Capítulo 10

Torre contra Cavalo

O Cavalo Solitário

No capítulo “Torre contra peões” (a parte dedicada a “Promoção do peão a um ca-

valo”), fomos apresentados às posições mais importantes de cavalo contra torre para o
praticante. Vamos revisitar as conclusões básicas:
Geralmente, um cavalo empata facilmente contra uma torre. Mas há exceções:
Quando o cavalo se separa do rei, geralmente pode cair em algum truque;
Quando o cavalo está no canto, ele estará perdido através de zugzwang.
Também devemos observar que o cavalo está mal no g7 (ou b7).
Al’Adli
Século IX
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7mkn+-+-+-'
6-+-+-+-+&
5+K+-+-+-%
4-+-+-+-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+R!
xabcdefghy
10-1
$
W

Vários desses finais foram descobertos em manuscritos árabes da Idade Média. Na-
quela época, o jogo era shatranj, um jogo que diferia acentuadamente do xadrez con-
temporâneo, embora os reis, torres e cavalos de fato se movessem da mesma forma que
hoje.
As brancas podem ganhar de várias maneiras diferentes.
1.Rd1! (Averbakh diz que isso é o mais simples)     
 Melhor não é 2
          

        , e o cavalo estará per-
dido logo.
Há momentos em que um cavaleiro solitário pode se manter contra a torre e o peão -
e não apenas nos casos em que o peão pode ser atacado e capturado. Pode ser o sufici-
ente apenas para impedir que o rei inimigo alcance seu peão.

Em. Lasker - Ed. Lasker

Nova York 1924

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
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4-mK-mk-+-+$
3+p+-+r+-#
2-sN-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-2
$
W

     

As pretas só podem melhorar sua posição se conseguir levar seu rei ao peão. E a única
maneira de chegar lá é trazendo-o pela torre. As brancas devem tomar medidas contra
...

Averbakh acredita que as brancas também podem jogar
4      )  , seguido por
.
 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+-+-+&
5+-+-+-+-%
4-mKN+-+-+$
3+p+-+-tr-#
2-+-+k+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-3
B?

No entanto, as pretas de fato vencem aqui com

           
    .

Se 4, então   , e o peão vão.

Claro que não    
     
 empate.

Exercícios
 XABCDEFGHY
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5+-mk-mK-+-%
4-+-+-+-+$
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2-+-+n+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-4
10/1
W?

Solução:

10/1. Zahrab século IX

  
As casas minadas para os reis são f4 e d4.
O prematuro  ʘ perde a vitória:      .
 (de outra forma  
São as pretas quem estão em zugzwang agora!
   
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
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6-+-+-+-+&
5+-+-sn-zPR%
4-+-+-+P+$
3+-+-+-mk-#
2-+-+-+-+"
1+-+K+-+-!
xabcdefghy
10-5
 10/2
W?

Solução

10/2. Duz-Khotimirsky-Allakhverdian, Erevan 1938

  
A partida continuou     (… ..., ...=)
4    empate.

    (      (Kromsky,
Osanov).
Uma boa idéia é estudar as alternativas das brancas e descobrir novas posições em
que uma torre e um peão não podem derrotar um cavaleiro.
Depois de
          , o rei
branco não pode aproximar-se do peão. Se as brancas jogam 6.Rc4 e dirigem o rei para
torre ao longo da quinta fila. As preto traz seu rei para h4 e atacam o peão a tempo. Por
exemplo,     
   
Outra tentativa pode ser
           

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+-+-+&
5+-+-+kzP-%
4-+K+-sn-+$
3+-+-+-tR-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
16-91
B
 Agora, o plano defensivo mais simples é forçar o avanço do peão para a sétima. A
borda do tabuleiro será um obstáculo à invasão do rei branco.
         (ao invés de
   ou 
           
  , e as brancas não podem fazer nenhum progresso.
A política de espera também é boa:
          . Nesta
linha,  (ao invés de ) perde:
           
        

Torre e Peão vs. Cavalo e Peão

Agora vamos ver a situação em que os peões estão na mesma coluna ou nas colunas
adjacentes (ou seja, quando
nenhum peão é passado). Para vencer, será necessário que o lado mais forte ataque o peão
com seu rei - o qual o lado mais fraco às vezes pode impedir pela colocação correta da
peça.
A melhor posição para o cavalo é aquela a partir da qual ele controla a casa de
invasão, enquanto simultaneamente ataca o peão inimigo.

de Firmian - Alburt
USA ch 1983
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+k+-'
6R+-+-+-+&
5+-+-+pzpn%
4-+-+-+-+$
3+-+-mKPzP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-6
W?
     leva à configuração defensiva ideal para as pretas, na
qual o cavalo guarda casas importantes, enquanto simultaneamente ataca o peão
g4 - empate sem esforço.
Há duas coisas a serem lembradas em situações desse tipo. A primeira é que, se
toda a posição fosse movida uma posição acimai, as brancas venceriam sacrificando.
E segundo, as brancas preferem que os peões não se bloqueiem - ou seja, seria melhor
ter seu peão em g2, do que em g4, porque elas não precisaria defendê-lo.
 
