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Geografia

Movimentos migratórios
• Emigração (saída do país de origem);
• Imigração (entrada de estrangeiros num país);
• Migrações internas;

• 1963 a 1973- TCM negativa: intenso fluxo emigratório, devido ao fraco


desenvolvimento do país à falta de emprego e más condições de vida; Foi tudo para a
França e a Alemanha, países em grande desenvolvimento, após a 2ª Guerra Mundial -
a TCN positiva não compensa a TCM, pelo que a TCE é negativa;
• 1974 a 1980- TCM positiva: a independia das colónias obrigou ao regresso de
grande número de portugueses aí residentes e à vinda de muitos naturais desses
territórios. Forte subida da TCE;
• 1990 a 2007- TCM positiva: crescimento económico, na sequencia da adesão à UE,
aumenta o emprego e atrai os migrantes dos PALOP, do Brasil e da Europa de Leste,
em grave crise económica, devido à desagregação da URSS. Ligeiro aumento da TCN
e um crescimento significativo da TCE;
• Desde 2008- TCM diminui: a crise económica fez reduzir a imigração e aumentar
muito a emigração. A globalização da economia também aumentou a emigração,
sobretudo de jovens profissionais qualificados. Nos ultimos anos, com a retoma da
economia, a TCM apresentou tendencia crescente, atingindo um valor positivo em
2017;
• 2019 e 2020- TCE positiva: TCN negativa e TCM positiva
• As migrações influenciam a demografia, porque, na sua maioria, os migrantes têm
idade ativa e reprodtiva. Assim
o …a emigração tem como consequências: diminuição da pop. Ativa;
Diminuição do emprego;
Envelhecimento demográfico
(diminuição da taxa de natalidade e fecundidade);
Diminuição da pop residente;
Entrada de divisas esstrangeiras;
Geografia
PARA O PAIS DE ORIGEM PARA O PAIS DESTINO
POSITIVAS NEGATIVAS POSITIVAS NEGATIVAS
Entrada de divisas Perda de mão-de-obra Aumento da Aumento das taxas de
com plena capacidade disponibilidade de mão- desemprego
produtiva de-obra
Difusão de novas ideias Desequilíbrio entre os Rejuvenescimento da Problemas
e costumes sexos já que grande População que se habitacionais que
parte dos emigrantes é revela numa maior levam à proliferação
formada por homens capacidade de
empreendedora e na bairros de lata e de
dinamização da bairros clandestinos
economia
Concentração fundiária, Envelhecimento da
porque os agricultores população ediminuição
que migram acabam da taxa de natalidade
por vender as
explorações agrícolas

Êxodo rural e os seus efeitos na organização do território


• O êxodo rural foi mais intenso nas décadas de 1960 e 1970, motivado pelo
crescimento demográfico que, nas áreas rurais, levou à escassez de recursos naturais
(terras, lenha, etc.) e à falta de emprego e de perspetivas de futuro;
• Litoral: aumennto da pop, sobretudo nas AM do porto e mais lisboa;
• Interior: perda da pop em quase todos os munícipios;
• Açores e Madeira: perda da pop em quase todos os munícipios;
• O êxodo rural provocou o declínio demográfico e económico da maioria dos
municípios rurais do Continente e das regiões autónomas. Nas últimas décadas,
embora em menor grau, esta tendência de perda demográfica manteve-se e as
projeções indicam a sua continuidade, na maioria dos municípios;
• Alguns municípios do interior têm registado uma variação positiva, devido ao
desenvolvimento económico de algumas cidades que atraem população.
Geografia
Como evoluiu a população residente em Portugal? Que fatores influenciaram essa evolução?
Crescimento até 1962 Devido à descida progressiva da taxa de
mortalidade, que elevou a TCN.
Perda demográfica
nos anos de 1960 e até 1973. Vaga de emigração devido ao fraco desenvolvimento
económico, à falta de emprego e, em parte, à Guerra Colonial e ao regime ditatorial.
Aumento demográfico
após a Revolução de 25 de Abril. Provocado pelo retorno de muitos portugueses
emigrados e nascidos nas ex-colónias, que se tornaram independentes
.
Estagnação demográfica
nos anos de 1980. Descida da taxa de natalidade e do crescimento natural e
crise económica internacional, que estagnou as migrações.
Aumento demográfico
nos anos de 1990 até 2010. O crescimento económico atraiu a imigração, permitindo
travar a queda da natalidade (maioria dos migrantes em idade de procriar).

