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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Technical Report · July 2011

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1 author:

Susana Reis
Instituto Politécnico de Leiria
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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas

e Equipamentos

Autor:

Susana Reis

Orientadora – Laborline:

Loreta Mendes

Orientador – Forseguro:

João Pedro Marques

Relatório de Estágio
apresentado na Forseguro –
Associação Técnica de Formação
e Higiene e Segurança, como
parte dos requisitos para
obtenção do curso de Técnico
Superior de Segurança e Higiene
do Trabalho.

Coimbra, 2011

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Índice

Índice ............................................................................................................................................................................ 3

Índice de Figuras..................................................................................................................................................... 5

Índice de Tabelas .................................................................................................................................................... 5

1 – Introdução .......................................................................................................................................................... 6

2 – Objectivos ........................................................................................................................................................... 7

3 – Descrição das Empresas .............................................................................................................................. 8

3.1 – Laborline ..................................................................................................................................................... 8

3.2 – Serralharia “ABC” ................................................................................................................................... 9

3.2.1 – Localização e Contactos .............................................................................................................. 9

3.2.2 – Caracterização .............................................................................................................................. 10

3.2.3 – Processo de Fabrico ................................................................................................................... 11

3.2.4 – Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho .................................................................. 12

3.2.4.1 – Consulta, Formação e Informação dos Trabalhadores ..................................... 13

4 – Enquadramento Legal e Normativo .................................................................................................... 14

5 – Diagnóstico das Condições de Segurança......................................................................................... 16

5.1 – Instalações do Estabelecimento Industrial ............................................................................. 17

5.2 – Meios de Prevenção e Combate a Incêndio ............................................................................. 17

5.3 – Máquinas e Equipamentos .............................................................................................................. 18

5.4 – Instalações de Soldadura ................................................................................................................. 18

5.5 – Substâncias e Agentes Perigosos ou Incómodos .................................................................. 19

5.6 – Equipamento de Protecção Individual ...................................................................................... 19

5.7 – Instalações Sanitárias, Vestiários e Refeitórios .................................................................... 20

5.8 – Caixas de Primeiros Socorros ........................................................................................................ 20

6 – Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos ............................................................................. 20

6.1 – Objectivo/Âmbito ................................................................................................................................ 21

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

6.2 – Conceitos ................................................................................................................................................. 21

6.3 – Identificação de Perigos ................................................................................................................... 22

6.4 – Avaliação de Riscos ............................................................................................................................. 28

6.4.1 – Procedimento/Metodologia ................................................................................................... 28

6.4.2 – Aplicação Prática ......................................................................................................................... 33

6.4.3 – Resultados e Sugestão de Medidas Preventivas ........................................................... 45

6.4.3.1 – Curvadora de Perfis ........................................................................................................... 45

6.4.3.2 – Máquinas de Soldar............................................................................................................ 45

6.4.3.3 – Guilhotina Hidráulica ........................................................................................................ 46

6.4.3.4 – Quinadora Hidráulica........................................................................................................ 46

6.4.3.5 – Rebarbadora e Polidora ................................................................................................... 47

6.3.4.6 – Furadeira/Máquina de Furar Vertical ...................................................................... 47

6.4.3.7 – Berbequim/Aparafusador e Empilhador ................................................................ 47

6.4.3.8 – Serra de Fita e Serra Circular ........................................................................................ 48

6.5 – Plano de Acção ...................................................................................................................................... 48

6.6 – Ficha de Segurança de Máquinas e Equipamentos .............................................................. 54

7 – Conclusões ....................................................................................................................................................... 55

8 – Bibliografia ...................................................................................................................................................... 57

9 – Web Sites .......................................................................................................................................................... 57

Anexo I – Plano de Formação ........................................................................................................................ 58

Anexo II – Folheto Informativo Acerca do Trabalho com Máquinas .......................................... 61

Anexo III – Checklist de Diagnóstico das Condições de Higiene e Segurança nos


Estabelecimentos Industriais ........................................................................................................................ 63

Anexo IV – Checklist de Avaliação de Conformidade da Máquinas e Equipamentos de


Trabalho ................................................................................................................................................................... 72

Anexo V – Fichas de Segurança de Máquinas e Equipamentos ..................................................... 77

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Índice de Figuras

Figura 1: Localização da Laborline. ............................................................................................................... 8


Figura 2: Localização da Serralharia ABC. .................................................................................................. 9
Figura 3: Esquema do processo de fabrico. ............................................................................................ 12

Índice de Tabelas

Tabela 1: Descrição das idades, antiguidade e funções dos trabalhadores na empresa ... 11
Tabela 2: Determinação do factor de probabilidade (P). ................................................................. 29
Tabela 3: Determinação do factor de exposição (E). .......................................................................... 30
Tabela 4: Determinação do factor de consequência (C). .................................................................. 30
Tabela 5: Critério de actuação, de acordo com GP. ............................................................................. 31
Tabela 6: Determinação de FC. ..................................................................................................................... 32
Tabela 7: Determinação de GC. ..................................................................................................................... 32
Tabela 8: Determinação de IJ. ........................................................................................................................ 33
Tabela 9: Avaliação de riscos para cada máquina utilizada ao longo do processo de
fabrico. ...................................................................................................................................................................... 35
Tabela 10: Plano de acções de controlo dos riscos avaliados. ....................................................... 49

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

1 – Introdução

As pessoas são uma peça fundamental dos processos negociais, sendo também
essenciais no que diz respeito à qualidade dos produtos e serviços que são
fornecidos/prestados. Torna-se especialmente dispendioso quando uma pessoa se
magoa ou adoece pois existem, não só os custos directos, mas também a perda dos
valiosos serviços que a pessoa prestava.

Se antigamente a componente humana do trabalho não assumia um papel muito


relevante, nos tempos correntes, a elevada competitividade torna cada vez mais
relevante esse elemento. Assim, é necessário que haja um adequado combate aos
acidentes de trabalho e ao absentismo por doenças profissionais, tendo em conta a
relação entre o trabalhador e o seu posto de trabalho. Portanto, há que construir a ponte
entre os aspectos humanos relacionados com a actividade laboral e os outros
componentes do sistema de produção. É nessa perspectiva que surgem a higiene e a
segurança no trabalho, tendo como objectivo comum a garantia da melhoria das
condições de trabalho, mantendo o nível de saúde dos colaboradores. A higiene do
trabalho tem como objectivo combater, sob ponto de vista não médico, as doenças
profissionais, tendo em conta os factores que têm influência sobre o ambiente de
trabalho e sobre o trabalhador, visando assim a redução dos riscos profissionais. Já a
segurança do trabalho, tem como fim o combate (também sob o ponto de vista não
médico) aos acidentes de trabalho, eliminando as condições inseguras dos locais de
trabalho formando/informando os trabalhadores, de modo a que estes adoptem
também medidas preventivas.

Neste âmbito surge a avaliação de riscos profissionais, que consiste na


análise de uma determinada actividade, identificando e hierarquizando os riscos. A
avaliação de riscos constitui, portanto, a base de uma gestão eficaz da segurança e da
saúde no trabalho, sendo um ponto essencial no que diz respeito à redução da
sinistralidade laboral e, também, das doenças profissionais. Assim, há que reunir
informação, conhecer o local de trabalho em questão, o número e “tipo” de
trabalhadores envolvidos em cada tarefa, assim como os equipamentos e/ou materiais

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que são utilizados. Identificando os perigos a que estão expostos os trabalhadores e, de


seguida, estimando os riscos, determina-se a probabilidade e as consequências de cada
um dos riscos. Ao proceder-se desta forma poderemos, não só, melhorar as condições de
segurança e saúde no trabalho, como melhorar o desempenho da empresa em geral.

Para todo este processo há que diferenciar bem os dois conceitos fundamentais
que aqui estão em causa: perigo e risco. Assim, segundo a Lei nº 102/2009, perigo é a
“propriedade intrínseca de uma instalação, actividade, equipamento, um agente ou outro
componente material do trabalho com potencial para provocar dano”. Por outro lado,
risco consiste na “probabilidade de concretização do dano em função das condições de
utilização, exposição ou interacção do componente material do trabalho que apresente
perigo”.

Após a frequência, em contexto de sala, da formação do Curso de Técnico


Superior de Higiene e Segurança no Trabalho, nas instalações da Forseguro de Coimbra,
surge o módulo de Prática em Contexto de Trabalho. Haverá, portanto, uma primeira
aproximação dos formandos ao desempenho das diversas funções de um Técnico
Superior de Higiene e Segurança no Trabalho e a aplicação dos conhecimentos e
competências adquiridas na formação.