Não é melhor    

As pretas poderiam empatar se seu cavalo estivesse em e6 ou g6. A partir de h5, embora
o cavalo esteja atacando o peão, ele não controla as casas de invasão d4 ou e5.

 
O imediato   (pretendendo ...)    seguido por
 era também possível.

Depois de         , chegamos a
uma posição examinada em 1941 por Reuben Fine. A análise
dele     ʘ
         ʘ
   
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+k'
6-tR-+-+-+&
5+-+-+p+n%
4-+-+-zP-+$
3+-+-mK-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-7
W
 
Como Müller indica, o imediato  também ganha:    (de-
pois     chegamos à posição Al'Adli: veja o diagrama 10-1)
 Por exemplo,    ʘ (ao invés de apressado
     em vista de
     ), e somente agora
    
  
A mesma resposta vence após 5 ...  ou 5 ... .
         
  as pretas abandonam.
Larsen - Tal
Bled, cmsf (7) 1965
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+k+-'
6-+-+-zp-+&
5tr-+-+-+-%
4-+-+N+P+$
3+-+-+K+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-8
W

O cavalo em e4 impede a invasão do rei pelo lado do rei, mas será vulnerável ao ataque
por ... . Nesse caso, seu lugar é h5. Em seu estudo detalhado desses tipos de
posições, Averbakh mostrou que as brancas podem obter o empate.
          
Bent Larsen não tem medo do xeque ao longo da terceira fila e leva seu rei ao centro.
Aqui
 perderia depois  ameaçando .

A melhor resposta é .

 XABCDEFGHY
8-+-+-+-tr(
7+-+-+-+-'
6-+-+-zp-+&
5+-+-mk-+-%
4-+-+-sNP+$
3+-+-+-mK-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-9
B

(a) O computador fornece a seguinte rota complicada para a vitória:

   (com o rei branco em e3, as pretas teriam que se afastar do cen-
tro) 8        (mas não
     
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+-zp-+&
5+-+-+-+N%
4-+-+k+PmK$
3+-+-+r+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-10
W

Se agora , então

          e

    ʘ

    ʘ (As pretas passam a vez ao seu opo-
 nente, triangulando com o rei)    
As táticas de espera também não ajudam:     e as brancas estão
em zugzwang.
Com , decisivo é    ;
    seguido pelo inevitável )
          
    
E se , então
          
         (Não há mais nada)

  e as brancas perdem por causa do zugzwang, que já nos é familiar pelo estudo
de Réti (diagrama8-10).
(b) Na análise caseira, Tal estudou a natureza  (depois , esta casa não
está disponível para o rei preto). Infelizmente, ele estava sob a suposição equivocada
de que  é refutado por . Na verdade, depois
   as brancas se salvam:
      
   as pretas, portanto, tem que voltar com o rei, , então pro-
ceda como na linha (a). Deixe-me dar uma versão um pouco refinada da variação encon-
trada por Ta1.   (em algumas linhas, é útil privar o cavalo branco da casa ;
Tal considerou o pouco menos preciso
         (por que a torre ocupa
a posição na sétima e não na oitava logo ficará clara)
          .
Mais uma vez, temos a mesma situação diante de nós, como no estudo Réti. Com a
torre em g8 e as pretas com a vez, estariam em zugzwang e não haveria vitória. Mas
aqui, as pretas passam a vez ao seu oponente ʘ  ʘ
  ou  
Vamos voltar ao jogo, onde Tal, apesar de longas manobras, não conseguiu refutar a
avaliação de Averbakh.
5             
              
        
 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+-zp-+&
5+-+-mk-+N%
4-+-+-+P+$
3+-+r+-+-#
2-+-+-+K+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-11
B

   

Depois de  As pretas vencem com  … ; or by
    ʘ. E  é um erro, tendo em vista
  
   
Se não fosse pelo peão-g, o cavalo, separado do rei, estaria perdido.
      