Redução da população
desde 2011 A crise económica fez aumentar a emigração e diminuir a
imigração, tornando negativas as taxas de crescimento natural e migratório.

Distribuição espacial das variáveis demográficas


• A evolução das variáveis demográficas refletiu-se na ocupação do território, que acentuou cada vez
mais as diferenças entre o litoral e interior, uma vez que a saída de população diminui ainda mais as
TN, TCN e CE;
• A TN é mais alta nos Açores, Algarve e na AM de Lisboa, apresentando os valores mais baixos no
interior do Norte e Centro;
• A TM é menor nas sub-regiões do litoral e regiões autónomas, sendo mais elevada nas do interior;
• A pop. Idosa é maior no interior, pois há menos nascimentos e maior nº óbitos;
✓ Estes contrastes regionais devem-se também à emigração, que ajudou a despovoar o interior, e da
imigração, que se fixa mais nas AM do porto e lisboa;
✓ Veridica-se também, alguma fixação de imigrantes nas áreas rurais devido a atividades agrícolas
pouco qualificadas ou ao investimento em turismo rural e na agricultura biológica;
Taxa de cresciemento efetivo

• A variação da população, por sub-regiões, resultante da evolução das taxas de crescimento natural
e migratório, apresenta-se com saldo positivo ou pouco negativo no litoral e nas reciões
autónomas;
• Isto contrasta com os valores mais negativos do interior, que evidencia, por isso, maior perda
demográfica;
• Conclui-se que o crescimento efetivo, à exceção das duas áreas metropolitanas, é negativo em todo
o país, facto que se deve aos valores das taxas de:
o crescimento natural - negativos em quase todo o país, sendo a variável demográfica que
mais contribui para a redução da população;
o crescimento migratório - negativos em mais de metade das sub-regiões, mas com valores
superiores aos da taxa de crescimento natural e positivos nas duas áreas metropolitanas.
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Grupos etários e classes etárias

• Estrutura etária- Distribuição da população por idades e sexos


• Grupo etário- grupo de idades: grupo de jovens até aos 14 anos, grupo dos adultos de 15 aos 64, e
o grupo de idosos de 65 e mais anos.
• Classe etária- grupo de indivíduos que apresentam idades muito próximas (0-4;5-9;..60-64)
• A estrutura etária é muito importante para se compreender e estudar a pop. de um país ou região
pois, por ex., poderá saber-se a população tenderá a aumentar ou diminuir a partir da sua
tendencia para o envelhecimento ou rejuvenescimento;
• As piramides etárias permitem, através da sua forma e irregularidades:
o Ident. a estrutura etária (se a pop é jovem ou idosa);
o Fazer projeções futuras em termos de planeamento e de tomada de decisões (construção
de escolas; hospitais);
o Conhecer os acontecimentos passados ( algo que tenha acontecido que possa condicionar a
natalidade ou mort., faz-se sentir na sua forma);

Aparecem as classes ocas

Classe etária com um menor nº efetivos que a classe seguinte devido a epidemias, guerras,
catastrofes naturais
• População ativa: conjunto de individuos com idade minima de 15 anos que, no período de
referencia, constituem mão de obra disponivel para a produção de bens e serviços (pop.
empregada; pop. desempregada e à procura de novo emprego; pop. desempregada e à procura
do 1º emprego);
• População inativa: individuo, qualquer que seja a sua idade, que, no período de referencia, não
pode ser considerado economicamente ativo, ISTO É, não está empregado, nem desempregado
(deficientes; donas de casa);
Evolução por classes e grupos etários

