda a pagina seguinte, completamente preenchido, acompanhado de um cheque visado _pagavel em S. Paulo ‘ou vale postal a favor de EDITELE — Editora Técnica Eletronica Ltda. — Caixa Postal 30 141 — 01000 — S. Paulo — SP © vocé receberd, mensalmente, em sua residéncia, sem nenhuma preocupagao, os exemplares que antecipadamente pagou (12 ndimeros) © vocé receberd, inteiramente gratis, como BRINDE, um dos dois uteis e originais manuais acima. Esta oferta é valida somente por noventa dias! © vocé ser dos primeiros a receber nossas promogées (catdlogos, informagées técnicas, etc.)Sempre que houver novidade ® vocé poderé tomar a assinatura a qualquer momento ASSINATURA (12 numeros).......------ NOVA ELETRONICA 429 LS FAIRCHILD SEMICONDUCTOR Se 3 A H DESEJO RECEBER COMO BRINDE P/ASSINATURA DA NOVA ELETRONICA ccd Mos () POWER CE) ESCOLHA UM A EDITELE — Editora Técnica Eletronica Ltda. C. Postal 30 141 .01000 — S. Paulo — SP para pagamento da assinatura de 12 numeros de NOVA ELETRONICA, a partir da proxima edi¢ao posta em circulagao, em OvCheque visado n°9_______ contra 0 Banco O vale Postal n° Receberei, como BRINDE, inteiramente gratis, um dos exemplares acima. NOME - — NUMERO BPTO. AIRRO, cer CIDADE EST. DATA 19, ‘Assinature 430 NOVA ELETRONICA tit ADP (automatic data processing) — processameni- to automdtico de dados ADPE (automatic data processing equipment) — equipamento de processamento automético de dados ADPS (automatic data processing system) — siste ‘ma automético de processamento de dados AED (automated engineering design system) — sistema automatizado de projeto de engenharia AESOP (an evolutionary system for on-line pro- cessing) — um sistema evolutivo para pro- cessamento em linha singela ALGOL (ALGOrithmic Language) — linguagem algoritmica ALTRAN (a language for simbolic algebric mani- pulation in FORTRAN) — uma linguagem para manipulagéo simbélica de dlgebra em FOR- TRAN AMTRAN (automatic mathematical translation) — translago matemética automatica AOSP (automatic operating and scheduling pro- gram) — programa automéatico de operagao e listagem APL/360 (a programming language on the 360) — uma linguagem de programacéo no 360 APT (automatically programmed tools) — maéqui- nas-ferramenta programadas automaticamente ASA (American Standards Association) — Asso- ciago Americana de Padronizacio ASR (automatic send-receive set) — montagem automitica envia-recebe BASIC (beginner's all-purpose symbolic instruc- tion code) — cédigo de instrucao simbélica genérica inicial BCD (binary coded decimal) — decimal codificado ‘em binério BOS (basic operating system) — sistema de ope- ragdo bésica COBOL (COmmon Business Language) — lingua- gem comercial comum CODASYL (COnference on DAta SYstems Lan- guages) — conferéncia em linguagens de sistema de dados COGO (COordinated GeOmetry) coordenada = geometria COM (computer-output microfilm) — microfilme de saida de computador CORAL (abbreviation for graphical communications control language) — linguagem de controle de comunicagées gréticas CPM (cards per minute) — cartées por minuto CPM (critical path method) — método do cami-— nho eritico cps (characters per second) — caracteres por segundo DA (data acquisition) — aquisi¢go de dados DASD (direct access storage devices) — acesso direto aos dispositivos de armazenagem DCCU (data-communications control unit) — uni- dade de controle de comunicagao de dados DATACOM (data communications) — comunica- Bes de dados DDA (digital differential analyser) — analisador diferencial digital DDT (debugging package) — conjunto para teste de programas dup (duplication) — duplicacao NOVA ELETRONICA 431 EAM (electrical accounting machines) — maquinas elétricas de contabilidade EBCDIC (expanded binary coded decimal inter- change) EDSAC (electronic discrete sequential automatic computer) — computador seqiiéncial automati- co discreto