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Prova Final de Nutrição
Prova Final de Nutrição
Secretaria
de Estado
da Saúde
CADERNO DE QUESTÕES
CÓDIGO 04
NUTRIÇÃO
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
● Este caderno tem um total de 60 (sessenta) questões, distribuídas da seguinte forma:
- Questões de 01 a 30: Conhecimentos de Políticas Públicas de Saúde;
- Questões de 31 a 60: Conhecimentos específicos.
● Ao receber este caderno, verifique se está completo.
● Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o
candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta,
preencher o espaço (bolha) correspondente no cartão-resposta.
● As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão-resposta,
que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica.
● Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro,
comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal.
● O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões
deste caderno e preencher o cartão-resposta.
● Só haverá substituição deste caderno ou do cartão-resposta em caso de erro ou dano que
seja de responsabilidade da comissão do processo de seleção.
● Não serão permitidas explicações sobre o conteúdo da prova durante a sua aplicação.
BOA PROVA!
Comissão do Processo de Seleção para a Residência Multiprofissional em Pediatria
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1) A lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Em seu Art. 17 estão descritas as competências da direção estadual do Sistema Único de
Saúde – SUS. Então, analise as afirmativas abaixo:
Estão CORRETAS:
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) Somente III e V.
d) Somente III e IV.
e) somente IV e V.
a) Atenção primária.
b) Urgência e emergência.
c) Atenção psicossocial.
d) Atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e Vigilância em saúde.
e) Atenção à saúde indígena.
3) O SUS precisa ser resolutivo em todas as suas etapas, pois se isso não acontece na atenção
primária e secundária, certamente o usuário irá buscar atendimento nas grandes emergências. Desse
modo, é pertinente ressaltar o conceito de Redes de Atenção à Saúde (RAS), definido pelo Decreto Nº 7508
e portarias ministeriais. Nesse sentido, analise as afirmativas sobre as RAS, descritas abaixo:
I - A integralidade da assistência à saúde deve se iniciar e se completar nas Redes de Atenção à Saúde.
II - O referenciamento do usuário, necessário para a garantia da continuidade do cuidado, pode ser feito na rede
regional e interestadual, desde que pactuado na Comissão Intergestores.
III - No SUS, têm sido instituídas RAS de áreas específicas, como de atenção psicossocial e da pessoa com
deficiência.
IV – A RAS constitui um conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade
decrescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde.
V - Os CAPS, independente do tipo, participam da Rede de Atenção Psicossocial.
Estão CORRETAS:
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas III, IV e V.
c) Apenas I, II, III e V.
d) Apenas I, III e V.
e) Apenas II. III e IV.
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a) Ênfase na descentralização.
b) Aprovação do orçamento do SUS.
c) Programação pactuada e integrada.
d) Regulação.
e) Regionalização.
6) Para obter informações que permitam identificar os principais problemas no que se refere às
condições de saúde, é necessário desenhar o perfil demográfico, socioeconômico e epidemiológico da
população. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta algumas das principais fontes para obtenção
desses dados.
a) V; V; F; F; V.
b) V; F; F; V; V.
c) F; V; F; V; V.
d) F; F; V; F; V.
e) V; F; V; F; V.
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a) Conhecer o nível de saúde de uma população é importante para se avaliar prioridades e estabelecer
programas.
b) Os indicadores facilitam a análise das informações, independente da precisão dos sistemas de informação.
c) Permitem conhecer quantas pessoas adoecem ou morrem, entretanto não sendo possível identificar quais os
fatores ou traumatismos responsáveis por essas doenças e por esses óbitos.
d) Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar, apenas, a qualificação das informações
produzidas.
e) As informações obtidas a partir dos dados produzidos pelos diferentes sistemas constituem apenas uma
finalidade específica.
11) Os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) constituem as bases para o
funcionamento e organização do sistema de saúde em nosso país. O alicerce legal do SUS é formado por
três documentos que expressam os elementos essenciais de sua organização. Assinale a alternativa que
corresponde a esses elementos.
a) Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e aos serviços de saúde cuja complexidade e contingente
populacional transcenda a escala local/municipal.
b) Mudar o processo de formação profissional na área da saúde com incorporação de conhecimentos e da
interdisciplinaridade por meio de currículos integrados.
c) Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possibilitando ganho em escala nas ações e nos serviços de
saúde de abrangência regional.
d) Garantir a integralidade na atenção à saúde, ampliando o conceito de cuidado à saúde no processo de
reordenamento das ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação com garantia de acesso a todos os
níveis de complexidade do sistema.
e) Potencializar o processo de descentralização, fortalecendo estados e municípios para exercerem papel de
gestores e para que as demandas dos diferentes interesses loco-regionais possam ser organizadas e expressas na
região.
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13) A Lei Complementar 141/2012 estabelece como regra a modalidade regular e automática para a
transferência dos recursos destinados ao custeio das ações e serviços públicos de saúde. Nesse sentido,
analise as afirmativas que dispõe no seu Art. 1º:
I - O valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo a ser aplicado, anualmente, pela União em ações e
serviços privados de saúde.
