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Diego suite Vootet Campadas NAS proparacso do tonto SREAAN Rete Wepre fet ‘ane Coordenario e projeto grifico (miole) “Antenio do Ararat Roche! Artosinal end Eine Ardany osevai Sours Fomendes Cove, ‘ary Normans ISBN 85 08 01717 0 Todos os direitos reservados Raora Atica SA Rua ‘Setdo Jo 1guape, 110 “Tel: (PABK) 270522 — Gatco Postal 5653 End. Tolegraheo “Boro” — Sto Paulo Sumaro 1. Considerag6es iniciais. s Conhecimento © noticia 7 A historia da noticia 8 Sensaciooalismo imparcialidade 14 2. Gramatica da noticia ___16 ‘Noglo intuitiva de noticia 19 Resirigbes.pragmiticas 22. ‘Nogio de lead e de documentagio________ 26 Restrigbes verbais 0s leads 27 ‘Campos seménticos verbais ey Estrutura interna do lead clissico 31. Leads sobre dectaragées. 33 Outros tipos de lead. 36 COrganizagae da noticia em jornalismo impresso_37 Noticias sobre textes ou entrevista. 38 ‘A noticia fora. do jornal-empresa 40 ‘A noticia no ridio ¢ na televisio——___41 3. A noticia hoje e amanha s Noticia © reportagem——______46 A estrutura da roportagem not magazines. 48 ‘A politica da noticia 80 4, Vocabulério critica 8 5. Bibliografia comentada. 2 Redagio exposiiva Redagio de noticias. 2 Politica da noticia 63 Manuais de jornalisma Manuais amerieanos Estilo jornalistico. Livros de consulta 2208 * Consideracées iniciais Do primero grto ao ditimo sus, a vida nos coloca em muitos ambientes ¢ act permite textemunhar muitas situagies. A descoberta da iz, da form, do seio materno, 4a propria ideniidade; os jogos ‘a infncia, 0 espago da case, da 104, da esola; 0 amor, 0. rabalho, » viveacia particular dos fatos polis e tocais de nosso tempo, somo 08 vemos © provamos: os soldados que desfilam, {5 poderoson que passam, 0 rosto dos mlirapihs, 0 ovo nos roa, © efémero geo de vitra, or mri fortes ve seam eses quadres, por quanto dterminem de n0s90 Somportamento, de noses angintn e csperangs, 0 apenas pace daquilo que sabemos. A parte menor. Mito mais 05 chess por noticias, testemunhos, em palavras ob representagbesOoicas. ‘Masa linguagem nfo ¢ apenas instrumento do comi- nieagdo que nos traz 4 prewenga tempos paseados, Paste ers cistanes, Também nao é sO um sistema ce sinis Sobreponto& experizncia, mas, adem, 0 espago de ume ‘ormanizagio do mundo a que se chama cultura. Sons, cots, formas, paladares tm exiéncia fixie, impresionam ot rgios de senidos, mas € a cultura que gradua e clssi- fien estas impress, hes stil cntecis = valores ine bélicos. A relago entre os conceitos ¢ as coisas se realiza de tal maneira que os conceitos funcionalizam as. coisas a8 desintogram: um muro ora & proterao, ora & obstd- culo, ora & uma obra em que se gastaram tempo ¢ esforco; ‘a mesma mulher é amante aqui, operdria adiante, mae para um, filha para outro. Muro e mulher existem no ‘mundo: para apreendé-los, atribuimos a eles esséncias pragmaticas que nos fazem, por exemplo, odiar 0 muro, estimar a mulher. ‘Cada um de nés conceitua as coisas por comparagéo e-contraste, do Angulo da utilidade, da fungdo. Para comu- nicar esses conceites, aplicamos principios l6gicos, como (9s que encadeiam os sons na linguagem falada, formando locugdes, senteneas, discurso. Foi a partir da lingua que se inventou a Lagica. © texto escrito deriva da linguagem falada segundo segras sincitcas mais estritas, que se devem 2 necessidade de levar 0 registro pare além do ambiente do discurs0, no espago © mo tempo. Essay regras pretendem supri a auséncia de fatores como a sinwado (relagdes entre fa- lante © ouvinte, empatia, repertério comum), 0 emvolvi- ‘mento (paisagem ou arguitetura, grau de ruido, luz e sombra), 0 feedback instantaneo (reagbes imediatamente peteebidas dos ouvintes e que orieniam prosseguimento {da fala), | enionagdo © a variedade significative das pauses: No mundo atual, se queremos falar de noticias, nfo 6 possivel por de lado a comunieaglo por imagens. Eo exemplo mais comum de semintiea analégica: no jornal, mada além de convengio relaciona as palavras € 0 que las significam, e 0 signo, portanto, é arbitririo: no video- “teipe, cada imagem & andloga & situagio que registra, e, se tomarmos essas imagens como elementos para a cons- trugio de um discurso, nao ha divida de que sio signos ddotacos de motivagio, A sintaxe da linguagem falads ow ceserita ¢ mais sélida e complexa, mas sua seméntica re 7 ‘mete a conctitos que sto quase sempre abstraghes. da realidad; a sintaxc da linguagem visual é mais frégil, seus recutsos escassos, mas.0 que surge diante de nés si0 fragmentos da. realidade. Diante do relato feito em texto, pode-se sempre per guntar como terd sido iss0, ¢ imaginar uma possivel reali- ‘dade concrete; diante do relsio com imagens que se suce- dem, cabem as perguntas qual o nome divo? e 0 que isto quer dizer? Assim, se uma imagem pode conter in- formagio que no eabe em mil palavrss, uma palavra pode resumir 0 conhecimento de mil imagens. Conhecimento e noticia (© conhecimento em geral privlegia 0 que as coisas séo. Procura arrumar seres e fendmenos em categoria, ‘estabelecer relagies, definir, explicar. Estipula uma série de operacdes logieas sobre dados ¢ extrai conclusdes que se devesn comprovar empiricamente. H muito tempo, © talvez. desde © inicio da cultura, a tarefa de guardsr ¢ produzir conhecimento vem-se especializando. O jogo de poder entre pajés © caciques ampliase entre sucerdotes © reis, fibsofos © dltadores. Mas, a par desse conbecimento abstraio, que se precepa com o seotido sltimo das coisas ¢ objetiva a ‘manutonglo da estabilidade social através de mitos,ritos, mistérios e leis, outros saberes sempre existiram: os da agricultura eda indastria, do esporte, da navegagto, da lua, da argquitetura, da daaga, de toda coisa, enfim, da vida cotidiana. Embora essencial & vida © admirado por suas obras, 0 saber-fazer 80 gozava de grande prestiio. Quem ensinow a semear ¢ colher, a enxugar os plntanos de Roma ¢ a ergucr pirimides? Quem fez a roupa © a comida de Séerates? Mesmo 0 reconhecimento das nner ‘grandes artes, como a pintura, a escultura ea misica, & relativamente recente. 0 episodio da revolucio burguesa marce uma ruptara nessa condigio. Porque # burguesia foi a primeira classe nna Historia que alcaneou 0 poder comprometida com a producdo econdmica e a cireulagio dos bens. Suz mito- logia ¢ @ do empreendimento, da praticidade, Com os bburgueses, 0 homo aber chegou aos palicios e subiu ao pedestal dos monuments. Supostas verdades, julgadas essenciais i manutengio da ordem, cairam por ietra: a luneta provou que nosso mundo & redondo, e o céleulo astrondmico, que nfo estivamios no centro do Universo, ‘A razdo estabelecida iia submeter-se a0 crivo da reali- dade. Csgotadas as possibidades Je aplicayio doy que ji se comhecia (os moinhos de vento e de gua, a nave- gag @ vela, a bissola, a pélvora, © papel, 0 principio da méquina a vapor), a investigagto clentifica tornov-se, final, um bom investimento, A sociedade moderna européia, expago da luta entre Durgueses © proletérios, passou a privilegiar a modanca sobre a preservagdo. As trocas de informagdes atingiram intensidade © amplitude antes dificeis de imaginar. Ea antes resttita e controlada pelo Estado © pela Igrejs, tomow-se bem de consumo estencial A histéria da noticia Na Tdade Média, as informagSes dispontvels para a Populagdo vinham embutidas em decretos, proclemagses, exoriagées © nos sermées das. igtejas. Evidentemente, formavam-se circuitos paralelos de bostos © testemunhos. Contos de feitos notévels, de eventos picarescos, erSnicas da vida cotidiana e retalhos da literatura cléssiea levavam ddécadas. para cruzar a Europa em cantigas e fébulas dos trovadores. Isto comecou 2 mudar como resultado da expansao da atividade comercial, a partic do seule XIII. primeira ‘grande via do comércio, unindo o Oriente & Europa, pas- sava pela intermediago dos navios arabes que cortavam © Mediterraneo e despejavam mereadorias na costa oriental da Ttdlia. Ali surgicam cidades-empérios, onde se desen- volveu uma versio antecipada do conflito entre burgue- ses-¢ aristocratas que mais tarde empolgaria © Continente Com as mercadorias chegaram tenicas ¢ informa- sg6es. Tempo de Marco Polo, veneziano que escreveu em francés coisas inacreditavels’ sobre a Pérsia, a China, Burma, 0 Jepio, Siio e Java, Ceilio e as estepes mongbis, ‘a Abissinia e a Sibéria, A acumulaclo de capital logo love camscxgiéacias. a crganiraso minis ampla © atuante dda atividade artesanal e a alfabetizaco. Os avvist ja po- um ser pregedos nos muros cm cépias manuscrias: dispensava-se 0 letrado que tempos atrés teria que 1é-Jos ‘em vor alta. E, mais importante, aio provinham do duque ‘nem de bispo: quem os mandava escrever cram bangueiros © comerciantes. Ali, entio, o italiano tornow-se a primeira lingua moderna a atingir a universalidade literéria, com 1 cpoptia inovadora de Dante Alighieri, 0 liismo persona- lista de Francesco Petrarca e 0 realismo de Giovanni Boccaccio. Este cielo promissor decaiu com o corte das vias de comércio com 0 Oriente, em meados do século XV. Restava oulro caminho entre a Europa e @ Asia, pelo norte, a partir dos burgos da Alemanha. Al, em Mo- sgincie, Gutenberg imprimiu a Biblia, em 1452. A prio- ridade’e ele atribuida na invengio da imprensa é discu- Iivel, mas a tecnologia grafica resullou seguramente do ‘comécio asiético. © papel era fabricado na Espanha, no séeulo XII, sob ocupacio drabe, e na Itilia, no séeulo XIV. Os tipos de metal surgiram na Coréia, em 1390, © os de cerfmica datam de dois séculos ‘antes, criados por Pi Cheng, na China. 10 © impalso seguinte decorreu do inicio da colonizagao da América e da expansio do comércia oceénico com 0 Oriente, através do camino descoberto por Vasco da Gama, ‘Os estados mercantis de Portugal ¢ Espanha Jogo sofreriam a coneorréncia de comerciantes vindos da Franca, da Inglaterra © da Holanda, que se libertow do dominio espanhol. A acumulacdo capitalisia era tremen- dda, Ouro © prata chegevam das colonias: as armas euro- péias saqueavam impérios, na Africa, na Asia, nas Américas inca, asteca © maia.A mio-de-obra negra cruzava 0 Atlan- tico, e, para justficar esse tréfico,alimentouse o mito da superioridade da raga branca, construindo-se até, para ele, uma teorizagio “cientifies”. Com tanto diakeiro, era tempo de partir para a conquista do poder. Contra as: al- findegas, contra os impostos, contra a ociosidade dos senhores feudais, jd tansformados em cortesios, cocrom- pidos pelo fausto e endividados com os banqueires. (© latim