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INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

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Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

2022

0766 – Internet - Evolução - Manual

António de Carvalho Oliveira

IEFP

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DESIGNAÇÃO DA UFCD: Internet - evolução

CÓDIGO DA UFCD: 0766

CARGA HORÁRIA: 25 horas

PONTOS DE CRÉDITO: 2.25

Objetivos
• Descrever os principais marcos históricos da evolução da Internet.

• Instalar e configurar conexões à rede Internet.

Conteúdos
• Introdução

o Génese da Internet

o Expansão da Internet

• Internet Service Providers

o Servidores e utilizadores

o Contas de utilizadores

• World Wide Web (WWW)

o Génese da WWW

o Browsers

o HTML como linguagem multiplataforma

• Protocolos

o TCP/IP

o GOPHER

o HTTP

o MAIL

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• Software para Internet

o Browsers

o Clientes de mail

o Clientes de FTP

Qualificações
• 481038 - Operador/a de Informática

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Índice
Objetivos .......................................................................................................... 2

Conteúdos ....................................................................................................... 2

Qualificações .................................................................................................. 3

Manual Internet – Conceitos .................................................................................... 5

Introdução ............................................................................................................ 5

A expansão da internet......................................................................................... 6

Fornecedores de internet ..................................................................................... 7

Uma hierarquia de redes ...................................................................................... 7

Um exemplo de rede ........................................................................................ 8

Resolver a divisão ............................................................................................. 8

Protocolo da Internet: sistema de nome de domínio (DNS) ................................ 9

URLs, localizadores de recursos uniformes .......................................................... 9

Um exemplo de DNS ....................................................................................... 10

Clientes e servidores ........................................................................................... 11

Portas .............................................................................................................. 11

Mail ......................................................................................................................... 12

Uma mensagem de e-mail .................................................................................. 12

Clientes de e-mail ............................................................................................... 12

Um servidor de e-mail simples ........................................................................... 13

O servidor SMTP ................................................................................................. 14

O Servidor POP3 ................................................................................................. 18

O servidor IMAP .................................................................................................. 18

Anexos ................................................................................................................ 19

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Manual Internet – Conceitos


Introdução
Como é que a Internet começou? Acreditem ou não, tudo começou com um satélite.

O ano era 1957 e a então União Soviética lançou o


Sputnik, o primeiro satélite artificial. Os norte-americanos
ficaram chocados com a notícia. A guerra fria estava no
apogeu e Estados Unidos e União Soviética viam-se
como inimigos. Como a União Soviética era capaz de
lançar um satélite ao espaço, era igualmente possível que
fosse capaz de lançar um míssil contra a América do
Norte.
OFF/AFP/Getty Images
O presidente Dwight D. Eisenhower criou a Agência de O satélite Sputnik
Projectos Avançados de Defesa (ARPA), em 1958,
como resposta directa ao lançamento do Sputnik. O propósito da ARPA era conferir aos
Estados Unidos vantagem tecnológica sobre outros países. Uma parte importante da missão
da ARPA era a ciência da computação.
Nos anos 50, computadores eram aparelhos enormes que ocupavam salas inteiras e
dispunham de apenas uma fracção do poder e da capacidade de processamento de um
moderno PC. Muitos computadores eram capazes de ler apenas fitas magnéticas ou cartões
perfurados e não existia uma maneira de fazer com que os computadores trabalhassem em
rede.

Ed Clark/Time Life Pictures/Getty Images


Dwight D. Eisenhower criou a ARPA, a equipe de pesquisadores
que concebeu a ARPANET

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O objectivo da ARPA era mudar essa situação. A agência
procurou a ajuda da companhia Bolt, Beranek and
Stress
Newman (BBN) para criar uma rede de computadores. A Pesquisa britânica mostra que
rede tinha de conectar quatro computadores, cada qual uma em cada três pessoas se
acionado por um sistema operativo diferente. A rede quesente ansiosa quando fica sem
resultou desse trabalho ficou conhecida como ARPANET. internet, enquanto apenas uma
em cada quatro se sente
Sem a ARPANET, a Internet não se comportaria como hoje "liberta".
e também teria aparência muito distinta - é possível que
nem mesmo existisse. Ainda que houvesse outros grupos
trabalhando na criação de redes de computadores, a ARPANET estabeleceu os protocolos
utilizados na Internet hoje. Além do mais, sem a ARPANET, talvez fosse preciso um prazo
muito maior para que alguém encontrasse maneiras de unir redes regionais num sistema
mais amplo.

A expansão da internet
Em 1973, os engenheiros começaram a procurar maneiras de conectar a ARPANET à rede
de pacotes de rádio (PRNET). Uma rede de pacotes de rádio conectava computadores por
meio de transmissores e recetores de rádio. Em vez de enviar dados por linhas telefónicas,
os computadores utilizavam ondas de rádio. Foram necessários três anos, então em 1976
os engenheiros conseguiram conectar as duas redes com sucesso [fonte: SRI (em inglês)].