II - Percentuais mínimos do produto da arrecadação de impostos a serem aplicados anualmente pelos Estados,
pelo Distrito Federal e pelos municípios emações e serviços públicos de saúde.
III - Critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e
aos municípios, e dos Estados destinados aos seus respectivos municípios, visando à progressiva redução das
disparidades regionais.
IV - Normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e
municipal.
V - Quanto aos critérios de rateio a que se refere o inciso III, a LC 141 orienta no sentido de que não se faz
necessário observar as necessidades de saúde da população, as dimensões epidemiológica, demográfica,
socioeconômica, espacial e de capacidade de oferta de ações serviços de saúde.
a) I; II; e IV.
b) III; IV e V.
c) I; II e IV.
d) II; III; IV e V.
e) II; III e IV.
14) A Portaria GM/MS Nº 1.996, de 20 de agosto de 2007 dispõe sobre as diretrizes para a
implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e dá outras providências. Esta
descreve em seu Art. 6º as atribuições das Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço. Em
relação a essas atribuições assinale a alternativa INCORRETA:
a) Apoiar e cooperar tecnicamente com os Colegiados de Gestão Regional para a construção dos Planos
Regionais de Educação Permanente em Saúde da sua área de abrangência.
b) Articular instituições para propor, de forma coordenada, estratégias de intervenção no campo da formação e
desenvolvimento dos trabalhadores, à luz dos conceitos e princípios da Educação Permanente em Saúde.
c) Incentivar a adesão cooperativa e solidária de instituições de formação e desenvolvimento dos trabalhadores
de saúde aos princípios, à condução e ao desenvolvimento da Educação Permanente em Saúde, ampliando a
capacidade pedagógica em toda a rede de saúde e educação.
d) As atribuições das Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço se resumem, exclusivamente, nas
propostas de intervenções no planejamento e desenvolvimento de ações que contribuam para o cumprimento das
responsabilidades assumidas nos respectivos Termos de Compromisso de Gestão.
e) Contribuir com o acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações e estratégias de Educação
Permanente em Saúde implementadas.
a) Planejar a formação e a educação permanente de trabalhadores em saúde necessários ao SUS no seu âmbito de
gestão, contando com a colaboração das Comissões de Integração Ensino-Serviço.
b) Estimular, acompanhar e regular a utilização dos serviços de saúde no seu âmbito de gestão para atividades
curriculares e extracurriculares dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação na saúde.
c) Articular exclusivamente, junto às Instituições de Ensino Universitário, mudanças em seus cursos de acordo
com as necessidades do SUS, estimulando uma postura de co-responsabilidade sanitária.
d) Contar com a colaboração das Comissões de Integração Ensino-Serviço.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
16) A Portaria Nº 1.823 de 23 de Agosto de 2012 institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador
e da Trabalhadora. Com base nesta, assinale a alternativa que NÃO descreve seus princípios e diretrizes.
a) As ações individuais, de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de promoção, de
prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho.
b) Ações prioritariamente de planejamento e avaliação das práticas de saúde.
c) Apenas ações que correspondem ao conhecimento técnico e aos saberes, experiências e subjetividade dos
trabalhadores e destes com as respectivas práticas institucionais.
d) As ações individuais e exclusivamente voltadas para a recuperação dos agravos e promoção da saúde dos
trabalhadores.
e) As ações primordialmente destinadas à assistência e a restauração da saúde do trabalhador.
19) A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando
produzir a atenção integral. Seus fundamentos e diretrizes estão descritos abaixo EXCETO na
alternativa:
a) Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais.
b) Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como
a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação.
c) Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população
adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.
d) Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda
espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e
reabilitação.
e) A longitudinalidade do cuidado descrita nas diretrizes da Atenção Primária à Saúde pressupõe a
descontinuidade da relação clínica, com a responsabilização dos usuários ao longodo tempo e de modo
permanente.
E assinale a CORRETA:
a) Apenas I e III.
b) Somente I, II, IV e V.
c) Apenas I, II e IV.
d) Somente, I, IV e V.
e) Apenas II, IV e V.
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21) A Lei nº 8.080/90 define que "o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde
se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada". Neste sentido,
atenção básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das Redes de Atenção
à Saúde, são elas, EXCETO:
a) Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e
capilaridade.
b) Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes
tecnologias de cuidado individual e coletivo.
c) Ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais.
d) Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares.
e) Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população, não necessariamente aquela sob sua
responsabilidade.
22) A direção do Sistema Único de Saúde (SUS), em cada esfera de governo, é composta pelo órgão
setorial do poder executivo e pelo respectivo Conselho de Saúde, nos termos da(s) Lei(s)
a) 8080/90.
b) 8142/90.
c) 12.341/10.
d) 8080/90 e 8142/90.
d) 8069/90 e 8080/90.
23) Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas que,
integrados por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do
cuidado. Essa definição está relacionada a (à)
I - O acesso será preferencialmente nos serviços de Atenção Básica, integrados por centros de saúde, postos de
saúde, unidades de saúde da família e unidades básicas de saúde ou similares mais próximos de sua casa.
II - Nas situações de urgência/emergência, qualquer serviço de saúde não tem a responsabilidade de receber e
cuidar da pessoa, devendo encaminhá-la para outro serviço.
III - O encaminhamento às especialidades e aos hospitais, pela Atenção Básica, será estabelecido em função da
necessidade de saúde e indicação clínica, levando-se em conta a gravidade do problema a ser analisado pelas
centrais de regulação.
IV - Quando houver alguma dificuldade temporária para atender as pessoas não será de responsabilidade da
direção e da equipe do serviço, acolher, dar informações claras e encaminhá-las sem discriminação e privilégios.
a) Somente I e II
b) Apenas I e III
c) Somente a II e III
d) Apenas a I e IV
e) Somente a III e IV
25) A pessoa em atendimento tem direito às informações sobre o seu estado de saúde, de maneira
clara, objetiva, respeitosa e compreensível. Nesse sentido, as alternativas apresentam essas informações,
EXCETO:
a) Possíveis diagnósticos.
b) Tipos, justificativas e riscos dos exames solicitados.
c) A necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração.
d) Informações sobre o custo das intervenções das quais a pessoa se beneficiou.
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e) Evolução provável do problema de saúde, em caso de prognóstico ruim, não deve ser revelada.
26) O processo de trabalho das equipes de Atenção Básica possui característica própria, no sentido
de atender as reais necessidades da população adscrita. Com relação a essas características, assinale a
alternativa CORRETA:
a) A programação e a implementação das atividades de atenção à saúde não necessitam priorizar intervenções
clínicas e sanitárias.
b) O planejamento e a organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e a
recomendação da divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, pois facilita o acesso dos usuários.
c) Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,
alimentares e/ou ambientais.
d) Implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos
processos de gestão, promovendo o protagonismo dos profissionais na produção de saúde.
e) Todas estão corretas.
27) A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) prioriza ações específicas, tais como,
alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, entre outras.
Desse modo, analise as alternativas abaixo e assinale a INCORRETA.
a) Promover ações relativas à alimentação saudável visando à promoção da saúde e à segurança alimentar e
nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, a inclusão social e o cumprimento do
direito humano à alimentação adequada.
b) Disseminar a cultura da alimentação saudável em consonância com os atributos e princípios do Guia
Alimentar da População Brasileira.
c) Desenvolver ações para a promoção da alimentação saudável prioritariamente no ambiente escolar.
d) Implementar as ações de vigilância alimentar e nutricional para a prevenção e controle dos agravos e doenças
decorrentes da má alimentação.
e) Promover articulação intra e intersetorial visando à implementação da Política Nacional de Promoção da
Saúde por meio do reforço à implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e da
Estratégia Global.
28) A PNPS aborda a sistematização das ações educativas e a mobilização das ações legislativas e
econômicas, relativas à prevenção e ao controle do tabagismo. EXCETO em:
29) A Portaria Nº 1.820, de 13 de agosto de 2009 dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da
saúde. Esta refere que o encaminhamento para outros serviços de saúde deve ser por meio de um
documento que contenha:
30) É pertinente ressaltar que a Política Nacional de Humanização propõe troca de saberes
(incluindo os dos usuários e de sua rede social), fortalecimento do diálogo entre profissionais e modos de
trabalhar em equipe. Em suas diretrizes gerais está o reforço da clínica ampliada, descrito em apenas uma
das alternativas abaixo:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
I - Ainda não existe um método para mensurar o gasto energético com validade, fidedignidade e facilidade de
uso que possa ser empregado rotineiramente em pediatria, portanto, na ausência desse método tem sido
recomendada a utilização de equações preditivas das necessidades energéticas.
II - Uma das propostas para determinar as necessidades energéticas foi proposta pelo Institute of Medicine (IOM)
por intermédio da Ingestão Diária de Referência (DRI – Dietary Reference Intake). Para o cálculo da
Necessidade Estimada de Energia (EER – Estimated Energy Requeriment) é levado em consideração a energia
necessária para depósito em menores de 3 anos e o coeficiente de atividade física para os maiores de 3 anos.
III - As recomendações de proteína baseadas na ingestão diária de referência (DRI) supri a necessidade de cerca
de 98% dos indivíduos de um grupo de mesma faixa etária e sexo, portanto a recomendação da dose inócua de
proteína segundo essa referencia, não precisa ser corrigida.
IV - Existe uma faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR – Acceptable Macronutrient
Distribution Range) estabelecida pela DRI, que considera de lipídios uma faixa de 30 a 40% das calorias totais
da dieta para crianças de 1 a 3 anos e de 25 a 35% para as crianças e adolescentes de 4 a 18 anos.
