O termo cotidiano (português brasileiro) ou quotidiano (português europeu) significa
aquilo que é habitual ao ser humano, ou seja, está presente na vivência do dia a dia. Cotidiano também pode indicar o tempo no qual se dá a vivência de um ser humano; também pode indicar a relação espaço-temporal na qual se dá essa vivência. Para além da Filosofia e da Sociologia, uma das áreas disciplinares que recentemente tem procurado estudar o quotidiano são as Ciências da Comunicação. Particularmente, existem estudos, como o de Mateus (2016), que relacionam sociabilidade e media ao colocar como categoria central o conceito de quotidiano. Com efeito, o autor considera o Serviço Público de Media a partir da preocupação que este tem em lidar com a autenticidade da experiência quotidiana, quer ao nível discursivo, quer ao nível da própria programação. “A par da dimensão político-democrática e da dimensão educativa, a dimensão sociológica sublinha práticas de inclusão do indivíduo comum no discurso de televisão e rádio. Estas práticas de inclusão assumem uma feição convergente num duplo sentido: convergência enquanto publicidade, enquanto reunião da atenção coletiva; e convergência enquanto emergência do indivíduo vulgar e da mundanidade na Televisão e Rádio Públicas. O que está em causa nessa dupla convergência continua a ser o horizonte comunitário e coletivo das sociedades” (Mateus, 2016: 112). A vida cotidiana deveria surpreender a todos em face das surpresas e armadilhas que nos espreitam em cada esquina da vida e da História; deveríamos nos surpreender até diante de tudo aquilo que se nos configura habitual. Cotidiano, vocábulo de origem latina, significa etimologicamente “cada dia”, “todos os dias” e, no sentido figurado, refere-se ao que é comum, habitual. É o vocábulo que permite apreender o caráter fluído e contínuo do viver, a unidade de medida básica da sucessão da vida e, possivelmente, um dos “campos inteligíveis” fundamentais do devir humano. TRABAHO E ACESSIBILIDADE: O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho é qualquer atividade física ou intelectual, realizada pelo ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo para realização pessoal e desenvolvimento econômico. O que é trabalho? O conceito de trabalho é formado por elemento teológico que teve influência no ocidente greco-romano-helenista chegando até os nossos dias. Como mostra o Livro do Gênesis (3, 17); depois de pecar o homem foi amaldiçoado, ficando condenado a extrair seu sustento do suor, do cansaço, do labor de seu trabalho: “comederes maledicta terra in opere tuo in laboribus comedes eam cunctis diebus vitae tuae”.
A concepção de trabalho sempre esteve predominantemente ligada a uma visão
negativa. Na Bíblia, Adão e Eva vivem felizes até que o pecado provoca sua expulsão do Paraíso e a condenação ao trabalho com o “suor do seu rosto”. A Eva coube também o “trabalho” do parto.
O termo trabalho é originário do latim tripalium, que designa instrumento de tortura.
Por extensão, significa aquilo que fatiga ou provoca dor. Na etimologia da palavra trabalho, ou tripalium), do Latim, um instrumento romano de tortura, espécie de tripé formado por três estacas cravadas no chão, onde eram supliciados os escravos. " tri" (três) e " palus" (pau) - literalmente, "três paus". Daí o verbo tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium. ACESSIBILIDADE: Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos.
ACESSIBILIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO:
Quando falamos de um local de trabalho acessível, imediatamente pensamos em
acessibilidade física ou arquitetônica, como rampas de acesso para pessoas em cadeiras de rodas, sinalização em braille e banheiros acessíveis, porém um local de trabalho acessível também deve incluir a acessibilidade digital, onde a tecnologia da informação e comunicação é acessível e também trabalhar as questões relacionadas a acessibilidade atitudinal. A chave é garantir que as portas sejam abertas para todos os indivíduos, incluindo pessoas com deficiência. Mas não são apenas as pessoas com deficiência que se beneficiam dos locais de trabalho acessíveis. Locais de trabalho acessíveis ajudam as empresas a aumentar a produtividade e garantir que um conjunto mais amplo de talentos possam entrar, permanecer e crescer no emprego. A ACESSIBILIDADE NA UFC:
A Universidade Federal do Ceará vem se destacando entre as Instituições Federais de
Ensino Superior (IFES) brasileiras no que se refere à promoção de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. A criação da Secretaria de Acessibilidade UFC Inclui, em 30 de agosto de 2010, situa a UFC num patamar diferenciado dentre as demais IFES, na medida em que se compromete com as diferenças caracterizadas pelas condições de deficiência. Esta Secretaria tem como objetivo assegurar condições de acessibilidade na UFC, em suas múltiplas dimensões, conforme a legislação vigente, e estimular o desenvolvimento de uma cultura inclusiva na UFC.
São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a
pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível; e que a presença, na sociedade, de pessoas com deficiência, autônomas, é essencial para a criação de uma cultura inclusiva. Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão. Inclusão social: "Inclusão social é o ato de incluir na sociedade categorias de pessoas historicamente excluídas do processo de socialização, como negros, indígenas, pessoas com necessidades especiais, homossexuais, travestis e transgêneros, bem como aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica, como moradores de rua e pessoas de baixa renda.
Ao falar em inclusão, estamos de acordo com a Declaração Universal de Direitos
Humanos e também com a Constituição Federal de 1988, que apresentam direitos que devem se estender a todas as pessoas, sem exceção. Vale dizer ainda que sociedades que apresentam altos índices de exclusão social enfrentam também inúmeros outros problemas, como o aumento da criminalidade e dos índices de pobreza." O que é inclusão social? "Na Sociologia, dizemos que a inclusão social é uma medida de controle social, ou seja, ela atua como meio de integração entre administração pública e sociedade a fim de solucionar conflitos e resolver problemas resultantes da formação da sociedade capitalista. Historicamente, alguns grupos sociais ficaram à margem do processo de socialização, não tendo o devido acesso a direitos como educação, emprego digno, moradia, saúde e alimentação adequada. Para resolver esse problema, os governos passaram a criar, a partir do século XX, medidas de inclusão das camadas marginalizadas da população na sociedade." O QUE SÃO PROGRAMAS DEINCLUSÃOECONÔMICA? Estratégias de inclusão econômica (ou de “inclusão produtiva”) são ações voltadas a superar as barreiras produtivas e sociais que famílias e comunidades enfrentam para gerar renda e ampliar sua posse de bens. Nos últimos 20 anos, essa abordagem tem sido progressivamente implementada em diversos países, incluindo o Brasil, sobretudo de forma complementar a programas de transferência de renda.
Sob a influência da ideia de “políticas públicas baseadas em evidências”, diversos
programas de inclusão econômica têm dado grande atenção à realização de avaliações de impacto. Os resultados dessas avaliações mostram um grande potencial, alguns desafios, mas, acima de tudo, uma mensagem poderosa: intervenções temporárias mas bem desenhadas podem efetivamente promover uma saída sustentável da pobreza