Ou       
            
empate.
No próximo diagrama, temos a mesma posição do exemplo anterior, exceto que ela
foi ligeiramente deslocada. Como a análise conjunta de Averbakh e Bronstein mostrou,
essa pequena diferença muda a avaliação da posição.
 Taimanov - Bronstein
USSR chsf, Leningrad 1946

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-mk-'
6R+-+-+p+&
5+-+-mK-+n%
4-+-+-zP-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-12
$
W

 
1...Kh6 é refutado com ʘ        
O recuo para a oitava também não deveria ter salvo as pretas. No entanto, Taimanov
não conseguiu encontrar a linha vencedora; depois de No entanto, Taimanov não con-
seguiu encontrar a linha vencedora; depois de  , o jogo terminou empatado.
As brancas precisam sacrificar o peão-, não trocá-lo. No entanto, o imediato
   não funcionaria:
       (a posição de empate que vi-
mos várias vezes no capítulo "Torre vs. Peões")    (mas não
).
       
 não ajuda:
           
  
 
Também é inútil  , e
         
    .
       
ʘ) 8. 
Agora que o cavalo foi cortado, o resto é simples.
           
    
Sturua - Yusupov
Baku jr 1979
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+p'
6-+-+-mk-+&
5tr-+-+-+-%
4-+-+-sNK+$
3+-+-+-zP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-13
W?

Quando Artur Yusupov me mostrou esse final que acabara de jogar, sugeri que fazia
sentido manter o cavalo em h3 e o peão em . Por quê? A partir de , o cavalo não
apenas impede a aproximação do rei preto, mas também está preparado para acertar o
peão h7 com . Se as pretas avançarem esse peão para h6, terão que considerar o
possível g4-g5 das brancas.
Após uma análise mais detalhada, Yusupov mostrou que, de fato, as brancas
podem empatar retirando o cavalo.

Assim,  (pretendendo  )    ou

  
     é outra tentativa. Agora
      
 ʘ é ruim; mas    é suficiente.
       ou , mas não
      
       
As brancas têm bastante margem de manobra nessas linhas; a maioria dos movimen-
tos não são "únicos". Por outro lado, após a continuação do jogo, é muito mais difícil
defender. Yusupov e eu
achava que no jogo a posição das brancas havia se perdido imediatamente, e essa visão
foi refletida nas primeiras edições do Manual de Finais. No entanto, um novo exame de
computador demonstrou que, de fato, o empate foi perdido muito mais tarde.

      

 também valeu a pena dar uma olhada aqui.
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+p'
6r+-+-+-+&
5+-+-+-mK-%
4-+-+ksN-+$
3+-+-+-zP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-14
B?

com  White se salva com       
Mas as pretas vencem com    (mas não
           
   ʘ    .
 
Errado é           , e
vence com
zugzwang)
           

    
 
 Muito mais fraco é
           

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+N+-zp&
5+-+-tr-+-%
4-+-+k+-mK$
3+-+-+-zP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-15
W?


Este é o erro pouco notado! Também não é bom é    , en-
quanto que com  único
   leva à vitória.
O único retiro de cavalo correto é  Por exemplo,
      
 ou       (   
  
     Não é preciso dizer que é praticamente
impossível encontrar
esse tipo de conceito associado com o sacrifício (não a troca) do último peão sobre o
tabuleiro.

As pretas conseguiram muito em afastar o cavalo do peão. Aqui, elas poderiam ganhar
com
 (ameaçando      (mas não
    eu
    ou   não muda muito)
    ou   )
      . Por outro lado, o movimento jogado
não é pior.
 
 é respondido com  (mas não
       
   
  
 era mais simples:      ou
    pretendendo
, eo cavalo é pego.

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+N+k+-mK&
5+-+-+-+-%
4-+-+r+-+$
3+-+-+-zP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-16
B?


as pretas teve tempo de pegar o g3-peão:
      mantém o cavalo fora de a5)
     
Yusupov acreditava que era aqui que ele deixou escapar a vitória; no entanto, que veio
mais tarde.
 
    ;
     and 

 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+k+-mK-'
6-+-+-+-+&
5sN-+-+-+-%
4-tr-+-+-+$
3+-+-+-zP-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-17
B?


Aqui está o erro fatal!  não teria vencido também, tendo em vista de
  
           
 O único caminho certo era   , por exemplo,
        ou
       
 
       
           
 
    empate.
 Tragicomédias

Suba - Chiburdanidze
Dortmund 1983
XABCDEFGHY
8-+-+-+R+(
7+-+-+-+-'
6-+-+-+-+&
5+-+-+k+-%
4-+-+-zp-sn$
3+-+-+-+-#
2-+-+K+P+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-18
B?