32) No Complexo de Pediatria Arlinda Marques (CPAM) há com certa frequência o internamento de
pacientes com Paralisia Cerebral (PC). A disfunção motora, bastante evidente nesses pacientes, favorece o
surgimento de distúrbios orais motores, de deglutição e má postura. Essas disfunções quase sempre estão
relacionadas com problemas para alimentação, gerando impacto desfavorável no crescimento e
desenvolvimento da criança. Sobre a avaliação e conduta nutricional em pacientes com PC, marque a
afirmativa incorreta:
a) Pacientes com PC tendem a serem constipados devido a limitações na locomoção, desvios de postura,
negação do reflexo de evacuação, erros alimentares (excesso de ingestão de refeições lácteas, baixo teor de fibras
dietéticas e de líquidos), além do uso de anticonvulsionantes.
b) Crianças com PC apresentam alterações somáticas que dificultam a aferição de medidas antropométricas,
assim tem-se recomendado a obtenção de medidas de ossos longos (comprimento do braço, altura do joelho e
comprimento da tíbia) em crianças de 2 até 12 anos, utilizando-se equações de estimativa da altura elaboradas
por Stevenson et al. (1995)
c) Apesar de puder obter algumas medidas antropométricas, inclusive a partir de equações de estimativas, não é
possível avaliar eficazmente o estado nutricional pelo peso e estatura porque não existe ate o momento um
padrão de referencia com curvas de crescimento para indivíduos com PC, já que se utiliza as curvas da OMS
(2006-2007) que foram construídas a partir de dados de crianças saudáveis.
d) As necessidades energéticas de crianças e adolescentes com PC são diferentes em comparação àquelas de
crianças saudáveis. Dentre os cálculos para estimativa das necessidades energéticas de crianças com
comprometimento neurológico temos o obtido a partir da altura com recomendação de calorias por centímetro de
altura, com cota calórica que varia com a presença ou não de disfunção motora e deambulação.
e) No paciente de PC que tiver disfagia com líquidos finos, as necessidades de líquidos precisam ser atingidas
com alimentos sólidos com atividade de água e líquidos espessados para evitar broncoaspiração
33) Para diagnóstico, tratamento e utilização de conduta padronizada para crianças com desnutrição
em nível hospitalar, o Ministério da Saúde (no Manual de Atendimento da Criança com Desnutrição
Grave em Nível Hospitalar, 2005) indica:
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I - História nutricional pregressa e atual da criança, observando aspectos como: História da amamentação, início
da introdução de alimentos complementares, dieta habitual (tipo, frequência e quantidade), perda de apetite
recente; alimentos preferidos pela criança; pessoa que cuida/alimenta a criança; utensílios utilizados para
alimentar a criança (tipo e higienização).
II - Os antecedentes da criança, como: Peso e estatura da criança ao nascer; condições de preenchimento da
Caderneta de Saúde da Criança (monitoramento do desenvolvimento e do crescimento, imunização,
suplementação vitamínica e/ou mineral); uso habitual de medicamentos; histórico de alergia.
III - Os antecedentes familiares, incluindo as condições de vida da família, tais como: Presença de irmãos
menores de 5 anos; antecedentes de internação ou tratamento para desnutrição entre irmãos menores de 5 anos;
morte de irmão menor de 5 anos e sua causa, especialmente por desnutrição; Condição de emprego/trabalho do
chefe da família; condições de moradia (água, saneamento básico e tipo e propriedade do domicílio).
IV - Exame físico da criança, observando a exemplo: Peso e comprimento ou altura; nível de atividade física;
edema; palidez grave; presença de vínculo mãe/criança (olhar, toque, sorriso, fala); sinais de colapso
circulatório: mãos e pés frios, pulso radial fraco, consciência diminuída.
34) A “fome oculta”, definida como a carência não explícita de um ou mais micronutrientes, constitui-
se hoje no mundo em importante problema nutricional, atingindo principalmente as crianças. Sobre a
carência de micronutrientes, julgue as afirmativas a seguir e assinale F para as alternativas falsas e V
para as verdadeiras.
( ) A secreção de vitamina A no leite materno está diretamente relacionada ao estado de vitamina A da mãe,
ressaltando-se que os recém-nascidos têm baixos estoques dessa vitamina. Eles dependem das concentrações de
vitamina A do leite materno para acumular e manter estoques adequados até que a alimentação complementar
forneça quantidades adicionais da vitamina suficientes para manter requerimentos dessa fase de crescimento.
( ) Os suplementos de vitamina A são administrados por via oral e não devem ser administrados por via
intramuscular ou endovenosa. Os suplementos de vitamina A devem ser oferecidos às crianças de 12 a 59 meses
de idade de seis em seis meses. O intervalo seguro entre uma administração e outra é de, no mínimo, dois meses.
( ) São medidas importantes de prevenção da deficiência de vitamina A: a promoção do aleitamento materno
exclusivo até o 6º mês e complementar até 2 anos de idade ou mais com a introdução dos alimentos
complementares em tempo oportuno e de qualidade, a promoção da alimentação adequada e saudável,
assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos fontes em vitamina A pela população e a
suplementação profilática periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade e das mulheres no pós-parto
imediato (puérpera), antes da alta hospitalar, com megadoses de vitamina A.