Os técnicos conectaram o Satellite Network (SATNET),


uma rede de satélites, a duas outras, em 1977. O nome
que deu à conexão entre múltiplas redes foi inter-
networking (inter-rede), ou Internet. Outras das
primeiras redes de computadores logo foram integradas
ao sistema. Entre elas estavam USENET, BITNET,
CSNET e NSFNET.
Em 1990, Tim Berners-Lee desenvolveu um sistema
projectado para simplificar a navegação na Internet. Com
o tempo, esse sistema passou a ser conhecido como
World Wide Web. Não foi preciso muito tempo para que
algumas pessoas começassem a identificar a Internet e a Catrina Genevese/Getty Images
Web como uma mesma coisa. A Internet é uma Tim Berners-Lee
interconexão mundial de redes de computadores; a World
Wide Web é uma forma de navegar essa imensa rede.

Uma questão de protocolo


Cada um, dos quatro primeiros computadores da ARPANET,
usava um sistema operativo. Os projectistas do sistema tiveram de
desenvolver um conjunto comum de regras que a rede teria de
seguir a fim de permitir que os computadores se comunicassem
uns com os outros sem derrubar o sistema. Essas regras são
conhecidas como protocolos. O primeiro conjunto de protocolos
era conhecido como Network Control Protocol (NCP), ou protocolo
de controle de rede. Em 1983, a ARPANET substituiu esse sistema
pelo pacote Transmission Control Protocol (protocolo de
controle de transmissão) e Internet Protocol (protocolo de
Internet), conhecidos conjuntamente como TCP/IP, e que
representam as regras seguidas até hoje pela Internet.

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A maior parte dos utilizadores iniciais da Internet eram funcionários de governos e membros
das forças armadas, estudantes de pós-graduação e cientistas da computação. Com o uso
da World Wide Web, a Internet tornou-se muito mais acessível. Faculdades e universidades
logo começaram a conectar-se à Internet, e empresas não demoraram a aderir. Por volta de
1994, o uso comercial da Internet já se havia concretizado.
Hoje, a Internet tornou-se mais complexa do que no passado. Conecta computadores,
satélites, aparelhos móveis e outros dispositivos numa imensa rede, milhões de vezes mais
intrincada do que a ARPANET original. E devemos tudo isso a uma esfera dourada que há
muito tempo percorreu suas órbitas muitos quilómetros acima da superfície da Terra.

Dominar a Internet
Diversas organizações e comités foram formados para ajudar a
fazer da Internet aquilo que ela é hoje. Incluem o Internet
Activities Board, o Federal Research Internet Coordinating
Committee e o Federal Networking Council, entre outros. Esses
grupos trabalham para estabelecer regras e padrões que tornem
possível a diferentes redes de computadores trabalharem juntas.

Fornecedores de internet

Uma das coisas mais interessantes da Internet é a


ausência de um dono. É uma colecção global de redes, Sem espaço
grandes e pequenas. Estas redes conectam-se de vários Dentro em breve, o mundo
modos diferentes para formar a entidade singular que esgotará o número de
conhecemos como Internet. De facto, o nome vem desta endereços de Internet
ideia de redes interconectadas. disponíveis, por conta da
explosão no número de
aparelhos conectados com a
Desde o seu começo, em 1969, a Internet cresceu de 4 Web.
sistemas de computadores para dezenas de milhões.
Entretanto, só porque ninguém é proprietário da Internet,
isto não significa que ela não é monitorizada e mantida de diferentes modos. A sociedade
da Internet (em inglês), um grupo sem fins lucrativos formado em 1992, supervisiona a
formação de políticas e protocolos que definem como usamos e interagimos com a Internet.
Neste módulo vai conhecer a estrutura básica da Internet. Vai aprender sobre os servidores
de nome de domínio, pontos de acesso de rede e backbones, mas, antes de tudo, como o
é que o seu computador se conecta com os outros.

Uma hierarquia de redes


Cada computador que é conectado à Internet faz parte de uma rede, mesmo a da sua casa.
Por exemplo, pode usar um modem e um número local de discagem para se conectar a um
fornecedor de acesso à Internet (ISP - Internet Service Provider). No trabalho, pode fazer
parte de uma rede de área local (LAN), mas muito provavelmente ainda se conecta à
Internet usando um fornecedor que sua empresa contratou. Quando se conecta com o seu
fornecedor, torna-se parte da rede deles, e esta, por sua vez conecta-se a uma rede maior
e torna-se parte dela. A Internet é simplesmente uma rede de redes.
A maioria das grandes empresas de comunicações tem os seus próprios backbones
exclusivos para se conectar com várias regiões. Em cada região, a empresa tem um ponto

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de presença (POP - Point Of Presence), um lugar para os utilizadores locais acederem à
rede da empresa, frequentemente através de um número telefónico local ou linha
exclusiva. O interessante é que não há um controle geral sobre a rede. Em vez disso, há
várias redes de alto nível conectadas umas às outras através de pontos de acesso de rede
ou NAPs (Network Access points).