eletrénico EDVAC (electronic discrete variable automatic computer) — computador variével automético discreto eletrénico ENIAC (electronic numerical integrator and caleu- lator) — integrador e calculador numérico ele- trénico EOF (end-of-file) — fim do arquivo FORMAC (formula manipulator compiler) — com- pilador manipulador de férmula FORTRAN (FORmula TRANslator) — tradutor de formula GIGO (garbage in-garbage out) GPSS (general purpose simulation system) — sis- tema simulador de uso geral JAR (instruction adress register) — registro de enderego de instrucao V/O (input/output) — entrada/safda 1OCS (input/output control system) — sistema de controle de entrada/saida IPL (information processing language) — linguagem de processamento de informacdes IPL (initial program loading) — carga do programa inicial ISO (International Standards Organization) — Or ganizaco Internacional de Padronizacées JCL (job contro! language) — linguagem de con- trole de tarefa KSR (keyboard send-receive) — teclado envia- recebe KWIC (key word in context) — palavra-chave no contexto LISP (LISt Processing) — processamento de lista LP (linear programming) — programagao linear LPM (lines per minute) — linhas por minuto LSC (least significant character) LSD (least significante digit) MAC (multiple access computer) — computador de multiplo acesso MICR (magnetic ink character recognition) — reco- nhecimento de caracter a tinta magnética MIS (management information system) MODEM (MOdulator DEModulator) — modula- dor-demodulador MSC (most significant character) MSD (most significant digit) N/C (numerical-control) — controle numérico OS (operating system) — sistema operacional PCM (punches card machine, pulse code modula: tion) — maquina de perfuragées de cartéo, mo: dulaco por cédigo de pulsos, PL (programming language) — linguagem de pro- gramagdo RJE (remote job entry) — entrada remota de tarefa RWD (rewind) — rebobinar SDA (source-data automation) — automatizagéo na fonte de dados 432 NOVA ELETRONICA Pats yy eee TBA 810 DAS - Na revista Nova Eletronica n9 2., artigo BG eps ella “TBA 810DAS", na relagdo de componen- eee tes, a pagina 157, o valor do resistor R3 Crean ey esta impresso como "R3 — 1k” Peco Deve ser lido i Kee “R3-100 2” ieee PRESCALER ECL A légica ECL apresenta um atraso tipicc 2qs para portas e 3 a 6 us para operagdes tematicas. E 0s contadores, registradores Ainda na revista 2, pagina 130, no artigo flops” ECL podem operar com frequéncia “Prescaler ECL”, onde se 1é us (micros- ordem de 200 MHz, em média, Ngo consider segundos), leia-se ns (nanossegundos) Um tempo de subida tipico para uma minada familia ECL é de 200 mV por us. comparagdo, 0 tempo para a ldgica Schc FIGURA 1 FIGURA 2 \ th tim | Bom t——} == Regular Mau Tapsatae] Péssime nr a apsulas| pre | Amplificadores Instrumentos Transduto, | pig |Amplitcadores|Altofalantes vec me | Amoltind | Atefalamte insta epeaptau] P°® Amptcndores Ale NOVA ELETRONICA 433 Grime Todos apreciam a légica transistor-tran- sistor, mais conhecida como TTL. E rapida, barata, facilmente encontrdvel e... tem uma grande dissipacdo em poténcia. Nao muita, quando comparada as antigas valvu- las, porém demais para circuitos integrados, especialmente em relacdo aos semiconduto- res de dxido metélico. Alids, estes ultimos, pertencentes 4 ldgica MOS, sdo também apreciados, justamente pelo seu baixo con- sumo. Mas, normalmente, nao sao to répi- dos, nem tao baratos quanto os da légica TTL. Isto significa que os circuitos integrados LSI (Large Scale Integration — integragao em larga escala) dissipam demasiada potén- cia (TTL) ou no possuem a rapidez neces- sdria a muitas aplicagdes (MOS). E se as vantagens dessas duas ldgicas pudessem ser reunidas em uma Unica? Portas rdpidas, baratas, de baixo consumo — € o que nos oferece a légica I?L ou légica de injecdo integrada (Integrated Injection Logic) Vamos ver como ela consegue abranger tais caracteristicas. 