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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE –TETE


CURSO DE MEDICINA GERAL
5° NÍVEL
2° SEMESTRE

CADEIRA: SAÚDE DA COMUNIDADE VIII


TEMA: Estatística hospitalar. Gestor distrital e de unidade sanitária. Planificação e
implementação. Avaliação das atividades de saúde.

Discentes: Docente:
Alexandre Sitole Francisco Dra. Octávia Martins
Bernabé Manuel Tepa
Bernadeti Justino Manuel Ferrão
Cecilia Miguela André Manguena
Nemias Atanasio Jaime
Nélio Ilidio Mula
Stella Milene Gomes Ziaveia

Tete, Dezembro de 2021

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SAÚDE DA COMUNIDADE VIII
ESTATÍSTICA HOSPITALAR. GESTOR DISTRITAL E DE UNIDADE SANITÁRIA.
PLANIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
SAÚDE.

____________________________________________________
Discentes:
Alexandre Sitole Francisco
Bernabé Manuel Tepa
Bernadeti Justino Manuel Ferrão
Cecilia Miguela André Manguena
Nemias Atanasio Jaime
Nélio Ilidio Mula
Stella Milene Gomes Ziaveia

_____________________________________
Docente:
Dra. Octávia Martins

Tete, Dezembro de 2021

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ÍNDICE Pág.
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 4
1.1. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 5
1.1.1. Objetivo geral ....................................................................................................................... 5
1.1.2. Objetivos específicos ............................................................................................................ 5
2. ESTATÍSTICA HOSPITALAR. GESTOR DISTRITAL E DE UNIDADE SANITÁRIA.
PLANIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE SAÚDE. ................ 6
2.1. ESTATÍSTICA HOSPITALAR. .................................................................................................. 6
2.1.1. Estatística.............................................................................................................................. 6
2.1.2. Estatística Sanitária .............................................................................................................. 6
2.1.3. Diferença entre “Estatística e Estatísticas”........................................................................... 6
2.1.4. Relação entre Estatística e Estatísticas ................................................................................. 6
2.1.5. Estatística Sanitária e Hospitalar .......................................................................................... 7
2.2. GESTOR DISTRITAL DE SAÚDE ............................................................................................ 7
2.2.1. Funções de gestor distrital: ................................................................................................... 7
2.3. GESTOR DA UNIDADE SANITÁRIA ...................................................................................... 7
2.3.1. Atividades do gestor da unidade sanitária. ........................................................................... 7
2.4. PLANIFICAÇÃO ......................................................................................................................... 8
2.4.1. Tipos de planificação: .......................................................................................................... 8
2.4.2. Ciclo de planificação ............................................................................................................ 8
2.4.3. Os instrumentos de planificação ........................................................................................... 9
2.4.4. Etapas da planificação .........................................................................................................10
2.5. AVALIAÇÃO DAS ACTIVIDADES DE SAÚDE ....................................................................12
2.5.1. Classificação da avaliação segundo as funções: ..................................................................13
2.5.2. Classificação da avaliação segundo os objetivos: ............................................................13
3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................................15
4. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................16

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1. INTRODUÇÃO
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) adoptou a política dos cuidados de saúde primários cuja base
de implementação é o distrito. Os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS)
onde se encontra o gestor distrital, representa o último nível de administração do SNS, têm como
função vital a planificação e implementação operacional das actividades de saúde através da rede
de saúde primária e secundária. O papel e responsabilidades do distrito conheceram uma grande
evolução nos últimos anos. Por um lado, o processo da descentralização conferiu novas
responsabilidades na área da planificação e por outro a reorganização dos serviços e a inclusão da
área social trouxe um novo leque de tarefas, as actividades sociais. No âmbito da descentralização,
os serviços distritais conheceram uma maior integração no processo de planificação territorial.
Neste contexto de descentralização é importante que as competências aos vários níveis estejam
claramente definidas, sobretudo na planificação e atribuição de recursos. A planificação implica
tomada de decisões críticas para a prestação de cuidados de saúde, e estas decisões devem ser
tomadas a diferentes níveis, sendo, portanto, essencial esclarecer que decisões são tomadas nos
diferentes níveis do sistema saúde e no âmbito territorial, governo distrital.