ja era lingua culta, usada apenas por eru- ditos ¢ padces. Como conseqiigncia ca etapa anterior do processo gerado pelo mereantilsmo, as cidades, que no tinham expresso na Idede Média, eresciam ¢ prospera- ‘vam. De Cervantes a Shakespeare, as linguas nacionais ganhavam magnitude, impostas, @ partir dos ezntros de poder, sobre provincias condensdas 2 terem seus idiomas feduzidos a dialetos. ‘A impreasa periédiea surgiu neste contexte. © pri- mieiro jornal circulou em Bremen, Alemenha, em 1609. segundo, em Esteasburgo, no mesmo ano. © terceiro, em ‘Colénia, no sno seguinte. Dez anos depois, é havia jor- nals em Frankfurt, Basiléia, Hamburgo, Amsierda © ‘Antuérpia. Imprimia-se em francés e inglés, para expor- tage. A imprensa londrina comesou em 1621, com a Current of General News. Paris esperou mais dez anos para ter sua Gazette. ‘Nos primeiros jomals, a noticia aparece como fator ‘de acumulagao de capital mercantil uma regio em sec, HM 0b ‘catistrofe, indica que certa produgdo néo entraré no mercado uma frea extra de consumo se abrir, na re construgéo; a guorra significa quo reis precisardo de ar- pode representar 2 possbilidade de mais pilhagens, da descoberta de novos produtos oa de terras proprias para { expansdo de culturas Iuecativas, como a cana-deacticar 0 algodio. ‘Mas a burguesia tioha que lutar em outras frentes © logo usou os jornais na sua arrancada final sobre 0s palé- cos. A’ Igreja e o Estado tentaram conter os impressos com o index @ a censura; mals tarde, os aristocrates lana- vam seus pr6prios periddicos, sempre menos interessantes| porque, na guerra de opinigo, nfo tinham muito que dizer. Foran anos ¢ anos de intensa Iuta politica, em que f informago aparecia como tema da anilise dos publi cistas, da deniincia dos panfletarios, do puxa-saquismo dos efcritores cortesfos. 0 investimento para imprimir um. jornal era pequeno, fa redagdo se limitaya a duas ou trés pessoas, 08 leitores pagavam o prego do. papel, da tintae costumavam até prover © capital inicial, com a contratacio de assinaturas. Do ponto de vista sconémico, qualquer um podia lancar ‘a sua folha, desde que tivesse algumas centenas de amigos, ‘orreligiondrios ou pessoas com motivo para temer ata- ues impressos caso no contribuissem, Nesses circuns- tincias, 0: censores tinham 0 apoio de muita gente fvente, mesmo entre os burgueses, eujo idedrio, por mo- tivos politicos, inclula a liberdade de imprenss. E foi assim que, mesmo na Inglaterra pés-Cromvell fou na Franca. pés-napoledaica, publicistas e panfletatios viveram sob 0 jugo de tribunsis © de sistemas sutis de controle: cartas de monopslio, imposto do selo, taxacio do papel, da publicidade. Embriagada com 0 poder, 2 nova classe dominante impunha brutal espotiagio aos trax Dbalhadores: jornadas de até 18 horas por dia sem des- 2 ccanso, para homens, mulheres © criangas, por salétios ‘que no davam para pagar um plo. Era a Londres enfu- rmacada dos romances de Dickens, a violéncia social mode- radameate setratada em Os miserdveis, de Victor Hugo. Um escindalo que comovia homens de 1 verdadeira, pensadores racionalisss, atstocratas remanescentes sem- ‘pre dispostos a lembrar que a volta 20 antigo regime po- dderia conter 0s abusos. Floresciam as idéias socialistas, ‘que ganbariam rigor cieatifico na obra de Karl Marx, ele priprio jornalista da Gazeta Renana e, depois, exilada ‘em Londres, correspondente de jornais americanos. (© proprio impulso da Revolugio Industrial. termi- ‘nou, porém, derrubando a