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Recife
2022
ANTONIO AUGUSTO LIMA CAMPOS
CARLOS EDUARDO SOARES
DANIEL DOS SANTOS GOMES
DANIELLA ALBUQUERQUE LAPA
GEISIA MARLUCE DE SOUZA
ROSA MARIA DA COSTA DA SILVA
SANDRA REGINA LIMA
STEPHANY PAES DE OLIVEIRA LIRA
Recife-PE
2022
Introdução
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1. Direitos Humanos: singularidades de sua história
Para uma boa análise acerca dos detalhes que culminou na elaboração e aprovação
da Declaração Universal Dos Direitos Humanos, chancelada no ano de 1948, cabe
uma abordagem a qual leve em consideração precedentes histórico-diplomáticos do
continente Europeu; os ideais filosóficos do início do século XVIII, ou seja, o
Iluminismo; assim como ressaltar o protagonismo dos países ditos periféricos (a
exemplo do Brasil) diante das grandes potências imperialistas (Estados Unidos,
Inglaterra e a então União Soviética) no período pós Segunda Guerra Mundial.
Com a experiência de duas Grandes Guerras que assolou o final do século XIX até
início do século XX - com desdobramentos para além do continente europeu - tal
tragédia trouxe à tona debates acerca da elaboração de uma lei de caráter
internacional de conteúdo cosmopolita, onde o direito à vida e à dignidade humana
estariam acima dos interesses de Estado. Para isso, fez-se necessário descentralizar
o debate e agregar as necessidades dos países ditos "periféricos", a exemplo da Índia,
República Dominicana, Paquistão e Brasil
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2. Esperanças e Desenganos: a luta internacional contra o racismo
“A ONU, embora tenha sido arquitetada sobre os pilares de uma visão de paz liberal, tem sido
sede de inúmeros episódios que revelam as diferenças de valores de seus membros e que
atestam para o fato que o domínio dos direitos humanos é um campo de disputas. Para
exemplificar esse raciocínio, basta mencionar que a DUDH foi aprovada no mesmo ano que
iniciou o apartheid na África do Sul e que esse regime racista apenas sobreviveu devido ao
apoio patente de potências ocidentais como os Estados Unidos da América (EUA), a França
e o Reino Unido.” (SALGADO, Karine)
Não tem como falar sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e não falar
do Apartheid na África do Sul (1948 – 1994), que contraditoriamente, foi iniciado no mesmo
ano em que foi adotada e proclamada na Assembléia Geral das Nações Unidas A (DUDH),
que é uma iniciativa extremamente relevante para a afirmação do regime internacional de
combate ao racismo e à discriminação racial, no entanto, inúmeros episódios revelam as
diferenças de valores de seus membros e que atestam para o fato que o domínio dos direitos
humanos é um campo de disputas.
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a repressão e violência policial para sustentar a segregação. O acesso à educação, saúde e
oportunidades de crescimento da população negra foi minado ao longo dos anos.
Em 1994, foi realizada a primeira eleição presidencial em que eleitores de todos os grupos
raciais puderam votar, que resultou numa vitória expressiva de Nelson Mandela, que foi
libertado da cadeia depois de 27 anos preso, e tomou posse em 10 de maio de 1994,
oficializando o fim do apartheid na África do Sul.
”A ONU promoveu TRÊS DÉCADAS DE COMBATE AO RACISMO E À DISCRIMINAÇÃO
RACIAL (1973-1983; 1983-1993; 1993-2003) e três grandes Conferências mundiais contra
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Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata (1978, 1983 e 2001).