( ) Aqui no Brasil, como ocorre com o Ferro e com o Iodo, também tem como estratégia de ação na saúde
pública a fortificação de alimentos com vitamina A para controle da deficiência deste nutriente.
A sequência correta é:
a) VFFF.
b) VFVF.
c) VVFV.
d) FVVV.
e) FFVF.
35) A anemia por deficiência de ferro é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil
em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento das crianças. Sabendo disso
avalie as afirmativas abaixo que descrevem sobre a anemia ferropriva na infância:
III - Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a partir do sexto mês de idade.
Se a criança não estiver em aleitamento materno exclusivo, a suplementação poderá ser realizada a partir dos
quatro meses de idade, juntamente com a introdução dos alimentos complementares.
IV - Para o tratamento da anemia já diagnosticada a conduta para quantidade de dosagem diária é a mesma da
recomendada para profilaxia, no entanto, a dosagem do suplemento é fracionada em mais vezes ao dia e
normalmente é oferecido por um período maior de tempo do que o recomendado para ações preventivas.
V - O prematuro e o recém-nascido com baixo peso, mesmo em aleitamento materno exclusivo, devem receber,
a partir do 30º dia após o nascimento, suplementação de ferro.
a) Dente as estratégias de intervenção no tratamento de crianças e adolescentes obesos e com sobrepeso estão
envolvimento e apoio da família, entrevistas motivacionais e mudança dos hábitos alimentares.
b) A obesidade na infância não é uma condição benigna, quanto mais tempo obesa aumenta a possibilidade de
se tornar um adolescente e um adulto obeso, entretanto isso não ocorre no sobrepeso devido ao processo de
crescimento e desenvolvimento.
c) A prevalência de obesidade é menor em crianças expostas a uma rotina de fazer regularmente uma refeição
noturna com a família, noite de sono adequada e tempo limitado em frente a uma tela.
d) As famílias são essenciais na adoção de novos hábitos, na escolha de alimentos saudáveis e de atividades de
laser para a criança.
e) Pais muito exigentes sobre o controle alimentar ou que impõem uma dieta muito restritiva à criança podem
levá-la a se regular com menos eficiência e quando com oportunidade comer em excesso.
38) Sabendo que o tratamento de alergias alimentares é complexo e preconiza-se a remoção total do
alérgeno da dieta. Acerca desse tema considere as afirmações:
I - As necessidades nutricionais, de maneira geral, de crianças com alergia alimentar são semelhantes às de
crianças saudáveis, podendo-se utilizar as mesmas recomendações.
II - Para se avaliar o consumo alimentar, pode-se utilizar o recordatório de 24h ou dia alimentar habitual,
atendo-se aos grupos de alimentos mais alergênicos.
III - Antes da confirmação do diagnóstico pode ocorrer comprometimento pôndero-estrutural, mais ainda nas
reações mediadas por IgE, nas quais há predominância de manifestações gastrintestinais.
39) Diante das frequentes alergias alimentares, o profissional da nutrição deve estar apto para fazer
substituições a fim de garantir os nutrientes dos alimentos excluído ao paciente. Relacione abaixo o
alimento alergênico às fontes alternativas de substituição deste.
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40) A abordagem da criança pela equipe de saúde deve destacar a importância dos hábitos
alimentares na promoção da saúde. Tal prática possibilita o controle dos desvios alimentares e
nutricionais e a prevenção de várias doenças na infância e na vida adulta futura, entre as quais as
deficiências nutricionais, as doenças crônicas, o sobrepeso e a obesidade. Considerando o crescimento e a
alimentação na infância e adolescência, julgue os itens a seguir:
I - A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada, pois sua ingestão distende o estômago,
podendo dar precocemente o estímulo de saciedade. O ideal é oferecê-los após a refeição, de preferência água ou
sucos naturais.
II - Na fase pré-escolar, a velocidade de crescimento e o ganho de peso são menores que o segundo ano de vida.
Já a fase escolar é caracterizada por maior atividade física e ritmo de crescimento constante, com ganho mais
acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência.
III - O aleitamento materno (AM) é o alimento base nos primeiros meses de vida e recomendado pela OMS
como uso exclusivo nos 6 primeiros meses de vida. O AM é considerado exclusivo quando a criança recebe
somente leite materno e nenhum outro líquido ou sólido, nem medicamentos orais e nem vitaminas, com exceção
de medicamentos recebidos por via venosa.
IV - Um dos primeiros alimentos a serem introduzidos na alimentação do lactente após os 6 meses são as frutas,
na forma de sucos ou papas, não sendo aconselhado adoçar, mas se o fizer, preferir o mel de abelha ao açúcar
branco.
V - No manejo da orientação alimentar para o adolescente devem-se considerar, dentre alguns aspectos, a fase de
maturação sexual em que o adolescente se encontra; a atividade física habitual ou a presença de sedentarismo; o
uso de contraceptivo, pois afeta o metabolismo de alguns nutrientes; a vigência de gravidez ou lactação e a
presença de transtornos alimentares.