Quando se conecta à Internet, o seu computador


torna-se parte de uma rede

Um exemplo de rede

Aqui está um exemplo. Imagine que a empresa A é um grande fornecedor de acesso. Em


cada grande cidade, a empresa A tem um POP. O POP de cada cidade é uma estrutura
completa de modems para os quais os clientes do fornecedor discam. A empresa A aluga
as linhas de fibra ótica da companhia telefónica para conectar os POPs.
Imagine que a empresa B é um fornecedor de acesso corporativo. A empresa B constrói
grandes prédios nas principais cidades e as corporações estabelecem as suas máquinas de
servidor de Internet nesses edifícios. A empresa B é tão grande, que instalou ela
própia, linhas de fibra ótica entre os seus edifícios para interconectá-los.
Nesta disposição, todos os clientes da empresa A podem falar entre si, assim como os
clientes da empresa B, porém não há como os clientes das empresas A e B se
intercomunicarem. Portanto, a empresa A e a empresa B concordam em conectar-se a NAPs
em várias cidades, sendo que o tráfego entre as 2 empresas se dá nos NAPs.
Na Internet real, vários fornecedores de Internet interconectam-se em NAPs de várias
cidades, e triliões de bytes de fluxo de dados são transmitidos entre as redes individuais
nesses pontos. A Internet é um conjunto imenso de redes associadas que concordam em
se intercomunicar umas com as outras nos NAPs. Deste modo, cada computador na rede
está conectado a todos os outros.

Resolver a divisão

Todas estas redes se apoiam nos NAPs, backbones e roteadores para falar umas com as
outras. O que é incrível sobre este processo é que uma mensagem pode deixar um
computador e viajar pelo mundo através de diferentes redes e chegar a um outro
computador na fracção de um segundo!
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Os roteadores determinam para onde enviar as informações de um computador para
outro. Eles são computadores especializados que encaminham as suas mensagens e as
de todos os utilizadores da Internet aos seus destinos por milhares de caminhos. Um
roteador possui 2 tarefas distintas, porém relacionadas:
• Garantir que as informações não sejam encaminhadas para onde não são
necessárias. Isso é crucial para impedir que grandes volumes de dados venham
a entupir as conexões com "inocentes espectadores";
• Garantir que as informações sejam encaminhadas ao destino desejado.
Ao executar esses 2 serviços, o roteador é muito útil em negociar separadamente com as 2
redes de computadores. Ele junta as 2 redes, passando informações de uma para outra.
Também protege as redes umas das outras, evitando o vazamento desnecessário do tráfego
entre elas. Independentemente da quantidade de redes agregadas ao conjunto, da operação
e da funcionalidade, o roteador permanece o mesmo. Já que a Internet é uma imensa rede
de milhares de pequenas redes, os roteadores são vitais para ela.

Protocolo da Internet: sistema de nome de domínio


(DNS)
Quando a Internet estava no começo, era composta por um número pequeno de
computadores ligados por meio de modems e linhas telefónicas. Podia-se fazer conexões
ao fornecer somente o endereço IP do computador com que quisesse estabelecer um link.
Por exemplo, um endereço de IP típico deve ser 216.27.22.162. Isto funcionava bem quando
havia somente alguns servidores por aí, mas tornou-se inviável à medida que mais e mais
sistemas se integraram.
A primeira solução para o problema foi um simples arquivo de texto mantido pelo Network
Information Center (Centro de informações da rede), que mapeou os nomes para os
endereços IP. No entanto, rapidamente, este arquivo de texto se tornou tão grande que era
confuso demais para administrar. Em 1983, a Universidade de Wisconsin criou o Sistema
de Nome de Domínio (DNS - Domain Name System), que mapeia os nomes de texto para
os endereços IP automaticamente. Desta forma apenas é preciso lembrar
http://www.google.pt, por exemplo, em vez do endereço IP da Google Portugal.

URLs, localizadores de recursos uniformes


Quando navega na Web ou envia uma mensagem de e-mail, utiliza nomes de domínio. Por
exemplo, o Localizador de Recurso Uniforme (URL - Uniform Resource Locator)
"http://www.aeiou.pt" contém o nome de domínio aeiou.pt; assim como este endereço de e-
mail: exemplo@sapo.pt. Sempre que usa um nome de domínio, usa os servidores DNS da
Internet para traduzir o nome de domínio legível para humanos para o endereço IP legível
para máquinas.
Os nomes de domínio de alto nível, também chamados de nomes de domínio de primeiro
nível, incluem .COM, .ORG, .NET, .EDU e .GOV. Dentro de cada domínio de alto nível há
uma lista imensa de domínios de segundo nível. Por exemplo, no domínio de primeiro nível
.COM há:
• Google
• Yahoo
• Microsoft

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Cada nome no domínio de alto nível .COM deve ser único. A palavra mais à esquerda, como
www, é o nome do host. Especifica o nome de uma máquina específica (com um endereço
específico de IP) num domínio. Potencialmente, um certo domínio pode conter milhões de
nomes de servidores, contanto que sejam todos únicos dentro deste domínio.
Os servidores DNS aceitam solicitações de programas e outros servidores de nome para
converter nomes de domínio em endereços IP. Quando uma solicitação chega, o servidor
DNS pode fazer uma das seguintes 4 coisas:
1. Pode responder à solicitação com um endereço IP porque já conhece o endereço IP
para o domínio solicitado;
2. Pode contactar um outro servidor DNS e tentar encontrar o endereço IP pelo nome
solicitado Talvez tenha de fazer várias vezes;
3. Pode dizer: "Eu não conheço o endereço IP para o domínio solicitado, mas aqui está
o endereço IP de um servidor DNS que sabe mais do que eu";
4. Pode retornar com uma mensagem de erro porque o nome de domínio solicitado é
inválido ou não existe.

