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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO E NA

APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NAS SÉRIES INICIAIS


 Problema:
Como a escola vê a utilização da ludicidade para o
desenvolvimento infantil e para o processo de
ensino-aprendizagem das crianças nas séries iniciais?

 Objetivo Geral:

Investigar como os professores veem a utilidade do


lúdico para o desenvolvimento infantil e para o
processo de ensino aprendizagem.
Objetivos específicos:

 Identificar a importância do lúdico no


desenvolvimento cognitivo e afetivo social da
criança;
 Pesquisar quais as contribuições das atividades
lúdicas para o rendimento do desempenho escolar;
 Analisar como a escola vê o papel do lúdico no
desenvolvimento da aprendizagem;
 Constatar os motivos que levam os professores a
utilizarem ou não o lúdico em sala de aula.
Hipóteses:

 Qual a importância do lúdico no


desenvolvimento cognitivo e afetivo social da
criança?
 Quais as contribuições das atividades lúdicas
para o rendimento escolar?
 Como a escola vê o papel do lúdico no
desenvolvimento da aprendizagem?
 Quais os motivos que levam os professores a
utilizarem ou não o lúdico em sala de aula?
 Essa pesquisa estruturou-se em três momentos,
sendo que no primeiro constituiu-se do
referencial teórico constando o título:
Visão histórica do lúdico, composto pelos
seguintes sub-temas:

 O brincar: atividade própria da criança.


 Contribuição das atividades lúdicas no
desenvolvimento cognitivo.
 Atividades lúdicas e o desenvolvimento afetivo-social.
 No segundo momento constitui-se do capítulo:
O brincar e a escola, com os seguintes sub-temas:

 Contribuição das atividades lúdicas para o rendimento


escolar.
 Posição da escola em relação à utilização do lúdico para
a aprendizagem.
No terceiro e último mom ento fo i rea lizada a co nclus ã o co m a s co ns idera çõ es s obre a pes quisa rea liza da e a pro dução deste tra ba lho .
VISÃO HISTÓRICA DO LÚDICO
O BRINCAR: ATIVIDADE PRÓPRIA DA CRIANÇA

 Segundo Rosamilha (1979) os primeiros estudos sobre a atividade


lúdica, mais precisamente sobre os jogos surgiram na antiga Roma
e Grécia.

 Volpato (2002) relata que o filósofo Comênius, já no século XVII,


ensinava por meio de jogos, imagens e livros com histórias
ilustradas salientando a importância dos sentidos e de uma
imagem para a apreensão do conhecimento.

 No século XIX, o brincar e a brincadeira ganham mais espaço, e


por meio deles, se obtém aportes para o desenvolvimento da
criança, tornando-se elementos fundamentais na construção do
conhecimento (KISHIMOTO, 1998).
A CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES LÚDICAS
NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

 Conforme Vygotsky (1991) o brinquedo exerce uma enorme influência no


desenvolvimento da criança “ Pois é no brinquedo que a criança aprende a agir
numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das
motivações e tendências internas [....]

 Almeida (1981, p. 18) afirma que “Na tentativa que a criança faz de assimilar uma
realidade, e não possuindo ainda estruturas mentais plenamente desenvolvidas,
ela aplica os esquemas de que dispõe, reconstruindo esse universo próximo, com o
qual convive”.

 É por isso que, segundo Vygotsky (1991, p. 117), “o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se
comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário, no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na
realidade.”
ATIVIDADES LÚDICAS E O
DESENVOLVIMENTO AFETIVO-SOCIAL

 Rosamilha (1979) descreve que as atividades lúdicas podem influenciar


positivamente vários aspectos afetivo-sociais, possibilitam a aquisição de
experiências cognitivas, além de atender necessidades físicas e sociais.
 Segundo Piaget (1978) a criança brinca porque é indispensável ao seu
equilíbrio afetivo e intelectual pois o brincar dispõe de um setor de
atividade cuja motivação não é adaptação ao real senão, pelo contrário a
assimilação que a criança faz ”.
 Lima (1992, p.18) afirma que a brincadeira e o jogo são atividades que “
envolvem emoções, afetividades, estabelecimento e ruptura de laços e
compreensão da dinâmica interna que perpassa a ligação entre as
pessoas.
O BRINCAR E A ESCOLA
CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES LÚDICAS
PARA O RENDIMENTO ESCOLAR

 Kishimoto (2002, p.15) “ a brincadeira oferece a oportunidade para a criança explorar,


aprender a linguagem e solucionar problemas”.
 Rosamilha (1979) enfatiza que o lúdico produz muitos efeitos benéficos para o rendimento
escolar. Para ela, as brincadeiras, por serem atividades intencionais da infância, facilitam a
aquisição e desenvolvimento de habilidades: neuromusculares, perceptível-motoras,
sensório-motoras e interpessoais, que são indispensáveis à aprendizagem.
 Wajskop (1995) registra que as brincadeiras são uma situação privilegiada de aprendizagem
infantil, pois possibilitam o desenvolvimento de níveis mais complexos de pensamento,
exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma determinada situação e
pela negociação de regras de convivências e de conteúdos temáticos.
POSIÇÃO DA ESCOLA EM RELAÇÃO Á UTILIZAÇÃO DO
LÚDICOPARA A APRENDIZAGEM

 Fontana e Cruz (1997) colocam que ler, escrever e estudar


tornaram-se na contemporaneidade as atividades
fundamentais para as crianças em idade escolar, e os jogos e
as brincadeiras só tem lugar na prática pedagógica quando
auxiliam a elaboração e construção de conhecimentos
sistemáticos. Volpato (2002, p. 11).

 Fontana e Cruz (1997) dizem que na escola, colocada como


sendo um lugar destinado à apropriação do saber
historicamente construído, a brincadeira passa a ser negada,
secundarizada ou vinculada a seus objetivos didáticos.
CONCLUSÃO
 Partindo do princípio de que o brincar é da natureza de ser criança e que por
meio dele pode-se perceber as múltiplas formas das crianças verem e
interpretarem o mundo, é que se pode afirmar que a ludicidade contribui
imensamente para o desenvolvimento integral do educando. Pensar o
brincar como uma forma e um espaço de apropriação e construção de
conhecimento, habilidades e competências, é fundamental, para que este,
seja incorporado integralmente na prática educativa.

 Assim sendo, é necessário enfatizar ainda mais a importância que a


ludicidade tem no cotidiano educativo, uma vez que, ela abre caminhos
para que as pessoas possam reconhecer-se como sujeitos e atores sociais
plenos, fazedores da própria história e do mundo que os cerca.

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