Título do artigo/livro: Eu não sei se o professor está me olhando”: o olhar e a tela.
Referência: LIMA, N. L. de. “Eu não sei se o professor está me olhando”: o olhar e a tela. Desidades. Rio de Janeiro, n. 28, 2020. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822020000300002>. Acesso em: 11 set. 2021. Resumo: A autora e psicóloga Nádia Laguárdia Lima, se dedicou a entrevistar crianças, adolescentes e jovens de 8 a 26 anos de idade, sendo estes estudantes de instituições privadas da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, a fim de coletar e expor dados relacionados ao ensino remoto durante a pandemia. É valido ressaltar que o contexto social o qual os entrevistandos vivem, bem como os recursos que possuem, são diferentes de alunos de escolas públicas – em sua maioria –, porém, não se diminui suas experiências e contribuições fidedignas ao presente campo de estudo. Dessa forma, partindo das entrevistas realizadas com as crianças – enfoque da presente pesquisa –, em suma, as mesmas reconheceram a diferença entre o ensino presencial e o ensino remoto, compreendendo a redução da qualidade da aprendizagem e da convivência e experiência escolar. Em síntese, os alunos elencaram as complicações de concentração, perda de autenticidade do professor, abstenção dos alunos em contribuir durantes as aulas, complicação na compreensão de assuntos específicos e diversos problemas e dificuldades relacionados diretamente ao recurso de mídia utilizado como queda de energia, oscilação na internet, imagem e/ou som atrasados e afins. Se baseando em expectativas, as crianças esperavam um encontro com os colegas e professores – em modo virtual –, e na prática esse anseio não foi suprido devidamente, causando decepção e desencanto pelas aulas online. Algumas crianças ainda, relatam gostar mais de aulas gravadas, pois podem assistir novamente e compreender melhor o conteúdo. Na pesquisa, alguns estudantes citaram que faltava criatividade e espontaneidade do professor com a utilização dos recursos visuais, já outros, reclamavam ainda da questão da duração das aulas e demonstraram prestar menos atenção nas aulas mais longas.