Um exemplo de DNS

Imaginemos que digitou o URL www.sapo.pt no seu navegador. O navegador contacta um


servidor DNS para conseguir o endereço IP. Um servidor DNS inicia a sua busca por um
endereço IP entrando em contacto com um dos servidores DNS raiz, que conhecem os
endereços IP para todos os servidores DNS que lidam com os domínios de alto nível (.COM,
.NET, .ORG, etc.). O seu servidor DNS pergunta à raiz sobre www.nbits.biz e a raiz diz: "Eu
não sei o endereço IP para www.nbits.biz, mas aqui está o endereço IP para o servidor
DNS.COM".
O seu servidor de nome envia então uma pergunta ao servidor DNS .COM indagando se ele
conhece o endereço IP para www.hnbits.biz. O servidor DNS para o domínio .COM conhece
os endereços IP para os servidores de nome que lidam com o domínio sapo.pt, e então
retorna estes endereços de IP.
O seu servidor de nome entra então em contacto com o servidor DNS para www.nbits.biz e
pergunta se ele conhece o endereço IP para www.nbits.biz. Ele conhece, então retorna o
endereço IP para o seu servidor DNS, que retorna-o para o navegador, que pode então
entrar em contacto com o servidor www.nbits.biz para chegar a uma página da Web.
Um dos pontos-chave para fazer este trabalho é a redundância. Há vários servidores DNS
em cada nível e, caso algum falhe, há outros para lidar com as solicitações. O outro ponto-
chave é armazenar em cache. Depois que um servidor de DNS resolve uma solicitação, ele
armazena em cache o endereço IP que recebe. Uma vez que ele fez uma solicitação a um
servidor de DNS raiz por qualquer domínio .COM, ele conhece o endereço IP para um
servidor DNS que lida com o domínio .COM e, então, não precisa buscar por esta informação
novamente com os servidores de DNS raiz. Os servidores DNS podem fazer isto para cada
solicitação e este cache ajuda a agilizar as coisas.
Mesmo sendo totalmente invisíveis, os servidores DNS lidam com biliões de solicitações
todos os dias e são essenciais para o bom funcionamento da Internet. O facto de que este
banco de dados distribuído funciona tão bem e de forma invisível, dia e noite - é testemunha
do sucesso do projecto

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Clientes e servidores
Os servidores tornam a Internet possível. Todas as máquinas na Internet são servidores ou
clientes. As máquinas que fornecem serviços para outras máquinas são servidores. E as
máquinas que são usadas para se conectar a esses serviços são os clientes. Há servidores
da Web, servidores de e-mail, servidores de FTP e assim por diante, atendendo às
necessidades dos utilizadors da Internet de todo o mundo.
Quando se conecta à www.wikipedia.pt para ler uma página, é um utilizador sentado numa
máquina de cliente. Você está a aceder o servidor de Web da Wikipedia. A máquina do
servidor encontra a página que você requisitou e a envia para você. Os clientes que buscam
uma máquina de servidor fazem isto com uma intenção específica, ou seja, eles direccionam
suas solicitações para um servidor de software específico que esteja rodando na máquina
do servidor. Por exemplo, se você está rodando um navegador de Internet na sua máquina,
ele vai querer falar com o servidor da Web na máquina do servidor, não com o servidor de
e-mail.
Um servidor possui um endereço IP estático, que não é alterado muito frequentemente. Uma
máquina doméstica que faça uma conexão dial-up através de um modem, por outro lado,
geralmente recebe um endereço IP atribuído pelo fornecedor sempre que a máquina faz a
conexão. Esse endereço IP é exclusivo para aquela sessão: ele poderá ser diferente da
próxima vez que a máquina se conectar. Desse modo, um fornecedor precisa somente de
um endereço IP para cada modem que ele suporta, em vez de um para cada cliente.

Portas

Qualquer máquina de servidor disponibiliza seus serviços usando as portas numeradas, uma
para cada serviço disponível naquele servidor. Por exemplo, se uma máquina de servidor
estiver rodando um servidor da Web e um servidor FTP (servidor de protocolo de
transferência de arquivo), o servidor da Web geralmente está disponível na porta 80, ao
passo que o servidor de FTP está disponível na porta 21. Os clientes se conectam a um
serviço em um endereço IP específico e em um número de porta específico.
Assim que o cliente se conecta a um serviço em uma porta particular, ele acede ao serviço
usando um protocolo específico. Os protocolos frequentemente são textos, e simplesmente
descrevem como o cliente e o servidor terão sua conversação. Cada servidor da Web na
Internet segue o protocolo de transferência de hipertexto (http - hypertext transfer
protocol). As redes, roteadores, NAPs, DNS, fornecedores e servidores poderosos, todos
eles, tornam a Internet possível. É verdadeiramente incrível quando percebe que todas estas
informações são enviadas pelo mundo numa questão de milésimos de segundos! Os
componentes são extremamente importantes na vida moderna: e sem eles não haveria
Internet. E sem a Internet, a vida seria muito diferente para muitos de nós.

