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Prólogo

Quando ocorreu a primeira morte em toda existência ocorreu eu nasci. A cada ser que perdia sua vida me
dava mais força, não importa o planeta, a galáxia ou dimensão, aonde sempre existir um ser vivente, seja ele dito
como racional ou não, serei fadado a estar ali.

Quero lhe contar sobre a vez em que criei vida, em que fora me concedido um corpo.

Isto aconteceu em um planeta conhecido por poucas civilizações de outros planetas que lhe deram um nome
no qual não existe uma tradução exata para os seres do planeta em questão, a palavra que mais se assemelha ao
significado para o nome dado a este planeta pelos outros planetas que o observam é “metamorfose”.

Fora lhe dado tal nome pelo fato de deis de sua criação, ele vive em constante mudança, seja mudanças feitas
por ele próprio ou por seus habitantes. Entretanto seus habitantes o batizaram com um nome diferente, embora
“metamorfose” seja o nome mais apropriado para tal planeta, os seres que nele habitam vez ou outra o chamam de
“planta azul “como um apelido a seu próprio planeta, ou pelo nome conhecido também por você, “Terra”.

Esta história se inicia em um tempo muito distante, muito antes dos conhecidos “homens das cavernas”,
muito antes da famosa era do gelo, antes da terra ser povoada por dinossauros, antes dos dragões precisassem se
adaptar alguns milhões de anos para evoluírem para os dinossauros para poder sobreviver, antes dos antigos
continentes se unirem e tornarem um único que foi conhecido como “pajeia” pelos seres de hoje, antes que as
primeiras civilizações inteligentes, os primeiros “humanos” existentes neste planeta fossem temporariamente
aniquilados pelos dragões que aqui reinaram...

Para lhe contar minha história, primeiro devo contar a história de dois jovens, um homem e uma mulher, ele
um aventureiro e ela uma aproveitadora, ele forte e ela inteligente, ele de bom coração e ela sem parecer ter um.
Duas pessoas que por um acaso se encontraram e foram responsáveis pelo fato de eu não ter mais minha forma
física, fazendo com que eu tenha que esperar o próprio tempo me dar alimento, enquanto voltava a ser o mero
expectador de tudo.
Capitulo 1

Ele

De um barco qualquer no píer de Aialahay no reino de Raizeli, desembarca um garoto de cabelo ruivo disposto
a procurar um novo norte para sua vida, disposto a encontrar novas aventuras, disposto a esquecer seu passado e
começar do zero uma nova vida.
Seu passado é desnecessário saber inicialmente, nada de sua vida antes de seu desembarque é realmente
relevante para se iniciar esta história.
Logo ao chegar decidiu explorar o porto no qual havia chegado, para decidir dali que rumo daria em sua vida.Se
despediu do marinheiro que ali o deixara tomou rumo a um cartaz que se dizia “seja você também um aventureiro,
um poderoso espadachim, se inicie na casa de espadachins de Iroilia e ganhe sua vida trabalhando como um
espadachim para o bem de todos ” que estava colado na parede do grande e velho porto que parecia abandonado
localizado em frente ao píer, aonde havia um pequeno número de pessoas a porta.

Seus olhos verdes se estremeceram ao ler tal convite, segurou com força um saco com todo o dinheiro
pertencente a ele e ao dar um passo para traz uma garota de aparentemente mesma idade apareceu correndo,
esbarrando e derrubando o ainda empolgado garoto, assim caindo junto com o mesmo.

Ao começar a levantar, se deu conta da garota caída de joelhos em sua frente com um olhar fixo nele
suplicando em desespero:

—Desculpa ter te derrubado, eu não tive a intenção, estava com muita pressa, tenho muitos afazeres, sinto
ter te derrubado, me desculpe... — e os pedidos de desculpas pareciam não cessar.