434 NOVA ELETRONICA TERRY STEEDEN APRESENTANDO A LOCH 2 NOVA ELETRONICA 435 SADA PORTAS TTL CONVENCIONAIS X PORTA I?L O que é que determina o consumo nos circuitos TTL? A presenca de resistores, principalmente, que se traduz como perdas resistivas. A solugéo aparente é remover esses componentes. A figura 1A representa um diagrama es- quemético de uma porta TTL convencional, enquanto na fig. 1B temos uma porta |?L. Ambas executam a mesma funcdo, sendo que |? L o faz sem resistores. O custo 6 um outro fator a considerar. A fig. 2A & uma possivel configuracado de uma distribuigéo normal em I?L, com um transistor PNP e um NPN conectados por um “‘jumper’’ e separados por uma isolacdo difundida. Com todas estas jungdes, o fa- bricante precisa usar sete mascaras para pro- duzir o circuito, que € similar aos TTL. A fig. 2B mostra o mesmo circuito, com os transistores “‘imersos”. A base do PNP. foi ligada a terra e o NPN foi invertido {invertendo-se as fungées do emissor e do coletor). Nao ha necessidade do ‘jumper’. pois as duas porgées P esto agora em um 6 bloco. Muito importante 6 o fato que apenas quatro mascaras sdo exigidas agora. Podemos enxergar trés razSes que causam a reducdo de custos nesta ldgica. Primeira, méscaras menos complicadas e redugio de 436 NOVA ELETRONICA Figura 1 Portas logicas. © diagrama esquerné- tico conceitual de uma porta TTL tipica estd representedo em A, A funeéo logica equivalente com tecnologia 12L aparece em B, Note que a porta TTL possui diversos resistores como parte de sua estrutura, a0 passo que 3 porta I2L usa transistores, exclusivamente, Como resul- tado, hd muito menos dissipago em po- téncia, devido & auséncia de perdas re- sistivas (R12), Processamento, devido a “imerséio’”. Segun- da, as tecnologias TTL e MOS jé existentes podem ser usadas para a fabricacdo dos circuitos |7L, mantendo reduzidos os gastos de pesquisa e desenvolvimento. Terceira, 0 processo de “‘imersdio” economiza espaco, Permitindo um maior numero de portas por unidade de drea e portanto, diminuindo o custo por circuito (a propdsito, I7L é conhecida também como légica de tran- sistores imersos). A velocidade de operacdo destas portas © 0 pino Vyy esto intimamente relacio- nados. Vjy € um novo pino de alimenta- 940, incluido nos circuitos I7L, além do ja conhecido Vec, onde sao aplicados os 5 volts CC. Este novo pino é uma entrada de tensdo que determina a velocidade de operacao do circuito, Observe, pela fig. 3, que quanto menor for a poténcia apresentada a uma porta |? L tedrica, mais baixa sera a veloci- dade obtida na porta. Basicamente, pode- mos obter maior velocidade a custa de maior poténcia, controlada no pino Vy). Ajusta-se a velocidade através de um resistor limita- dor ligado em Vyy, que vai controlar a cor- rente fornecida. Conhecendo-se tensio e corrente, a lei de Ohm pode fornecer o valor para este resistor. Futuramente, o re- sistor poderd ser previsto internamente. Veja (fig. 3) como a ldgica IL se com- porta em relagao as ldgicas C MOS e Schot- tky de baixa poténcia (LS). E bem visivel a economia de poténcia que ela proporciona, mesmo se operada nas mesmas freqiéncias. Diminuindo-se a freqiiéncia de operacado (ou velocidade) das portas |7L, a economia seré maior ainda. Que outras observacées poderiam ser adi- cionadas ao nosso conhecimento bisico de PL? De acordo com a firma Signetics, que mais produziu e desenvolveu esta logica, sua produgio de |?L nos proximos dois anos seré dirigida de maneira tal a torna-la compativel com os niveis TTL. Isto ¢ facil- Figura 3 Velocidade x poténcia. Este grético indica a tipica relagéo do consumo com a Yreqléncia de operagso, para tras farni- lias logices. LS designa portas Schottky de baixa poténcia, A curva 5V CMOS é tipica para estes dispositives (GMOS), quando, alimentados