É um empate depois      ( também é possível)
     
Mas no jogo, as pretas jogaram
          e as pretas abandonaram.
Exercícios
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8-+-+-+-+(
7+-+-mK-+-'
6-+-+-+-+&
5+-zpk+-+-%
4-+-+-tR-+$
3+-zPn+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-19
10/3
W?
 Play

Solução

10/3. P.Benko 1986

O rei branco já invadiu o campo das pretas, portanto, a idéia das pretas é atacar o peão em
vez de criar uma fortaleza. Elas até estão prontas para sacrificar seu cavalo pelo peão.
Com           , as pretas se
matêm por meio de     , levando a torre de volta a quarta fila. As
brancas devem levar essa idéia em consideração em todas as linhas.
 
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-mK-+-'
6-+-+-+-+&
5+-zpk+-+-%
4-+-+-tR-+$
3+-zPn+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
16-92
W?


O aparentemente natural  poderia, depois     , levar
para a posição
do famoso estudo de Réti (diagrama 8-10), onde as brancas vencem: 5.Rc2(c3)!! 5...c4 6.Rc1!
Kc5
ʘ No entanto, as pretas tem uma defesa adequada:     

 já é inútil aqui: 

Ao invés de      
          ʘ
     

Finais de Multiplos-Peões
Peões de um lado do tabuleiro
Quando houver três peões contra três, ou mesmo dois peões contra dois peões, todos do
mesmo lado do tabuleiro, a torre, na esmagadora maioria dos casos, vencerá o cavalo. Mas se
o lado mais fraco tem um peão extra, tem chances reais de desenhar.

Fridstein - Klaman
USSR ch tt, Riga 1954
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+R+-+pmk-'
6-+-+-+p+&
5+-+-mKnzP-%
4-+-+-zP-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-20
W

O plano de White é rotineiro e simples: atacar o peão-; o rei chega a e8 e depois

abre caminho para f6.
ʘ     
 does not help:    vitórias com zugzwang.

Observe que o zugzwang é usado repetidamente para trazer para casa a vantagem.

            
       As pretas abandonaram.
 Vidmar - Alekhine
San Remo 1930
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-mk-zp-'
6-+-+-+-zp&
5+-+-+-+-%
4-+-+N+-zP$
3+-+-+PmK-#
2r+-+-+P+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-21
W

Alekhine considerou a posição ganha com base no resultado do jogo. Depois, porém,
métodos defensivos seguros foram descobertos.
Uma delas foi proposta por Leykin em 1940. Ele sustentou que as brancas fariam
bem em colocar seu peão
em g4. Posteriormente, seu cavalo poderia combinar ameaças contra os peões inimi-
gos com controle sobre a
rotas de acesso em seu campo (a mesma estratégia que vimos na seção anterior). A
melhor jogada é
 (pretendendo ).

(a)
             
        é respondido com  ou
mesmo com . Na posição final dessa variante, o cavalo seria igualmente fa-
vorável, se estivesse em qualquer lugar em contato com o casa-f4 em e6 ou g2, por
exemplo.
(b)
            
  ,
e o cavalo ocupa sua casa ideal - f4)  . Aqui,     é ruim,
mas
As brancas têm  , sem medo de   ) tendo em vista
  
            
Alekhine corretamente considerou isso uma péssima jogada, já que o peão h5, não é
apoiado por seus vizinhos.
peão, agora está sob ataque da torre negra. As brancas tiveram que jogar
     
   .
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-zp-'
6-+r+-+-zp&
5+-+-mk-+-%
4-+-+-+-zP$
3+-+-+PmKN#
2-+-+-+P+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-22
W

Agora Alekhine deu         assim ga-
nho para as pretas
( falha com  e  é respondido com
      , mas aqui  ainda defende.
Mesmo depois  , ainda não é tarde para jogar , or  preten-
dendo .
Existe outro método de defesa. Se deixarmos o rei em h2 e o cavalo em e4, a incur-
são do rei preto não é perigosa; será expulso das casas f1- e f2 por xeques em g3 e e4.
Esse plano foi empregado com sucesso no jogo Kuzmin-Miles (Bath, ech tt 1973), no
qual a mesma posição surgiu, mas com a torre preta em a4.
           
 
           
          empate.
 