Ao meio de desculpas intermináveis, o garoto sorriu, se levantou, arrumou sua mochila em suas costas, ajeitou
sua a camisa de botão de manga comprida bege aberta que mostrava nitidamente a camiseta regata branca que
estava por baixo, estendeu sua mão para a garota que o olhava com seus grandes olhos azuis de cima a baixo e disse
com toda empolgação – Não se preocupe, espero que não tenha se machucado- enquanto ela se levantava com a
ajuda da mão do jovem desconhecido ele continuava dizendo com brilho nos olhos- eu serei o espadachim mais
poderoso que já existiu, eu me chamo.. – Mas foi interrompido pela garota que de forma inesperadamente fria dizia
— Me desculpe, o jovem senhor não tem tempo parra isto, devo correr.
Parado em frente ao cartaz de alistamento dos espadachins, o jovem observou a garota de cabelos loiros que
chegavam a altura de seu ombro e olhos grandes e azuis se distanciar com evidente pressa, desaparecendo na
pequena multidão não muito distante, passando por dentro do porto abandonado. O garoto ficou parado admirando
tal visão, se sentindo agraciado por ter visto uma atlantiana ainda viva, até se dar conta de que acabara de ser
roubado.

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Mesmo após se dar conta de que acabara de ser passado para trás, o futuro espadachim demorou ao começar a
se movimentar pela pequena multidão de pessoas para procurar a jovem gatuna que o afanou com uma destreza
invejável. Entrou no porto velho e vazio, saiu pela porta dos fundos e avistou a pequena vila de comércios. Não havia
muitos estabelecimentos próximos, parecia um pequeno centro de comércio quase totalmente abandonado. Havia
uma hospedaria, um velho bar, uma loja de itens para magos inexperientes, uma alfaiataria, um pequeno
restaurante, alguns estabelecimentos abandonados aos pedaços e uma ferraria. Nenhum dos comércios parecia
realmente ter uma grande clientela, mal dava para acreditar que tivessem clientes o suficiente para que os
estabelecimentos progredissem. Ainda mais levando em consideração o deserto que se iniciava a poucos metros dos
estabelecimentos.

Sem dinheiro o desorientado rapaz decidiu pedir informação para saber como chegar a tal guilda de
espadachins, decidiu entrar na grande ferraria que era o maior dos estabelecimentos, acreditou que seria mais
provável encontrar alguma informação útil ali.

Ao entrar se deparou com uma situação completamente inesperada: três homens armados com alfanjes
cercavam uma mulher que ali se localizava que parecia indefesa, porém calma.

—Não adianta me ameaçar com a espada ou arma que for, a Lanna não forja espadas a algum tempo, esta
espada rúnica que aqui se encontra foi um pedido da própria neta do imperador Keizer, a Lanna não vai revelar
onde a guardou. Realmente ameaçariam uma bela e indefesa mulher a troco de uma espada? — Dizia ela em tom de
deboche.

Os três assaltantes começaram a se aproximar da ferreira e quando iriam atacá-la, ouviu-se uma voz que
gritava com estrema voz de ameaça — NÃO ENCOSTEM NELA!! — A voz do impulsivo rapaz que acabara de entrar
na sala e apenas depois de todos o encararem se deu conta do problema que acabara de encontrar.

Ao avistar a cena, a sardenta ferreira sorria enquanto dizia em tom debochado:

— E então herói, vai salvar a Lana de mãos vazias ou com esta faca de caça em sua cintura? Caso ache útil, tem
três espadas encostadas na parede atrás de você. Se me salvar, pode levar uma de presente– E deu uma piscadela
como se estivesse flertando.

A jovem tinha cabelos longos e negros, presos por uma trança longa e grossa, a Iris de seus olhos tinha tom azul
escuro, característica única de uma atlantiana, mas com pele albina e sardas no rosto, características únicas de uma
miriniana. Era evidente suas origens.

Entretanto os bandidos não pareceram achar graça no feito do rapaz, então o aparentemente mais forte dos
três disse demonstrando certo medo:

—É fácil falar auto com a companhia de cavaleiros, enfrente-nos sozinho miriniano covarde!
Sem entender automaticamente olhou para trás e se deparou com outros dois homens trajados de armadura
acompanhados por uma mulher de olhar frio e soberbo, aparentando julgar tudo com certa superioridade.

—Está sozinho esta briga, não tenho a menor intenção de me envolver! —Dizia com um sorriso maldoso um
dos cavaleiros que ali estava, enquanto o outro, aparentemente mais jovem, olhava com curiosidade o jovem ruivo,
enquanto se questionava que atitude seria a certa a tomar.

