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5 | CONTABILIDADE O SISTEMA DE eae Numeracdo DecimaAL Dez cicios da Lua compreenciam o ano romano, Esse rximero era tido entdo em alta estima. Talvez porque estejamos acostumados «a contar pelos dedos, Ou tavez porque os ndmeros cresgarn até alcancar dez. OMDIOA arte de amar Porco Alegre: LAPM, 200} principais causas do problema esté no aprendizado do Sistema de Numeracéo Decimal Esse conjunto de simbolos e regras foi criado pelos indianos hé pelo menos 1400 anos e superou todos i significativa a criagdo do Sistema de Nume- ppasseio pelo mundo antigo e conhe- | temas numéricos ‘compreender 'ecimal, poder cer um pouco dos pri ‘calcilddora éte.“Airida hoje usiimos a palavra cdlculo ‘com 0 significado de pedra (“Fulano est coin calcilos nos ris”) Os antigos sistemas de numera¢ao 0 egipcios estao entre os primeiros povos a. desenvoler tum sistema numérico. A nume- racBo egipcia data de cerca de 5 mil anos e baseava-se na ideia de agrupamentos de 10 em 10 Cada simbolo qui eH 5 crever qualquer numero, ‘até mesmo aqueles mui- to grandes. Simbotos numérico Como podemos observar, nao havia uma posigéo obrigatéria para os simbo- los, podendo os de menor valor ficar ocalizados tanto a direita como a esquer. da dos de maior valor. Dessa forma, nao havia jeito de “armar uma conta’. Assim, os cal €eram realizados com auxlio de instrumentos como 0 dbaco, e 56 03 res dos eram registrados com 05 simbolos. Para representar 0s nmeros, os mesopotémios — ou babildnios, como tam- bem sao chamados em referencia a Babilonia, principal cidade da Mesopotamia — empregavam apenas dois simbolos. Um mais largo e em posigéo horizontal, Que representava um grupo de 10 unidades e que podia ser repetido até 5 ve. es; € Outro mais fino, em posigéo vertical, que representava 1 unidade e podia ser repetido até 9 vezes, Fonte: Grand atlas historique, Larousse, 2 ‘Vemios que eles usavam grupos de 10 unidades simples, mas sua notaggo izava a base 60 como fundamental. Assim, para 0s ntimeros acima de 59, simbolo da unidade simples, mas numa posicao mais & esquerda do ‘orrespondendo agora ao valor 60. Esse mesmo sfmbolo, usado ainda mais a esquerda, representava um grupo de 60 x 60, ou 3600 unidades simples. Os mesopotémios foram, portanto, os precursores do sistema posicio. /, ue os indianos aperteicoariam mais tarde. \Vejamos mais alguns exemplos: A principio, 0s babilonios nao tinhar um simbolo para o zero —o que cer tamente causava grandes dificuldades. Fodemos imaginar quantas vezes houve problemas para distinguir entre 0 3 (YVY) eo 62(V YY). Somente muito mais tarde, cerca de 300 a.C,, ¢ que surgiu um simbolo para marcar um lugar vazio: duas pequenas cunhas em posicao obliqua, Com isso desaparece a ambiguidade entre 3 e 62, pois as representacbes passam a sor YY parao3e YAAYY para o 62. Na China foram adotados os “numerais em barras”, criados em aproxi- madamente 300 a.C., segundo os registros existentes. Esses numerals eram representados por barras verdadeires — de bambu, 0u ferro —, que 65 administradores do Império carregavam numa scolinha para fazer seus cileulos O sistema de numeracio chinés trabalhava com 18 simbolos, dos quais nove re« Bresentavam as unidades simples e 05 outros, os nove primeiros miltiplos de dez ‘As “casas” eram ocupadas da diceita pare a esquerda, altemnando os simbo- los dos do's grupos, ou seja, um simbolo do primeiro grupo, depois do segur- do, novamente do primeio, e assim por dante, Veja 0 quad: Lelie af eels: si 6 7 8 9 Wee 100 200 300 600 700 800 900 Cavrewas 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 Deas ne us i fe ee opie fk Lalas Lg de 30 20 30 450608) 80S ermus 