censura, na maior parte da Europa Ocideatal, na dltima metade do século XIX, ‘Tres Tatores contribusram para isso: 4) Surgia um efetivo mercado de massa para os jomais O ndmero de trabalhadores que apren- diam a ler — gente dos escritérios, operadores de méquinas, mestres de oficios cada vez mais Sofisticados — crescia sem parar, Era um pé- blico de tradigdes sinda rurais, arrancado de suas culturas de origem e que deveria ser so- vistado. Género jomalistico que consiste em apresen- tar, sob forma de noticia, perguntase-respostas. ot redagdo discursiva, com ou sem dados ou perfis bio- sréficos, © depoimento de um entrevistado, Flash: primeico antineio de um acontecimento importante, imediatamente difundido nos despachos de uma agéncia de noticias, Tipo de lead sumério, comum na redagio de radio Fonte: procedéncia da. noti oficioso. Gaiekeepine: decisto sobre 0 que vai ou nfo ser publicad. Fungio do gatekeeper, editor ou conselho editorial. Informante oficial ou Gramética: conjunto de regras a que obedece uma lingua. ‘A gramética gerativa assimila essas regres a operadores cepazes de stuar sobre itens émeos. produzindo sen- teagas. A gramética transformacional estuda 0 meca- sismo pelo qual uma mesma esirutura profunda gra- ‘matical pode produzir enunciados diferentes. Histéria: série de fatos narredos numa reportagem ou ‘exposios em uma noticia. Em teoria © crftica lierdtia, generaliza-se a grafia esiéria, que pretende introduzit fom portugubs uma distinglo existente ea ingl's (story/ history). Imprensa: © mesmo que jornalismo. Conjunto de jornais fe revistas de um lugar, categoria, género ou assunto, Contrapondo-te & Grande imprensa, surgem a Imprensa especializada ¢ a Imprensa alternativa (que pretende set uma opgio de leitura). Instrumentos da luta de classes sao a Lmprensa operdria ou sindical, a Imprensa ‘empresarial (house organs), a Imprensa panfletéria. O sensacionalismo corresponde a Imprensa amarela (Yellow Press) ou, no Brasil, & Imprensa marrom. Interpretative: género jornalistico que busca organizar os fatos dando-thes seatido, conforme critérios © métodos de uum saber ow eiéncia, Intersavlo: pequeno titulo intercalado na matéria, Ni rodagio clissica da noticia impressa, no Brasil, 0 pi mero interttulo da noticia costuma anteceder 0 ter- cciro pardgrafo. © mesmo que eniretiulo. Jornal: veiculo impresso, de tiragem regular, com pesion icidade definida, que se apresenta em fothas solts arrumadas em cadernos. Jomais $30 produzidos nos formatos siandard, tabléide © intermediérios, Jornal de empresa: house organ, Srgio de Imprensa en bret Pode deninar-se a empreador, cents, sis Jornalisia: profissto regulamentada no Brasit pelo Deere to-lei 972, de 17-10-69. Privativa dos bacharéis em curso especializado para as fungies de redator, repér- ter, noticiarista, arquivista e revisor, tanto em jornais quanto em assessorias de imprensa, departamentos de comunicagdo social de empresas € Grgios piblicos, emissoras de radio ¢ televisio. Lauda: pagina datlografada de um s6 lado que: serve ‘como ofigisal para a composigio. A. lauda costuma ter niimero de linkes fixo (20, 24 ov 30) € limite de caracteres por linha (o modelo mais comum tem 0 limite de 72 caracteres). As entrlinhas so largas (espaco 3. da maquina, em geral) para permitir emen- das. Layout; diagrama de pagina ou, em revista, do conjunto cde duas paginas que se confrontam, ‘Lead: abertura da noticia. Primeito parigrafo da noticia ‘em jomalismo impresso. Relato do fato mais