Diante das dificuldades de implementação das normas que compõem o regime internacional
contra o racismo. Em 2008, seis décadas após a aprovação da DUDH proclamou-se a IV
DÉCADA INTERNACIONAL DE AFRODESCENDENTES (2015-2024), com o objetivo
central de “promover o respeito, a proteção e a concretização de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais da população afrodescendente” (SALGADO, Karine)
O Brasil foi o país que, ao lado dos EUA, mais recebeu seres humanos escravizados
provenientes da África, e foi o último país do mundo a proibir a escravidão, por isso, ocupa
uma posição central quando se trata da implementação das normas internacionais de
combate ao racismo e discriminação. No entanto, nesses 70 anos de vigência da (DUDH) os
índices não são tão otimistas se considerada a efetivação das garantias das pessoas não
brancas como em todo o mundo. Os negros (pretos e pardos) são os coletivos mais atingidos
pelas variadas formas de violência e os que mais são sujeitos à violação dos direitos
assentados na DUDH, também são o segmento mais pobre da população brasileira e o que
tem menos acesso à educação, à saúde, à cultura, ao trabalho, e a mais acometida pelos
índices de analfabetismo, de evasão escolar e pelas dificuldades de acesso à educação
superior, fazendo com que a igualdade não passe de uma ideia retórica, utópica. Apesar de
todos os ganhos das políticas de ações afirmativas que fez triplicar o acesso de pretos e
pardos às instituições federais de ensino superior, vale salientar que em sua maioria, se não
na totalidade, após o governo lula em 2002, segundo dados de 2014.
A desigualdade reflete também nos direitos laborais, pois de acordo com o art. 23 (1) da DUDH
“toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. Entretanto, os dados do IBGE
(2017) revelam que o desemprego é maior entre os pretos e pardos e o rendimento dessa
população, correspondia a respectivamente a quase do rendimento dos brancos, além de
mais expostos a viver em um domicílio com condições precárias do que brancos. Sendo as
maiores vítimas de homicídios, formando a maior população carcerária, e compondo o maior
número de presos arbitrariamente, de encontro ao art. 9º da DUDH.
Para além disso, a letalidade associada à cor da pele é extremamente preocupante. O atlas
da violência 2017, publicado pelo instituto de pesquisa econômica aplicada (IPEA) em
parceria com o FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (FBSP) atesta que de
“cada 100 pessoas que sofrem homicídio no brasil, 71 são negras”. Outro dado alarmante,
ainda de acordo com o IPEA/FBSP, é que “65,3% das mulheres assassinadas no brasil no
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último ano eram negras”, o que demonstra “que a combinação entre desigualdade de gênero
e racismo é extremamente perversa e configura variável fundamental para compreendermos
a violência letal contra a mulher no país, segundo (SALGADO, Karine).
O presente tema visa demonstrar como se deu o reconhecimento dos direitos das
mulheres como direitos humanos, tomando como premissa o fato de que os direitos
humanos por muito tempo se basearam apenas nas experiências e demandas
masculinas. Neste contexto a declaração universal dos direitos humanos de 1948
detém um relevante papel tendo em vista ter sido o primeiro documento internacional
a explicar o sexo como uma possível causa de discriminação.
São dois objetivos de mostrar como se deu a consolidação dos direitos das mulheres
como direitos humanos, verificar o grau de contribuição da DUDH e neste projeto
histórico e por fim analisar o cenário atual a fim de verificar se os termos estabelecidos
em 1948 ainda fazem sentido no presente.
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sem precedentes na história de forma que mulheres em outros países ao tomar
conhecimento dos movimentos norte-americanos puderam se inspirar e também
agir.
Sendo assim as discussões sobre as desigualdades de gênero bem como os temas
da discriminação e violência contra a mulher entraram na pauta dos direitos humanos
tendo ocorrido diversas reuniões no âmbito da organização das nações unidas para
buscar soluções para tais problemas desta forma foram adotados os documentos
internacionais tratados e declarações abordando especificamente questões
relacionadas aos direitos das mulheres indo além da DUDH, modificando assim a
forma de se pensar as relações entre direitos humanos e gênero.
O ano de 1975 foi definido pela ONU como o ano internacional das mulheres, período
em que ocorreu a primeira conferência mundial sobre as mulheres na cidade do
México posteriormente em 1979 a convenção das nações unidas sobre a eliminação
de todas as formas de discriminação contra as mulheres foi adotada tendo sido o
primeiro instrumento internacional aversais especificamente sobre a proteção das
mulheres materializando o compromisso assumido pelos Estados no México.