• Conclui-se que, de 1960 a 2020, se operou um duplo envelhecimento da população


portuguesa:
o na base - diminuição da proporção de jovens, por efeito da redução da
natalidade;
o no topo - aumento da proporção de idosos, devido à redução da mortalidade e
consequente prolongamento da esperança média de vida.
• Na população adulta também se observa um envelhecimento:
o redução das classes mais baixas (dos 15 aos 34 ou aos 39 anos), que indica a tendência de
decréscimo da população em idade ativa;
o aumento das classes mais altas (acima dos 34 ou dos 39 anos).
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Declinio de fecundidade
• A redução da natalidade evidencia-se no declínio de outros indicadores de fecundidade, que têm
mantido uma tendência decrescente;
• Índice sintético de fecundidade: número médio de filhos por cada mulher em idade fértil (15 a 49
anos).
• Índice de renovação de gerações: valor mínimo do índice sintético de fecundidade necessário para
assegurar a substituição de gerações.
• Taxa de fecundidade: número de nados-vivos ocorridos num ano, por mil mulheres em idade fértil.
• Taxa de fecundidade, que tem registado: uma redução entre as mães mais jovens;
um aumento nas mães com 30 e mais anos;
• São diversos os fatores que explicam a redução dos indicadores de fecundidade:
o generalização do planeamento familiar e do uso de métodos contracetivos;
o aumento da taxa de atividade feminina e valorização profissional da mulher;
o alargamento da escolaridade obrigatória, que faz adiar a entrada na vida ativa e eleva a idade
média ao nascimento do primeiro filho (Fig. 2);
o aumento da exigência e das despesas com a educação dos filhos e dificuldade em conciliar a
vida familiar com a profissional;
o dificuldade de inserção na vida ativa e aumento do trabalho precário entre os jovens;
o falta de habitação a preços acessíveis, que dificulta a autonomia dos jovens e limita a dimensão
das famílias.
Aumento da esperança média de vida
• Em Portugal, a esperança média de vida aumentou muito no último século, por efeito da queda da taxa
de mortalidade, conseguida pela melhoria:
o da assistência médica e da proteção social;
o das condições de higiene e de segurança no trabalho;
o das condições de vida em geral.
• A maior longevidade feminina deve-se a fatores como:
• maior cuidado com a alimentação e a saúde;
• menor exposição a acidentes de trabalho;
• menor incidência de comportamentos de risco;
• sistema imunológico feminino mais eficiente, segundo vários estudos científicos

• Com o declinio da fecundidade e o aumento da esperança media de vida, o indice de envelhecimento


tem vindo a ficar cada vez mais alto
• Índice de envelhecimento: relação entre a população idosa e a população jovem (n.° de idosos/cem
jovens).
✓ Consequências do envelhecimento:
▪ Aumento do índice de dependência de idosos faz com que a população ativa tenha cada vez mais
encargos com a população idosa
▪ Diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade do país
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▪ Diminuição do espirito na dinamização e inovação, que em geral são características da população
mais jovem
▪ Diminuição da produtividade, porque em princípio, os jovens serão mais produtivos do que os
empregados em fim de carreira
▪ Aumento dos encargos sociais com as reformas e com a assistência médica aos idosos
▪ Redução na natalidade, uma vez que estão a diminuir os escalões etários onde a fecundidade é
mais elevada;
Diferenças regionais

• Conclui-se que, de um modo geral, nas sub-regiões do:


▪ Interior, como Terras de Trás-os-Montes e Beiras e Serra da Estrela, com proporção de idosos muito
superior à de jovens, o índice de envelhecimento é mais alto;
▪ Norte litoral, como Ave, Tâmega e Sousa, e AM do Porto, a proporção de jovens é maior e a de
idosos menor do que no interior, o que explica o menor índice de envelhecimento.
▪ Centro litoral, como Aveiro, Viseu Dão-Lafões, a AM de Lisboa e o Algarve, a proporção de idosos é
inferior às do interior e a de jovens inferior à do norte litoral, o que explica os valores intermédios
do índice de envelhecimento.