impor- tante de uma noticia, Na forma cléssica, esse relato comeca pelo aspecto mais importante. Manchete: titulo principal de um jornal ou de uma. pé- gina, Eventualmente pode ocorrer uma mancheie foto andfiea, foto que domina a pagina. Matéria: tudo quanto 6 publicaJo ou se destina a ser publicado. ‘Matutino: joraal que citeula pela manha. Midia: volume socialmente distribuido da divulgagio de ‘uma informagio ou anineio. Conjunto dos veiculos de comunicagio, Midia & promtincia inglesa. do latim me- dia, plural de medium (meio — no caso, meio de ‘comunicagio) Naragao: forma de discurso da narrativa. ‘Texto em off (o narrador nfo aparece) que, em tevé, acompanha uma ago. visual Narrativa: discurso organizado em sequéncias de eventos marcados pela sucessividade. Norma: convengoes estabelecidas numa reday30. Crise ros de apreventagio de originals resultantes de norme Tizagdo téenica: uso de maiéscuas, representagio de rimeros © quantias, grafia de neologismos etc, Noticia: relato de uma série de fatos a partir do fato ‘mais importante, A estrutura da notiia € l6gie sriterio de importincia ow iteresse envolvido em sua produgio ideolégico: atende a fatores psicolégicos, comportamentos de mercado, oportunidade ‘etc. Original: matéria destinada a reprodugio gritia Pasquim: jornal insolente ou satiieo, Pauia: agenda de eventos a serem cobertos pare notic ndicagdo do. assunto, abordagem, fontes possiv ‘equipamentos, deslocamentos e prazo de producto de reportagens Pé: fim da matéria. O oposto de cabeza. Indicagio (2) que 3s vezes se eoloca na tiltima tauda, Redapio: conjunto de redstores e repSrteres de um vel- culo jornalistico. Lugar onde essas. pessoas trabalham Ato © maneira de redigir. Das qualidades cléssicas da redagio, a essencial & a clareza. Outras quaidades slo a simplicidade, a naturalidade, 0 densidede, a exa- tido, a preciso, a eoeréncia, a vatiedade, 0 ritmo, & objetividade © a oriinalidade que, no caso, consiste fem evtar construgdes de uso Treqlente © de. pouco contetido informativo. ‘Redator: fungio jornlistica que compreende redagio de matérias para publicagéo ou difusio, Referente: aquilo 2 que 0 signo lingiistico se retere. O objeto 9 que se tem acesso através do conceito. Registro de linguagem: conjuato de itens Iéxicos © for- mas. gramaticais que definem um nivel de linguagem. Na linguagem corrente, surge 0 registro formal, mais proprio do texto, e © revisiro coloquial, mais proprio do discurso distenso, oral Repérter: jomalista que apura e redige noticias © repor- lugens. Repérter jotogrifco € o joralista que fotograla selecionando e enquadrando 0 objeto fotogrefado de ‘uma perspectiva jomalis 6 o jomnalista que opera cimaras eletrdnicas. Reportage: setor da redagdo ineumbido de apurar ¢ redi- gir noticias © reportagens. Género jornalistico que consiste no levantamento de assuntos para contar uma histéria verdadeira, expor uma situag#o ow interpretar ato. Revista: publicaglo com periodicidade semanal, quinze- ral, mensal, bimestral ou trimestral, grampeada em ccanoa ou em brochura com lombada, que trata de ss- suntos de interesse geral ou especializado, A denomi- rnagdo revista compreende os magazines © as reviews, {que slo publicagdes sobre temas iécnicos ou cientificos. Sublead: seguado parigrafo da noticia em joraalismo im- ppfesso. Criagdo brasileira, corresponde, em geral, a0 segundo lead, ou & segunda informacao (em ordem de importancia) da matéria, precedendo as documentagées. ‘Suite; continuagto da cobertura de um