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 Uxmiresneumue Por exemplo: \Nesse sistema também nao havia, de inicio, nenhum simbolo para repre- sentar uma casa vazia, Ele s6 apareceria bem mais tarde, e 0 primeiro registro de que se tem noticia surge numa obra datada de 1247, na qual consta- va. ntimero 1 405 536 com um simbolo redondo para representar 0 zero: IZ0=m=T L..] Os algatismos romanos, assim como os gregos “acrofOnicos", nao se destinavam a efetuar operacbes aritméticas, masa fazer ab anotar¢ reter os nimeros. E por isto que os contadlores romanos pre recorreram a dbacos de jichas para a pratica do caleulo. ‘Como a maior parte dos sistemas da antiguidade, 2 numeragio romana cra regida principalmente pelo principio da adicao: seus algarismos (1 = 1, V = 5,X = 10, L = 50, C = 100, D = 500 eM = 1000) eram indepen dentes uns dos outros e Sua justaposicdo implicava geralmente a soma dos valores correspondentes. Lo Apesar disso, 08 romanos acabaram complicando esse sistema, in- troduzindo nele a regra segundo a qual todo signo mummérico colocado a esquenda dew algarismo de valor si- pperior € dele abatido. Foi assim que 0s numerous 4, 9, 19, 40, 90, 400 € 900, por exempio, foram frequen- temente representados da seguinte fornia, [Veja o quadiro a0 lado] [vd Quem reflete sobre a historia do calculo até ‘onal fica chocado com 0 pequeno numero de perfodo de quase cinco rane invengio, Reo de Jnr: Glebo, 1989. 1e5mo os célculos elementares exigiam os servicos de um. 1970, p. 39). indianos que desenvolveram o sistema de numeracéo que {que representa uma sintese das ideias que ja existiam esparsa- ros povos da Antiguidade: * a base decimal + a notagdo posicional, itam representar qualquer némero. a necessidade de um signo ue ocupasse o lugar de uma casa vazia, Entao, apareceu o sunya, que no idio- ma indiano significa "vazio" ou “espaco em branco” Quando os érabes, no: ‘@ numeracao indiana, traduziram sunya por sifr, que em sua lingua também significa "vazio". Foi esse povo cue, ‘com seu florescente comércio, divulgou pela Europa o sisterna decimal posicio- nal — conhecido até hoje como Sistema de Numeragao Indo-arabico. Na It Por volta do século Xill, o nome sfr foi latinizaco para zephirum, que, com mais, algumas modificacoes, chegou a0 termo ‘As regras do Sistema de Numeracdo Indo-ardbico permaneceram as mesmas nos tiltimos vinte séculos, mas a forma de se escreverern os algarismos sofreu ‘modificag6es ao longo desse tempo. Isso porque, até meados do século XV, 05 documentos eram manuscritos, portanto a forma dos algarismos dependia de cada escriba. A partir da ctiacao da imprensa pelo alemao Gutemberg, 0s alga- rismos e letras se estabilzaram, como podemos observar no quado a seguir: 3 3 Atualmente estamos assistindo a uma nova modificagdo na forma desses algarismos, introduzida pelos relégios, calclado- ras € outros aparelhos digits. Romanos X INDIANOS Para entender melhor © umeracao, podemos exami nificado do valor posicional em um sistema de 3 0 papel de alguns algarismos |. Vejamos as representacSes Na terceia, "100 unidades simples"; © forano, representa “S 000 unidades simples”, igd0 na escrita numérica, formacéo” e a decorou, sem ref fo. Dassa maneira, deixamos de estabelecer as devidas relacoes, novas” regres para cada “nova” situacdo que, na realidade, aplica ‘05 mesmos principios — tals como: a) nmeros racionais, sob a forma decimal; ) jIdas no sistema métrico decimal, em que temos agrupa- (cas0 do metro, do litro, do grama, com seus miitiplos ¢ .grupamentos de 100 em 100 (caso do metro quadrado, com jos), agrupamentos de 1000 em 1.000 (caso do ‘om seus miitiplos e submltiplos), 6) representacao de medidas em outros sisternas, como o grau, que mece angu- los, com seus subsmiltiplos minuto e segundo agrupando-se de 60 em 60. 