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Mail
Todos os dias, os utilizadores da internet enviam biliões
de mensagens de e-mail uns aos outros. Se permanecer
bastante tempo online, poderá enviar uma dúzia ou mais
de e-mails por dia, sem nem mesmo pensar nisso.
Obviamente, o e-mail tornou-se uma ferramenta de
comunicação extremamente popular.
Já imaginou como o e-mail vai de seu computador até um
amigo do outro lado do mundo? O que é um servidor
POP3 e como é que ele guarda o seu correio? As
respostas irão surpreendê-lo, porque o e-mail é, em
essência, um sistema incrivelmente simples. Neste artigo,
veremos em profundidade o que é o e-mail e como ele
funciona.

Uma mensagem de e-mail Segurança


As suas senhas de e-mail estão
sujeitas a falhas de memória e
De acordo com a revista Darwin Magazine: acção de hackers. Confira algumas
Pioneiros (em inglês), a primeira mensagem de e-mail dicas para evitar problemas com a
foi enviada em 1971 por um engenheiro chamado Ray sua conta.
Tomlinson. Antes disso, podia enviar mensagens para
utilizadores apenas numa única máquina. A grande inovação de Tomlinson foi a capacidade
de enviar mensagens para outras máquinas na internet usando o sinal @ para designar a
máquina receptora.
Uma mensagem de e-mail é nada mais que uma simples mensagem de texto, um pequeno
texto enviado para um destinatário. No início, e mesmo hoje, as mensagens de e-mail
tendem a ser textos curtos (apesar da capacidade actual de adicionar anexos tornar muitas
mensagens de e-mail longas). No entanto, mesmo com anexos, as mensagens de e-mail
continuam a ser mensagens de texto. Veremos o porquê quando chegarmos à sessão de
anexos.

Clientes de e-mail

Provavelmente já recebeu diversas mensagens de e-mail hoje. Para as ler, usa algum tipo
de cliente de e-mail. Muitas pessoas usam clientes exclusivos bem conhecidos, como o
Microsoft Outlook, Outlook Express, Eudora ou Pegasus. As pessoas que assinam serviços
de e-mail gratuitos como Hotmail ou Yahoo usam um cliente de e-mail que aparece em uma
página Web, se for um cliente AOL, usa o leitor de e-mail da AOL. Independente do tipo de
cliente que usa, ele geralmente faz quatro coisas:
• Apresenta uma lista de todas as mensagens na sua caixa de correio por meio da
exibição dos cabeçalhos de mensagens. O cabeçalho mostra quem enviou e o
assunto da mensagem. Pode indicar também a hora e a data da mensagem, além
do tamanho;
• Permite que você seleccione um cabeçalho de mensagem e leia o corpo da
mensagem de e-mail;
• Permite que você crie novas mensagens e as envie. Você digita o endereço de
e-mail do destinatário e o assunto da mensagem. Em seguida, digita o corpo da
mensagem;
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• A maioria dos clientes de e-mail também permite que acrescente anexos às
mensagens que envia e salve os anexos das mensagens que recebe.
Clientes de e-mail sofisticados podem ter todos os tipos de enfeites e adornos e, no fundo,
isso é tudo que um cliente de e-mail faz.

Um servidor de e-mail simples

Se possui um cliente de e-mail na sua máquina, está pronto para enviar e receber e-mails.
Tudo que precisa é de um servidor de e-mail ao qual o cliente se vai conectar. Vamos
imaginar como seria o servidor de e-mail mais simples possível para entendermos o básico
do processo. Aí então partiremos para como a coisa funciona de verdade.
Provavelmente sabe que as máquinas na Internet podem executar aplicativos de software
que atuam como servidores. Existem servidores Web, servidores FTP, servidores telnet e
servidores de e-mail funcionando em milhões de máquinas na Internet neste momento.
Esses aplicativos, funcionam a toda a hora, na máquina servidora e ficam atentos a portas
específicas, à espera pessoas ou programas para conectar à porta. O servidor de e-mail
mais simples possível funcionaria mais ou menos assim:
• Teria uma lista de contas de e-mail, com uma conta para cada pessoa em
condições de receber e-mails no servidor. O meu nome de conta poderia ser
aoliveira, o de João Silva poderia ser jsilva e assim por diante;

• Teria um arquivo de texto para cada conta na lista. Assim, o servidor teria um
arquivo de texto no seu directório chamado aoliveira.TXT, outro chamado
JSILVA.TXT e assim por diante;