2 – Objectivos

Com este trabalho pretende-se, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico geral das
condições de trabalho num estabelecimento industrial, neste caso uma serralharia. De
seguida far-se-á uma avaliação de riscos às máquinas que são utilizadas durante o
processo de fabrico, de modo a determinar quais os riscos a que os trabalhadores estão
sujeitos durante o seu dia de trabalho. Complementar-se-á esta avaliação com a
elaboração das respectivas fichas de segurança. Pretende-se ainda determinar se há
alguma área em que se revele necessário o estabelecimento de um plano de formação, de

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modo a transmitir aos colaboradores informação relevante para a melhoria das


condições inerentes ao seu posto de trabalho.

3 – Descrição das Empresas

A empresa que me acolheu enquanto estagiária no âmbito do curso de Técnico


Superior de Higiene e Segurança no Trabalho é uma empresa de prestação de serviços
externos de Segurança e Higiene no Trabalho, autorizada pela ACT, pelo que a empresa
alvo de análise será outra. Assim, inicialmente procederei à descrição geral da primeira,
passando de seguida à descrição, um pouco mais detalhada, da segunda.

3.1 – Laborline

A Laborline, constituída no ano de 2007 localiza-se em Linhaceira, localidade


pertencente ao concelho de Tomar, como se pode constatar na figura seguinte.

Figura 1: Localização da Laborline.

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A empresa especializou-se na prestação de serviços e consultoria, abrangendo


várias áreas de intervenção, designadamente: Engenharia; Saúde; Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho e Segurança e Higiene Alimentar. Há assim uma aposta no
fornecimento de serviços técnicos especializados, em resposta às necessidades do
mercado empresarial.
Tendo como principais metas a resposta às exigências de mercado e o
cumprimento das disposições legais, a Laborline pretende, através dos serviços que
disponibiliza, desenvolver técnicas e métodos de trabalho seguros e eficientes,
garantindo assim a satisfação por parte dos seus clientes. Por este motivo, os seus
serviços encontram-se estruturados por diferentes departamentos: Saúde; Engenharia;
Segurança, Higiene e Saúde.

3.2 – Serralharia “ABC”

3.2.1 – Localização e Contactos

“ABC” – Serralharia
Civil

Figura 2: Localização da Serralharia ABC.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

“ABC” – Serralharia Civil

Rua da Indústria nº 24

Torres Novas

Telefone: 249 123 456

E-mail: geral@ABC.pt

3.2.2 – Caracterização

A “ABC” encontra-se a laborar desde 1995, e dedica-se à transformação e


tratamento de ferro, alumínio e, mais recentemente, PVC, passando depois à sua
comercialização e respectiva montagem. Os produtos que comercializa são janelas,
portas, portões e grades. Desde que deram início à sua actividade, o crescimento tem
sido evidente e há, assim, uma forte aposta na qualidade, não só dos produtos que
comercializa, como nos serviços que prestam.

Esta é uma empresa do tipo familiar, em que existem dez colaboradores: dois
sócios-gerentes e oito operários. Todos os colaboradores são do género masculino,
havendo alguma variação nas faixas etárias e na antiguidade dentro da empresa, o que
podemos constatar na tabela seguinte. Serão ainda referidas na tabela seguinte as
funções que cada um dos trabalhadores desempenha.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 1: Descrição das idades, antiguidade e funções dos trabalhadores na empresa

Trabalhador Idade Nº de Anos na Empresa Função


1 52 5 Aprendiz
2 35 5 Serralheiro civil
3 26 2 Serralheiro civil
4 40 16 Escriturário
5 55 12 Serralheiro civil
6 45 5 Serralheiro civil
7 34 10 Serralheiro civil
8 32 15 Serralheiro civil
9 40 16 Sócio-gerente
10 43 16 Sócio-gerente

3.2.3 – Processo de Fabrico

Neste subcapítulo, far-se-á uma breve descrição do processo de fabrico geral,


para os vários produtos que a empresa comercializa. Assim, será mais fácil
compreender, mais adiante, a lógica de utilização de alguns dos equipamentos de
trabalho.

O procedimento inicia-se com a definição do material a utilizar e respectivas


quantidades, seguindo-se a sua medição. De seguida executa-se o corte (com guilhotina
no caso das chapas e com serra no caso de tubos e perfis) e a curva dos materiais
previamente seleccionados (quinadora para as chapas e curvadora de tubos e perfis). De
seguida lixam-se, retiram-se as rebarbas (com a lixadora e rebarbadora,
respectivamente), desempenam-se, marcam-se e furam-se os produtos. Segue-se a fase
de montagem, onde se fazem, principalmente, serviços de solda. Para terminar o
processo de fabrico, temos a fase de acabamentos, onde se procede ao polimento das
peças e, de seguida, à sua pintura. Por fim, procede-se à montagem do produto acabado
em casa do cliente.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Na figura seguinte apresenta-se um esquema do processo de fabrico, de


modo a mais facilmente se perceber a sequência das actividades realizadas.

Definição do Material
Quantificação e medição

Corte
Guilhotina/Serra

Curvatura
Quinadora/Curvadora

Lixar, desempenar, marcar e furar as peças


Lixadora, rebarbadora, berbequim

Montagem
Soldar

Acabamento
Tratamento e pintura

Montagem no Local Pretendido pelo Cliente

Figura 3: Esquema do processo de fabrico.

3.2.4 – Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho

De acordo com o disposto na Lei nº 102/2009, a entidade empregadora deve


organizar serviços de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, podendo esses serviços
ser internos, externos ou comuns. Nos termos do definido no Artigo 83º do mesmo

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

diploma legal, a “ABC” possui serviços externos, prestados pela Laborline. Assim, a
actividade laboral da primeira é acompanhada pela segunda, para que se evolua no
sentido da melhoria contínua no campo da HST.

3.2.4.1 – Consulta, Formação e Informação dos Trabalhadores

É importante que a comunicação interna de uma empresa funcione


correctamente e que ela não seja unidireccional, de modo a que haja transmissão, de
parte a parte das concordâncias, discordâncias e aspectos a melhorar ou corrigir. Esta é
uma forma eficaz de combater rumores, estimular o envolvimento dos trabalhadores
nos projectos da empresa e instaurar um clima de confiança. Se existir um planeamento
estratégico no que diz respeito à comunicação interna, poderão ser desenvolvidas
estratégias que podem facilitar o alcance das metas estabelecidas, designadamente no
que diz respeito à Higiene e Segurança no Trabalho. Quando há envolvimento dos
trabalhadores, não só vai haver um estímulo à sua participação fazendo-os sentir-se
mais integrados no seio da empresa e que alguns pontos de decisão também passam por
si; como também vão ser prestadas informações de grande importância pois, mais que
ninguém, o trabalhador conhece o seu posto de trabalho.

Neste âmbito inserem-se a consulta, formação e informação dos trabalhadores,


um requisito que se deve cumprir em todas as empresas, de acordo com o disposto na
Lei nº 102/2009. Assim, de acordo com o Artigo 18º deste diploma legal, deverá existir
consulta aos trabalhadores, por escrito, no mínimo duas vezes por ano, de modo a que
eles possam expressar a sua opinião no que diz respeito às condições de HST relativas
ao seu posto de trabalho. Deverá ainda existir informação e formação dos trabalhadores,
de acordo com os Artigos 19º e 20º, respectivamente, da referida lei, e também de
acordo com o Artigo 127º do Código do Trabalho (Lei nº 7/2009), que refere a formação
e informação como uma obrigação da entidade empregadora.

Tendo em conta as observações efectuadas aquando da realização da auditoria à


empresa (Capítulo 5) e a avaliação de riscos efectuada (Capítulo 6), constatou-se que um

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dos aspectos em que seria importante intervir, é na área da utilização de máquinas e


equipamentos, nomeadamente nos cuidados e precauções que os trabalhadores deverão
ter durante os trabalhos que realizam. Assim, foi estabelecido um plano de formação
(Anexo I) de modo a se realizar duas sessões de esclarecimento (de duas horas cada
uma) com o intuito de despertar a atenção de todos os colaboradores, incluindo os
sócios gerentes, para alguns aspectos inerentes ao seu trabalho. No entanto, devido a
questões relacionadas com a gestão do tempo e do trabalho na empresa em análise, não
foi possível a realização de uma dessas sessões. Foi ainda elaborado um folheto
informativo (Anexo II), que foi distribuído no final da sessão de esclarecimento
realizada.