por 5 Vee. A curva ara I2L permanece abaixo das outras durante todo 0 seu percurso, 0 que implica maior eficiéncia (Traduzido do namero de Agosto de 1976 da Revista “Byte” — The Small Systems Journal). ISOLANTE Pe Figura 2 Redugo dos custos de fabricagéo. A porta 12L pode ser construida com uma distribuico na pastilha similar as portas TTL, como é visto em A. Entre- tanto, a constituicao fisica da légica 12L permite a “imersio" dos dois transis- ‘tores, produzindo uma configuracgo igual a de B, um artiffcio que simplifica o processamento do silicio e reduz os custos de fabricacio. POTENCIA/ PORTA 10m; mW ts 1OkHz — 1OOkHz = IMHz © 10MHz_——TOOMHz Freq. de operacéo, NOVA ELETRONICA 437 mente compreendido quando se sabe que TTL apresenta de 0 a 0,8 Vcc, no estado légico 0, e de 2,45 Vec, no estado légico 1, 0 que perfaz uma diferenga de 5 volts entre niveis. E, por outro lado, a légica I7L usaré uma diferenca de apenas 0,6 Vc entre © estado “’baixo”’ eo estado “alto”’, Portan- to, vé-se que para compatibilizar 27L com TTL 6 preciso um “‘interface’’, ou circuito adaptador, para levar os niveis da primeira aos da segunda. Passados mais dois anos, este “interface” sera abandonado e serdo introduzidos entao sistemas I7L “puros”. A mesma companhia advertiu ainda que a nova légica ndo se destina a substituir TTL e C MOS, mas sim a preencher o “vécuo"’ existente na faixa de operacao de 2. 20 MHz. Circuitos I7L com tenséo de operagdo maior estdo sendo produzidos, para utiliza- go conjunta com a légica C MOS. EXEMPLOS PRATICOS Finalmente, 0 que tudo isto, significa para nds, os futuros utilizadores desta logi- ca, se for levado a pratica? Vejamos um exemplo real: Em um integrado I?L da Signetics, nota- se que a dimensao de uma Unica porta é de 1,5 mil? (1 mil — 1 milésimo de polegada). Toda a pastilha do integrado mede apenas 125 mil?, sendo 90 mil? ocupados pelos circuitos |7L. O restante consiste de circuitos TTL para “‘interface"’. No que se refere a poténcia, a parte I?L deste inte- grado requer 200 mW a 10 MHz. Na mesma freqiiéncia, a por¢do TTL, bem menor, exi- ge 220 mW. Quando sistemas |?L comple- tos se tornarem viaveis, teremos um consu- mo da ordem de miliampéres em sistemas que necessitam de varios ampéres, se pro- jetados com TTL. Em resumo, I7L 6 uma légica de alta densidade, que pode ser feita com a tecno- logia e 0 processamento existentes; que 438 NOVA ELETRONICA tem baixo consumo e alta velocidade de operacdo; que pode ser ajustada a veloci- dade de opera¢ao dos circuitos TTL, dispo sitivos 1/0, ou das memdrias RAM, ROM ou PROM. Suas safdas séo em “‘coletor aberto”, configurac¢do muito util para cone- xdes “WIRED OR” ou circuitos de barras de dados (data bus circuitry). A nova légica I7L é uma tecnologia avancada e muito interessante, e sera uma conquista cada vez mais significante para o campo da eletronica a: NOTICIARIO CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA MUSICMAN Uma Nova empresa vem crescendo nos Estados Unidos, tendo por detras um grande nome em ins- trumentos musicais. E a Musicman’, que traz Novas bossas de Leo Fender, o pai da guitarra elétrica, Novos amplificadores para guitarras, hi- brides, que associam as vantagens dos circuitos integrados na pré-amplificagdo, com as (discuti- veis) vantagens do sistema valvulado na parte de poténcia, esto sendo produzidos. Aliados a alto- falantes “Gauss”, um dos dois, sendo os melhores altofalantes para instrumentos musicais, os ampli- ficadores “Musicman”, que tive oportunidade de ouvir e curtir em casa de meu amigo Raphael, (0 iniciador do movimento que culminou com os Mutantes), séo realmente uma nova forca a dispo- si¢do do guitarrista exigente. Novos instrumentos eletrificados, de cordas, guitarras, contrabaixos, etc,, sio também produ- zidos pela Musicman e tem incluidos em seu in- terior pequenos