1) representagio de Olhando mais de perto \Vocé conhece bem os sistemas de numera¢ao? Entdo vamos fazer um teste. |. Represente os nimeros 2, 5, 32, 147, 478 e 3742 nos sistemas eqipcio, babi- lonio e-chines. Faca um quadro como 0 apresentado a seguir e complete-o. ma de Numeragéo Decimal aos alunos, € Portanto, para introduzir o Si um trabalho mais prolongado, desde os aconselhavel que 0 professor real {anos iniciais do Ensino Fundamental, com atividades diversificadas sobre agru- pamentos e trocas, além da familiarizagao com o valor posicional dos algaris- ‘mos. Essas atividades culminam com 0 estudo da representagio formal, que pode ser feito no 3" ano. O TRABALHO COM AGRUPAMENTOS £ TROCAS ‘Com relagio ao Sistema de Numeracao Romano, responda: 1 3 | om a A ideia-chave do Sistema de Numeraga0 Decimal é u 8) Quais 530 todos 06 algarisrmes? valor posicionel dos algarismos para representar a acdo de a Esse Sistema @ posicional? x pare trox empregou pare ave rancles quantidades de objetos (hd registros do uso dessas desde a Pré-Historia). Ao repartic uma grande quantidade de ja~ buticabas, por exemplo, as criangas comecam com “uma para cada um". Quando percebem que hi muitas frutas, passam para “uma mao cheia para cada um”. A unidade de referéinciadeixa de ser uma jebuticaba para ser LOTERICA = “uma mao che [Nao sao s6 as criancas que realizam a ope- racao de agrupar e trocar. Observe, na figura ao lado, um tipo de referéncia que um adulto pode utilizar quando precisa compreender a or- dem de grandeza de um namero que nao Ihe & fami ‘A unidade de referencia deixa de ser a uni- Sistema i dade da moeda corrente e passa a ser “o prego ica, re- do meu apartamento”. ©) Trabalhia com base 10? 16) Um aluno quer representar com algarismos romanos 6 ndmero 99. Ele esta em diivida, pois acha que ha dois modos: IC ou XCIX. O que vocb acha dessas idelas? Aprendendo o Sistema de Numeracao Decimal Pucemos observar, a0 percorrer as civilizagoes antigas, que houve muitas tentativas até se chegar a um sistema que permitisse representar os numeros com poucos algarismos e de modo tao pratico, ‘Todo esse esforco demonstra que ele nao ¢ tao simples, nem tao facil de ser compreendido quanto parece. Com base em pesquisas realizadas com criancas en- | tte 4e 9 anos, a pesquisadora Constance Kamil (1986: 91) observou o seguinte: ‘Accrianga de 6 e 7 anos esta ainda em processo de const numérico [...], com operagies de “+ 1". [Sobre inclusto hi 2.] O sistema escrito de base decimal exige a construcao * “ambém para marcar os pontos obtidos em urn mental de *1" (uma coleczo de 10) em *10* unidades ea coordenagao da jogo utiizase agrupamento: estrutura hierarquica de dois niveis [mostrada na figura a seguir). Eim-. construir o segundo nivel, quando o primeiro ainda esta sendo 18 modo: LI ido, Como vimos, a crianga nfo pode criar a estrutura hierarquica daidade de 7-8 anos, que é quando seu pensar ‘mento se torna reversivel (KAMII, 1986, p. 91). Com certeza 0 primeiro modo & mais prétco, pois os pontos so agrupacos ” dde 5 em 5; no segundo, os pontos obtides so marcados de 1 em 1,0 que di- ficulta a visualizacéo do total de pontos. ‘Ao recordar e contar as pessoas que estavam presentes a uma festa, utiizamos © agrupamento: fazemos corresponder cada uma a um dedo das maos, até com- Dletar os dea; depos, recomecamos a correspondéncia a partir do primi dedo uusado, mas lembrando que jest contabilizado “um grupo de de2 pessoas” Embora essas a;6es sejam intuitivas, & necessério propor as criangassitua- ‘05 variadas em que elas tenham oportunidade de agrupar grandes quantida- des de elementos