Como foi referido, o intuito destas sessões seria esclarecer e alertar os


trabalhadores para alguns aspectos importantes relacionados com as actividades que
realizam durante o seu dia de trabalho. Portanto aqui, o método de avaliação da eficácia
da formação seria a observação directa do comportamento dos trabalhadores ao longo
do dia de trabalho. Portanto, só a longo prazo se poderia verificar se as sessões
ministradas teriam produzido o efeito pretendido.

4 – Enquadramento Legal e Normativo

Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro – Regulamenta o regime jurídico da promoção e


prevenção da segurança e da saúde no trabalho. Regulamenta ainda a protecção de
trabalhadora grávida, puérpera ou lactante em caso de actividades susceptíveis de
apresentar risco específico de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho;
e a protecção de menor em caso de trabalhos que, pela sua natureza ou pelas condições
em que são prestados, sejam prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, psíquico e
moral.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro – Estabelece o Regulamento Geral de Segurança


e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais. Foi, posteriormente, alterada
pela Portaria nº 702/80, de 22 de Setembro.

Decreto – Lei nº 103/2008, de 24 de Junho – regulamenta a colocação no mercado e a


entrada em serviço das máquinas, transpondo para o ordenamento jurídico interno a
Directiva n.º 2006/42/CE na parte que respeita às máquinas (Directiva Máquinas –
revoga a Directiva Máquinas anterior, ou seja o Decreto-Lei nº 320/2001).

Decreto – Lei nº 50/2005, de 25 de Fevereiro – estabelece as prescrições mínimas de


segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de
trabalho, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 89/655/CEE do
Conselho, alterada pela Directiva nº 95/63/CE do Conselho e pela Directiva nº
2001/45/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (Directiva Equipamentos).

Decreto-Lei nº 46/2006, de 24 de Fevereiro – Estabelece as prescrições mínimas de


protecção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos
devidos a vibrações, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº
2002/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho

NP 4397/2008 – especifica os requisitos dos sistemas de gestão da Segurança e Saúde


do Trabalho.

NP 3992/1994 – especifica os sinais de segurança utilizáveis no domínio da protecção,


prevenção e combate a incêndios.

Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de Novembro – estabelece o regime jurídico da


segurança contra incêndios em edifícios (SCIE).

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Portaria nº 1532/2008, de 29 de Dezembro – aprova o Regulamento Técnico de


Segurança contra Incêndio em Edifícios (RT – SCIE).

Decreto-Lei nº 182/2006, de 6 de Setembro – define as prescrições mínimas de


segurança e saúde, em matéria de exposição dos trabalhadores a riscos devidos ao ruído,
transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2003/10/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho.

Decreto-Lei nº 290/2001, de 16 de Novembro – define as normas relativas à


protecção e à segurança da saúde dos trabalhadores, contra riscos relativos à exposição
a agentes químicos no local de trabalho, transpondo para a ordem jurídica interna a
Directiva nº 98/24/CE do Conselho. Estabelece ainda os valores limite de exposição
profissional a algumas substâncias químicas, transpondo para a ordem jurídica interna a
Directiva nº 91/322/CEE e a Directiva nº 2000/39/CE da Comissão.

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro – Aprova a revisão do Código do Trabalho.

5 – Diagnóstico das Condições de Segurança

Para se poder retirar conclusões acerca das condições de Higiene e Segurança


nesta empresa, aplicou-se uma checklist (Anexo III), elaborada de acordo com a Portaria
nº 53/71 e com a Portaria nº 702/80, que estabelecem o Regulamento Geral de
Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais (como já se referiu
no ponto anterior). Assim, após a elaboração dessa checklist e após a realização de uma
auditoria à empresa, puderam retirar-se algumas informações, que passo a descrever de
seguida. De referir que o diagnóstico efectuado só teve em conta os aspectos relativos ao
trabalho interno, ou seja, não foi inserido no âmbito desta auditoria o trabalho de

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montagem do produto final acabado no exterior, caso em que já se teriam de abordar


outros aspectos e onde já se teria de elaborar e aplicar outra lista de verificação.

5.1 – Instalações do Estabelecimento Industrial

No que diz respeito às instalações em si, estas respeitam a maioria dos requisitos
legais, nomeadamente as dimensões, vias de passagem e saídas e ocupação dos
pavimentos. Relativamente a este último aspecto, pode-se dizer que, tendo em conta o
tipo de actividade realizada e visto que os trabalhadores necessitam de ter sempre
matéria-prima à sua disposição, o espaço está relativamente bem organizado e os
caminhos devidamente desimpedidos. Existe ainda um pequeno armazém onde
guardam alguma matéria-prima, estando este em conformidade com o disposto no
Artigo 11º da Portaria em questão.

No caso das portas de saída, como se pode comprovar pelo que consta na
checklist, elas são rápidas e funcionais em caso de emergência. No entanto não existe
nenhuma sinalização relativa a saídas de emergência (tanto na parte de produção, como
nas restantes partes do estabelecimento industrial), assim como também não existe
iluminação de emergência. Já no que diz respeito às escadas e comunicações verticais, a
maior parte está conforme os requisitos legais (à excepção de uma, que possui largura
inferior a 1,20m), estando em bom estado de conservação e possuindo pavimento
antiderrapante.

5.2 – Meios de Prevenção e Combate a Incêndio

Relativamente aos meios de combate a incêndio, eles existem e estão


devidamente assinalados (de acordo com a NP 3992/1994) e dentro da validade. Os
extintores existentes são todos de pó químico ABC, à excepção do que existe no
escritório da empresa, que é de CO2. No entanto, há que referir que constatei que existia
um extintor completamente obstruído por garrafas de gás utilizado na soldadura e por

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

uma pilha de cartão que se encontrava acumulada no local. De assinalar também que
não existe sistema de alarme de incêndio, o que deveria acontecer (conforme o disposto
no Artigo 116º da Portaria nº 1532/2008), nem plano de emergência estabelecido (o
que também deveria acontecer, de acordo com o estabelecido no Artigo 21º do Decreto-
Lei nº 220/2008).

5.3 – Máquinas e Equipamentos

Relativamente às máquinas e aos equipamentos que são utilizados para a


execução das várias tarefas, pôde constatar-se que, embora na sua generalidade elas
possuam dispositivos de protecção, existiam algumas em que isso não acontecia. No
entanto, este e outros aspectos relativos às máquinas e equipamentos de trabalho vão
ser desenvolvidos mais à frente, quando se proceder à avaliação de riscos respeitantes
aos instrumentos de trabalho que os colaboradores utilizam para a execução das várias
tarefas inerentes ao processo de fabrico dos vários produtos que comercializam.

5.4 – Instalações de Soldadura

Neste tipo de actividade industrial é frequente realizarem-se trabalhos de


soldadura. Neste caso, são utilizados dois tipos: soldadura a gás (neste caso utilizam O2 e
árgon + CO2) e soldadura por arco eléctrico. No que diz respeito ao primeiro tipo de
soldadura, os trabalhos são realizados sobre bancadas (incombustíveis), no entanto as
garrafas do gás utilizado encontra-se nas proximidades do local de acção, o que não
deveria acontecer. Já relativamente ao segundo tipo de soldadura referido, pude
constatar que, quando se trata de trabalhos de menor “importância”/dimensão, estes
não são realizados sobre uma bancada. De referir ainda que, em ambos os casos, não há
aspiração dos gases libertados durante a execução deste tipo de trabalho. De ressalvar,
no entanto, que os locais de trabalho têm uma boa ventilação, o que atenua o efeito que
esses gases poderiam/podem provocar.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Há ainda que fazer alusão a outro aspecto: a utilização de equipamento de


protecção por parte dos colaboradores que fazem trabalho de soldadura. Pôde
constatar-se que há utilização de luvas e avental de couro, no entanto, nem sempre
utilizam a viseira de protecção devida para este tipo de trabalhos nem protegem
adequadamente outras partes do corpo, como por exemplo os braços.

Como se referiu acima, no subcapítulo relativo aos meios de prevenção e combate


a incêndio, verificou-se a acumulação de uma pilha de cartão junto das áreas de trabalho.
Juntamente pôde observar-se também a existência de uma ou outra lata de spray vazia.
Este aspecto torna-se mais relevante, na medida em que, nas proximidades existia um
trabalhador a efectuar trabalho de soldadura, pelo que poderia, a qualquer momento
originar a ocorrência de um incêndio. Como agravante, acresce ainda que o trabalhador
estava a fumar enquanto executava essa actividade.