—Consegue vencê-los apenas com esta faca de caça? Não me parece a melhor arma para se lutar contra três
alfanjes. Dizem que mirinianos são formidáveis lutando com facas, mas são especializados em combate com lança.

O garoto agora sorria dizendo que apenas carregava a faca por precaução, mas nunca a usou, nunca nem
mesmo havia lutado com outra pessoa, seja com faca, lança, espada ou os punhos.

—”Sei que mirinianos são famosos por serem ótimos em batalha, mas sou inexperiente em batalha. Em mirinia
eu cuidava de plantações e animais, nunca entrei em batalha , mas mudarei isto. Unirei-me à casa de espadachins de
Iroilia, treinarei e serem um espadachim incrível”

O cavaleiro loiro que parecia o mais experiente dos dois espadachins sorriu com certo deboche dizendo:

— Você é um expurgo? É realmente algo depressivo. Não me importa se é um lutador ou um expurgo, como já
disse, não irei me envolver! Klay, o que pretende fazer?

O adjetivo “expurgo” é considerado a maior entre as ofensas verbais para um miriniano, que geralmente eram
brutos e bárbaros. Em geral, um expurgo não nascia com o instinto agressivo, estrutura larga e a natural falta de
paciência do macho da espécie. Por terem um corpo franzino, eram intitulados como incapazes deis do nascimento,
focando a vida em serviços mais burocráticos e geralmente não conseguiam uma parceira para o romance, pois
mirinianas sentiam atração por poder e brutalidade vindas do macho da espécie. Era raro uma miriniana amar um
miriniano de aparência frágil, sendo quase impossível tal o ocorrido, mas existiam exceções.

O cavaleiro mais jovem tinha olhos dourados, tonalidade incomum em qualquer raça existente cabelos longos
em uma coloração entre o castanho claro e castanho escuro, que usava uma armadura que parecia fortalecida por
cinco runas, deu um passo a frente dizendo em um tom de voz enérgico – Eu sou Klayner Wolf, Soldado pessoal da
futura imperatriz Alice Van-Harley e ofereço a minha ajuda a você, futuro espadachim de Mirinia minha ajuda para
derrotá-los– Logo após virou seu rosto para olhar o outro cavaleiro que parecia, assim como a ferreira que ali
observava, se divertir com a situação, depois olhou a mulher de olhar gélido que acompanhava os dois cavaleiros,
que até o momento não argumentava, apenas lançava seu olhar de desprezo a tudo.

—Alguma objeção quanto a isto Alice? –Dizia o cavaleiro com um tom de voz informal, parecendo conversar de
igual para igual com a garota escoltada que parecia censurá-lo com os olhos.

Alice, princesa do reino de Iroilia e futura imperatriz de todo o continente de Vanizalia, tinha pele quase albina,
olhos negros e cabelos longos da mesma cor, usava o cabelo prezo atrás da cabeça, após a amarra que prendia seus
cabelos, descia incontáveis tranças. Usa um vestido longo e preto, que combinava com a maquiagem e seu olhar
severo, entretanto não usava sua habitual coroa, que só era usada dentro de seu castelo pela mesma.

—Seja rápido.
Mesmo Alice não aparentando não gostar de tal situação, ou de qualquer outra coisa, concedeu o pedido de
Klayner, que deu um passo a frente e ao colocar a mão no cabo da espada que carregava, fez uma expressão de
insegurança por um breve segundo e ao começar a puxá-la foi interrompido pelo cavaleiro loiro de sorriso maldoso:

—Vai lutar com bandidos medíocres usando uma espada com este nível de poder? Que covardia! Deixe sua
espada em algum lugar próximo para não lhe atrapalhar com o peso e pegue minha velha espada que será
suficientemente boa para esta batalha.

Lakos era loiro, olhos azuis, usava uma franja que cobria um de seus olhos, tinha cabelos volumosos porem
devidadente penteados. Carregava uma espada quebrada, porem ainda útil em batalha.

Klayner deu um suspiro aliviado e ao olhar sorrindo para seu companheiro de escolta se perguntando “Como
percebeu Lakos? De qualquer maneira, não parece ser a melhor batalha para usá-la pela primeira vez.”