• Se alguém quisesse enviar uma mensagem para mim, a pessoa redigiria uma
mensagem de texto ("António, Vamos almoçar na segunda-feira? João") num
cliente de e-mail e indicaria que a mensagem deveria ir para. Quando a pessoa
pressionasse o botão Enviar, o cliente de e-mail conectar-se-ia ao servidor de e-
mail e forneceria ao servidor o nome do destinatário (aoliveira), o nome do
remetente (jsilva) e o corpo da mensagem;

• O servidor formataria esses fragmentos de informações e os anexaria na parte


inferior do arquivo aoliveira.TXT. A entrada no arquivo poderia ser da seguinte
maneira:
De: jsilva Para: aoliveira António, Vamos almoçar
segunda-feira? João
Para: aoliveira António, Vamos almoçar segunda-feira? João

Há informações que o servidor poderia salvar no arquivo, como a hora e a data de recepção
e uma linha de assunto. Mas, no geral, pode ver que esse é um processo extremamente
simples.
À medida que outras pessoas enviam e-mails para aoliveira, o servidor anexa essas
mensagens, à parte inferior do arquivo, de acordo com a ordem de chegada. O arquivo de
texto acumula uma série de 5 ou 10 mensagens até que finalmente eu faça o login para lê-
las. Quando eu quiser olhar meu e-mail, meu cliente de e-mail se conecta à máquina
servidora. No sistema mais simples possível, ele:

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1. Pede ao servidor que envie uma cópia do arquivo AOLIVEIRA.TXT
2. Pede ao servidor apagar e reiniciar o arquivo AOLIVEIRA.TXT
3. Salva o arquivo AOLIVEIRA.TXT na minha máquina local
4. Analisa o arquivo em mensagens separadas (usando a palavra "De:" como o
separador)
5. Mostra todos os cabeçalhos de mensagens em uma lista
Quando eu dou um clique duplo em um cabeçalho de mensagem, ele encontra a mensagem
no arquivo de texto e me mostra seu conteúdo.
Tem de admitir que é um sistema muito simples. Surpreendentemente, o sistema de e-mail
real que usa todos os dias não é muito mais complicado que isso.
Um sistema de e-mail real
O sistema de e-mail real consiste de dois servidores diferentes a funcionar numa máquina
servidora. Uma é chamada de servidor SMTP, onde SMTP significa Simple Mail Transfer
Protocol - protocolo de transferência de correio simples. O servidor SMTP lida com o correio
enviado. O outro pode ser tanto um servidor POP3 quanto um servidor IMAP, sendo que
ambos lidam com o correio recebido. POP significa Post Office Protocol - protocolo Post
Office e IMAP significa Internet Mail Access Protocol - protocolo de acesso de correio
internet. Um servidor de e-mail típico parece-se com este:

O servidor SMTP fica atento à bem conhecida porta número 25, já o POP3 ouve a porta 110
e o IMAP usa a porta 143.

O servidor SMTP
Sempre que envia um pequeno e-mail, o seu cliente de e-mail interage com o servidor SMTP
para lidar com o envio. O servidor SMTP no seu hospedeiro pode ter "conversas" com outros
servidores SMTP para entregar este e-mail.

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Vamos supor que eu queira enviar um pequeno e-mail. Meu ID de e-mail é António e eu
tenho minha conta em EPVC.com. Eu quero enviar o e-mail para jsilva@mindspring.com.
Estou a usar um cliente de e-mail exclusivo como o Outlook Express.
Quando eu configurei a minha conta em EPVC, eu informei o Outlook Express o nome do
servidor de correio - mail.epvc.com. Quando redijo uma mensagem e pressiono o botão
"Enviar", eis o que acontece:
1. O Outlook Express se conecta ao servidor SMTP em mail.epvc.com usando a porta
25;

2. O Outlook Express estabelece uma conversa com o servidor SMTP, informando ao


servidor SMTP o endereço do remetente e o endereço do destinatário, assim como o
corpo da mensagem;

3. O servidor SMTP usa o endereço "para" (jsilva@mindspring.com) e quebra-o em duas


partes:
1. O nome do destinatário (jsilva)
2. O nome do domínio (mindspring.com)
Se o endereço "para" fosse de outro utilizador também em epvc.com, o servidor
SMTP simplesmente entregaria a mensagem ao servidor POP3 de epvc.com
(usando um pequeno programa chamado o agente de entrega). Como o
destinatário se encontra noutro domínio, o SMTP necessita de se comunicar
com aquele domínio.