5.5 – Substâncias e Agentes Perigosos ou Incómodos

No campo da serralharia civil é também frequente a aplicação de alguns produtos


químicos para tratamento de superfícies e para acabamentos. Sendo perigosos, esses
produtos químicos deveriam ser manuseados e armazenados em local próprio,
separadamente dos locais de trabalho, o que não acontece. Assim, há exposição dos
trabalhadores a agentes químicos perigosos, susceptíveis de provocar efeitos adversos
na sua saúde e susceptíveis de originar incêndio. Há ainda que mencionar que a
existência destes produtos químicos não está devidamente assinalada, sendo que o
único sinal existente é o de proibição de fumar.

5.6 – Equipamento de Protecção Individual

Relativamente à protecção individual dos operários, observou-se que nem


sempre é utilizada (à excepção da protecção auricular, quando operam com
determinadas máquinas/equipamentos de trabalho), embora hajam EPI’s disponíveis e

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exista sinalização a alertar para esse facto por todo o edifício fabril. De salientar ainda
que alguns desse EPI’s não se encontravam em bom estado de conservação e
manutenção.

5.7 – Instalações Sanitárias, Vestiários e Refeitórios

Os sanitários, assim como os vestiários existentes não estão divididos por sexo.
No entanto, há que salvaguardar que nesta empresa só trabalham homens (como se
referiu no início deste trabalho). Tanto as primeiras como as segundas instalações estão
devidamente higienizadas e estão correctamente dimensionadas.

Há ainda um refeitório, bem dimensionado, devidamente limpo, com boa


iluminação e com água potável à disposição dos trabalhadores.

5.8 – Caixas de Primeiros Socorros

Tanto na zona de produção, como na zona administrativa se verificou a existência


de caixa de primeiros socorros. Em ambos os locais ela estava devidamente assinalada e
continha o material adequado, respeitando assim o disposto no Artigo 138º - A, da
Portaria nº 702/80.

6 – Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos

A função de Higiene e Segurança numa organização deverá ter por base a


identificação de perigos e a avaliação de riscos profissionais, pois assim poderemos
conhecer os perigos e riscos a que os trabalhadores estão sujeitos e, consequentemente,

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

poderemos aplicar medidas de prevenção mais apropriadas. Portanto, a avaliação de


riscos é uma obrigação legal em qualquer sector. Essa avaliação vai consistir na
identificação, estimativa e valoração dos riscos a que os trabalhadores estão sujeitos. Dá-
se, então, início ao desenvolvimento de acções preventivas, pretendendo-se com elas
que haja uma actuação antes de haver consequências. Após esse processo, deve
estabelecer-se a prioridade de actuação no que diz respeito às acções preventivas,
dando-se primazia à acção sobre os riscos que terão mais consequências, não só em
termos de gravidade, mas também em termos de número de trabalhadores afectados.

6.1 – Objectivo/Âmbito

Neste subcapítulo irá proceder-se, à identificação de perigos e posterior avaliação


dos riscos inerentes às várias máquinas utilizadas em todo o processo de fabrico dos
vários tipos de materiais que a serralharia comercializa. Para tal, foi aplicada uma lista
de verificação, elaborada com base na Directiva Máquinas (Decreto-Lei nº 103/2008) e
na Directiva Equipamentos (Decreto-Lei nº 50/2005). Posteriormente à avaliação dos
riscos a que os trabalhadores estão sujeitos, propõem-se medidas correctivas,
estabelecendo-se um plano de acção, de modo a haver um controlo adequado dos riscos
a que os colaboradores estão expostos.

Embora haja também algumas coisas a corrigir relativamente a outros aspectos


da actividade laboral em questão, procedeu-se à avaliação de riscos apenas para as
máquinas/equipamentos de trabalho, já que os trabalhadores frequentemente recorrem
a elas ao longo do seu dia de trabalho para poderem executar as tarefas inerentes ao
processo de fabrico dos vários tipos de produtos que comercializam.

6.2 – Conceitos

Perigo – Definido no capítulo 1 (Introdução).

Página 21
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Risco – Definido no capítulo 1 (Introdução).

Identificação do Perigo – Processo de reconhecer a existência do perigo e de definir as


correspondentes características (NP 4397/2008).

Apreciação/Avaliação do Risco – Processo de gestão dos riscos, resultante do (s)


perigos (s) identificado(s), tendo em conta a adequabilidade dos controlos existentes,
cujo resultado é a aceitabilidade ou não dos riscos (NP 4397/2008).

Risco Aceitável – Risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado pela
organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a própria política de SST
(NP 4397/2008).

Não conformidade – Não satisfação de um requisito (NP 4397/2008).

Acção Correctiva – Acção destinada a eliminar a causa de uma não conformidade


detectada ou de outra situação indesejável (NP 4397/2008).

6.3 – Identificação de Perigos

De seguida apresenta-se uma tabela, com a identificação dos perigos inerentes à


operação de cada máquina, os respectivos riscos e as consequências que podem advir
para os trabalhadores quando sujeitos a esses riscos.

Página 22
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

De referir que, a identificação dos perigos foi feita com base na observação
directa das actividades realizadas pelos trabalhadores e, também, através da leitura dos
manuais de instruções respectivos a cada máquina/equipamento.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Máquina Perigo ou Factor de Risco Risco Dano/Consequência


Manuseamento da peça a Queda de objectos Contusão
Curvadora de Tubos e trabalhar Contacto com parte cortante Corte
Perfis Partes móveis - rolos de
Contacto com os rolos de curvatura Entalamento
curvatura
Manuseamento da peça depois Contacto com a peça quente, depois
Queimadura
de trabalhada de trabalhada
Projecção de fagulhas Lesões oculares; queimaduras
Máquina de Soldar por Irritação dos olhos, nariz e trato
Processo de soldadura Exposição a fumos metálicos
Arco Eléctrico respiratório
Exposição a radiação (IV e UV) Lesões oculares
Contacto com componentes
Acessórios eléctricos Electrocussão
eléctricos
Manuseamento da peça depois Contacto com a peça quente, depois
Queimadura
de trabalhada de trabalhada
Projecção de fagulhas Lesões oculares; queimaduras
Máquina de Soldar a Gás Irritação dos olhos, nariz e trato
Processo de soldadura Exposição a fumos metálicos
respiratório
Exposição a radiação (IV e UV) Lesões oculares
Garrafas de gás Tombamento das garrafas Explosão

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Máquina Perigo ou Factor de Risco Risco Dano/Consequência


Contacto com as partes móveis - lâmina Corte; amputação
Partes móveis
Contacto com os cilindros hidráulicos Entalamento
Guilhotina Exposição ao ruído Lesões auditivas
Operação da máquina
Hidráulica Adopção de posturas incorrectas Lesões músculo-esqueléticas
Manuseamento das chapas a
Contacto com partes cortantes Corte
cortar
Instalações eléctricas Contacto com componentes eléctricos Electrocussão
Partes móveis Contacto com partes móveis Entalamento/Esmagamento
Contacto com partes cortantes Corte
Manuseamento das chapas
Quinadora Queda de objectos Contusão
Hidráulica Exposição ao ruído Lesões auditivas
Operação da máquina
Adopção de posturas incorrectas Lesões músculo-esqueléticas
Instalações eléctricas Contacto com componentes eléctricos Electrocussão
Queda de objectos Contusão
Peça a ser trabalhada Projecção de partículas Problemas respiratórios; lesões oculares
Projecção de fagulhas Lesões oculares; queimaduras
Disco Contacto com o disco Corte
Rebarbadora
Contacto com componentes eléctricos Electrocussão
Trabalho com a máquina Exposição ao ruído Lesões auditivas
Exposição a vibrações Lesões nas articulações (pulsos e cotovelos)

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Perigo ou Factor de
Máquina Risco Dano/Consequência
Risco
Contacto com componentes eléctricos Electrocussão

Trabalho com a máquina Exposição ao ruído Lesões auditivas


Lesões nas articulações (pulsos e
Polidora Exposição a vibrações
cotovelos)
Queda de objectos Contusão
Peça a ser trabalhada Projecção de partículas Problemas respiratórios
Projecção de fagulhas Lesões oculares; queimaduras
Prisão de equipamento Entalamento
Contacto com as partes móveis – sistema
Entalamento
Partes móveis elevatório
Furadeira/Máquina de
Furar Vertical Contacto com as partes móveis - broca Corte/perfuração
Queda de objectos Contusão
Peça a ser trabalhada Projecção de limalhas Lesões oculares, pequenos cortes
Projecção de partículas Problemas respiratórios
Lesões nas articulações (pulsos e
Exposição a vibrações
cotovelos)
Exposição ao ruído Lesões auditivas
Berbequim/Aparafusador Trabalho com a máquina
Contacto com partes móveis Corte/Perfuração
Adopção de posturas incorrectas Lesões músculo-esqueléticas
Projecção de partículas Problemas respiratórios