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1.1. OBJETIVOS
1.1.1. Objetivo geral
 Abordar sobre estatística hospitalar; Gestor distrital e de unidade sanitária; Planificação e
implementação; Avaliação das atividades de saúde.

1.1.2. Objetivos específicos


 Debruçar sobre a estatística hospitalar.
 Falar de gestor distrital e de unidade sanitária e suas funções,
 Descrever planificação e implementação.
 Falar da avaliação das actividades de saúde.

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2. ESTATÍSTICA HOSPITALAR. GESTOR DISTRITAL E DE UNIDADE SANITÁRIA.
PLANIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
SAÚDE.
2.1. ESTATÍSTICA HOSPITALAR.
Antes de falarmos da Estatística Sanitária ou Hospitalar, importa saber o que é a Estatística e como
ela se aplica na Área da Saúde (MISAU, 2020).

2.1.1. Estatística
Duma forma Geral, pode se afirmar que “a Estatística” é uma ciência que estuda os fenómenos da
mesma natureza que consistem em Recolher, Processar, Analisar, Validar, Interpretar, Apresentar
e Divulgar informação em Geral quantificada com vista a esclarecer Acções Humanas e fazer
progredir o conhecimento dos fenómenos ou acontecimentos (BIGNAMINI S, Soi C. 2012).

2.1.2. Estatística Sanitária


É a estatística aplicada ao ramo Sanitário, isto é, aplicada à Saúde, com vista a produzir e
proporcionar informação sobre a situação Sanitária (MISAU, 2020).

2.1.3. Diferença entre “Estatística e Estatísticas”


Um dos problemas colocados é quando se devem empregar os termos “Estatística” no singular
ou “Estatísticas” no plural. Com efeito os dois termos não têm o mesmo significado, porém: Ao
conjunto de dados ou observações apresentadas de forma mais ou menos organizada são as
“Estatísticas” (MISAU, 2020).

2.1.4. Relação entre Estatística e Estatísticas


Na saúde, na medicina ou noutros ramos da ciência, a estatística é, acima de tudo, um instrumento
de interpretação científica dos resultados obtidos. Para isso, a estatística tem sempre que incluir
uma fase inicial de recolha de dados (Estatística Descritiva), os quais são classificados,
hierarquizados, comparados e sintetizados de forma a que se possa tiras conclusões úteis (MISAU,
2020).

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2.1.5. Estatística Sanitária e Hospitalar
A Estatística Sanitária e Hospitalar é outra forma de aplicação da estatística ao sector da saúde.
Os conceitos e os métodos estatísticos são de importância capital na identificação e definição dos
problemas de biologia humana, no trabalho de laboratório, na prática clínica, na investigação
biomédica, na saúde colectiva e na medicina preventiva, na gestão e na planificação dos serviços
de saúde (MISAU, 2020).

2.2. GESTOR DISTRITAL DE SAÚDE


O director dsitrital de saúde joga um papel preponderante no processo de planificação no distrito.
Ele faz parte de e tem a dupla função e reponsabilidade de defender a componente do plano saúde
e aprovar o plano do GD. Portanto, recai sobre ele a maior responsabilidade de garantir um plano
de qualidade, elaborado atempadamente e com o envolvimento dos actores‐chave no distrito
(MISAU, 2019).
2.2.1. Funções de gestor distrital:
 Liderar e coordenar todo o processo
 Garantir o início e conclusão atempados do exercício de planificação
 Garantir o envolvimento de todos actores‐chave no distrito
 Participação activa em algumas tarefas específicas, por exemplo distribuição dos fundos
disponíveis pelas actividades planificadas e rubricas.
 Garantir que o plano elaborado seja completo incluíndo: i) todas as prioridades do sector, por
exemplo, que a projecção dos salários seja correcta e completa incluíndo promoções,
nomeações, etc. ii) fundos de todas as fontes de financiamento (MISAU, 2019).