Desembainhando a poderosa espada, caminhou sem preocupação com os ladrões que o olhavam com medo
nos olhos até uma pedra de forja que ficava ao centro do estabelecimento no cômodo que todos se encontravam e
cravou a espada exatamente no centro da pedra. Ao se posicionar ao lado do estrangeiro ruivo com a antiga
espadada de Lakos nas mãos, pensou “Posso não estar ainda ao seu nível, mas um dia seremos companheiros de
mesma força.”

Mesmo tendo dito que iria lutar junto com o pretendente a espadachim contra os três inimigos, Klayner apenas
desviava dos ataques e se protegia, enquanto observava o talento natural do miriniano que mostrava belos reflexos
e destreza com a espada escolhida, lutando com superioridade contra os ladrões que embora mais fracos, eram
muito mais experientes em batalha.

Após a fuga dos três meliantes, Lana sorriu dizendo ao talentoso rapaz de cabelos vermelhos que a espada que
usou para batalhar agora pertencera a ele, “Agora poderá ir à casa de espadachins com uma boa espada para suas
aventuras”, Enquanto Lakos encarava com visível desprezo a espada fincada na pedra de forja.

—Espada maldita! Vai me recusar até quando? Eu não sou bom o bastante para você? –Disse Lakos em voz
baixa, entretanto audível a todos no local.

Klayner ao perceber o jovem rapaz olhar a cena com curiosidade, explicou em tom nostálgico:

—Esta espada fincada na pedra é conhecida como a espada mais forte de todas, foi dada a mim pelo meu avô
que diz que a espada começou a recusá-lo. Esta espada tem um poder absurdo, mas tem vontade própria. Se for
empunhada por uma pessoa na qual ela julgue indigna, ela perderá o fio, aumentará seu peso, se aquecerá em
temperaturas inimagináveis ou fará algum tipo de bizarrice que a torne inútil em batalha. Um exemplo disto é ela
estar se recusando de sair da pedra. Por que não tenta tirá-la da pedra?

—Esta espada ridícula sempre me rejeitou, é estúpido pensar que esta espada me considere indigno, mais
estúpido é alguém criar uma espada que tenha vontade própria! Espadas são feitas para ceifar vidas, nada mais do
que isto! — Dizia Lakos com estrema raiva. Logo se afastou e observou a tentativa de um garoto ruivo de tirar a
espada da pedra.

O miriniano inseguro de poder ter chance tentou, mas falhou miseravelmente.

Um sorriso maldoso surgia no rosto de Alice ao olhar para a espada cravada na pedra e disse em alto e bom
tom:

—Klay, ordene pare que Lakos Gakalius retire a espada da pedra, ordene para que ele não possa sair deste
estabelecimento até realizar tal feito.

Ao ouvir a ordem vinda de Alice, que nem ao menos olhava em sua direção, ignorando sua presença, Lakos que
já esperava tal atitude vinda da futura imperatriz sorriu sarcasticamente, e disse com total formalidade antes que
Klayner pudesse repassar a ordem:

—Mesmo que eu tentasse tal feito, eu não conseguiria tirar a espada da pedra mesmo que eu ficasse a minha
vida inteira aqui. Odeio passar por cima de suas ordens, mas como estou sob ordens de seu avô, atual imperador,
Keizer Van-Harley, e por ordem do mesmo terei que retornar assim que possível, não poderei cumprir seu pedido,
majestosa princesa.

Então antes que algo pudesse ser dito, Klayner colocou sua mão direita no cabo da espada, mas ao invés de
tentar tirá-la da pedra, afundou-a mais fundo na pedra e disse:

—Se prefere ficar nesta pedra esperando uma pessoa que seja julgada digna por você de te portar, então aqui
você ficará, poderosa Excalibur.

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Ao observar a cena, uma jovem ferreira com sardas no rosto olhou a espada cravada na pedra de demonstração
de forja, logo em seguida olhou para o rosto de Alice, que ao perceber a desaprovação de Lana pela espada cravada
na pedra, sorri maldosamente encarando o rosto da mesma. Assim fazendo a jovem ferreira dizer em um tom alto
de voz quase berrando:

—A Lana não acredita que irão deixar a espada fincada logo na pedra de forja que fica no meio do
estabelecimento! Vieram aqui só para irritar a Lana é? Eu esperava isto desta princesinha mimada ai, mas não de
você Klay!