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Máquina Perigo ou Factor de Risco Risco Dano/Consequência


Queda de objectos Contusão
Transporte de cargas
Choque com objectos Contusão
Choque contra estruturas Derrube da estrutura
Empilhador Condução pouco cuidadosa/atenta Atropelamento
Circulação da máquina Adopção de posturas incorrectas Lesões músculo-esqueléticas
Exposição a vibrações Desgaste da coluna vertebral
Exposição ao ruído Lesões auditivas
Manuseamento de peças a Queda de objectos Contusão
trabalhar Contacto com parte cortante Corte
Serra Circular/Serra de Fita
Partes móveis Contacto com partes móveis Entalamento
Horizontal
Projecção de partículas Problemas respiratórios
Peça a ser trabalhada
Contacto com lâmina da máquina Corte

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

6.4 – Avaliação de Riscos


6.4.1 – Procedimento/Metodologia

Existem vários tipos de avaliação de riscos: avaliação de riscos imposta por


legislação específica; avaliação de riscos imposta por legislação mais genérica (Normas
Portuguesas, Normas Europeias, etc.); avaliação geral dos riscos; avaliação de riscos
utilizando métodos específicos. Neste relatório será o último tipo de avaliação de riscos
referido que irá ser utilizado. Para tal, recorrer-se-á ao método de William Fine.

O método de William Fine tem como objectivo o estabelecimento da prioridade


de actuação através da associação do grau de risco com a limitação económica. Essa
prioridade é definida de acordo com o grau de perigosidade, a justificativa do
investimento na correcção/prevenção e o grau de correcção que a medida preventiva irá
provocar.

O primeiro passo para a aplicação deste método será o cálculo do Grau de


Perigosidade (GP), de acordo com a fórmula seguinte:

em que:

P – Probabilidade (de que ocorra o acidente, quando se está exposto ao risco);

E – Exposição (período de tempo em que há exposição ao risco);

C – Consequências (esperadas, caso ocorra o acidente).

Os valores correspondentes às variáveis definidas são determinados de acordo


com a classificação constante nas tabelas seguintes.

Página 28
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 2: Determinação do factor de probabilidade (P).

Probabilidade (P)

É o resultado mais provável e esperado 10

É muito possível, não será nada de estranhar


6
(probabilidade de 50%)

Pouco usual, mas possível; já ocorreu (probabilidade de


3
10%)

É uma coincidência rara, mas sabe-se que já aconteceu


1
(probabilidade de 1%)

É uma coincidência remota, mas concebível 0,5

Praticamente impossível (nunca aconteceu em muitos anos


0,1
de exposição)

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 3: Determinação do factor de exposição (E).

Exposição (E)

Muito rara (provavelmente não acontece, mas não se


0,5
descarta)

Rara (a cada bastantes anos) 1

Pouco usual (de uma vez por mês a uma vez por ano) 2

Ocasional (de uma vez por semana a uma vez por mês) 3

Frequente (aproximadamente uma vez por dia) 6

Contínua (muitas vezes por dia) 10

Tabela 4: Determinação do factor de consequência (C).

Consequências (C)

Mortes numerosas / catástrofe ou danos superiores a um milhão


100
de €

Diversas mortes / desastre, danos entre 450000 € e um milhão


50
de €

Morte, danos entre 90000 e 450000 € 25

Lesão grave, invalidez permanente ou danos entre 9000 e 90000


15

Lesão com baixa ou danos entre 900 e 9000 € 5

Lesão sem baixa ou danos até 900 € 1

Página 30
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Efectuado o cálculo de GP, pode também classificar-se o seu valor, de acordo com o
disposto na tabela seguinte:

Tabela 5: Critério de actuação, de acordo com GP.

Grau de Perigosidade (GP)

Muito Alta > 400 Interrupção do trabalho

Alta 200 - 400 Correcção imediata


Substancial 70 - 200 Correcção urgente
Moderada 20 - 70 Não é urgente, mas deve corrigir-se
Aceitável <20 Situação a manter

Os valores que se obtiveram para GP têm uma função orientadora. Para definir as
prioridades num programa de investimento e melhoria é necessário que se leve em
conta a componente económica. Logo, após o cálculo do valor de GP, procede-se à
valoração da justificação do investimento, aplicando a seguinte fórmula:

em que:

IJ – Índice de justificação associado à correcção do risco;

FC – Factor de Custo (custo estimado em Euros da medida correctiva proposta);

GC – Grau de Correcção (grau estimado em que será reduzido o risco, por meio da acção
correctiva proposta).

Página 31
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Os parâmetros presentes na fórmula anterior tomam os valores dispostos nas


tabelas seguintes.

Tabela 6: Determinação de FC.

Factor de Custo (FC)


> 2.500 € 10
1.250 a 2.500 € 6
675 a 1.250 € 4
335 a 675 € 3
150 a 335 € 2
75 a 150 € 1
<75€ 0,5

Tabela 7: Determinação de GC.

Grau de Correcção (GC)


Risco completamente eliminado 1
Risco reduzido a 75% 2
Risco reduzido entre 50 e 75% 3
Risco reduzido entre 25 e 50% 4
Ligeiro efeito sobre o risco, <a 25% 6

Determinado o valor de IJ, procede-se à sua classificação, de acordo com a tabela


seguinte. Assim, a medida proposta só será aceitável se IJ tiver um valor superior a 10.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 8: Determinação de IJ.

Índice de Justificação (IJ) Actuação


≥ 20 Muito justificado
≥ 10 e <20 Provável justificação

<10 Não justificado. Reavaliar a medida proposta

Determinadas as prioridades de actuação, procede-se à elaboração do plano de


acção que se pretende que seja implementado, por ordem decrescente de importância.

6.4.2 – Aplicação Prática

Como se referiu anteriormente, neste subcapítulo vai proceder-se à avaliação de


riscos no que diz respeito às máquinas e equipamentos que são utilizados ao longo do
processo de fabrico dos vários produtos. A checklist que foi aplicada encontra-se em
anexo (Anexo IV). Para não se tornar tão exaustivo, apresenta-se aqui apenas uma lista
de verificação preenchida com a generalidade das características verificadas nas
máquinas e equipamentos analisados, sendo tomadas algumas notas em alguns casos
particulares. De seguida passar-se-á à avaliação de riscos propriamente dita, para cada
um deles.

Após uma análise geral às actividades desempenhadas pelos trabalhadores em


que estavam envolvidas máquinas/equipamentos pôde verificar-se que há actividades
que são executadas mais frequentemente, sendo assim natural que algumas das
máquinas sejam utilizadas mais frequentemente que outras. É o caso dos trabalhos de
soldadura, que são dos que se efectuam mais frequentemente, pelo que até existe mais
do que uma máquina de cada género (por arco eléctrico e a gás). Assim, aquando da
atribuição dos valores dos parâmetros relativos ao cálculo de GP teve-se em conta esse
facto, nomeadamente no que diz respeito ao valor de E (exposição do trabalhador a
determinado risco).

Página 33
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Relativamente ao critério de aceitabilidade constante na tabela de avaliação de


riscos ele foi definido tendo em conta o valor de GP e também as disposições legais em
vigor. Assim, um risco nunca será aceitável (A) se for contra um requisito legal e poderá
ser aceitável ou não aceitável (N/A) conforme o valor de GP o seja ou não.

Para o estabelecimento das medidas de controlo, o objectivo é que essas medidas


sejam o mais eficazes possível, ou seja que o valor atribuído a GC seja o mais baixo
possível. Tendo em conta que a maioria dessas medidas recorrem a meios já existentes
ou para os quais o investimento não seja muito elevado, no cálculo de IJ, também os
valores atribuído a FC não foram muito elevados

De seguida apresenta-se a tabela relativa à avaliação de riscos efectuada para


cada uma das máquinas.

Página 34
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 9: Avaliação de riscos para cada máquina utilizada ao longo do processo de fabrico.