A gestão em saúde é entendida como um processo administrativo aplicado à procura “por cuidados
médicos e de saúde mediante a provisão de serviços a clientes individuais, organizações e
comunidades” (MISAU, 2013).
2.3. GESTOR DA UNIDADE SANITÁRIA
Gestão da unidade sanitária é capacidade de equacionar recursos da melhor maneira para garantir
o funcionamento saudável da instituição, com uma prestação de serviço que prima pela excelência
(MISAU, 2019).
2.3.1. Atividades do gestor da unidade sanitária.
 Compra e estoque de insumos e medicamentos
 Controle de fornecedores e gestão de processos
 Avaliação do número de profissionais disponíveis
 Elaboração de contratos e licitações
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 Monitoramento do descarte de materiais
 Gerenciamento dos recursos (MISAU, 2019).
2.4. PLANIFICAÇÃO
A planificação é a escolha entre diferentes alternativas com o fim de alcançar objetivos definidos
para um determinado período de tempo. É um processo sistemático, que permite aos gestores
assegurar que os recursos disponíveis sejam utilizados da forma mais eficiente para obter objetivos
bem explícitos. Sendo um processo, este deve seguir diferentes etapas bem definidas. A
planificação em saúde compreende uma série de actividades cujo objectivo é melhorar os cuidados
de prestação de saúde (BIGNAMINI S, Soi C. 2012).
2.4.1. Tipos de planificação:
 De longo e médio prazos - que compreendem a planificação propriamente dita, cuja
finalidade é a definição de políticas de saúde e objectivos de longo alcance, (MISAU,
2019).
 De curto prazo – habitualmente designado por programação (MISAU, 2019).
2.4.2. Ciclo de planificação

Segundo (MISAU, 2019). Existem quatro perguntas‐guia, as quais deveriam ser respondidas no
processo de planificação. Estas perguntas representam as quatro etapas essenciais no
desenvolvimento dos planos:
Onde estamos agora?
Isto implica uma Análise de Situação para identificar as necessidades e dos problemas em saúde.
Onde pretendemos chegar?

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Isto significa a Identificação de Objectivos a selecção de prioridades, a definição de metas a
serem atingidas para melhorar a situação de saúde e/ ou a prestação de cuidados no distrito
(MISAU, 2019).

Como vamos chegar lá?


Isto implica detalhar e organizar as tarefas ou intervenções a serem realizadas de forma a alcançar
os objectivos e metas traçados, indicando por quem, durante quanto tempo, com que recursos e a
que custo (MISAU, 2019.

Como vamos saber quando chegamos lá?


Isto requer o desenvolvimento de indicadores mensuráveis para monitorar o a implementação dos
planos e avaliar os resultados alcançados. Estas etapas são em geral, apresentadas de forma
sequenciada, contudo nem sempre são executadas de forma tão linear, pois estas alimentam‐se
umas com as outras. A planificação não termina com a elaboração dos planos, este é um processo
contínuo que inclui a implementação, monitoria e avaliação dos planos (MISAU, 2019).

2.4.3. Os instrumentos de planificação


2.4.3.1. Plano Económico e Social e Orçamento Distrital
Segundo (MISAU, 2020). O PESOD é um novo instrumento de planificação com perspectiva
territorial, desenvolvido recentemente pelo MPD/ MF e elaborado pelos Governos Distritais.
Este consta de duas partes:
1) Dum lado uma parte descritiva do distrito e
2) Do outro lado, uma parte analítica que inclui informação sobre coberturas, serviços prestados,
recursos disponíveis e projecções na linha do Plano Económico e Social (PES).

Segundo (MISAU,2013). Contém ainda 5 anexos contemplando:


1. O Enquadramento lógico,
2. As Fichas de Diagnóstico
3. O Orçamento Combinado;
4. Plano de Acção e
5. O Orçamento.
2.4.3.2. Planificação Provincial Integrada
Segundo (MISAU, 2020). Este é um instrumento de planificação sectorial do âmbito provincial
com a participação dos distritos; A metodologia é aplicada na planificação das actividades dos
serviços/ programas principais de prestação de cuidados de saúde, incluíndo actividades de rotina

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e acções de suporte e intervenções específicas necessárias para o alcance dos objectivos e metas
estabelecidos. O processo utilizado deveria incluir:

Análise de situação: (i) Disponibilidade de recursos, (ii) Coberturas atingidas/utilização dos


serviços de saúde, (iii) Eficiência, (iv) Equidade, (v) Qualidade, (vi) Gestão e (vii) Supervisão
 Projecção de actividades,
 Estimativa de necessidades,
 Orçamentação e distribuição dos fundos em cada instituição com base na distribuição
orçamental dos fundos necessários
 Atribuição de fundos com base em princípios de equidade.
2.4.4. Etapas de planificação
2.4.4.1. Etapa 1-Preparação do Exercício de Planificação
Quem deve participar?
Qual é o melhor período?
Que informação é necessária?
Esta é uma etapa crucial no processo de planificação. Uma boa preparação é o primeiro passo para
garantir a elaboração de um plano de qualidade e deveria incluir os seguintes aspectos (MISAU,
2020).