Alice a olhou com seu habitual olhar de desaprovação, dizendo em alto tom de voz:

—Não acredite que só porque fomos amigas na infância tem o direito de falar com tamanha insolência quando
se refere a mim!

Ambas se encararam com visível desaprovação.

Lakos Gakaluis, o único que realmente se divertia vendo tal situação, se aproximou do miriniano que se observava a
situação sem saber como agir, e disse aos ventos em tom audível a todos no local enquanto tentava conter o riso:

—Sempre a mesma coisa que estas duas se encontram, esta discussão já ta virando rotineira.
Alice nem ao menos desviou o olhar de Lana quando ordenou:

—Klayner Wolf, Eu ordeno para que diga a Lakus...


—Já entendi, ficarei calado. —Dizia Lakos se contorcendo para não soltar algum comentário maldoso,
Enquanto Lana e Alice se encaravam para recomeçar a evidente discutição.

Ao ver a cena, Klayner pensou em dizer algo para que evitasse maiores problemas. Entretanto assim que abriu a
boca para tentar dizer algo para evitar maiores problemas, um elfo negro surgiu da porta dos fundos do
estabelecimento dizendo:

—Parece que as coisas aqui estão bem agitadas!


Assim todos ali presentes, inclusive o jovem miriniano que já não sabia mais o porquê ainda estava no
estabelecimento, voltaram a atenção ao elfo negro de cabelos grisalhos e enorme estatura.

—Jaunmir, viemos lhe encontrar. —Disse Alice que abandonara a forma petulante de falar e adotando uma
forma mais formal, mas sem deixar transparecer superioridade.

—A neta de Keizer veio pessoalmente procurar informações sobre o desaparecimento do pai? Fico realmente
honrado em revela, jovem Alice. Vejo que está acompanhada do neto de Balthor e de meu antigo aprendiz. Como
está seu treinamento atual Lakos? Mande lembranças ao seu avô quando o encontrar Klayner.

Klayner sorri e diz que Balthor mandou lembranças para Jaunmir também. Já Lakos se aproxima do elfo
negro estende a mão para cumprimentá-lo de diz com um certo sorriso nostálgico em seu rosto:
—É bom revê-lo mestre Jaunmir.
Jaunmir responde com sorriso nos olhos:

—Onde está o resto de sua equipe? Antes que me esqueça, A espada que veio buscar está pronta, como me
foi avisado que o neto de Balthor viria com tal espada — Jaunmir aponta para a espada fincada na pedra —Lanna
sugeriu forjar uma espada extra, caso algo acontecesse com a excalibur. Fico satisfeito em saber que foi útil eu ter
forjado mais uma espada.Ambas as espadas estão lá nos fundos, já irei buscá-la para vocês.

Lakos responde imediatamente a pergunta de Jaunmir com um sorriso de satisfação pelo reencontro com seu
primeiro treinador:

—A princesa Alice quis vir pessoalmente coletar informações sobre o sumiço de seu pai, veio naturalmente
com seu soldado pessoal. Como iriam vir atráz do senhor e de Lana, Achei vantajoso vir junto com os dois para
aumentar a escolta de Alice, mesmo eu sabendo que Klayner seria capaz do feito sozinho. Como eu teria que buscar
a nova espada de qualquer maneira e sabia que Klay estava tendo que carregar esta maldita espada —Lakos olha
com desprezo para a espada na pedra, imitando o olhar de Alice — Achei mais seguro auxiliá-los. Marko e Nalia
estão vindo por outra direção, tentando descobrir alguma pista do paradeiro de Zakaria Van-Harley.

Jaunmir em tom de satisfação ao olhar para todo o cenário a sua volta, percebe um miriniano admirando uma
espada que o mesmo segurava com um brilho nos olhos. Pergunta aos demais presentes no local quem é o rapaz
que lutava bravamente com a espada enfrentando algum inimigo imaginário. Lana informa ao elfo o ocorrido,
explicando que o miriniano que acreditava ser um expurgo, palavra usada entre os nativos de mirinia para descrever
igual que era desprovido de talentos, habilidades e instinto agressivo geralmente natural para a raça miriniana, se
saiu bem, mostrando uma habilidade admirável com a espada. Lana disse ter dado a espada a ele por tela defendido,
mesmo sabendo que ela acabaria com os ladrões sozinha em um terço do tempo usado pelo miriniano, talvez até
mesmo sem o auxilio de uma espada ou qualquer outra arma.