         
 
Permitindo que as brancas se reagrupem efetivamente. Como Müller encontrou em
2019, as pretas vencem com  por
exemplo,
            

XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-zp-'
6-+-+-+-zp&
5+-+-mk-+P%
4-+-+-sN-+$
3+-+-+PmK-#
2-+-tr-+P+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-23
W?


Retornando o favor. Como Miles apontou, as brancas perderam a oportunidade de
transpor para uma das posições sorteadas de Leykin, com o peão de g4, jogando
     pretendendo
           
   
Também não há esperança para      , and
      (mas não a sugestão de Fine
   em vista de     , com
uma posição empatada).
 
      (Alekhine).
       
 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-zp-'
6-+-+Ntr-zp&
5+-+-+P+P%
4-+-+-+K+$
3+-+-mk-+-#
2-+-+-+P+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-24
B?


Um pouco demorado - o que não estraga nada. A continuação mais forte foi

          
    , e as brancas estão de um jeito ruim. Por exem-
plo:
          
         ;
           
 
            
  (analises de Fine).

Depois de  Alekhine teria que retornar à variante acima citada,
  
     as brancas abandonaram.

Tragicomédias

Romanishin - Rodriguez
Moscou 1985
 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+nmkpzp&
5tR-+-+-+-%
4-+-+-+-+$
3+-+-mK-+-#
2-+-+-+-zP"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-25
B


, pretendendo , era mais simples; mas o texto não estraga nada.
     
As brancas triangulam com seu rei, a fim de devolver a vez ao oponente.
 
     

Uma retirada infeliz. O empate estava disponível com  (pretendendo )
  (como em
Rodriguez e Vera notou, 6...Nh6 também eram possível, por exemplo:
    
           (o mais simples;
depois de         perde,
mas  evita a derrota)
          
 .

 XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+-'
6-+-+nmkp+&
5tR-+-+-+p%
4-+-+K+-zP$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-26
B


O erro decisivo! Ainda não era tarde para enviar o cavalo a f7 jogando    (tam-
bém não é ruim
). Por exemplo,         (mas não

    . No jogo, uma posição muito semelhante surgiu
à força, mas em uma versão um pouco mais favorável as brancas.
              
 

As pretas abandonaram em vista de
          
            


Exercícios
 XABCDEFGHY
8-+-tR-+-+(
7zp-zp-+-sn-'
6k+-zp-+-+&
5zP-+-+-+-%
4K+P+-+-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-27
10/4
W?

Solução

10/4. A.Seleznev 1920

Com      , as pretas tem um empate confortável.
Para alcançar o sucesso, é necessário algum espírito combinatório!
           
 afogamento)
   #

Peões em ambos os lados

A torre é uma peça muito mais móvel que o cavalo. Quando a batalha acontece nos
dois lados do tabuleiro, especialmente quando há peões passados envolvidos, a torre
geralmente é mais forte.

Matanovic - Larsen
Portoroz izt 1958
X
 ABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+p+k+-+-'
6p+-+p+-+&
5+n+p+-zpp%
4-zP-zP-+-+$
3+P+K+-zP-#
2-+-+-+-zP"
1+-tR-+-+-!
xabcdefghy
10-28 W

A posição das pretas parece sólida. Seu rei pode defender as casas de invasão nas
colunas abertas, "c" e "f". Mas as brancas destróem suas defesas alternando ameaças a
várias partes do tabuleiro.
 (… )  
As brancas não recebem nada com     Mas agora, depois ,
as brancas vão jogar , ao assumir  com um peão, abrem a coluna a.
  
Se   , então      (… ). Com , a
maneira mais precisa é
           
.
 é melhor para as pretas - daqui o cavalo está pronto para ir não apenas para f5,
mas também para c6.
XABCDEFGHY
8R+-+-+-+(
7+pmk-sn-+-'
6-+-+p+-+&
5+-+p+-+p%
4-zp-zP-+-zP$
3+P+-mK-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-29 W?
 Isso forçaria as brancas a jogar o nítido  permitindo que as pretas capturem os
peões brancos da dama, por exemplo
       . Observe a posição re-
sultante. As brancas têm apenas um peão, contra quatro das pretas; no entanto, são as
brancas quem detém a vantagem. A torre lança-se instantaneamente de ala a ala e pode
impedir o inimigo de passar o peão de uma só vez. O Cavalo, por outro lado, é uma
peça curta; mesmo que pudesse chegar ao lado do rei, deixaria o b-peão sem defesa.
    
Desnecessária perda de tempo - o peão não pode ser tomado de qualquer maneira.
 era correto.
          