1 – Garantir o envolvimento de todos responsáveis distritais


Alguns factores que podem auxiliar neste propósito são:
 Escolha cuidadosa das datas, preferivelmente que coincidam com o período de maior
disponibilidade do pessoal no distrito, de forma a garantir uma maior participação de todas
as pessoas‐chave;
 Comunicação antecipada aos responsáveis dos sectores;
 Organização de outras actividades de saúde de modo a que não interfiram com o exercício
de planificação. Também, é importante a coodernação com outros níveis de forma a evitar
que por exemplo, as actividades da DPS que visam a participação de responsáveis distritais
não afectem a sua participação na planificação distrital (MISAU, 2020).
2 – Organizar atempadamente toda a informação necessária
Recursos Disponíveis - no que diz respeito a sua distribuição e utilização.
Actividade Realizada ‐ Global e índices de cobertura e de utilização, comparando uma série de
pelo menos três anos, podendo ser de cinco anos.
Relatórios - Balanço do PES, de supervisão ou avaliação da qualidade do atendimento, (MISAU,
2013).
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3 – Garantir boa qualidade da informação
A qualidade da informação é vital, pois vai afectar as conclusões sobre o desempenho do sector e
as decisões que vão guiar a planificação (MISAU, 2019).
É importante verificar por exemplo, que não haja sobnotificações devido a falta de informação em
alguns meses. Se houver meses em falta, é necessário, se for possível, solicitar e completar a
informação, caso contrário a actividade deve ser ajustada para os meses em falta. É muito
importante o controle e monitoria ao do longo ano para detectar e corrigir as lacunas, de modo a
evitar embaraços na altura da planificação. A análise da qualidade dos dados e sua utilização na
tomada de decisões a nível local e em todos os processos incluído a planificação, irá ajudar
imensamente em melhorar a qualidade dos mesmos (MISAU, 2019).

2.4.4.2. Etapa 2- Análise da situação


Onde estamos?
Nesta etapa da planificação, os responsáveis distritais vão analisar informação que lhes vai permitir
definir “onde estão”. Como já indicado na etapa da preparação, diferentes fontes de informação
serão utilizadas para o efeito: informação de rotina do SIS, relatórios de supervisão e de avaliações,
informação das reuniões com a comunidade, (MISAU, 2019).

Esta fase do processo de planificação é crucial pois vai permitir:


 Identificar os problemas de saúde específicos do distrito;
 Identificar as causas;
 Analisar a capacidade existente (recursos financeiros, humanos, materiais e tempo) para
solucionar as causas dos problemas. É sempre bom considerar que as soluções a serem
propostas não deveriam exceder a capacidade de realização que o distrito possui.

2.4.4.3. Etapa 3- Identificação dos objectivos


Onde pretendemos chegar?
Segundo MISAU, (2020). Nesta etapa de planificação, os gestores de saúde vão engajar‐se no
processo de definir “o que se pretende alcançar” dentro de um dado período, determinado à luz
das necessidades de saúde identificados anteriormente na análise de situação e na disponibilidade
de recursos. Portanto, a identificação dos objectivos (geral, espcíficos e respectivas metas) vai‐se
basear na análise de situação efectuada, no relatório anual do sector e nos objectivos estratégicos
definidos nos vários níveis do sistema de saúde e do governo:
 Objectivos estratégicos do sector saúde PESS nacional

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 Objectivos estratégicos do sector saúde PESS provincial
 Objectivos estratégicos do distrito PEDD