pré-amplificadores, que realizam as fungdes de controle de volume e tonalidade, bem como 0 casamento de impedancia com os amplificadores e a relagao sinal-rufdo. Parabéns a Musicman | (continua). As noticias que levamos a conhecimento de nossos leitores hos foram enviadas pelo nosso correspondente em N. York, GUIDO FORGNONI Esta seco teré 0 maior prazer em divulgar noticidrios das empresas nacionais ligadas a eletronica, de entidades particulares ou oficiais, estabelecimentos de ensino, importadores e comerciantes de componentes, etc. Para tanto, deverdo nos fornecer 0 material, por escrito, através da C. Postal 30141 — 01000 — S. Paulo. Reservamo-nos, no entanto, 0 direito de divulgar ou no a matéria que recebermos, bem como a resumi-la no que julgarmos ser de maior interesse para enquadramento, no espaco disponivel. Este servigo é feito inteiramente sem dnus para a fonte informadora, CHRYSLER A Chrysler norte-americana desistiu dos Display com LEDs para uso em uma nova geragdo de reld: gios digitais e optou pelos displays fluorescentes a vécuo, fornecidos pela FUTABA, uma produ tora Japonesa. Uma ordem inicial de 50.000 pecas de displays de 3 1/2 digitos, 0,3 polegadas na cor azul-verde foi emitida e a empresa americana planeja aumentar a procura para aproximadamente meio milhdo de unidades em 1978. A Chrysler tam- bém selecionou a NATIONAL SEMICONDUC- TOR e a AMERICAN MICROSYSTEMS como fornecedores de circuitos I6gicos para novos relé- gios digitais, para serem incluidos nos dltimos modelos de carro de 1977. NOVIDADE EM PIANOS ELETRONICOS Um novo circuito MOS para pianos eletrénicos foi desenvolvido pela General Instruments, nos EUA, e deverd estar disponivel no mercado americano a partir de abril © microcircuito, designado AY-1-1320, detecta a velocidade com que cada tecla do piano € pressio- nada e gera um sinal correspondente para os cir- cuitos de som. Em seu interior, existem 12 circui- tos independentes geradores de freqiiéncia, um para cada nota em uma oitava. Um instrumento de cinco oitavas necessitaria, portanto de 5 destes integrados, Seus fabricantes afirmam que um piano eletrd- nico que inclua estes Cls de 40 pinos iré custar menos de 200 dolares, e vai gerar sons mais proxi mos aos dos pianosnao-eletrificados. (continuagao) C.C.0.8. ‘Em carta recebida a 10 de marco de 1977, tive ‘0 prazer de ser informado diretamente pelo Sr. Jo- seph E. Masucci, de sua promocéo ao cargo de Diretor de Marketing para todas as divisdes da CETEC CORPORATION, inclusive para a América Latina e a Divisio de Audio da CETEC, que é responsavel pelos excelentes altofalantes GAUSS, ‘a que me referi no Curso de Audio da Nova Eletronica MUTANTES ja internacional conjunto MUTANTES, nas- cido em Sao Paulo e exportado para o Rio de Janeiro, estd de partida novamente a Europa, mais precisamente para Mildo, Itdlia, onde se apresen- taré durante seis meses ou mais, Noticias de ld serio enviadas com exclusividade para a Nova Eletrénica, pelo Sérgio, lider do conjunto, Novos equipamentos de som, movimentos mu- sicais, tudo chegaré a nés por seu intermédio, para colocar-nos em dia com o que hé de mais recente na Europa. Aguardem! NOVA ELETRONICA 439 RESUMO DAS LICSES DADAS Os artigos do curso de audio sero inteli- giveis pelo leitor totalmente leigo no as: sunto Colodue-se em atitude receptiva, sem julgar, ao ler pela primeira vez: “VIVA” a leitura. Depois, faca seu julgamento e apro- veite 0 que achar correto Existem pontos-chave nos sistemas de audio que, por serem intrinsecamente imper- feitos em demasia, precisam de toda a aten- cdo e cuidado, ou resultargéo sempre em elo mais fraco na cadeia de elementos, que formam o sistema. Os elos mais fracos so os transdutores, especialmente os altofalantes — ver curvas de qualidade. LAUDIO CESAR DIAS BATISTA Cer. ESPTRONICA 441

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