e depois registra-os, para que aos pouces se conscientizem da operacao realizada. Sugete-se que 3s primeiras experidncias sejam realizadas em bases variadas, € nao apenas na base 10 (sem representar a ago realizada),inicando-se no 22 ano do Ensino Fundamental. Essa proposta esta apoiada em do's argumentos. Em primero lugar, a crianga constr6i seus conhecimentos baseada na coor- denacdo das relagdes que vai criando entre os objetos e as acbes sobre esses objetos. Assim, quanto mais dversficadas forem as situagdes de agrupamentos « trocas em que estiver envolvida, mais oportunidades ela tera de abservar as semelhangas e dferencas entre essas situacbes, realizando abstracées e cons truindo o conceto, Observa-se, entéo, que a tradicional proposta de trabalhar, no 1°ano, os nd- = _meros naturais menores que 100 impede que os alunos construam 0 significa- do do “agrupar e trocar”, o que os leva a decotat 0s termos unidade e dezena, sem compreender realmente 0 que 6 e para que serve isso. Em segundo lugar, s6 € possivel compreender o significado de base de um sistema de agrupamentos e trocas quando se realizam pelo menos duas trocas ‘na base proposta, Nas bases 2, 3, 4 etc., consegue-se realizar tals trocas com paucos elemen- "| tos. No entanto, para se chegar a segunda troca, na base 10, & necessario ‘manipular pelo menos uma centena de objetos, o que nao ¢ facil nem para um adulto, quanto mais para criangas de 7 ou 8 anos de idade. J8 a representacao é tarefa bastante abstrata e sofisticada para o nivel dos ‘anos iniciais do Ensino Fundamental. Ela s6 deve ser realizada para os agru- amentos e trocas na base 10, e apenas quando o professor perceber que as criancas jé estdo trabalhando com seguranga os agrupamentos e tracas, 0 que geralmente ocorre no inicio do 3* ano. Seguindo as sugestoes de Dienes, podem ser feltos jogos de isomorfismo focalizando os egrupamentos e trocas. Vejamos alguns exemplos. -AL+% Empatanvo Patios “Embalar palitos” é uma atividade que motiva bastante as criangas. Cada crianga recebe uma quantidade de palitos (tipo palitos de sorvete) e combina- -se, por exerplo, que cada 6 palites serao colocados em uma caixa. A seg) cada 6 caixas completas serao colocadas em um saquinho de papel, ou seja, a cada grupo de 6 elementos de um tipo, fazemos a traca por 1 elemento do | i Realizada a tarefa, propde-se a verificacao de quem recebeu a maior quanti- dade de palitos para embalar. Os alunos logo descobrem que nao é necessario contar palito por palito; basta conferir quem conseguiu formar a maior quanti- dade de saquinhos. ‘Wi Se, por exemplo, um aluno recebeu 40 palitos para embalar, seu resultado final sera Mesmo sem contar os patos, as criangas percebem que © primeito alu- ‘no ganhou mais palitos inicialmente, pois conseguiu formar um saquinho, en- quanto 0 segundo, néo. (ee Sozinso, RoDINHA, CORRENTE i tipo sequinte (palitos por caixa, caixas por saquinho), Dizemos, entdo, que essas ‘rocas estao sendo feitas na base 6. Essa brincadeira é realizada no patio da escola. Os alunos se dispersam, e 0 pro- fessor diz um nmero, que indica 2 quantidade necessria de criangas "para formar ‘uma rodinha” e, também, a quantidade de rodinhas “pa Suponhamos que o professor tenha dito 0 niimero 4e que haja 2 ‘sozinha”. Nesse caso, estamos trocando 4 criancas por 1 rodinha e 4 rodinhas por 1 corrente, ou seja, 2 trocas estao sendo feitas na base 4, | 14 + 4 Com as mesmas 21 criancas, se 0 professor tivesse sugerido o némero 7, te. slam sido formadas 3 rodinhas, no restando nenhut ic ‘i nenhuma crianga sozinha. Des. sez; ndo sera formada nenhuma corrente, porque paraiso seriam necess rodinhas. + 1-7 com agrupamentos ¢ tracas, 0s alunos também estarao