Segundo MISAU, (2020). Nesta etapa, os reponsáveis distritais deveriam procurar definir os
objectivos específicos que sejam:
 “Concretos”, todos deveriam poder intrepretá‐los/ entendê‐los da mesma maneira.
 Claramente mensuráveis.
 Alcansáveis, o distrito deve ter suficiente capacidade de realização para atingí‐los.
 Realísticos, deveria ser possível atingir o nível de mudança reflectido no objectivo, dentro do
período planificado.
2.4.4.4. Etapa 4 -Identificação das estratégias, actividades e recursos
Como vamos chegar lá?
Nesta etapa, a tarefa é identificar as estratégias e actividades que vão permitir alcançar os
objectivos definidos. A decisão‐chave nesta etapa é a escolha das estratégias e actividades que vão
permitir alcançar os objectivos definidos. Na escolha das estratégias deve‐se verificar se são: (i)
técnicamente adequadas; (ii) realizáveis em termos de capacidade instalada (recursos humanos,
financeiros, etc.); (iii) adequadas para resolver os problemas identificados. É também importante
considerar estratégias alternativas. É útil fazer uma lista de diferentes alternativas com os custos
(recursos necessários) e seleccionar a melhor estratégia, isto é, as que forem consideradas mais
adequadas/ apropriadas para os fundos disponíveis, tempo disponível, necessidades da população,
competências do pessoal, eficácia, etc. De facto, muitas vezes nesta etapa, o exercício consiste
mais na escolha da melhor estratégia, pois estas já estão definidas para as várias actividades do
sector (MISAU, 2013).

2.5. AVALIAÇÃO DAS ACTIVIDADES DE SAÚDE


Avaliação é verificação sistemática e objectiva de uma iniciativa em curso ou terminada, a sua
concepção, implementação e resultados. O objectivo é o de determinar a pertinência e grau de
concretização de objectivos, eficiência, eficácia, impacto e sustentabilidade. A elaboração de uma
estrutura de avaliação implica a ponderação de um leque vasto de factores, incluindo a
identificação dos tipos de dados que possam documentar uma avaliação (MISAU, 2013).
Processo constante de recolha e utilização de informação estandardizada para verificação do
progresso rumo a objectivos definidos, utilização de recursos e grau de concretização de resultados
e impactos. Implica, normalmente, a verificação segundo indicadores e objectivos de resultados
previamente acordados. Juntamente com informações sobre avaliação, monitorização e notificação
eficazes, devem fornecer-se aos decisores e partes interessadas os conhecimentos de que
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necessitem para verificar se a implementação e os resultados de uma iniciativa de projecto,
programa ou política se desenrolam como previsto e para gerir o projecto com regularidade
(MISAU, 2013).
Avaliação é, em especial, parte fundamental no planejamento e na gestão do sistema de saúde. Um
sistema de efetivo deve reordenar a execução das ações e serviços, redimensionando-os de forma
a contemplar as necessidades de seu público, dando maior racionalidade ao uso dos recursos.
Avaliação como campo conceitual e de trabalho não está bem definida: o papel do avaliador carece
de clareza e os conceitos da área são utilizados de formas diferentes, além do que são criados
freqüentemente novos conceitos que redundam numa imensa diversidade terminológica (MISAU,
2020).

A Organização Mundial de Saúde vincula o processo avaliativo ao planejamento, já que a


avaliação deveria ser utilizada para tirar lições da experiência e aperfeiçoar atividades em curso
ou a serem implantadas. A avaliação deve estar voltada para a maximização da eficácia dos
programas e para a obtenção da eficiência na utilização dos recursos (MISAU, 2019).
2.5.1. Classificação da avaliação segundo as funções:
 Somativa
 Formativa
A avaliação “formativa” visa fornecer informações para adequar e superar aspectos
problemáticos do programa durante o seu andamento (MISAU, 2020).
A avaliação do tipo “somativa” fornece julgamentos sumários sobre aspectos fundamentais do
programa, sendo freqüentemente utilizada para deliberar sobre a continuidade ou o encerramento
de um programa baseando-se na especificação de até que ponto os objetivos propostos foram
atingidos (MISAU, 2020).
2.5.2. Classificação da avaliação segundo os objetivos:
a) Avaliação de contexto – objetiva analisar a situação na qual a intervenção
ocorre, incluindo a descrição dos elementos presentes nessa situação que
representam importantes fatores de sucesso ou fracasso, tanto na entidade que
vai receber a ação interventiva, na própria intervenção e no momento em que
a intervenção é iniciada (BIGNAMINI S, Soi C. 2012).
b) Avaliação normativa – visa comparar o desenvolvimento da intervenção de
acordo com regras estabelecidas anteriormente ou negociadas entre os
participantes e envolvidos na intervenção (BIGNAMINI S, Soi C. 2012).

