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Natas Cozidas?

Deve ser uma das sobremesas mais simples do mundo. Eu diria que é tão simples que nem
dá para fotografar decentemente o processo. Só o resultado final. Esse, é maravilhoso, à
vista e ao paladar.
Sim, são natas cozidas. Ou panna cotta, no original italiano. Três pacotes de natas, que se
fervem num tacho com cinco colheres de sopa de açúcar e seis a oito gotas de extracto de
baunilha (compra-se nas ervanárias, na secção de aromaterapia). Junta-se seis a nove folhas
de gelatina - conforme se prefira um pudim mais macio ou mais duro -, previamente
demolhadas e derretidas no microondas. Mexe-se bem, deita-se numa forma de
pudim e leva-se ao frio durante umas horas. O molho é de framboesas, mas também pode
ser de frutos silvestres ou do que se queira. Para este usei uma caixa de framboesas
congeladas com quatro colheres de sopa de açúcar, que se fervem num tacho e se trituram a
gosto. Decorei com framboesas frescas e hortelã. 

Duas notas adicionais: 1) na versão original, usa-se uma vagem de baunilha inteira


e fechada, que se ferve com as natas e deixa em infusão nas mesmas durante duas horas. Só
depois se junta a gelatina. Esta versão é mais demorada e a diferença de sabor em relação ao
extracto é imperceptível, logo não acho que justifique as duas horas que se tem de esperar
para terminar a sobremesa; 2) usa-se a vagem aberta e com as sementes raspadas e
misturadas nas natas. Este twist é a minha versão favorita da receita: em vez de um pudim
de um branco imaculado, passamos a ter um branco salpicado de pintinhas pretas, que
tornam o sabor mais intenso e lhe dão um aspecto bem mais interessante. E demora apenas
o tempo de ferver as natas, não é preciso deixar a vagem em infusão, bastando apenas
retirá-la da mistura antes de juntar a gelatina.

Mais simples é difícil...

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