Jaunmir deu-se por satisfeito com a história que ouviu

Neste momento Lana se aproximou do jovem miriniano, que se assustou, sendo trazido de volta a realidade ao
vê-la. Lanna ao perceber que acabara de tirá-lo de sua fantasia, sorri e pergunta antes que dê tempo do jovem ruivo
se sentisse envergonhado:

—Como pretende chegar a Iriolia? A Lanna acha que você não conhece muito do continente.

Com um pesar nos olhos, ele conta o porquê fora obrigado a deixar a ilha de Mirinia. Contou que à alguns
dias atrás, nunca pensaria em sair de sua terra natal, mas teve que fugir as pressas no momento em que a ilha
começou a ser engolida pelo mar. —Acredito que poucos tenham sobrevivido. Fiquei por duas luas a deriva
com um pouco de alimento. Fui encontrado por um barco de pesca, expliquei o ocorrido para o pescador que
me deu de bom grado um saco com uma quantidade razoável de dinheiro, mas logo que cheguei avistei um
cartaz de recrutamento na academia de espadachins, decidi para onde iria, mas fui roubado por uma atlantiana
logo em seguida — Lakos neste momento deu um pequeno sorriso maldoso — Procurei por ela e acabei
entrando neste estabelecimento.
Jaunmir agora entra na conversa com um olhar severo, pensa em voz alta dizendo:

—Primeiro Alaizir, depois Atlantis, em seguida Galahall e agora Mirinia. Algo está acontecendo, não é natural
que ilhas sejam engolidas rapidamente pelo mar. Dois anos após Alazir afundar, Atlantis se foi, um ano após foi
a vez de Galahall e agora oito meses após o ocorrido Mirinia afunda. Algo está afundando as grandes ilhas que
rodeiam o continente, caso continue assim seguindo o padrão de tempo seguido, em 4 meses mais uma das 6
grandes ilhas restantes afundará.

O tempo era contado de outra maneira na época. O Mês continha dezesseis meses, cada mês contendo 25
dias, cada dia teria vinte e sete horas, com a noite usando apenas 6 horas deste tempo.

— Lanna,preciso que entregue as encomendas em Iroilia, vá para o castelo logo após de entregar as
encomendas, preciso que garanta que Keizer já tenha recebido tal mensagem, acredito que seria bom informar
Gillerard e Kaila, então acompanhe o futuro espadachim a academia e os informem também. Sei que não irá desistir
de encontrar o pai princesa Alice, acredito que Khanz possa ter informações sobre onde Zakaria possa estar,
entretanto não posso lhe dar certeza. Lakos — Jaunmir abaixou a cabeça por um momento, logo olhou direto
para Lakos e continuou a falar — Junte-se a Marko e Nalia, coincidentemente Khanz precisa falar com vocês,
acredito que tenha relação a algo sobre as runas negras que encontraram. A propósito, usei uma destas runas em
sua nova espada.

Jaunmir após uma longa pausa para digerir o que ouvira, olhou para o miriniano e lhe perguntou o nome, o
miriniano com a cabeça baixa respondeu que tudo que lhe pertencera afundou junto com mirinia, até mesmo seu
antigo nome, que encontraria um novo nome no momento certo.

Após Jaunmir entregar as espadas, todos saíram da ferraria, com exceção de Jaunmir. Marko e Nalia o
aguardavam do lado de fora. Nalia abriu um grande sorriso ao avistar Lakos, mas logo se fechou ao avistar Alice.

Nalia era também miriniana, usava uma lança como arma de combate, estatura baixa, cabelos ruivos, sardas no
rosto,e pele muito clara e olhos verdes. Seus cabelos não ultrapassavam os ombros. Marko por sua vez era mais alto
que Nalia, carregava uma besta em suas costas e dois cutelos, cada um pendurado ao lado de uma perna, tinha
cabelos curtos e negros, olhos castanhos escuros e pele clara, porém não tão clara quanto à pele de Nalia.