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c) Avaliação estratégica – quando analisa a partir dos dados a respeito do
contexto a coerência entre objetivos, metas e resultados alcançados,
identificando as forças políticas interessadas e desenhando a viabilidade da
intervenção(BIGNAMINI S, Soi C. 2012).
d) Avaliação de empoderamento (empowerment evaluation) – avaliação que
se estabelece por meio da negociação entre avaliador e avaliado, também
conhecida como avaliação comunicativa, objetivando acúmulo de poder por
parte dos que desenvolvem a intervenção com as informações
produzidas(BIGNAMINI S, Soi C. 2012).

Segundo BIGNAMINI S, Soi C. (2012). A partir de critérios mencionados na literatura e


discutidos em reuniões científicas, apresenta aqueles que procuram dar conta das
principais variáveis que orientam as decisões conceituais e metodológicas na
construção dos processos de avaliação, são os seguintes:
 Objetivo da avaliação,
 Posição do avaliador,
 Enfoque priorizado,
 Metodologia predominante,
 Forma de utilização da informação produzida,
 Contexto da avaliação,
 Temporalidade da avaliação e
 Tipo de juízo formulado.

Avaliação, contudo, não seria considerada um fim em si mesma, mas um processo


onde um julgamento explícito é elaborado, e a partir daí desencadear-se-ia um
movimento de transformação na direção da qualidade previamente desejada
(BIGNAMINI S, Soi C. 2012).

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3. CONCLUSÃO
Estatística é uma ciência que estuda os fenómenos da mesma natureza que consistem em Recolher,
Processar, Analisar, Validar, Interpretar, Apresentar e Divulgar informação em Geral quantificada
com vista a esclarecer Acções Humanas e fazer progredir o conhecimento dos fenómenos ou
acontecimentos. A Estatística Sanitária e Hospitalar é outra forma de aplicação da estatística ao
sector da saúde. Os conceitos e os métodos estatísticos são de importância capital na identificação
e definição dos problemas de biologia humana, no trabalho de laboratório, na prática clínica, na
investigação biomédica, na saúde colectiva e na medicina preventiva, na gestão e na planificação
dos serviços de saúde.
O director distrital de saúde joga um papel preponderante no processo de planificação no distrito.
Ele faz parte de e tem a dupla função e reponsabilidade de defender a componente do plano saúde
e aprovar o plano do GD. Portanto, recai sobre ele a maior responsabilidade de garantir um plano
de qualidade, elaborado atempadamente e com o envolvimento dos actores‐chave no distrito.
Gestão da unidade sanitária é capacidade de equacionar recursos da melhor maneira para garantir
o funcionamento saudável da instituição, com uma prestação de serviço que prima pela excelência.
A planificação é a escolha entre diferentes alternativas com o fim de alcançar objetivos definidos
para um determinado período de tempo. É um processo sistemático, que permite aos gestores
assegurar que os recursos disponíveis sejam utilizados da forma mais eficiente para obter objetivos
bem explícitos.
Avaliação é verificação sistemática e objectiva de uma iniciativa em curso ou terminada, a sua
concepção, implementação e resultados. O objectivo é o de determinar a pertinência e grau de
concretização de objectivos, eficiência, eficácia, impacto e sustentabilidade. A elaboração de uma
estrutura de avaliação implica a ponderação de um leque vasto de factores, incluindo a
identificação dos tipos de dados que possam documentar uma avaliação.

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4. BIBLIOGRAFIA
 MISAU, Guião de planificação e gestão para os serviços distritais de saúde, mulher e acção
social, 2ª edição, 2013.
 MISAU, Plano Estratégico do Sector da Saúde PESS 2014-2019, 2013.
 MISAU, Manual de planificação monitoria e avaliação do PDUL, Volume 2, 2020.
 BRITO, Thaís Alves & DE JESUS, Cleber Souza; Avaliação de serviços de saúde: aspectos
conceituais e metodológicos, BRAZIL, 2019.
 MISAU, Relatório da revisão do sector de saúde, Agência para o desenvolvimento
Internacional dos Estados Unidos. 2012.
 BIGNAMINI S, Soi C. Manual de Monitoria e Avaliação, Direcção Nacional de Saúde
Pública- Ministério De Saúde, 2012.

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