Os fenícios, em essência, praticaram uma religião que
apresenta em seus deuses, mitos e ritos, um acentuado caráter agrário; antes de se tornarem comerciantes e marinheiros, foram unicamente agricultores. A principal divindade denominava-se EL, nome próprio que é apenas designação comum de “Deus”, consideravam-no o criador de todas as coisas e o senhor dos deuses. Abaixo dele, Hadad, tomado de empréstimo da Síria do Norte, era o Deus do furacão, da tempestade e da chuva. Seu filho Aliyan Baal, personificava, ao contrário, os poços e as fontes de água subterrânea. Dagone era o Deus do trigo, e Mot o das plantações e maturação dos frutos e Astarté a deusa da fecundidade. Ainda outras entidades existiam como Melcarte e Adônis, esses deuses não aparecem nos textos Ugarit Ras Chamra, mas, nos mitos que esses textos nos fornecem encontramos seus traços permanentes. À partir do sec. XV a.C. Mot e Aliyan morriam alternadamente para ressuscitar como Adônis nas festas de Biblos, descritas por Luciano, no séculoII da nossa era. Escavações arqueológicas descobriram que os cartagineses sacrificaram crianças a El.