41) A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Os
distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves consequências para indivíduos e
comunidades O aleitamento materno permite um grandioso impacto na promoção da saúde integral da
dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. É a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto,
proteção e nutrição para a criança e constitui a mais eficaz intervenção para redução da
morbimortalidade infantil. Com base nesse pressuposto, avalie as afirmativas abaixo que descrevem sobre
as diferenças entre o leite humano (LH) e o leite de vaca (LV):
42) Pacientes fenilcetonúricos não tratados podem ter redução no peso do cérebro, retração nas
ramificações dendríticas das células piramidais e redução de espinhas dendríticas no córtex e alteração na
substância branca. Nesse sentido quais são os sinais mais comuns nos pacientes fenilcetonúricos não
tratados:
43) O paciente portador de fibrose cística necessita de um atendimento multiprofissional sob a ótica
de um tratamento não curativo, contínuo e educativo. Sob o olhar da nutrição avalie a as afirmações:
I - Há uma associação entre a desnutrição e o deterioramento da função pulmonar nesta doença, assim o suporte
nutricional é fundamental.
II - Recomenda-se um suporte energético aumentado, indicando-se refeições com aumento de concentração
energética, podendo fazer uso de módulos e suplementos nutricionais.
III - É de fundamental importância a avaliação nutricional do paciente, esta deverá ocorrer a cada três meses ou
de acordo com a necessidade do paciente.
a) Estabelecer um padrão alimentar adequado, tendo em vista uma dieta com calorias adequadas para idade.
b) Manter os índices prandiais e pós-pradiais em euglicemia, previnindo as complicações agudas e crônicas.
c) Deve-se incentivar a educação nutricional, observar os índices de perfil lipídico e níveis pressóricos, além da
observância dos hábitos alimentares antes e depois do inicio do tratamento, assim o crescimento e
desenvolvimento ocorrerão de forma adequada, não havendo a necessidade de monitoramento.
d) Pode-se utilizar o método de contagem de carboidratos, tendo em vista que para cada unidade de insulina
deverá haver de 10 a 20g de carboidratos sendo ofertado.
e) O método de contagem de carboidratos permite uma maior flexibilidade na escolha dos alimentos por basear-
se na quantidade de carboidratos, assim, contribui para melhor aceitação e adesão ao tratamento.
45) As hepatopatias devem ter diagnóstico precoce dado o risco de desnutrição e do desenvolvimento
de doença crônica. Sobre as hepatopatias é incorreto afirmar:
a) Acerca do uso de lipídeos não há mais a indicação de restrição. Há ainda a conduta de utilização de
triglicerídeos de cadeia média (TCM), sendo estes mais solúveis não requerendo a presença de sais biliares ou
lípase pancreática para sua absorção, reduzindo a esteatorreia.
b) A desnutrição cursa dentre outros fatores pela redução da ingestão alimentar e a anorexia. Assim, o objetivo
da terapia nutricional é a qualidade de vida do paciente dentro destas limitações.
c) Na hepatopatia crônica há anormalidade no perfil de aminoácido plasmático, ou seja, as concentrações de
aminoácidos aromáticos podem estar elevadas e as concentrações de aminoácidos de cadeia ramificada
diminuída, esse desequilíbrio está associado ao grau de dano hepático e encefalopatia.
d) A desnutrição grave afeta aproximadamente 60% das crianças com hepatopatia crônica. São causas de
doenças hepáticas as malformações do trato biliar, processos infecciosos (como hepatite), processos autoimune,
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alterações metabólicas e genéticas (fibrose cística), tóxica (medicamentos), exceto uso de nutrição parenteral
prolongada.
e) Na doença hepática aguda há a recomendação de utilização de suplementos de fibras solúveis na dieta de
pacientes hepatopatas em fase de encefalopatia.
48) Sabendo-se que as dislipidemias são alterações nos níveis de lipídeos e lipoproteínas no sangue,
considere a tabela abaixo com a referência lipídica para faixa etária entre 2 e 19 anos de acordo com a I
Diretriz Brasileira para Prevenção de Aterosclerose na Infância e na Adolescência.
Observe as afirmações:
I - Uma criança com colesterol total entre 150 mg/dL e 170 mg/dL deverá receber uma orientação de mudança
do estilo de vida e deverá ter o exame repetido com um ano.
II - Uma criança com colesterol total acima de 170mg/dL e com LDL-c e HDL-c também alterados deverá fazer
um tratamento mais especifico com conduta nutricional mais restritiva.
III - De maneira geral recomenda-se que as crianças devam ter colesterol total avaliado a partir dos 10 anos de
idade, e a partir dos 2 anos caso haja uma histórico familiar positivo para esta alteração.
49) Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma condição clínica seguido de uma proposta de
conduta dietética sumária que deve ser julgada:
I - Para um menor com 4 anos de idade, apresentando os sintomas clássicos da doença celíaca (diarreia crônica,
fezes esponjosas, pálidas, volumosas e de odor fétido, distensão abdominal, anorexia, atrofia da musculatura
glútea e manifestações clínicas de deficiência de micronutrientes) é recomendado a exclusão permanentemente
de centeio, trigo, aveia, cevada, e todos os seus derivados da dieta habitual, suplementar com micronutrientes e,
devido ao quadro de má absorção instalado no momento, restringir, temporariamente, a lactose e fibras.
II - A recomendação para crianças com DII deve ser feita de acordo com seu estado nutricional e quadro clínico.
Uma adolescente de 11 anos chegou ao CPAM com diagnóstico confirmado de doença de Crohn, apresentando
fístula enterovaginal, diarreia com esteatorreia e desnutrição. Com esse quadro, a conduta nutricional incluiu
uma dieta de baixo teor de resíduos, hipercalórica, hipolipídica, com uso de triglicerídeo de cadeia média,
normoglicídica (com teor reduzido de carboidratos simples fermentáveis) e hiperprotéica.
III - Na diarreia aguda a primeira medida é instituir a terapia de reidratação preconizada pela OMS. As que não
se encontram desidratadas devem utilizar a terapia de reidratação por via oral no domicílio para prevenção do
quadro. O aleitamento materno deve ser estimulado e mantido sempre que possível, sendo oferecido SRO após
as evacuações. Nos casos de diarreia que não houver desidratação grave, nas primeiras 3 a 4 horas após a
reidratação, deve-se iniciar a oferta de uma alimentação adequada para idade. É recomendado, entretanto, que a
realimentação, para diarreia aguda ou persistente dos bebês que não fazem uso de leite materno, seja sempre com
fórmulas isentas de lactose, com proteínas parcialmente hidrolisadas ou com aminoácidos livres.
I - A Nutrição parenteral (NP) não deve ser feita de forma abrupta, para evitar hipoglicemia súbita. Assim pode-
se administrar soro glicosado a 10% na mesma velocidade de infusão da NP ou diminuição gradativa da fórmula
NP de 6 a 8 dias.
II - Havendo um comprometimento do trato gastrintestinal (TGI) grave indica-se fórmulas semi-elementares.
III - Deve-se evitar na dieta enteral inicial de desmame da NP com uso reduzido de gorduras, e isenção lactose e
açúcares simples, para evitar diarreia osmótica.
51) Pacientes em uso de terapia de nutrição parenteral (TNP) e em uso de terapia de nutrição enteral
(TNE) devem ter seus cuidados o monitoramentos para auxílio nas intervenções. Assim é correto afirmar
que:
a) Na TNP, no período inicial, de forma geral, devem ser observados semanalmente os triglicerídeos séricos,
hemoglobina e hematócrito, plaquetas, glicemia.
b) Na TNP é necessária uma avaliação nutricional e metabólica do paciente, indica-se que estatura, peso, pregas
e perímetros braquiais e cefálicos devem ser feitos quinzenalmente no inicio do tratamento.
c) Na TNE deve-se monitorar diariamente a oferta de nutrientes, o balanço hídrico, sinais vitais e dentre os
exames laboratoriais a albumina.
d) A posição da sonda na TNE deve sempre ser observada, antes do início da administração da dieta, assim a
criança deve estar com o decúbito elevado. Deve-se monitorar a velocidade de infusão, posicionamento da sonda
e tolerância do paciente.
e) A monitorização da tolerância engloba a observação de resíduo gástrico semanalmente, vômitos apenas
quando relatado, fezes (volume, frequência, consistência, cor) 2 vezes na semana.
NOME: L.M.S.
IDADE: 4 MESES PESO: 6Kg GÊNERO: feminino
ESTADO NUTRICIONAL: Eutrofia
NECESSIDADE CALÓRICA : 80 KCAL/KG/DIA
DENSIDADE CALÓRICA DA FÓRMULA ENTERAL INDICADA: 1,0 KCAL/ML
FRACIOMANENTO: 8 vezes ao dia
A paciente em questão esta em uso de nutrição enteral, a sonda está na posição gástrica. O
nutricionista deve calcular as necessidades calóricas da criança para o dia e o volume a ser administrado
por horário, de forma que o somatório dos horários alcance 100% das necessidades da paciente. Assim foi
calculado para criança:
53) Para nutrição no paciente pediátrico grave deve-se observar o risco nutricional, as alterações
hormonais e metabólicas próprias da resposta inflamatória sistêmica. Nesse sentido avalie as seguintes
assertivas:
I - O objetivo do suporte nutricional na fase inicial é atenuar o balanço nitrogenado negativo, permitindo ao
paciente manter a massa corpórea e as funções orgânicas sem sobrecarregar o metabolismo.
II - Havendo a resolução do estresse metabólico deve-se aumentar a oferta energética a fim de alcançar o
anabolismo.
III - A desnutrição em crianças internadas em unidade de terapia intensiva (UTI) pouco tem associação com
tempo de ventilação mecânica e complicações infecciosas.