A grande contribuição do Cedal foi ter especificado os termos da DUDH e dos pactos
dos direitos humanos até quando os as particularidades das demandas das mulheres,
conceituando já em se primeiro artigo a discriminação contra a mulher assim: toda
destruição exclusão ou restituição baseado no sexo que tenha por objeto o resultado
prejudicar ou anular o reconhecimento gozo ou exercício pela mulher
independentemente do seu estado civil como base na igualdade do homem da mulher
dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político econômico
social cultural e civil ou em qualquer outro campo
A declaração de Viena afirmou que: Os direitos humanos das mulheres e das crianças
do sexo feminino constituem uma parte inalienável integral indivisível dos direitos
humanos universais a participação plena das mulheres em condições de igualdade na
vida política civil econômica social e cultural aos níveis nacionais regional e
internacional bem como a erradicação de todas as formas de discriminação com base
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no sexo constituem objetivos prioritários da comunidade internacional a violência
baseada no sexo da pessoa e todas as formas de assédio e exploração sexual
nomeadamente aos que resultam de preconceitos culturais e do tráfico internacional
são incompatíveis com a dignidade e o valor da pessoa humana e devem ser
eliminadas.
Art. 24 - todo mundo tem direito ao descanso, ao lazer, a uma jornada de trabalho
compatível com o descanso e a férias remuneradas periódicas.
Todo mundo que trabalha tem direito a uma remuneração justa. Para entendermos a
situação que estamos vivendo em nosso país, precisamos conhecer sobre a divisão
da Renda Nacional.
Muito do que vemos da desigualdade em nosso país tem haver como a divisão da
riqueza. O Brasil é identificado como um dos países com pior distribuição de renda no
mundo. Isso quer dizer que um número pequeno fica com a maior parte das fatias
enquanto grande parte tem que dividir o restante.
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abaixo da linha de pobreza no ano da pandemia, quase 51 milhões de pessoas,
segundo os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Veja mais em:
https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/12/03/mesmo-com-
auxilio-1-em-cada-4-viveu-abaixo-da-linha-de-pobreza-em-2020-diz-
ibge.htm?cmpid=copiaecola
PIB
É tudo que um país produz durante um ano, ex: Alimentação, carros, prédios, roupas,
etc. É quanto um país pesa. E o trabalho produzido pelo trabalhado , serviço prestado,
gerando uma renda nacional. Logicamente, a renda recebida pelo operário é
extremamente menor que a do dono da fábrica ou do patrão. Mas não são tratados
de forma igual….
Desequilíbrio
Pois, os impostos não são cobrados proporcionalmente. Quem ganha mais teria
condições em aplicar esse dinheiro para melhorar escolas, saúde, porque o rico chega
a essa condição construída com o coletivo da sociedade. Lembrando que há duas
formas de se fazer isso: através do imposto direto e indireto (preço das coisas) Ex: Foi
feito um cálculo que 40% do salário da classe média vai parar nesses impostos,
(Equivale a 5 meses).
Outra questão é quanto ao uso dos impostos! Quanto mais democrático é um país.
Mais os governantes são obrigados a explicar o uso do dinheiro público e detalhar as
prioridades. E quanto mais informado, o cidadão ele poderá acompanhar os gastos
públicos.
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Os D.H estão relacionados com a remuneração dos trabalhadores. Pois, se cada
cidadão não tiver condições para arcar com os custos de aluguel, transporte, roupa,
remédio, contas, água e luz, saúde, educação, descanso e lazer. A vida dessas
pessoas poderá ficar comprometida…
Quanto mais um país é desigual, mais violações de D.H existirá. Pois, faltará
condições em se ter uma vida mais justa e adequada.
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Discurso de ódio na Internet:
2. A Liberdade de Expressão
“Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
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2.1 A Restrição à Liberdade de Expressão
Por essa dicção, conclui-se que o abuso será punido pela lei desde que
estejam presentes os itens das letras ‘a’ e ‘b’. Mas há uma segunda restrição,
prevista no art. 20, que dispõe que:
1. Será proibida por lei qualquer propaganda em favor da guerra.
2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, racial ou religioso que
constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou a violência.
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2.2 A Internet Como Meio de Propagação do Ódio e os Tratados de Direitos
Humanos
É claro que essas ponderações se aplicam muito mais às dificuldades que governos
possam impor aos seus cidadãos do que às afrontas que os cidadãos possam fazer
uns aos outros. É o caso de governos que invocando a necessidade de manutenção
da ordem pública, impõem restrições aos indivíduos voltadas aos seus direitos de
distribuir informações na internet.
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Casos de Discursos de ódio na Internet
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necessário enviar o link da página ou aplicativo onde ocorreu a possível infração com
uma descrição do caso.
As denúncias são enviadas pela plataforma ao Ministério Público Federal e à
Polícia Federal.
Referências Bibliográficas