Critério de
Perigo ou Avaliação do Risco Significado Legislação
Máquina Riscos GP Aceitabilidade Medidas de Controlo FC GC IJ Interpretação
Factor de Risco de GP Aplicável
P E C A N/A
Manuseamento Queda de objectos
3 1 1 3 Aceitável X
Curvadora da peça a
trabalhar Contacto com Uso de luvas anti- Não
de Tubos 1 6 1 6 Aceitável X 1 1 6
parte cortante corte justificado
e Perfis
Partes móveis - Contacto com os Utilização de luvas;
DL 50/2005 Provável
rolos de rolos de 1 3 5 15 Aceitável X formação e 0,5 3 10
DL 103/2008 justificação
curvatura curvatura informação
Contacto com a
Manuseamento
peça quente, Utilização de luvas
da peça depois Não
depois de 3 6 1 18 Aceitável X com protecção 1 2 9
de trabalhada justificado
trabalhada térmica

Máquina Utilização de viseira


Projecção de Muito
de Soldar 10 6 5 300 Alta Portaria 53/71 X de soldar; uso de 0,5 1 600
fagulhas justificado
vestuário adequado
por Arco
Processo de Utilização de máscara
Eléctrico Exposição a Muito
soldadura 10 6 1 60 Moderada Portaria 53/71 X de protecção 1 1 60
fumos metálicos justificado
respiratória
Exposição a Utilização de viseira Muito
10 6 1 60 Moderada Portaria 53/71 X 0,5 1 120
radiação (IV e UV) de soldar justificado
Contacto com
Acessórios
componentes 0,1 2 15 3 Aceitável Portaria 53/71 X
eléctricos
eléctricos

Página 35
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Perigo ou Critério de
Avaliação do Risco Significado Legislação Medidas de
Máquina Factor de Riscos GP Aceitabilidade FC GC IJ Interpretação
de GP Aplicável Controlo
Risco P E C A N/A
Contacto
Manuseamento com a peça Utilização
de luvas
da peça depois quente, Não
3 6 1 18 Aceitável X com 1 2 9
de trabalhada depois de justificado
protecção
trabalhada térmica

Utilização
de viseira
Projecção de de soldar; Muito
10 6 5 300 Alta Portaria 53/71 X 0,5 1 600
Máquina fagulhas uso de justificado
vestuário
de Soldar
adequado
a Gás
Processo de Utilização
soldadura Exposição a de máscara
Muito
fumos 10 6 1 60 Moderada Portaria 53/71 X de 1 1 60
justificado
metálicos protecção
respiratória
Exposição a Utilização
Muito
radiação (IV 10 6 1 60 Moderada Portaria 53/71 X de viseira 0,5 1 120
justificado
e UV) de soldar
Prender as
Tombamento Provável
Garrafas de gás 0,1 6 15 9 Aceitável Portaria 53/71 X garrafas de 0,5 1 18
das garrafas justificação
oxigénio

Página 36
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Critério de
Perigo ou Factor de Avaliação do Risco Significado Legislação Medidas de
Máquina Riscos GP Aceitabilidade FC GC IJ Interpretação
Risco de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A

Contacto com as Recolocar a


protecção da
partes móveis - DL 50/2005 Muito
6 6 15 540 Muito Alta X lâmina; uso 0,5 1 1080
lâmina DL 103/2008 justificado
de luvas
Partes móveis
anti-corte.
Utilização de
Contacto com os
DL 50/2005 luvas;
cilindros 0,1 1 5 0,5 Aceitável X 0,5 3 0,333 Não justificado
DL 103/2008 formação e
hidráulicos
informação
Guilhotina Formação e
Hidráulica Exposição ao ruído 1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
medição
Operação da máquina
Adopção de
Formação e
posturas 10 1 1 10 Aceitável X 0,5 3 6,667 Não justificado
informação
incorrectas
Manuseamento das Contacto com Uso de luvas Provável
3 6 1 18 Aceitável X 1 1 18
chapas a cortar partes cortantes anti-corte justificação
Contacto com
Instalações eléctricas componentes 0,1 0,5 15 0,75 Aceitável Portaria 53/71 X
eléctricos

Página 37
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Critério de
Perigo ou Avaliação do Risco Significado Legislação Aceitabilidad Medidas de
Máquina Riscos GP e FC GC IJ Interpretação
Factor de Risco de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A

Contacto com Uso de luvas;


Partes móveis DL 50/2005 Provável
partes móveis 1 1 15 15 Aceitável X formação e 0,5 3 10
DL 103/2008 justificação
informação

Contacto com
Uso de luvas Provável
partes 3 6 1 18 Aceitável X 1 1 18
anti-corte justificação
Manuseamento cortantes
Quinadora das chapas
Queda de
Hidráulica 3 1 1 3 Aceitável X
objectos
Exposição ao
1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X Medição
ruído
Operação da
Adopção de
máquina Formação e
posturas 10 1 1 10 Aceitável X 0,5 3 6,667 Não justificado
informação
incorrectas
Contacto com
Instalações Portaria
componentes 0,1 0,5 15 0,75 Aceitável X
eléctricas 53/71
eléctricos

Página 38
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Critério de
Avaliação do
Aceitabilidad
Perigo ou Factor Risco Significado Legislação Medidas de G
Máquina Riscos GP e FC IJ Interpretação
de Risco de GP Aplicável Controlo C
P E C A N/A

Queda de objectos
3 1 1 3 Aceitável X

Utilização de
Peça a ser Projecção de viseira de Muito
10 3 1 30 Moderada DL 290/2001 X 1 1 30
trabalhada partículas protecção a justificado
impactos

Utilização de
Projecção de vestuário de Muito
10 3 5 150 Substancial DL 50/2005 X 0,5 1 300
Rebarbadora fagulhas trabalho justificado
adequado
Contacto com o Uso de luvas
Disco 0,5 1 5 2,5 Aceitável DL 50/2005 X 1 2 1,25 Não justificado
disco anti-corte
Contacto com
componentes 0,5 1 15 7,5 Aceitável Portaria 53/71 X
eléctricos
Trabalho com a Formação e
Exposição ao
máquina 1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
ruído
medição
Exposição a
10 3 1 30 Moderada DL 46/2006 X Medição
vibrações

Página 39
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Avaliação do Critério de
Perigo ou Risco Significado Legislação Aceitabilidade Medidas de
Máquina Riscos GP FC GC IJ Interpretação
Factor de Risco de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A
Contacto com
componentes
0,5 1 15 7,5 Aceitável Portaria 53/71 X
eléctricos
Trabalho com a
máquina Formação e
Exposição ao
1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
ruído
medição
Exposição a
10 3 1 30 Moderada DL 46/2006 X Medição
vibrações
Polidora Queda de
3 1 1 3 Aceitável X
objectos

Utilização de
Projecção de máscara de Muito
Peça a ser 10 6 1 60 Moderada DL 290/2001 X 1 1 60
partículas protecção justificado
trabalhada respiratória

Utilização de
Projecção de vestuário de Muito
6 3 1 18 Aceitável DL 50/2005 X 0,5 1 36
fagulhas trabalho justificado
adequado

Página 40
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Avaliação Critério de
Perigo ou Significado Legislação Medidas de
Máquina Riscos do Risco GP Aceitabilidade FC GC IJ Interpretação
Factor de Risco de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A

Utilização de
Prisão de
vestuário de
equipamento 1 1 1 1 Aceitável DL 50/2005 X 0,5 1 2 Não justificado
trabalho
adequado

Contacto com
Partes móveis Utilização de
as partes
DL 50/2005 luvas;
móveis – 3 2 1 6 Aceitável X 0,5 2 6 Não justificado
DL 103/2008 formação e
sistema
informação
elevatório
Uso de luvas
Contacto com
anti-corte e
as partes 3 1 5 15 Aceitável DL 50/2005 X 1 2 7,5 Não justificado
anti-
Furadeira/Máquina móveis - broca
perfuração
de Furar Vertical
Queda de
3 1 1 3 Aceitável X
objectos

Utilização de
vestuário de
trabalho
Projecção de Muito
Peça a ser 10 6 1 60 Moderada DL 50/2005 X adequado; 0,5 1 120
limalhas justificado
trabalhada utilização de
óculos de
protecção

Utilização de
Projecção de máscara de Muito
6 10 1 60 Moderada DL 290/2001 X 1 1 60
partículas protecção justificado
respiratória

Página 41
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Avaliação do Critério de
Perigo ou Factor Risco Significado Legislação Aceitabilidade Medidas de
Máquina Riscos GP FC GC IJ Interpretação
de Risco de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A
Exposição a
vibrações 10 3 1 30 Moderada DL 46/2006 X Medição

Formação e
Exposição ao ruído 1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
medição
Uso de luvas
Contacto com partes anti-corte e
Berbequim/Ap Trabalho com a 3 1 5 15 Aceitável DL 50/2005 X 1 2 7,5
móveis anti-
arafusador máquina perfuração
Adopção de posturas Formação e Muito
6 6 1 36 Moderada X 0,5 3 24
incorrectas informação justificado

Utilização de
Projecção de máscara de Provável
6 3 1 18 Aceitável DL 290/2001 X 1 1 18
partículas protecção justificação
respiratória

