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RESUMO - ASSISTÊNCIA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

Eduarda Félix Ponte

1. EPIDEMIOLOGIA: Porque se fala tanto em câncer de mama?

É o segundo tumor mais frequente em mulheres, perdendo somente para o câncer de pele. Contudo, o câncer de
mama mata ainda mais que o câncer de pele, sendo a principal causa de mortalidade por neoplasias no sexo
feminino!

Para a população em geral, o risco de ter câncer de mama ao longo da vida em nosso país é da ordem de 8%. A
incidência e a mortalidade do Ca de mama vêm aumentando ao longo dos anos, principalmente nos países de baixa
e média renda, onde o diagnóstico ocorre em estágios mais avançados da doença.

2. FATORES DE RISCO:

OBS: Quanto menor o tempo de exposição ao estrógeno, menor o risco de câncer de mama!

3. TIPOS DE CÂNCER DE MAMA

Existem vários tipos diferentes de câncer de mama, sendo alguns mais agressivos do que outros. Os tipos mais
comuns são:

➢ Carcinoma ductal in situ (CDIS): é considerado não invasivo. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste
estágio (in situ) da doença podem ser curadas.
➢ Carcinoma lobular in situ (CLIS).
➢ Carcinoma ductal invasivo (CDI): maioria dos casos de câncer de mama.
➢ Carcinoma lobular invasivo (CLI): como se localiza nas glândulas lactíferas, pode ser mais difícil de ser
diagnosticado na mamografia do que o carcinoma ductal invasivo.
➢ Carcinoma inflamatório da mama, que é um câncer agressivo, mas raro.
Há ainda outros tipos de câncer da mama mais raros, como o carcinoma medular, o carcinoma mucinoso, o
carcinoma tubular e o tumor filoide maligno, entre outros.
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4- DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico é abordado de 3 formas: autoexame das mamas, exame clínico e exames de imagem.

a) Autoexame das mamas: Os estudos não mostram eficácia na detecção e na redução da mortalidade, pois
normalmente as mulheres só são capazes de autodiagnosticar nódulos avançados. O Ministério da Saúde
(MS) não recomenda o rastreamento pelo autoexame.

b) Exame clínico da mama: detecta 60% dos cânceres detectados pela mamografia, mas os estudos mostram
que não altera a mortalidade por câncer de mama. Só detecta nódulos a partir de 1 cm. Ainda assim, é
recomendado pelo Ministério da Saúde fazer o exame clínico das mamas anualmente a partir dos 40 anos.
Na prática, os ginecologistas normalmente fazem em todas as pacientes.

➢ Sinais inflamatório,

➢ Espessamento,

➢ Mama em casca de laranja

➢ Nódulos

➢ Retrações

➢ Abaulamentos

➢ Linfonodomegalias

➢ Detecção de nódulos

➢ Descarga papilar:
normalmente clara (em água
de rocha), mas pode ser
sanguinolenta. Deve-se
coletar a descarga em lâmina
e mandar para exame
citológico.

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c) Mamografia: é capaz de detectar o câncer de mama ainda na fase pré-clínica. É um exame de baixo custo,
que expõe a paciente a pouca radiação, não invasivo, e que reduz a mortalidade em 15 a 25%. No entanto,
não diagnostica 15% dos tumores, leva a propedêutica desnecessária em 30% dos casos, tem menos
sensibilidade para detecção do câncer em mulheres jovens (mamas mais densas dificultam a visualização) e
tem um pequeno risco de provocar câncer de mama (ironicamente!) induzido por radiação. Além disso,
algumas evidências mais recentes sugerem que a mamografia na verdade não muda a mortalidade pela
doença.

Ministério da Saúde: mamografia


bianual em mulheres de 50 a 70
anos.

As recomendações do Ministérios da Saúde (MS) diferem um pouco das recomendações da Sociedade Brasileira de
Mastologia (SBM). O mais importante, porém, é memorizarmos as recomendações adotadas no SUS (acima).

INCIDÊNCIAS DA MAMOGRAFIA:

➢ MLO (medio-lateral oblíqua): permite diferenciar quadrantes superior e inferior. P o processo axilar da
mama.

➢ CC (craniocaudal): permite diferenciar quadrantes lateral e medial

O quadrante superolateral é o mais acometido pelo câncer de mama.

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LEGENDA:

1- Quadrante superior

2- Quadrante inferior

3- Quadrante Lateral

4- Quadrante Medial

PRÓTESE DE MAMA: A prótese de mama não impede a realização da mamografia! Se necessário, fazer a manobra de
Eklund - puxar o tecido mamário para fazer a mamografia (MMG) – ou fazer compressão localizada em local
suspeito.

ACHADOS DO CARCINOMA DE MAMA NA MMG:

➢ Microcalcificações
➢ Retração da pele
➢ Opacidade circunscrita
➢ Linfadenopatia
➢ Distorção de parênquima
➢ Dilatação ductal
➢ Densidade assimétrica
➢ Aumento unilateral da vascularização
➢ Espessamento cutâneo

OBS: Nem toda calcificação é maligna!

CLASSIFICAÇÃO DE BIRADS: Guia a nossa conduta perante o resultado da mamografia.

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