Evolução da estrutura da pop ativa

• Taxa de atividade: relação da população ativa com a população total - número de ativos por cem
habitantes
• Conclui-se que a população ativa depende da/o:
o estrutura etária da população residente, que induz a sua redução quando há um
envelhecimento pela base e determina a estrutura etária da população ativa (Fig. 2).
o valorização da formação escolar e profissional, que adia a entrada dos jovens adultos na vida
ativa;
o participação da mulher no mercado de trabalho, que aumenta a população ativa e altera a sua
composição, por género;
o saldo migratório, que faz aumentar ou diminuir o número de ativos, consoante é positivo ou
negativo.
o situação económica, que influencia o emprego. Numa crise económica, a falta de emprego faz
aumentar a emigração e reduz a imigração, fazendo diminuir os ati-vos. Se a economia cresce,
dá-se o inverso.
• Fatores que influenciam a taxa de atividade: estrutura etária, o trabalho feminino, a escolaridade
obrigatória, a idade da reforma, da emigração e da imigração.
E do emprego por setores de atividade

• A alteração das atividades produtivas, permitida pelo desenvolvimento cientifico, tecnologico e


económico, levou a uma alteração da distribuição do emprego pelos três setores de atividade;
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• A estrutura do emprego, que, em 1974, se repartia quase igualmente pelos três setores, alterou-se
mais significativamente após a adesão à UE:
• O setor primário sofreu uma grande redução.. .... devido ao êxodo rural e à crescente mecanização e
modernização tecnológica da agricultura.
• O setor secundário, depois de aumentar um pouco, começa a decrescer, já neste século... ... em
consequência da modernização tecnológica da indústria, da deslocalização dos ramos intensivos em
mão de obra para países com menores custos de produção, assim como da redução da construção civil
e obras públicas após a EXPO 98 e o Euro 2004.
• O setor terciário cresceu muito e, atualmente, emprega cerca de 70% da população ativa... ...
refletindo a tendência de terciarização da economia, o que se explica pela expansão e diversificação
do comércio e dos serviços em áreas como a saúde, o apoio à comunidade, a educação, o turismo e
lazer, as tecnologias da informação e comunicação, entre muitos outros.
• Terciarização da economia: domínio do setor terciário no emprego e na produção de riqueza e 73 da
pop PT pertence ao setor terciário logo PT é um pais desenvolvido;
• Estrutura profissional: agrupar a profissão segundo a sua natureza;
o Setor primário: agricultura; sivicultura
o Setor secundário: industria; atividades de tranformação; construção civil
o Setor terciário: comércio; aquisição de bens e serviços
• Taxa de desemprego: Definir o peso da pop desmepregada sobre o total da pop ativa;
• Taxa de emprego: permite definir o peso da pop empregada sobre o total da pop ativa;
Evolução dos níveis de escolaridade e qualificação profissional