exercitando 0 célculo mental, tao importante desde as fases ais de aprendizagem, Para fort iancas, surgirdo oportu- izar todas as adicdes possiveis (e também al tr com resultado “7”. fae Let: Contacem com FICHAS Em qualquer jogo, 0 professor pode transformar a contagem de pontos pura suas ficha, azul. A principio, as criangas consideram esse método do o numero de pontos dos patkpantes comega aumentar surgery culdades em re s quantidades. £ 0 momento de sugerir, por exempl que soja wocadas 5 fiche aus pot veretna. quem consegue corners, 5 fichas vermelhas troca por 1 verde. = eeeaes 5 participantes do jogo logo percebem que, para saber a qualquer momen= ica: a cada ponto feito, 0 jogador recebe, por exemplo, uma to quem esta ganhando, nao ha necessidade de contar ponto por ponto; basta verificar quem tem mais fichas vermelhas ou, melhor ainda, mais fchas verdes E bastante produtiva que desde o inicio da contagem de pontos os alunos 52 acostumem a arrumar suas fchas em pasicoes adequadas. Esse hdbito, alémn de permitirvisualizar a situacdo de cada joga rn para a compreensdo do valor posicional dos que cada crianca construa um ébaco de papel sMos. Assim, pode-se sugerir é estaré preparancio caminho valor de Abaco de papel qu Abaco;-na verdade, € qualquer instrumerito de’ manipulagio que ajude 4 fazer célculos (cartaz de pregas, contador, cartaz de igar, soroban etc.). Nosso abaco de papel € r feito com uma folha de sulfite. O professor pede aos alunos que dobrem a folha em trés partes iguais € pin- tem cada parte com uma cor usada nas fichas — em fordem crescente de valor, da direita para a esquerda, ‘Aqui temos um exemplo de “problema” que nao apresenta nimeros nem sige contas para ser resolvido. Dobrar uma folha em tres partes iguais nao Em geral, a tendéncia ¢ dobrar a | folk ao meio e, ao descobrir que resultaram apenas duas partes, dobré-la | novamente ao meio, Ao perceber que desse modo obtiveram quatro partes, as ctiancas ficam um tanto desapontadas. A solucdo demo aparecer, por isso € aconselhavel que facam suas tentativas papel de sucata (folhas de revistas velhas, por exemplo) 5, errar, pega outa fol ‘coisa simples para criangas do 2: ‘etio liberdade de’ experime: ‘sem medo dle estragat o sulfite. | Yejaao lado como ficaria gabaco, no caso de umacrian- [ga que tivesse somado 27 pontos, com trocas de.5 em 5. | Seria interessante que os proprios jogadores passassem ssugerir os valores para as trocas de fichas nas diversas -pantdas, © Suponhamos que a base de troca escolhida agora seja ' Seo jogador estiver com 27 fichas azuis, feftas as trocas nova base, seu abaco de papel apresentara a configu- “tagio 20 lado. Depois de propor varias experiancias, & impor- ‘ante que o professor apresente algumas situacbes ‘om que as trés partes do abaco nao sejam suficen- tes, pols haverd necessidade de mais uma troca Por exemplo: se um participante esté com 28 fichas azuis@ as trocas estao sen |2zife Represent: (2 au ‘As trocas foram realizadas na base 12, pois so necessérias 12 unidades de ‘uma ordem para se passar 4 ordem sequinte. Poderlamos fazer essa repre- sentago como (0 2 6lya,- Pensando na unidade dizia (um agrupamento dde 12 elernentos), poderiamas dizer que a quantidade 30 corresponde a 2 diizias e mais 6 fichas; ou, ainda, 2 dizias e meia de fichas. ‘Agrupe 11 fichas azuis de 2 em 2, O resultado seré: No abaco: No caderno: a | © trabaiho de agrupamentos e trocas na base 2 ganhou especial significado com o advento dos computadores, que funcionam essa base (o cha- mado sistema binario). Todo computador emprega “portas ldgicas” para reali- zar seu trabalho. E3505 “ ‘ou nao a passagem d: dicarpelo 0 oestado |B 4g: DESFAZENDO AS TROCAS ‘Assim