Estão corretas:
a) Todas.
b) Apenas a I.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
a) A melhor posição para amamentar é aquela em que a mãe e o bebê sintam-se confortáveis. A amamentação
deve ser prazerosa para ambos.
b) O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça
do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo.
c) Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado. Deixe-o mamar até que fique
satisfeito. Espere que ele esvazie bem a mama e então ofereça a outra, se ele quiser.
d) O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede; e o do fim da mamada tem mais gordura e por isso
mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
e) Quando o bebê pega bem o peito, o queixo não deve ser encostado na mama, os lábios devem ficar virados
para fora, o nariz ficar livre e a aréola deve ficar bem visível durante a amamentação.
55) Isabela nasceu no dia 06/03/2014 e foi ao ambulatório para avaliação nutricional de rotina no dia
19/05 do mesmo ano. Estava com 2 meses e 14 dias e pesava 3,5kg. Este peso se encontrava abaixo do -2dp
(< Escore-z -2) no gráfico da caderneta da criança de 2009 (padrão de referência da OMS, 2006). Segundo
o padrão de referência da OMS (2006), no indicador P/I, para o gênero feminino, pode ser observado que
com 2 meses a mediana do peso (Escore-Z 0 ou o percentil 50) era de 5,1kg e com 3 meses era de 5,8Kg. A
partir dos dados acima responda qual é o estado nutricional desta menor, bem como o volume médio da
refeição por horário, levando em consideração a recomendação do MS e a média de CG recomendada
para esta faixa etária.
a) Muito Baixo Peso; 120ml.
b) Muito Baixo Peso; 150ml.
c) Baixo Peso; 90ml.
d) Adequado; 90ml.
e) Baixo Peso; 120ml.
PORQUE
os ácidos graxos ômega 3, essenciais para que haja o desenvolvimento normal da retina, juntamente com
outras substâncias antioxidantes, como vitamina E, betacaroteno e taurina estão presentes no LH.
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
c) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
d) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
e) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
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58) Apesar dos avanços tecnológicos no diagnóstico, tratamento e técnicas cirúrgicas, que permitem
maior sobrevida e melhor qualidade de vida para as crianças com cardiopatia congênita, o déficit
pônderoestatural continua sendo um dos problemas mais comuns. A partir desse pressuposto avalie as
afirmativas abaixo:
I - Os mecanismos que normalmente explicam a caquexia cardíaca são a deficiência de ingestão calórica, o
hipermetabolismo, a hipóxia celular e a redução da absorção intestinal de nutrientes.
II - No planejamento da terapia nutricional para as cardiopatias, no geral, não deve ser ofertado, inicialmente,
quantidades plenas de líquidos e de energia. O excesso de oferta hídrica pode causar descompensação cardíaca e
a hiperalimentação pode aumentar o gasto energético, a frequência cardíaca e o consumo miocárdico de
oxigênio.
III - No pós-operatório de cardiopatia congênita a nutrição enteral deve ser iniciada nas primeiras 24 a 48 horas.
Deve-se passar sonda enteral, pós-pilórica, posicionando preferencialmente na segunda porção do estômago, e
iniciar nutrição enteral mínima. Não havendo perspectiva de nutrição por via digestiva em até 5 dias, deve-se
iniciar nutrição parenteral.
IV - Se a via digestiva for liberada, mas a criança tiver desnutrição grave, teve tempo de circulação
extracorpórea muito prolongada ou se houve choque no intra ou pós-operatorio, considera-se o uso de fórmula à
base de hidrolisado protéico.
60) Sabe-se que o tratamento dos transtornos alimentares requer uma abordagem multidisciplinar
que inclui intervenções psiquiátricas, psicológicas, médicas e nutricionais. Sobre a conduta nutricional na
anorexia e bulimia nervosa avalie:
I - O gasto energético de repouso (GER) é caracteristicamente baixo em pacientes desnutridos com anorexia
Nervosa (AN). O que leva a este quadro hipometabólico é a perda de massa corporal, a diminuição da massa
muscular, a restrição energética e as concentrações diminuídas de leptina.
II - A ingestão de carboidratos recomendada na AN esta na faixa de 50 a 55% das calorias totais é normalmente
bem tolerada. Fontes de fibras insolúveis devem ser incluídas para a promoção da saúde, mas também para
aliviar a constipação frequentemente observada nessa população. De lipídios é indicado um aporte maior do que
o recomendado para indivíduos saudáveis, em torno de 40% das calorias totais, visto que isso facilitará a
recuperação do peso perdido, pela restrição alimentar.
III - Na Bulimia Nervosa (BN) uma ingestão balanceada de macronutrientes é essencial para uma condição de
padrão regular da refeição. A dieta deve incluir carboidratos, em quantidades suficientes, para evitar a
voracidade e adequar proteínas e lipídios para promover saciedade. Em geral uma dieta balanceada, fornecendo
50 a 55% das calorias totais provenientes dos carboidratos, 15 a 20% das proteínas e 25 a 30% dos lipídios, é
aceitável.
Estão certos apenas o (s) item (ns):
a) I e III.
b) II e III.
c) I.
d) I e II.
e) III.