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Educar para

superar a
Crise
Preso em casa com
crianças entediadas?

Uma das consequências desencadeadas


pela COVID 19, durante o ano de 2020, foi
uma profunda mudança na forma de
educar. A permanência prolongada em
casa e o ensino digital alteraram a rotina
de pais e filhos e fizeram surgir inúmeras
crises no seio familiar.

Precisamos de lançar um novo olhar sobre


a educação e sobre a família e introduzir
mudanças capazes de fazer uma diferença
positiva que soluções a este cenário que se
irá prolongar por diversos meses.

É o que vamos fazer a seguir!


Como as
crianças reagem
perante uma crise?
Apatia;
Silêncio;
Desorganização extrema;
Irritação;
Falta de sono...
Estes são alguns dos sintomas que uma
criança, que perdeu a sua rotina e que
está ansiosa face a uma nova realidade,
pode demonstrar.
É certo que, na maioria das vezes,
costumamos olhar para os mais novos
como não sendo tão propensos a
emoções mais fortes e a preocupações
que, normalmente, afetam os adultos,
porém, não é bem assim! E não estar
atento aos sinais pode desencadear
outros problemas mais sérios.

Dessa forma, e sobretudo numa situação


de crise, como a pandemia COVID 19,
perceber os sinais, e entender de que
forma as crianças e jovens respondem a
eles é o primeiro e mais importante
passo para encontrar as soluções mais
adequadas para resolver o problema
dos mais jovens.
Porque aparece a ansiedade?

Embora a ansiedade seja uma reação


natural do nosso corpo a uma situação
de perigo, funcionando como um
mecanismo de sobrevivência, quando se
torna mais intensa e frequente torna-se
nociva e incapacitante.

A ansiedade é um estado psicológico,


que surge, na maioria das vezes, por não
se expressar ou colocar em evidência os
sentimentos e emoções que surgem na
nossa mente. Em muitos casos, tal
decorre de um conjunto de crenças que
são apreendidas na infância e se vão
intensificando e determinando a nossa
vida quando nos tornamos adultos.
Isso porque, a criança absorve tudo
aquilo que está a sua volta, e se ela é
ensinada a não acreditar em sim mesma
e nas suas capacidades, é nesse
ambiente de não aceitação e de não
realização que ela irá concentrar toda a
sua energia, até que tal se torne a sua
realidade.

No contexto que estamos a viver, em


que permanecemos mais tempo em
casa, em família, e mais vulneráveis a
notícias e ao impacto negativo da crise,
são as crianças que mais sofrem por
verem a sua rotina alterada, e se sentem
mais apreensivas em relação ao futuro.
O medo torna-se presente e a ansiedade
ganha terreno no sentir quotidiano dos
mais novos.
No seio da família

Desde novos aprendemos que é na


família que encontramos a segurança de
que precisamos para viver. E e assim,
através dela, que construímos a nossa
realidade e desenvolvemos as nossas
crenças em relação ao que nos rodeia.

Se se cresce num ambiente de crenças


negativas e de tensões frequentes,
tenderemos a tornar-nos adultos
instáveis, com estruturas morais e
emocionais fragilizadas.
Dessa forma, fica claro que para superar
um momento de crise, especialmente
como este com que nos confrontamos,
precisamos construir um ambiente que
seja acolhedor para as crianças, e que
lhes dê a liberdade e a segurança
necessárias, para que estejam abertas a
sentir as emoções e a manifestá-las. Só
assim aprenderão a lidar com elas e a
usá-las em seu benefício.

COMO ATENUAR OS MEDOS DESTE


MOMENTO DE CRISE

A família pode ajudar neste momento!

Entregando ferramentas para que as


crianças se expressem;
Manifestando interesse pelas suas
narrativas;
Propondo discussões abertas sobre o
contexto que se vive;
Desmistificando situações do
quotidiano.
A criança que se vê obrigada a limitar a
expressão dos seus sentimentos e
emoções tende a ficar cada vez mais
fechada dentro de si. Progressivamente
vai perdendo energia e vontade de lutar
contra a adversidade. Cede, refém das
circunstâncias, a um padrão de
pensamento negativo e derrotista.

No futuro, fruto de um padrão de


vivência negativo, tem maior propensão
para sofrer de doenças como a
depressão.

Os pais devem tomar as rédeas da


situação, criando um ambiente familiar
assente numa visão real do contexto que
se vive, mas também numa visão
positiva. Embora o medo gerado pela
incerteza e pela perda afete pequenos e
grandes, cabe aos pais serem o garante
da estabilidade emocional dos filhos.
Para garantir que o ambiente familiar é
um ambiente onde as crianças possam
crescer de forma saudável, robustecer as
suas emoções e superar tensões e crises
é necessário que os pais:

Estejam atentos à informação que permitem


que entre dentro de casa através dos meios
de comunicação social. Nem todas as
informações são adequadas às crianças.
Muito do que é transmitido pela televisão
apenas serve para gerar ansiedade e medo
de perda. Evitar ao máximo o consumo de
notícias televisivas é a opção mais sensata.

Aconselhem com calma a sensatez as


crianças a lidarem com as novas regras e
com os novos comportamentos, deixando
claro que, apesar de se tratar de uma
situação de crise que é temporária, há
comportamentos que devem ser alterados
para sempre.
Aproveitem os momentos em família para
estreitar laços entre os seus elementos e
para se conhecerem melhor.

A família é um grupo de pessoas que têm


afinidade entre si, mas é também um
projeto que, para ser duradouro e dar
frutos, tem de ser alimentado.
Aproveitem o contacto mais frequente
com os filhos para desenvolver esse
projeto.

Como manter a saúde mental


Sabemos que os pais têm feito todos os
possíveis para gerar um ambiente seguro,
tranquilo e empático, onde as crianças se
sintam ouvidas e acolhidas.

No entanto, é necessário apoio profissional


que ajude as famílias a fazer face a esta crise.
Essa ajuda passa pelas terapias
convencionais, mas também por métodos
educacionais que se foquem no
desenvolvimento de outras áreas que não
as curriculares.
Este é um momento histórico para o qual
nenhum de nós estava preparado, portanto
exige amparo e apoio profissional.
E para pensar a educação do futuro com
responsabilidade e de forma plena, é
necessário rodear-se de parceiros
educativos aptos a fornecer-lhe as
ferramentas necessárias para que os seus
filhos se tornem adultos equilibrados,
emocionalmente saudáveis e, o mais
importante: Tão felizes quanto podem
sonhar ser.

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