• Nivel de instrução: situação do individuo face ao sistema formal de ensino, isto é, nº anos de
escolaridade que conclui e/ou o respetivo grau académico que possui;
• Nivel de qualificação profissional: Saberes e competencias que o trabalhador deve utilizar no
desempenho de determinadas tarefas que fazem parte do perfil da pessoa;
• Portugal elevou a taxa de alfabetização e fez grandes progressos no aumento dos níveis de
escolaridade da população, em geral, e da população ativa, em particular, vindo a aproximar-se
gradualmente dos níveis europeus;
• Conclui-se que, apesar dos progressos consideráveis, Portugal tem de continuar a elevar os níveis
de escolaridade, que ainda são inferiores aos da União Europeia, uma vez que constituem um fator
fundamental para o desenvolvimento económico e social do país;
• A evolução dos níveis de escolaridade da população ativa evidencia:
o uma redução da desigualdade de género no acesso ao ensino;
o o alargamento da escolaridade obrigatória;
o a democratização do acesso ao ensino superior
• Para elevar os níveis de escolaridade dos ativos, também contribuíram, entre outros:
o o reforço e a ampliação da oferta de cursos de formação profissional no ensino público (3.°
ciclo, secundário e pós-secundário), que ajudaram a reduzir o abandono escolar;
o o ensino recorrente, que permitiu a muitos adultos concluir o ensino básico ou secundário, em
horário pós-laboral.
o o programa Novas Oportunidades, substituído desde 2017 pelo Programa Qualifica, com uma
oferta diversificada, que capitaliza as formações realizadas e as competências adquiridas ao
longo da vida, permitindo completar um nível de ensino e obter uma qualificação integrada no
Sistema Nacional de Qualificações, que dá acesso a todo o mercado de trabalho comunitário.
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Porque estamos atrasados face à Europa, no acesso às escolas?
As razoes deste atrsaso são conhecidas e relacionadas com a expansão tardia do sistema escolar, a
desvalorização do papel da escola no modelo economico, o abandono precoce da escola e um contexto
social e cultural pouco exigente ao nivel das competencias individuais
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Distribuição espacial da estrutura etária e profissional
• Na composição da população ativa por idades e na distribuição do emprego por setores de atividade,
evidenciam-se algumas regiões:
o Centro e Alentejo, com o setor primário menos diminuto, pela maior dimensão de áreas agrícolas e
florestais e pela maior proporção de idosos na sua população;
o Norte e Centro, onde o setor secundário se evidencia, devido à existência de numerosas indústrias,
algumas que ainda empregam muita mão de obra;
o Área Metropolitana de Lisboa destaca-se no setor terciário, pela concentração de serviços
administrativos (do setor público e privado), financeiros, turísticos, entre outros, assim como o
Algarve e a Madeira, pela grande importância do turismo e atividades afins;
• Os niveis de escoçaridade da pop ativa, embora tenham aumentado em todo o país, mostram
diferenças grandes que se associam à estrutura etária e à possibilidade de acesso aos diversos graus
de ensino;

Principais problemas sóciodemográficos


Declinio da fecundidade;
Envelhecimento demográfico;
Situação perante o emprego e desemprego;
Baino nivel educacional;
Desiquilibrio demografico e socioeconomico

• A população ativa produz riqueza e sustenta economicamente a vida de um país, enquanto a


população inativa, composta maioritariamente por jovens e idosos, constitui a população dependente.
A relação entre população ativa e dependente pode avaliar-se pelos índices de dependência;

• Índice de dependência de jovens: Relação entre população jovem e população em idade ativa.
• Índice de dependência de idosos: Relação entre população idosa e população em idade ativa.
• Índice de dependência total: Relação entre o total (jovens e idosos) e a população em idade ativa
• Índice de sustentabilidade potencial: relação entre a população em idade ativa e a população idosa.
Número de ativos por idoso.
• Índice de renovação da população ativa: relação entre a população que potencialmente está a entrar
na vida ativa e a que está a sair. Número dos que entram na idade ativa por cada cem que saem

• Concluímos que o envelhecimento demográfico se reflete nos índices de dependência:


• de 1960 a 1981, o ID total (59,1%) devia-se, sobretudo, ao ID de jovens (46,4%);
• de 1981 a 2001, o ID total diminuiu por efeito da redução do ID de jovens (devido à redução da
população jovem), apesar do aumento do ID de idosos;
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• desde 2001, o ID total tem vindo a aumentar, por efeito do crescimento do índice de dependência de
idosos, motivado pelo aumento da população deste grupo etário.
• O aumento dos idosos e a redução dos ativos são um problema demográfico a que urge dar atenção,
pois dificulta a sustentabilidade social e económica, uma vez que...
o O aumento das despesas do Estado com a saúde, os serviços de apoio aos idosos e, sobretudo,
com as pensões de reforma...
o Não é compensado pelas contribuições da população ativa, que tendem a diminuir.
o Conduz a um desequilíbrio financeiro dos sistemas de pensões e da proteção social, que
podem entrar em rutura.
Nivel de escolaridade e qualificação- fator que pesa no preço da mão de obra e produto