XABCDEFGHY
8-tR-+-+-+(
7+pmk-+-+-'
6-+-+p+-+&
5+-+p+n+-%
4-zp-zP-+-zp$
3+P+K+-+-#
2-+-+-+-zP"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-30
W

    ʘ 

       
  
Depois que a torre protege o peão d4, o rei pode avançar, criando a ameaça incon-
trolável de sacrificar.
      
  O peão-h passado decide o jogo.
           
     as pretas abandonam.

Tragicomédias
 Minev - White
Vancouver 1985
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+k+-'
6-+-+-+-+&
5+-+n+PmK-%
4-+-+-+-+$
3+-+p+-+R#
2-+-+-+-zp"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-31
W?


Não é muito preciso! Um zwischenschach teria eliminado uma casa na sexta para o rei
das brancas,     
1.Rxh2?! Nc3 (ameaçando  
As brancas ainda poderiam ter vencido por meio de
         (Müller).

Retornando o favor. As prestas empatam com
            
         

As pretas não têm tempo para , a partir de  cria a ameaça de mate.

Quando o Cavaleiro é mais forte que a Torre

O cavaleiro não é mais fraco, e às vezes ainda mais forte, do que a torre quando o
tabuleiro ainda está repleto de correntes de peões e a torre não tem onde invadir o campo
inimigo.
Outra possibilidade: às vezes, a torre tem dificuldade em lidar com um inimigo dis-
tante passado apoiado pelo cavalo. Em tais situações, as habilidades táticas do cavalo
vêm à tona. Ele pode criar garfos, ganhar tempos dando xeques no rei inimigo, ou cortar
a torre fora do peão.
Sternberg - Pawelczak
Berlin 1964
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7zpp+-+-+-'
6-+-+-+-mk&
5+-zp-+-sn-%
4-+P+-+-+$
3+-+R+-+-#
2PzP-zp-+-+"
1+-+-+-+K!
xabcdefghy
10-32
B?

 (… )
As brancas abandonaram, devido ao seu total desamparo. Elas não podem jogar
2.Kg2, por causa do garfo  Após  , as pretas ameaçam a interfe-
rência . E em , simplesmente  (mas não
     .
H. Mattison 1913
XABCDEFGHY
8-+-+-+-+(
7+-+-+-+k'
6-+P+-+-+&
5+-zp-+-+p%
4P+-+N+-mK$
3+-+-+-+-#
2-+-+-+-+"
1+-+-+r+-!
xabcdefghy
10-33
W?

   falha contra 2...c4.

  
    é completamente ruim. Se , então
   e 
 
A coluna a é a única maneira de a torre chegar a oitava.

As brancas só conseguem o empate com
         .
  
Qualquer um dos dois  ou  permite que o peão coroe. A esperança
das negras de criar uma fortaleza com a torre em  é ilusória: a teoria sustenta que tais
posições são empatadas sem dificuldade.

Ameaçando a interferência , e  falha contra .
  (garfo), seguido por 
Exercícios
XABCDEFGHY
8-+-+-+N+(
7+-+-+-+-'
6-+-zP-+-+&
5+-+-zp-+-%
4r+k+Pzp-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+-zPP+"
1+-+-mK-+-!
xabcdefghy
10-34
10/5
W?

Solução

10/5. L.Kubbel 1925 (corrigido por A. Chéron)

 
 Sem esperança é       (   
seguido por  and , e se o peão é defendido pelo rei de d4, então  or
.
 (mas não
           
           
      
XABCDEFGHY
8K+-+-+-+(
7+-+-+-sN-'
6-+-zP-+-+&
5+-+-zp-+-%
4-tr-+-mk-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+P+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
10-35
10/6
W?
Play

Solução

10/6. S.Tkachenko, N.Rezvov 1997


 é um erro:
            
      
 é inútil, como depois  as brancas devem voltar para o b-file
( ).
        
Não há outra casa na oitava para a torre:     .
 XABCDEFGHY
8-+-+-+-tr(
7+K+P+-sN-'
6-+-+-+-+&
5+-+-zp-+-%
4-+-+-mk-+$
3+-+-+-+-#
2-+-+P+-+"
1+-+-+-+-!
xabcdefghy
16-93
W?


Um movimento difícil de encontrar! Nada pode ser ganho com
     .

O peão não pode ser capturado em vista do garfo de cavalo:
    Se , então
      . Finalmente,  (… ) fa-
lha com  
   e .
       
Se , então     
          
ʘ