como foi feito 0 trabalho de trocar um grupo de fichas por outra ficha de maior valor, também é preciso realizar o inver uma ficha de maior valor por um grupo de fichas de menor valor. Veja as situagdes a seguir. |. Apés realizar suas jogadas, uma pessoa ficou com apenas 1 ficha ver melha, Sabendo que as trocas de fichas haviam sido feitas de 8 em 8, descubra quantos pontos essa pessoa fez. ‘As criancas deverdo colocar a ficha vermelha no abaco e, fazendo 0 ca- rminho inverso, chegar ao total de fichas azuis. ‘Ao fazer as trocas de suas fichas de 5 em 5, uma pessoa ficou com 3 vermelhas e 4 azuls. Quantos pontos havia feito? Novamente, a situagao deverd ser reproduzida no abaco. Trocanco cada ficha ‘a pessoa ficard com 19 fichas azuis, ou 19 pontos. 3. Esse tivermos feito as trocas de 3 em 3, ficando com 1 verde, 2 vermelhas & 1 azul? Comecando a trocar pela verde, os alunos vao chegar até as azus: aa | we | a a > ves Trabalhando o valor posicional dos algarismos Quando 05 alunos ja estiverem suficientemente amadurecidos no trabalho com agrupamentos e trocas, 0 professor poderd introduzir as cangas nas at vidades de representacao, Nao ha necessidade de representar os agrupamentos e trocas nas varias bases, mas apenas os de base 10. Nesse momento, inicia-se o trabalho com 0 valor posicional dos algarismos, que em geral aprendemos de mado mecani- co, sem nos darmos conta do que realment icam as unidades, dezenas, conienas etc. Para que 0 aluno entenda o valor posicional dos algarismos, 0 professor poderd utilizar, também aqui, atividades diversificadas de representacso, Com (0 Abaco, o aluno faz agrupamentos e trocas na base 10 e vai registrando no caderno os resultados que obtém, Por exemplo, corn 27 fichas azuis e fazendo ttocas de 10 em 10, obtém-se 2 fichas vermelhas e sobram 7 azuis. No abaco: No caderno: dime re es Com varias atividades desse tipo os alunos passam a “ver” o algarismo das ‘ dezenas como o representante da quantidade de grupos de dez unidades con- I tida no ndmero, Outro excelent ara compreensdo do valor posi algarismos é 0 m: Material dourado, (© ‘material dourado foi ctiado pela medica italiana Maria Mor 1952) quando ela tabalhava com eniangas que apresentavam distibos de apren- dlizagem. Monitessorl observou que, paraessaseriangas, mals do que para as oucras, era mulio importante a agio na” |= hs me construgag dos conceitas, ¢ dé= senvolyeu uma série de materials eeatalegias de trabalho. Devido agrandeeliciénciademonstrada, seu metodo de ensino passout 4 en yrias-escolas s chamadas escolas ay o ‘ico na cor dourada — material ofjginal era constituido de contas de pl ‘nome. fe, © match! douiadlo, ou montessordno, geralmenté ¢ con sgas dé madeira, apresentada 0 tipos: eubo, placa, barra CUBINHO (1m x Lem X 1 om) BARRA (1 cm X 1 em X 10 cm) PLACA (1 em X 10 em X 10cm) CUBO (10 em X 10 em X 10 em) A grande vantagern esse mat ‘lores de cada peca por correspon ‘consegue observar que: ‘uma barra pode ser formada por 10 cubinhos; © hima placa, por 10 harras (ou 100 cubinhos) acas (ou 100 barras ou, ainda, 1000 cubinhos thas, por exemplo, em que € necessario con ideterminado valor para a tioca das pegas (°5 fichas azuis’serao trocadas por Lyermelha; 5 vermelhas, por 1 verde”), no matetial dourado os agrupamentos etrocas na base 10 aparecem conctetizados I ATIVIDADES COM O MATERIAL DOURADO: ‘Quando se oferece um material novo para as criancas, a primeira atividade que se recomenda é sempre 0 jogo livre: apresenta-se o material as criancas e deixa-se que elas 0 utilize como quiserem. Assim, os alunos vao manipular as pecas do ‘material dourado, conhecendo-as, relacionando-as e até dando nomes para elas. ‘A segunda etapa ¢ 0 jogo