• Em Portugal, os níveis de escolaridade, ainda abaixo da média comunitária, também levantam pro-
blemas, nomeadamente ao nível da produtividade das empresas.
• A produtividade relaciona essencialmente o valor da produção com o tempo de trabalho que foi
utilizado e pode referir-se ao trabalho:
o humano - produtividade do trabalho;
o dos equipamentos - produtividade do capital fixo.
• Os níveis de qualificação influenciam a produtividade.
• Nos empregadores, a falta de qualificação reflete-se:
o num défice de organização da produção e do trabalho;
o numa gestão financeira pouco eficaz;
o na menor capacidade de inovação e adesão a novos processos e tecnologias e de acesso aos
programas de apoio;
• Nos empregados, a falta de qualificações implica:
o menor qualificação para a realização do trabalho;
o maior dificuldade de adaptação e de aprendizagem ao longo da vida.
✓ A produtividade influencia a competitividade, pois uma empresa com maior produtividade pode
colocar os produtos no mercado a um preço mais baixo - mais competitivo. Assim, Portugal tem
dificuldades em competir no mercado europeu
Situação perante o emprego

• O défice de qualificação escolar e profissional reduz a empregabilidade dos trabalhadores, porque:


o limita as opções e oportunidades de emprego;
o dificulta a adaptação em caso de reestruturação da empresa, assim como a reconversão
profissional (mudança de profissão);
o reduz a possibilidade de progressão profissional e salarial;
o coloca-os na primeira linha dos despedimentos em momentos de crise económica e, por isso, em
maior risco de desemprego;
• A taxa de desemprego reflete as situações conjunturais da economia dos países. Assim, numa
conjuntura de:
o crescimento económico, a taxa de desemprego desce;
o recessão económica, a taxa de desemprego sobe
• Conjuntura: situação que ocorre durante um período limitado, em que se conjugam fatores que
influenciam, positiva ou negativamente, a economia, a demografia, etc
• Recessão: crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - inferior a zero (PIB inferior ao do ano anterior).
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• O desemprego não atinge todos por igual. Os mais vulneráveis, por serem mulheres, pessoas mais
velhas ou ativos com menor nivel de qualificação escolar e profissional. geralmente estão mais sujeitos
ao desemprego, sobretudo em épocas de crise económica;
• Podemos concluir que o maior risco de desemprego encontra-se entre:
o as mulheres, sobretudo as menos qualificadas e, muitas vezes, com trabalho precário
o os ativos com menor formação escolar e profissional;
o Os jovens alé aos 25 anos, pois os empregadores exigem experiência e, no nosso país, há pouca
ligação entre o ensino e as empresas;
o Os ativos com mais de 35 anos, no desemprego de longa duração, porque, em regra, têm menor
escolaridade e menos capacidade de adaptação a novas atividades.
• No tipo de emprego (por conta própria ou de outrem, de contratos permanentes ou temporários, a
tempo inteiro ou a tempo parcial) também se verificam algumas diferenças, que têm vindo a reduzir-
se, sobretudo entre homens e mulheres;
• A análise regional evidencia os mesmos grupos de maior risco e também diferenças que se relacionam,
principalmente, com a demografia e a desigualdade da oferta e da procura de emprego. Por exemplo,
na AM de Lisboa, a oferta é maior, mas a procura inclui ativos de todo o país, além de haver mais
trabalho temporário;

Aprendizagem ao longo da vida

• Os níveis de escolaridade influenciam a aprendizagem ao longo da vida, pois quem tem mais
qualificação, geralmente, tem maior apetência para aprender e mais desejo de progredir na
carreira, participando mais em atividades de formação
Que soluções?

• Os problemas sociodemográficos evidenciam a urgência de se desenvolverem politicas


demográficas que promovam o rejuvenescimento da população e de políticas educativas que
elevem os níveis de escolaridade e qualificação.
Rejuvenescer a população...