—É bom vê-la novamente princesa Alice — Dizia Marko ao perceber o evidente clima pesado que ocorresse
se não dissesse algo — Vimos três pessoas com espadas correndo e logo em seguida suas vozes, assim
decidimos aguardar aqui fora.

Nalia não tirando os olhos do cavaleiro loiro com franja cobrindo um dos olhos, disparou a falar assim que
achou brecha:

—La-Lakos que ótimo te ver! Você fez falta na equipe, sabe, não é a mesma coisa sem você — Marko
segurava a risada no momento —O seu lugar é do meu lado, digo, do lado da equipe, não deveria andar com
outra mulher que não seja eu —Nalia corou por um bréve segundo, mas ao tentar se justificar, olhou Alice com
o semblante sério e calou-se. Lakos por sua vez parecia irado com o que ouvira e retrucou em fúria:

—Você testa minha paciência! Eu já estou cansado de expurgos em meu caminho, já não basta ter de
encontrar a mestiça na ferraria junto de Jaunmir, aparece mais um perdido e ao sair, você está aqui. Quando
vai entender que ando ao seu lado apenas pelo dever?
O miriniano se sentiu acuado ao ouvir o que Lakos falava, mas Nalia se encantava com as palavras do
homem no qual ela decidiu um dia se casar, enquanto Marko não conseguiu conter seu riso e se apoiou em
Klayner para não cair enquanto gargalhava.

Alice diante de tal situação disse com seu habitual maneira rude:

—Marko, Nalia, acompanharão a mim e Klayner aos aposentos de Khanz, ele tem assuntos a tratar com os
três, enquanto em tenho outras razoes para ir ao encontro do mesmo. Lanna e o miriniano irão a Iroilia. Klayner
ordene a Lakos que os acompanhe, de todos aqui ele foi o único que já freqüentou a academia de espadachins,
acredito que ficará mais fácil ele informar Kaila sobre os eventos acontecidos, ela repassará as noticias para
Gillerard. Marko, entregue o restante do dinheiro que lhe entreguei antes de começar sua jornada a Lanna e ao
miriniano, não precisará do dinheiro a partir daqui.

Todos se espantaram com Alice ajudar Lanna, pessoa na qual Alice mais demonstrava desprezo, com exceção de
Lakos, Entretanto Klayner foi o único que não parecer se surpreender, sabendo que ela passaria por cima
momentaneamente até por cima do próprio orgulho para reencontrar seu pai, entretanto achou mais lógico
acreditar que ela preferia entregar dinheiro a Lanna para garantir que ela se distanciasse.

Marko abaixou a cabeça, deu uma risada sem graça e revelou que a alguns dias atráz encontraram uma
Atlantiana que os roubou antes que percebessem, Klayner disse ter encontrado a mesma miriniana pouco antes de
chegar a ferraria com Alice e Lakos, logo percebeu que fora roubado também. Lakos pareceu se divertir muito com o
que acabara de ouvir, sorrindo maldosamente para seus companheiros, disse sem conter o riso:

—Só agora percebeu Klay? Esperava que fosse mais habilidoso que isto! Ela tentou me roubar também, mas
— Lakos revela cinco pequenos sacos fechados que havia escondido até o momento — Fui mais esperto que
ela. Reconheci as postilas assim que vi, imaginei que não estariam longe.

Em intenção indireta de desafiar Alice, Lakos arremessou as chamadas postilas, os sacos usados para guardar
o dinheiro, para seus devidos donos, sobrando mais duas postilas em suas mãos, sem contar sua própria que
estava preso a sua cintura. O miriniano ao lado de Lanna reconheceu sua postila roubada e exclamou:

—Uma destas postilas que segura é minha, fico agradecido se fizer a bondade de me devolver.

Lakos aumentou o sorriso maldoso no rosto e disse com satisfação que não tinha o nome dele em nenhuma das
postilas — Caso queira dinheiro, seja inteligente e roube de outro!

Depois de olhar para a face de Alice, Lakos sem ao menos dizer algo devolveu o dinheiro ao miriniano que até o
momento não fora indentificado, se Juntou a ele e Lanna e partiram para o píer Aialahay, Enquanto Klayner e os
outros iriam percorrer outros caminhos, indo ao aposento de Khanz, o entigo grande querreiro aposentado que vivia
como um lenhador em uma área distante dali.
Capitulo 2

Ela

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