Página 42
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Avaliação do Critério de
Perigo ou Factor Risco Significad Legislação Aceitabilidade Medidas de
Máquina Riscos GP FC GC IJ Interpretação
de Risco o de GP Aplicável Controlo
P E C A N/A
Adequado
Queda de
acondiciona Muito
Transporte de objectos 1 2 5 10 Aceitável X 0,5 1 20
mento da justificado
cargas carga
Choque com Precaução na
0,5 1 1 0,5 Aceitável X 0,5 1 1 Não justificado
objectos condução
Choque
Precaução na
contra 0,5 0,5 1 0,25 Aceitável DL 50/2005 X 0,5 1 0,5 Não justificado
condução
estruturas
Empilhador Condução Sinalização
pouco de marcha
0,5 0,5 5 1,25 Aceitável DL 50/2005 X 0,5 1 2,5 Não justificado
cuidadosa/at do
enta empilhador
Circulação da
Adopção de
máquina Formação e
posturas 6 1 1 6 Aceitável X 0,5 3 4 Não justificado
informação
incorrectas
Exposição a
10 10 1 100 Substancial DL 46/2006 X Medição
vibrações
Formação e
Exposição ao
1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
ruído
medição

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Critério de
Avaliação do
Perigo ou Significado Legislação Aceitabilidad Medidas de
Máquina Riscos Risco GP FC GC IJ Interpretação
Factor de Risco de GP Aplicável e Controlo
P E C A N/A

Manuseamento Queda de objectos


3 1 1 3 Aceitável X
de peças a
trabalhar Contacto com Uso de luvas
1 3 1 3 Aceitável X 1 2 1,5 Não justificado
parte cortante anti-corte

Uso de luvas;
Contacto com
Partes móveis 1 2 1 2 Aceitável X formação e 0,5 3 1,333 Não justificado
Serra partes móveis
informação
Circular/Serra
de Fita Utilização de
Horizontal Projecção de máscara de Provável
6 3 1 18 Aceitável DL 290/2001 X 1 1 18
partículas protecção justificação
respiratória
Peça a ser
trabalhada Formação e
Exposição ao
1 2 5 10 Aceitável DL 182/2006 X informação;
ruído
medição
Contacto com
DL 50/2005 Uso de luvas Provável
lâmina da 3 2 5 30 Moderada X 1 2 15
DL 103/2008 anti-corte justificação
máquina

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

6.4.3 – Resultados e Sugestão de Medidas Preventivas

6.4.3.1 – Curvadora de Tubos e Perfis

No caso da curvadora de tubos e perfis, tudo se encontra conforme os critérios de


aceitabilidade, tanto no que diz respeito ao Grau de Perigosidade, como no que diz
respeito ao cumprimento dos requisitos legais.

De referir que, tanto para esta máquina como para as outras em que existe risco
de queda de objectos (à excepção do empilhador), devido a já existirem medidas
implementadas, foram considerados baixos os valores relativos à probabilidade (P),
exposição (E) e consequência (C), obtendo-se assim um valor aceitável para o grau de
perigosidade (GP). Portanto, sendo normal a utilização, por parte dos trabalhadores, de
botas de biqueira de aço, não será necessário sugerir medida de controlo relativa a este
risco.

6.4.3.2 – Máquinas de Soldar

Já no caso das máquinas de soldar, há aspectos que necessitam de ser corrigidos


assim que possível. Um dos aspectos que é necessário ter em atenção é o facto de que
nos trabalhos de soldadura que efectuam, os trabalhadores nem sempre utilizam a
viseira própria para este tipo de trabalho (embora haja à disposição). Tal
comportamento vai ter dois riscos associados: a projecção de fagulhas, que pode trazer
consequências a nível da visão se alguma atingir os olhos, e a exposição a radiação IV e
UV, o que também pode acarretar consequências para a visão. No que diz respeito ao
risco de projecção de fagulhas, há ainda outro dano associado, que será o de
queimaduras, já que os trabalhadores não utilizam fato de trabalho adequado. Será
ainda de referir que os trabalhadores estão expostos a fumos metálicos, pelo que seria
apropriada a utilização d máscara de protecção respiratória contra gases e vapores.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

6.4.3.3 – Guilhotina Hidráulica

Para a guilhotina hidráulica, o facto mais relevante observado foi o de a lâmina


estar desprotegida o que, não só vai contra os requisitos legais, como comporta um grau
de perigosidade muito elevado. Isto acontece, não tanto pela frequência com que esta
máquina é utilizada, mas mais pelas graves lesões que podem advir para os operadores
desta máquina.

Para este tipo de máquina, o nível de ruído a que os trabalhadores estão expostos
são bastante elevados. No entanto, há que referir que, normalmente, os trabalhadores
utilizam protecção auditiva. Portanto, havendo já medidas implementadas, o valor de GP
vai ser aceitável. Mesmo assim, sugerem-se medidas de controlo, de modo a reforçar a
ideia de que é importante estar protegido quanto a este risco (ver ponto 6.5 – Plano de
Acção).

Há ainda que ter em atenção os aspectos ergonómicos já que, muitas das vezes ao
operar com esta máquina, os trabalhadores adoptam posturas incorrectas. Portanto,
haverá que sensibilizá-los para este aspecto através de formação/informação.

6.4.3.4 – Quinadora Hidráulica

Relativamente à quinadora hidráulica, verifica-se que o único aspecto a tomar em


atenção, em termos de perigosidade, será o ruído. No entanto, e como já foi referido
anteriormente, os trabalhadores por norma utilizam protecção auditiva, pelo que
bastará actuar conforme se referiu no caso da máquina anterior. Quando se opera com
esta máquina também se verifica a adopção de posturas incorrectas, devendo-se,
portanto, proceder de forma semelhante à referida para o caso anterior.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

6.4.3.5 – Rebarbadora e Polidora

Ao trabalhar com a rebarbadora e com a polidora, os trabalhadores estão


expostos ao ruído e a vibrações. Para estes dois riscos, o que poderá ser feito será
sugerido o reforço da formação e informação aos trabalhadores e a medição destas duas
grandezas físicas, de modo a se poder controlar o nível de ruído e ao nível de vibrações a
que os colaboradores estão expostos.

Outro aspecto a ter em atenção será a projecção de partículas metálicas, o que


poderá trazer alguns problemas a nível respiratório e a nível ocular para quem trabalhar
com estas máquinas. Assim, deverá utilizar-se máscara de protecção respiratória com
filtro de partículas e também óculos de segurança com protecção lateral. No caso da
rebarbadora, há ainda que ter em atenção à projecção de fagulhas, pelo que os
trabalhadores deverão utilizar vestuário de trabalho adequado.

6.3.4.6 – Furadeira/Máquina de Furar Vertical

A furadeira ou máquina de furar vertical é um equipamento de trabalho em que


os aspectos a que se terá de ter mais atenção serão a projecção de partículas e a
projecção de limalhas. Relativamente ao primeiro risco mencionado, deverá proceder-se
do mesmo modo que para o caso anterior; relativamente ao segundo, o que deverá fazer-
se é utilizar vestuário de trabalho adequado e utilizar óculos de segurança, com
protecção lateral.

6.4.3.7 – Berbequim/Aparafusador e Empilhador

Para trabalhos executados com o berbequim/aparafusador, haverá que ter em


conta a exposição a vibrações e ao ruído, assim como à adopção de posturas incorrectas,
devendo actuar-se como já anteriormente foi referido para outras máquinas. Estes

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

também são os aspectos mais relevantes, no que diz respeito ao trabalho com o
empilhador.

6.4.3.8 – Serra de Fita e Serra Circular

Por fim, no respeitante ao trabalho com a serra de fita e com a serra circular, o
risco mais significativo será o trabalhar a peça, e o consequente corte na lâmina. Assim,
recomenda-se que, para além de nunca se retirar a protecção da lâmina, se utilizem
luvas anti-corte.

6.5 – Plano de Acção

De modo a evitar/prevenir os perigos que foram identificados e a eliminar ou,


não sendo possível, minimizar os riscos avaliados será apresentado um plano de acção,
estabelecendo-se as acções/medidas a implementar e os respectivos prazos.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tabela 10: Plano de acções de controlo dos riscos avaliados.