• O rejuvenescimento da população é indispensável para alcançar um equilibrio demográfico que


garanta a sustentabilidade social. A única forma de o conseguir é através do aumento da
população jovem, de modo a permitir:
o um maior equilíbrio entre os grupos etários, sobretudo entre jovens e idosos, para que a
proporção de jovens alcance ou ultrapasse a dos idosos;
o uma maior capacidade de renovação da população em idade ativa, para conseguir o equilíbrio
financeiro dos sistemas de pensões e de prestações sociais.
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• Por isso, será necessário valorizar a vida familiar a nível político, social e económico, para que os
governos, as empresas e as instituições cooperem para criar condições que permitam às pessoas
ter o número de filhos que desejam;
Aumentando a natalidade…

• As políticas natalistas - podem ser implementadas através de medidas, tais como:


o alargamento da rede pública da educação pré-escolar, com horários compatíveis com o
emprego dos pais;
o aumento dos subsídios familiares e redução dos impostos em função do número de filhos;
o apoio às famílias nas despesas da educação dos filhos;
o alargamento do período de licença parental e maior diversidade de modalidades da sua
partilha no casal;
o regulamentação da adoção de crianças de outros países;
o incentivos às empresas para serem mais "amigas da família", nomeadamente com:
▪ a criação de creches nas empresas, que facilitaria as deslocações diárias e fomentaria
maior contacto com os filhos ao longo do dia, por exemplo, na hora de almoço;
▪ flexibilização do horário de trabalho para facilitar a conciliação do trabalho com a
vida familiar;
o Promover a empregabilidade, maior segurança no emprego e salários mais adequados ao
nível atual de despesas familiares;
Valorizando a imigração…

• Outra forma de rejuvenescer a população é implementar uma política de migrações que permita
manter o saldo migratório positivo, criando condições:
o de salário e oportunidades de progressão na carreira idênticas às dos países mais desenvolvidos
da União Europeia, para evitar a perda de jovens profissionais portugueses pela emigração;
o para atrair estudantes e jovens ativos estrangeiros, promovendo a imigração legal e planeada,
e a fixação de refugiados, com programas de apoio ao emprego, à habitação e à integração
social.
• Como a maioria dos migrantes internacionais tem entre 15 e 45 anos, a imigração:
o rejuvenesce a população residente;
o reduz o declínio da natalidade pelo aumento de população em idade reprodutiva;
o aumenta e rejuvenesce a população ativa;
o contribui para aumentar as receitas fiscais;
o contribui para a sustentabilidade financeira dos sistemas de pensões e proteção social;
o eleva a riqueza e diversidade humana e cultural.
Elevar os níveis de escolaridade e qualificação…

• As políticas educativas das últimas décadas permitiram elevar os níveis de escolaridade, mas ainda
é necessário continuar a investir nesse progresso, nomeadamente:
o diversificando os percursos escolares, para dar resposta à real diversidade dos alunos
(inclusão) e, assim, combater o abandono escolar;
o continuando a melhorar a oferta educativa profissional, para jovens e adultos, tornando-a
mais adequada às necessidades da economia;
o aumentando a maior ligação e a cooperação entre o ensino e o mundo empresarial, para
facilitar a inserção dos jovens na vida profissional e melhorar as qualificações dos ativos;
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o promovendo a inovação tecnológica nas escolas e universidades, para preparar os alunos para
as exigências do mercado de trabalho;
o apoiando as empresas no reforço da formação escolar e na promoção da aprendizagem ao
longo da vida, para promover o desenvolvimento de competências pro-fissionais, facilitar a
reconversão profissional e aumentar a empregabilidade;
Melhorar a competividade…

• Elevar as qualificações da população ativa promove o crescimento económico, pois vai aumentar a
capacidade de:
o melhorar a produtividade das empresas;

o enfrentar riscos, favorecendo a inovação, O investimento em investigação e conhecimento


e o empreendedorismo;
o responder às exigências dos consumidores quanto à diversidade e qualidade dos produtos
e serviços, favorecendo o consumo e, c consequentemente, o aumento da produção;
o melhorar a capacidade de negociação e de inserção nos mercados, para elevar as
exportações e o investimento estrangeiro.

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