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PONTO 138/4 Pdgs. EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDARIO 12° Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.° 286/89, de 29 de Agosto) Curso Geral — Agrupamento 4 Duragio da prova: 120 minutos Lt FASE 1999 2 CHAMADA PROVA ESCRITA DE PORTUGUES A Esta prova 6 constituida por trés grupos de resposta obrigatéria. GRUPO Leia atentamente 0 seguinte texto: 10 VISITA ‘Adornou 0 meu quarto a flor do cardo, Perfumei-o de almiscar' recendente”, Vesti-me com a purpura’ fulgente’, Ensaiando meus cantos, como um bardo®: Ungi as maos e a face com o nardo® Crescido nos jardins do Oriente, A receber com pompa, dignamente, Misteriosa visita a quem aguardo. Mas que filha de reis, que anjo ou que fada Era essa que assim a mim descia, Do meu casebre & himida pousada?... Nem princesas, nem fadas. Era, flor, Era a tua lembranga que batia As portas de ouro é luz do meu amor! ‘Antoro da Quental, Sones, Lisboa, IN-CM, 1994 | ainiscar. substincia wikzada em perumaria, ‘recondente. axomatico. ° purpura: cor vemelno-escura: vesterégia Com essa cor. 4 tulgent: cesplandocente. 5 parde: posta trovador. § nard: plana aromatica vilizada om pertumavi. 1138/2 Elabore um comentario do poema que integre 0 tratamento dos seguintes t6picos: ~ divisto do texto nas suas partes ligicas; — modos de caracterizagdo do «eu»; = recursos estilistioos relevantes; — sentido da «misteriosa visita» GRUPO II A questo seguinte refere-se & novela Amor de Perdido, de Camilo Castelo Branco, Simo elevou-se pelo amor e conquistou na luta uma certeza obstinada, pela qual entrenta altivamente 0 sofrimento 6 a morte. “Jacinto do Prado Coelho, inroduydo 20 Estudo de Novela Camitana, 1 vol, 2." ed, Lisboa, IN-CM, 1982, p. 425, Considere 0 juizo critico apresentado © comente-o, fundamentando-se na sua experiéncia de leitor. Redija um texto bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras. Observagdo — Um dasvio dos limites de extensto indicados implica uma desvalorizagdo parcial do texto roduzido. A prova continua na pagina seguinte. V.S.FF. 1398/3 GRUPO IT Resuma 0 excerto a seguir transctto, constituido por trezentas e sete palavras, num texto de Noventa a cento e quinze palavras. ‘Ales de iniciar 0 seu resumo, leia atentamente as observagdes apresentadas om final de pagina. 1 Desde sempre a poesia foi, de entre todas as actividades do espirito, aquela em que os portugueses mais se distinguiram. Com efeito, num momento em que particularmente importa avaliar 0 que, ao longo das tempos, foi o nosso contributo para a formagao de uma cultura europeia, hA que reconhecer que muito poucas serdo as figuras capazes de ombrear 5 noutros dominios com as suas congéneres de outras nagdes. A nenhum dos nossos homens de ciéncia, mesmo no Renascimento, para que tao decisivamente contribuimos através dos Descobrimentos, se podera dizer que a Histéria tenha ficado a dever um impulso particular, ‘0 mesmo acontecendo no tocante a filosofia. Ressalvando um ou outro caso pontual, desses que normalmente fazem jus & opiniao de que a excepgao confirma a regra, jamais a musica 10 ou a pintura foram actividades através das quais nos tenhamos consagrado. E, cingindo-nos j4 as letras, 6 inegavel a nossa pobreza em areas como 0 teatro e a narrativa, em que pouco mais teremos para apresentar do que, no tocante ao primeiro, a obra do quinhentista Gil icente e, no dominio da segunda, uns dois ou trés nomes do século passado e outros “tantos do presente. 15” Neste contexto, é admirdvel que, através da palavra poélica, nos tenhamos algado as alluras que alcangdmos, desde a remota época em que era a nossa a lingua utilizada por todos os trovadores da peninsula (e em que liricamente se exprimiram tanto 0 nosso rei Dinis (1261-1325) como seu avd Afonso X (1221-1284), rei de Castela) até ao fim do milénio em que nos encontramos e em que de tao grande vitalidade entre nés a poesia continua a dar 20 provas. Compreende-se que, nestas circunstancias, a nossa cultura se faga por costume emblematicamente representar por dois poetas a que sé 0 universo inteiro serve de medida:. Luis de Camées (c. 1525-1580) ¢ Femando Pessoa (1888-1935). Luis Miguel Nava, «Intreduglo», Antologia de Possia Portuguesa ~ 1960-1990, Lisboa, Caminho, 1991 Observagdes - HA uma folerancia de quinze palavras relativamenie ao total pretendido (setenta @ cinco ppalavras como limite minimo, @ canto e trnta como limite maximo). Um desvio maior implica uma desvaloizagao parcial do texto produzigo. ‘Note que, para eleitos de contagem, se considera. uma palavra qualquer sequéncia delinitada por espagos ‘em braneo, mesmo quando hifenizada. Qualquer nimero conta como uma nica palavra, independentemente dos ‘algarismos que 0 conslituem. De acordo com este cttrio, o fragmento a seguir transcrto & constudo por trinta ‘8 quatro palavras: «Compreende-se/ que// nestas/ circunstancias/ a nossaY cultura’ se/ faga/ por! costume ‘emblomaticamente/ representar/ por! dois/ postas/ af quef s6/ of universoy insirof serve/ da medida! Luis! def ‘Cambes/ (c/ 1525-1580) e/ Femando/ Pessoa/ (1888-1935). FIM 138/4 COTAGGES DA PROVA GRUPO . 100 pontos Desenvolvimento dos tépicos — contetido Elaborago do comentério = organizagéo @ corecedo linguistica GRUPO I .... 50 pontos Conteddo Organizago correcgSo lingulstica . GRUPO mL Conteddo COrganizagao e correceao linguistica 1328/5

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