O servidor SMTP estabelece uma conversa com um Servidor de Nomes de


Domínio, ou DNS e diz, " pode dar-me o endereço IP do servidor SMTP de
mindspring.com?" O DNS responde com um ou mais endereços IP para o(s)
servidor(es) SMTP operados pela Mindspring;
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O servidor SMTP em epvc.com conecta-se com o servidor SMTP na


Mindspring usando a porta 25. Ele tem a mesma conversa de texto simples que
meu cliente de e-mail teve com o servidor SMTP de HowStuffWorks e fornece
a mensagem para o servidor da Mindspring. O servidor da Mindspring
reconhece que o nome de domínio para jsilva se encontra em Mindspring, e
então entrega a mensagem ao servidor POP3 da Mindspring, o qual coloca a
mensagem na caixa de correio de jsilva.
Se, por algum motivo, o servidor SMTP em EPVC não se puder conectar com
o servidor SMTP em Mindspring, a mensagem seguirá para uma fila de espera.
Na maioria das máquinas, o servidor SMTP usa um programa chamado
sendmail para fazer o envio real, de modo que essa fila de espera é conhecida
como fila de espera de sendmail. O sendmail periodicamente tentará reenviar
as mensagens da sua fila de espera, por exemplo, poderá tentar novamente a
cada 15 minutos. Depois de quatro horas, enviar-lhe-á uma pequena
mensagem informando sobre algum tipo de problema. Depois de cinco dias, a
maioria das configurações de sendmail desistirá e retornará a mensagem
informando a impossibilidade de entrega.
A conversa real que um cliente de e-mail tem com um servidor SMTP é incrivelmente simples
e pode ser lida por humanos.É especificada em documentos públicos chamados
Solicitações de Comentários (RFC) e uma conversação típica parece-se com esta:
helo test

250 mx1.mindspring.com Hello abc.sample.com

[220.57.69.37], prazer em conhecê-lo

mail de: test@sample.com

250 2.1.0 test@sample.com... Sender ok

rcpt para: jsilva@mindspring.com

250 2.1.5 jsilva... Recipient ok

data

354 Enter mail, end with "." on a line by itself

from: test@sample.com

to:jsilva@mindspring.com
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subject: a testar

João, estou a testar...

250 2.0.0 e1NMajH24604 Message accepted

for delivery

quit

221 2.0.0 mx1.mindspring.com closing connection

Connection closed by foreign host.

O que o cliente de e-mail diz está a azul e o que o servidor SMTP responde está a verde.
O cliente de e-mail apresenta-se, indica os endereços "de" e "para", entrega o corpo da
mensagem e, de seguida, encerra a conversa. Você pode, de facto, efectuar telnet para
uma máquina servidora na porta 25 e ter um desses diálogos você mesmo ( é assim que as
pessoas fazem 'burlam' e-mails).
Pode-se percebecer que o servidor SMTP compreende comandos de texto muito simples
como HELO, MAIL, RCPT e DATA. Os comandos mais comuns são:
• HELO - apresente-se
• EHLO - apresente-se e solicite o modo estendido
• MAIL FROM - especifique o remetente
• RCPT TO - especifique o destinatário
• DATA - especifique o corpo da mensagem (Para:, De: e Assunto: devem ser as
três primeiras linhas.)
• RSET - reinicie
• QUIT - abandone a sessão
• HELP - obtenha ajuda sobre os comandos
• VRFY - verifique um endereço
• EXPN - expanda um endereço
• VERB - verbosidade

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O Servidor POP3
Nas implementações mais simples de POP3, o servidor mantém realmente uma colecção
de arquivos de texto - um para cada conta de e-mail. Quando chega uma mensagem, o
servidor POP3 simplesmente anexa-a à parte inferior do arquivo do destinatário!
Quando verifica o seu e-mail, o seu cliente de e-mail conecta-se ao servidor POP3 usando
a porta 110. O servidor POP3 requer um nome de conta e uma senha. Uma vez que entra
no cliente de e-mail, abre o seu arquivo de texto e permite que o aceda. Da mesma forma
que o servidor SMTP, o servidor POP3 compreende um conjunto de comandos de texto
muito simples. Aqui estão os comandos mais comuns:
• USER - digite o seu ID de utilizador
• PASS - digite a sua senha
• QUIT - abandone o servidor POP3
• LIST - liste as mensagens e seus tamanhos
• RETR - recupere uma mensagem, atribua-lhe um número de mensagem
• DELE - exclua uma mensagem, atribua-lhe um número de mensagem
• TOP - mostre x linhas superiores de uma mensagem, atribua-lhe um número de
mensagem e o número de linhas
O seu cliente de e-mail conecta-se ao servidor POP3 e emite uma série de comandos para
trazer cópias de suas mensagens de e-mail até à sua máquina local. Geralmente,
ela apagará as mensagens do servidor (a não ser que tenha instruído o cliente de e-mail
para não fazê-lo).
Pode ver que o servidor POP3 actua simplesmente como uma interface entre o cliente de
e-mail e o arquivo de texto que contém as suas mensagens. E, novamente, observará que
o servidor POP3 é extremamente simples! Pode conectar-se por meio de telnet à porta 110
e emitir os comandos você mesmo.