com regras, em que se propéem a crianca atividades I planejadas envolvendo equivaléncia, agrupamentos e trocas na base 10, representa- ‘80, sucesso de um nimero com énfase na passagem de dezenas ou centenas etc | LezeConsrrucées professor pede aos alunos que ci pois, contem quantos cubinhos foram utilizados na construgao. Neste mom +0, © professor pode dar 0 nome convencional das pecas para que todos usem ‘a mesma nomendatura, em vez dos nomes particulares que os alunos podem ter dado antes. Iniialmente, 6 interessante que apenas as barras ¢ 0s cubinhos pansies Cllendsticiaatiaiedaiaen ‘vasiana: tniniiditiilns 1am a figura que desejarem e, de~ [Apés conclusao do trabalho, é importante que os alunos examinem al- gumas das construcoes e as respostas dos autores quanto quantidade de ‘cubinhos usados. Estas respostas deverao ser discutidas por todos. Suponha- mos que um aluno tenha felto uma composicao com 3 bairas e 4 cubinhos. Em um primeira momento, este aluno poders dizer que usou “apenas 4 cubi- inhos". No entanto, & medida que a classe a resposta, € possivel que alguns alunos comecem a observar que “uma barra é formada por muitos cub nihos colados”, chegando a concluir que, na verdade, “em cada barra hd 10 ‘cubinhos colados". Nesse momento, descobrem que na construgdo aparece "34 cubinhos ‘Ants este tipo de atividade, poderao ser feitas outrassolctacoes de figuras, como: 3) um avigo com 18 cubinhos; 6) uma ponte com 26 cubinhos (algumas criangas usargo 26 cubinhos; foutras, 2 barras e 6 cubinhos) «uma mesa com 140 cubinhos (a maioriadelas usar 1 placa e 4 barra). festa atividade, muito alunos comegam a construir as relagoes de equivalencia entre as pecas: + 1 barra corresponde a 10 cubinhos; + 1 placa corresponde a 10 barras (ou a 100 cubinhos) +1 cubo cortesponde a 10 placas (ou a 100 barras, ou ainda a1 000 cubinhos) AL Equivatencia Caso considere necesstio, 0 professor poderd incentivar o aparecimento das elacbes de equivalence, proponde quesioes come: 3) Quantos cubinhos precseram enfleirar para formar uma barra? 1) Quanta barras sto necessrias para formar ume placa? ¢) Com quantas placas se forma um cubo? Numa segunda etapa, pede que verfiquem: 2) Quantos cubinhos ha em uma placa? b) Quantas barras formam um cubo? €) Com quantos cubinhos podemos fazer um cubo? iL. “Ze AGRUPAMENTOS E TROCAS NA BASE 10 Os alunos constroem agora um 4baco de papel, dobrando uma folha de sulfite em quatro partes iguais. Em sequida, desenham as pecas ou escrevem o nome de cada uma: idade de cubinhos e deverd fazer Depois, cada crianca recebe uma ‘empre com a menor quantidade com eles todas as trocas de pecas par de pecas possivel. Por exerpio: 8) Com 12 cubinhos, as tracas nos permitirdo obter: cuso PLACA BARRA CURINHO b) Com 32 cubinhos, conseguiremos fazer: uso PLACA. BARRA CUBINHO ‘Agora 0 professor ja pode oferecer pecas variadeas e pedir que troquem tudo ‘0 que for passtvel. Por exempl '2) Com 21 cubinhos e 2 barras, fazemos: cuso PLACA BARRA | “Lg: REPRESENTANDO. AGRUPAMENTOS E TROCAS Atividades semelhantes as do itern ant i terior So repetidas, com a diferen ‘Ge-que agora os alunos devem registrar os resultados no caderno, anaes abela, € fazer a leitura do nimero representado. Por exemplor ” i 4) O que dé para formar com 23 cubinhos? No abaco: No caderno: UB PLACA BARRA | custo | ae Fs De acordo com o interesse d profe ree demonstado pels a pode dar nome as diversas ordens: Z PEA a mo mcs vastesemte | Ch ai eam ta a en a 5) © que da para formar com 2 placas, 12 barras e 25 cubinhos? ar lacas, placas, 12 barras e 25 cubint BEREHHaters A i ~FltsO SUCESSOR WA PASSAGEM DE DEZENAS OU CENTENAS eo 6s ios

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