fato j4 noticiado. Cobertura de seus desdobramentos (do. enterro da vi- tima, do inguérito policial etc.) Suplemento: caderno adicionado a uma edie3o de jornal, tratando de tema especitieo. Tabidide: formato de jornal (29 X 38 em) correspondente metade do formato standard (38 x 58 em). Teoria da Informacdo: teoria que formula proposighes de natureza estatistica sobre os sistemas de comunica- 40, quantifica e define matematicamente informagio. Thule: palavra, locugio ow frase em corpo maior que identifica a matéria, No caso das noticias, 0 titulo € constituido de uma frase que contém as notagies es- senciais do lead, generalizando as denominagdes ¢ fre- giientemente anulando a perfectividade propria do texto noticioso. Unidade mével: caminhio de externa. Vespertino: jornal que circula & tarde -le3lte 5 Bibliografia comentada Redago expositiva Ganets, Othon M. Conunicagio em prosa moderna, Rio ae Janeiro, FGV, 1967. (© Autor procura ensinar a estruturar a frase partindo de idéias © nfo de palavras, Particularmente interes- sate & 0 eapitulo sobre estrutura do pardgrafo Redagdo de noticias LAGE, Nilson. Ideologia ¢ técnica da noticia. Peteépolis, Vozes, 1979, Soveé, Muniz & Feuxanl, Maria Helena, Técnica de re- dacdo. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1982, © primeiro desses livros aprofunda, no segundo capi- tulo, algumas das idéias expostas neste Esirunura da noticia. O segundo analisa outros aspectos da redagio noticiosa, como a diferenca estilistica entre jornais “sérios” © jornais “populares”. ervey Politica da noticia Mepma, Cremilda, Noticia, um produto & venda. Sto Paulo, Alfa-Omega, 1978, ‘Trata-se de um estudo bastante completo sobre a noti= cia na sociedade moderna. UNESCO. Um mundo, muitas vozes (Relatério da Comis- sio MacBride). Rio de Janeiro, FGV, 1982. Texto fundamental para a compreensio da ordem in- formativa mundial. Levamtamento exaustive © impres- sionante de dados sobre o fluxo de noticias em imbito internacional. Manuais de Amanat, Luis. Téenica de jornal-e periédico. Rio de Ja- neiro, Tempo Brasileiro, 1969. ERuOLATO, Mério, Técnicas de codificagao em jornalismo. Petropolis, Vozes, 1978. Manuais desse género sto necessariamente superticiais fe panockmicos. Servem para dar uma idéia geval do assunto. Manuais americanos Boxo, F. Fraser. Introdugio ao jornalismo, Rio de Ja- neiro, Agin, 1962. Houennena, John. Manual de joralismo. Rio de Janei- ro, Fundo de Culture, . ‘Obras traduridas, tiverom grande influéncia na reno- vagdo do jornalismo brasileiro. Hohenberg € um entu- Dissta do, feud uatsativo, Os dois Autores efter © j lima institucional dos Estados Unidos, sustentando posturas ficas que parscem ingénuas no contexto bea- sieiro. Estilo jornalistico BURNETT, Lago. A lingua envergonhada, Rio de Teneiro, ‘Nova Frontera, 1976. © Autor, redator brilhans, assume posigies sonerya- oras quanto & ingiagem. ‘No entento, o vro cont observagbes_preciosas, vols em longa praca pro- fission. © ‘apiulo “Quem tem medo do sublead?” € 0-mais iteremante Livros de consulta Baanosa, Gustavo & Ramaca, Carlos Alberto, Diciondrio de comunicagto, Rio de Janciro, Codeesi, 1978. Donia, F. A., Kary, CS, & Lima, L. ©. Diciondrio hasico de conunicasto. Rio de Janeiro, Psz e Terra, 1975. © primeiro diciondrio contém numero bem maior de verbetes. O segundo caracteriza-se pelo aprofundamento teérico dos itens que abords, com feigd0 enciclopédica © cardter interdseiplinr. Our.

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