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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Pró-Reitoria de Graduação
End: Av Antônio Carlos, 6627 – Reitoria – 6° andar
CEP: 31270-901 – Belo Horizonte – MG
Fone: 3409-4056 / 4057 - E-mail: info@prograd.ufmg.br

PLANO DE ENSINO – ENSINO HÍBRIDO EMERGENCIAL

Departamento(s) Acadêmico(s) ou Sociologia


estrutura equivalente:
Código: SOA 048P Título da atividade acadêmica Fundamentos de Análise Sociológica
2022-II curricular (AAC)/Assunto1:
Cursos: História Natureza: ( ) Obrigatória ( ) Optativa

Formato de
Carga Horária CH Remota CH Presencial Número de
oferta:
(CH) total: vagas:
( ) IR Teórica Prática Teórica Prática
( ) RP
60 60
( X ) IP

Professor(a): Silvio Segundo Salej Higgins


Ementa: A proposta da disciplina parte do escopo geral que consiste numa introdução aos problemas e categorias
básicas da disciplina sociológica tal e como é praticada atualmente no contexto brasileiro. A estratégia metodológica
consiste em problematizar as noções de senso comum com as quais os alunos, e até o próprio professor, avaliam os
acontecimentos e a cotidianidade do mundo social.

A didática é simples: partimos de acontecimentos de atualidade, na realidade social do Brasil, para logo identificar e
interpretar sociologicamente os problemas de base com os quais se defronta o estudante através da mídia online, o
cinema e os mass media tradicionais. Desta forma, a apropriação de conceitos sociológicos, será exercício central do
processo de aprendizado.

Objetivos:

1. Problematizar as noções espontâneas, muitas delas advindas da opinião pública midiática, com as quais os
alunos e, até o professor, interpretam e avaliam os acontecimentos da vida social presente, focando a
realidade brasileira.

2. Motivar a apropriação de autores clássicos do pensamento social brasileiro (Sérgio Buarque de Holanda e
Roberto da Matta)
.
Conteúdo programático/cronograma:
Unidade I Campo político: crise de legitimidade
• O gigante acordou? Corrupção, mobilização política, movimentos de rua e protestos sociais.

Conceitos básicos: Estado, nação, burocracias públicas, violência e monopólio da força, sociedade civil,
cidadania, partidos políticos, movimentos sociais, sistema político, cultura política.

1 Para turmas de AACs de conteúdo variável, é necessária a especificação de um assunto.


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Unidade II Campo econômico: crise de viabilidade


• A nova composição de classes da sociedade brasileira.

• Os limites do crescimento econômico: o aquecimento global.

Conceitos básicos: sustentabilidade, racionalidade econômica, crescimento econômico, desenvolvimento


humano, desigualdade social

Unidade III Campo moral: crise de respeito


• Novos conceitos e práticas de família: família heteroafetiva e homoafetiva

• Pluralismo religioso

• Nova construção de identidades sexuais, violência de gênero.

• Conceitos básicos: indivíduo, família, valores, socialização, gênero e sexualidade, instituições religiosas

Metodologia:
A proposta metodológica parte de duas premissas básicas:
1. Os alunos aos quais está dirigida a proposta não têm como horizonte profissional a sociologia.
2. Vamos dos fatos e acontecimentos que atraem a atenção pública na vida nacional para a tradição do
pensamento social.
Logo construímos a pergunta de partida: o que faz do Brasil uma sociedade em transição e mudança do tradicional para
o moderno?
Em cada unidade, há uma porta de entrada, como é uma discussão de um documentário selecionado para unidade
temática.
A didática parte do trabalho de apropriação dos textos por parte dos alunos, a partir das perguntas e dúvidas dos
discentes o professor vai ajudando na construção dos conceitos-chave de interpretação da vida social. Apelamos
também para estratégias de trabalho cooperativo-grupal.
Estratégias e procedimentos de avaliação:
1. Seguimento do trabalho pessoal a través de guias de leitura. Cada guia gera um produto específico do aluno.
2. Duas provas escritas.
Distribuição da pontuação

1. Guias de síntese (40)

2. Provass escritas (30 cada uma)

Tecnologias digitais utilizadas:

Bibliografia:

Amartya Sen. O Desenvolvimento como liberdade. Companhia das Letras.

Anthony, Giddens. O Estado-Nação e a violência. São Paulo: Edusp, 2001. Cap 1. Estado, sociedade e história.
33 – 59
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Berrón, Gonzalo e González, Luz (Organizadores). “A privatização da democracia – Um catálogo da captura


corporativa do Brasil” ONG Vigência; 2016.

Basu, Kaushik. A economia perversa do trabalho infantil. Scientific American - Brasil. Ano 2, número 18,
novembro de 2003. Págs. 82-89.

Buarque de Holanda, Sérgio. As raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Da Matta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Para uma sociologia do dilema brasileiro. Um ensaio sobre
a distinção entre indivíduo e pessoa no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

De Souza Santos, Boaventura. Pela Mão de Alice. São Paulo: Cortez Editora, 1995. Cap. 5. O Estado e os
modos de produção do poder social. 115-133

Granovetter, Mark. A construção social da corrupção. Política & Sociedade, No.9, Outubro de 2006.

Inglehardt, Ronald; Welzel, Christian. Changing Mass Priorities: The Link between Modernization and
Democracy. Reflection, Vol. 8, June, 2010.

Lopes Louro Guacira. Gênero, sexualidade e educação. Editora Vozes. 1997.


Moehlecke, Sabrina. Ação afirmativa: história e debates no Brasil. Cadernos de pesquisa, No. 117, p. 197-217,
novembro 2002.

Neri, Marcelo. A nova classe média – O lado brilhante da pirâmide. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.

Scherer Warren, Ilse. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, vol 21, n1. 109-
130

Sérgio, Antonio; Guimarães, Alfredo. Racismo e Antirracismo no Brasil. Parte I. Definindo o racismo. São Paulo:
Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo, Editora 34.

Transparency International. The global coalition against corruption. Corruption Perceptions Index, 2014.

Welzer-Lang, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Estudos feministas,
2/2

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