O servidor IMAP

Como pode ver, o protocolo POP3 é muito simples. Permite que tenha uma colecção de
mensagens armazenadas num arquivo de texto no servidor. O seu cliente de e-mail (p.ex.
Outlook Express) pode conectar-se ao seu servidor de e-mail POP3 e fazer o download das
mensagens do arquivo de texto POP3 para seu PC. Isso é quase tudo o que pode fazer com
o POP3.
Muitos utilizadores querem fazer bem mais do que isso com os seus e-mails e querem que
os seus e-mails permaneçam no servidor. O principal motivo para manter o seu e-mail no
servidor é permitir que os utilizadores se conectem a partir de uma variedade de máquinas.
Com o POP3, assim que faz o download de seu e-mail, ele fica preso na máquina na qual
foi feito o download. Caso queira ler o seu e-mail tanto no seu computador do escritório
quanto no seu portátil (dependendo do local em que se encontra), o POP3 dificulta essa
tarefa.
O Servidor IMAP (Internet Mail Access Protocol - protocolo de acesso de correio internet) é
um protocolo mais avançado que soluciona esses problemas. Com o IMAP, o seu correio
permanece no servidor de e-mail. Você pode organizá-los em pastas que também ficam no
servidor. Quando procura o seu e-mail, a busca ocorre na máquina servidora, em vez de na
sua máquina. Essa abordagem torna extremamente fácil aceder ao seu e-mail a partir de
qualquer máquina e, independente da máquina que use, tem acesso a todo seu correio em
todas as suas pastas.
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O seu cliente de e-mail conecta-se ao servidor IMAP usando a porta 143. Então emite um
conjunto de comandos de texto que o permite fazer coisas como listar todas as pastas no
servidor, listar todos os cabeçalhos de mensagens numa pasta, obter uma mensagem de e-
mail específica do servidor, excluir mensagens no servidor ou fazer uma pesquisa ao longo
de todos os e-mails no servidor.
Um problema que pode surgir com o IMAP envolve esta simples questão: "Se todos os meus
e-mails estão armazenados no servidor, como ler o meu correio se não estiver conectado à
internet?" Para solucionar este problema, a maioria dos clientes de e-mail possui alguma
maneira de os guardar temporariamente na máquina local. Por exemplo, o cliente fará o
download de todas as mensagens e armazenará os seus conteúdos completos na máquina
local (do mesmo modo que faria se estivesse a comunicar com um servidor POP3). As
mensagens ainda existem no servidor IMAP, mas agora possui cópias em sua máquina.
Isso permite que leia e responda ao e-mail, mesmo se não estiver conectado à internet. Da
próxima vez que estabelecer uma conexão, fará o download de todas as novas mensagens
recebidas e enviará os e-mails que foram escritos enquanto esteve desconectado.

Anexos

O seu cliente de e-mail permite que acrescente anexos às mensagens de e-mail que envia
e também permite que salve os anexos das mensagens que recebe. Os anexos podem
incluir documentos de processadores de textos, folhas de cálculo, arquivos de sons,
imagens e pequenos softwares. Geralmente não é um texto (se fosse, estaria no corpo da
mensagem). Como as mensagens de e-mail podem obter somente informações de texto e
os anexos não são um texto, temos um problema que precisa ser resolvido.
Nos primórdios do e-mail, solucionava-se esse problema manualmente, usando um
programa chamado uuencode. O programa uuencode assume que o arquivo contém
informação binária. Ele extrai 3 bytes do arquivo binário e converte-os em quatro caracteres
de texto (ou seja, pega 6 bits de cada vez, adiciona 32 ao valor dos 6 bits e cria um caractere
de texto. O que o uuencode produz, portanto, é uma versão codificada do arquivo binário
original que contém somente caracteres de texto. Nos primeiros tempos do e-mail, tinha que
executar o uuencode e colar o arquivo uuencode na sua mensagem de e-mail.
Aqui está uma saída típica de um programa uuencode:
begin 644 reports M9W)E<" B<&P_(B O=F%R+VQO9R]H='1P9"]W96(V-C1F-
BYA8V-E<W,N;&]GM('P@8W5T("UF(#(@+60@(CB('P@8W5T end="" d,0ia=""
b!l;v='S+20Q"GXO=&]T86P@/B!T;W1A;"T' $*?b]g971l;v<v5a<="" pre=""
/>

O destinatário salvava então a porção codificada pelo uuencode da mensagem num arquivo
e executava o programa uudecode nele para o trazer de volta à forma binária. A palavra
"relatórios" na primeira linha informa o uudecode como nomear o arquivo de saída.
Os clientes de e-mail modernos fazem exactamente a mesma coisa, mas executam o
uuencode automaticamente para si. Se olhar para um arquivo de e-mail bruto contendo
anexos, descobrirá que o anexo está representado do mesmo modo que o formato de texto
de uuencode mostrado acima.
Considerando o seu impacto na sociedade, mudando para sempre a forma de nos
comunicarmos, o sistema de e-mail de hoje é uma das coisas mais simples já inventadas.
Há partes do sistema, como as regras de roteamento do sendmail, que são complicadas,
mas o sistema básico é incrivelmente simples.
Da próxima vez que enviar um e-mail, saberá exactamente como ele chega a seu destino.

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Espero que este manual vos possa ajudar.

António de Carvalho Oliveira

Bibliografia:

How Stuff Works.


Sítio Internet da Microsoft www.microsoft.com

Sítio Internet da forma-te www.forma-te.com

Sítio Internet da google www.google.pt

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