Plano de Acções de Controlo


Empresa: ABC Data: 08/07/2011

Departamento: Serralharia Posto de Trabalho: Serralheiro

Significado do Grau de Prazo de Responsável Em


Máquina Risco GP Medidas de Controlo Responsável
Perigosidade Implementação pela Verificação __/__/__
Utilização de viseira de soldar;
Projecção de fagulhas 300 Alto TSHST Imediato TSHST
uso de vestuário adequado

Máquina de Exposição a fumos Utilização de máscara de


60 Moderado TSHST Uma semana TSHST
Soldar por Arco metálicos protecção respiratória
Eléctrico
Exposição a radiação
60 Moderado Utilização de viseira de soldar TSHST Imediato TSHST
(IV e UV)

Utilização de viseira de soldar;


Projecção de fagulhas 300 Alto TSHST Imediato TSHST
uso de vestuário adequado

Exposição a fumos Utilização de máscara de


60 Moderado TSHST Uma semana TSHST
metálicos protecção respiratória

Exposição a radiação
Máquina de 60 Moderado Utilização de viseira de soldar TSHST Imediato TSHST
(IV e UV)
Soldar a Gás
Tombamento das Aceitável, mas não cumpre os
9 Amarrar as garrafas de oxigénio TSHST Uma semana TSHST
garrafas requisitos legais

Utilização de viseira de soldar;


Projecção de fagulhas 300 Alto TSHST Imediato TSHST
uso de vestuário adequado

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Significado do Grau de Prazo de Responsável Em


Máquina Risco GP Medidas de Controlo Responsável
Perigosidade Implementação pela Verificação __/__/__
Recolocar a protecção da
Contacto com as partes TSHST Imediato TSHST
540 Muito alto lâmina
móveis - lâmina
Guilhotina
Uso de luvas anti-corte TSHST Duas semanas TSHST
Hidráulica
Adopção de posturas Aceitável, mas não cumpre Formação e informação
10 TSHST Seis meses TSHST
incorrectas os requisitos legais acerca de ergonomia

Adopção de posturas Aceitável, mas não cumpre Formação e informação


Quinadora 10 TSHST Seis meses TSHST
incorrectas os requisitos legais acerca de ergonomia
Hidráulica

Utilização de vestuário
Projecção de fagulhas 150 Substancial TSHST Imediato TSHST
adequado

Utilização de viseira de
Projecção de partículas 30 Moderado TSHST Uma semana TSHST
Rebarbadora protecção a impactos

Medição dos níveis de


Exposição a vibrações 30 Moderado TSHST Seis meses TSHST
exposição a vibrações

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Significado do Grau Medidas de Prazo de Responsável Em


Máquina Risco GP Responsável
de Perigosidade Controlo Implementação pela Verificação __/__/__
Utilização de máscara
Projecção de partículas 60 Moderado de protecção TSHST Uma semana TSHST
respiratória
Polidora
Medição dos níveis de
Exposição a vibrações 30 Moderado TSHST Seis meses TSHST
exposição a vibrações

Utilização de
vestuário de trabalho TSHST Imediato TSHST
Projecção de limalhas 60 Moderado adequado

Utilização de óculos
TSHST Uma semana TSHST
de protecção
Furadeira/Máquina de Utilização de máscara
Furar Vertical Projecção de partículas 60 Moderado de protecção TSHST Uma semana TSHST
respiratória

Aceitável, mas não Uso de luvas anti-


Contacto com as partes
15 cumpre os corte e anti- TSHST Duas semanas TSHST
móveis - broca
requisitos legais perfuração

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Significado do Grau Prazo de Responsável Em


Máquina Risco GP Medidas de Controlo Responsável
de Perigosidade Implementação pela Verificação __/__/__
Adopção de posturas Formação e informação
36 Moderado TSHST Seis meses TSHST
incorrectas acerca de ergonomia

Medição dos níveis de


Exposição a vibrações 30 Moderado TSHST Seis meses TSHST
exposição a vibrações
Berbequim/Aparafusador
Aceitável, mas não
Utilização de máscara de
Projecção de partículas 18 cumpre os requisitos TSHST Uma semana TSHST
protecção respiratória
legais

Medição dos níveis de


Exposição a vibrações 100 Substancial TSHST Seis meses TSHST
exposição a vibrações

Empilhador Aceitável, mas não


Adopção de posturas Formação e informação
6 cumpre os requisitos TSHST Seis meses TSHST
incorrectas acerca de ergonomia
legais

Contacto com lâmina da


Serra Circular/Serra de 30 Moderado Uso de luvas anti-corte TSHST Duas semanas TSHST
máquina
Fita Horizontal

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Tendo em conta o que consta nas tabelas anteriores, relativas ao Plano de Acção
proposto, definiram-se as acções a desenvolver para cada máquina/equipamento de
trabalho, por ordem de prioridade de actuação (definida de acordo com o obtido na
avaliação de riscos efectuada). No global, de entre todas as máquinas, a em que seria
mais importante intervir seria a guilhotina, bastando para isso recolocar a protecção da
lâmina: um procedimento simples e sem custos que poderá evitar situações de elevada
gravidade e com consequências bastante adversas.

Como foi referido anteriormente e como consta nas tabelas relativas à Avaliação
de Riscos os trabalhadores estão sujeitos à exposição ao ruído. Embora se tenham obtido
valores aceitáveis para GP e não constem do Plano de Acção medidas preventivas
relativamente a este risco, é importante que se faça referência a este aspecto. Assim,
sugere-se um reforço da formação e informação aos trabalhadores. Como recentemente,
a Laborline ministrou formação aos trabalhadores no âmbito da utilização de EPI’s,
poder-se-á reforçar a ideia de que é importante que se utilizem sempre os equipamentos
de protecção, não só através de formação, mas através de outras vias de comunicação,
como por exemplo a distribuição de folhetos informativos. Portanto, há que tentar
despertar nos trabalhadores a atenção para a importância da sua protecção (não só
relativamente aos aspectos dos riscos relativos à exposição ao ruído, mas também a
outros). Este objectivo torna-se particularmente importante quando se tem em conta a
faixa etária e o número de anos há que a maioria dos colaboradores trabalha nesta
empresa. Grande parte deles pertencem a faixas etárias em que, quando começaram a
sua actividade profissional, não havia uma cultura de trabalho em que se desse tanta
importância aos aspectos relativos à Higiene e Segurança no Trabalho, logo será
necessário que se encontrem vias eficazes para chegar aos trabalhadores.

De referir ainda que relativamente à exposição ao ruído, será importante


proceder à medição periódica dos níveis de ruído a que os colaboradores estão expostos
durante um dia de trabalho normal. Como foi recentemente efectuada uma medição (que
não revelou a necessidade de tomada de medidas adicionais para além das já
implementadas), sugere-se que se proceda a medição anual desses valores. Assim,

Página 53
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

poder-se-á determinar se a protecção auditiva utilizada continua a ser a mais adequada


e se haverão medidas correctivas adicionais que possam ser tomadas, nomeadamente
em relação às máquinas, já que é natural que, com o passar do tempo, as máquinas se
tornem mais ruidosas.

Outro aspecto que há que referir é o de que, ao trabalharem com determinadas


máquinas (como por exemplo a rebarbadora, a polidora e o berbequim), há a exposição
do trabalhador a vibrações. Embora este seja um aspecto que importa ter em atenção, a
medida principal a ser tomada será a medição dessa exposição. Quando se obtiverem
níveis mais elevados, há que tomar algumas medidas adicionais, como por exemplo a
rotação nos postos de trabalho, de modo a diminuir a duração da exposição. Pode desde
já referir-se que a frequência e a duração dos trabalhos em que há exposição a vibrações
não é, para já, tão elevada que justifique a adopção de medidas adicionais.

No que diz respeito à realização de trabalhos de solda, também há que prestar


alguma atenção. Aliás, será uma das actividades em que será mais importante intervir, já
que é na qual os trabalhadores mostram menos cuidados. Assim, há que tentar
transmitir e reforçar a informação acerca dos riscos a que estão sujeitos quando
realizam este tipo de trabalho. Uma forma de transmitir essa ideia seria, também,
através de formação. Há que incutir aos colaboradores a ideia de que é importante o uso
de protecção individual aquando da realização desta actividade, sendo essencial que
utilizem sempre a viseira de protecção e o vestuário adequado que têm sempre à
disposição para sua utilização.

6.6 – Ficha de Segurança de Máquinas e Equipamentos

Com vista a complementar a avaliação de riscos efectuada, foram elaboradas as


fichas de segurança respeitantes a cada máquina/equipamento (Anexo V). Assim,
pretende-se transmitir aos utilizadores informação sobre a forma correcta de manusear

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

as máquinas e os equipamentos e quais os cuidados a ter ao realizar trabalhos com eles.


Indicam-se ainda quais os EPI’s que devem ser utilizados durante a operação de cada
máquina.

7 – Conclusões

Ao observar as instalações do estabelecimento industrial sobre o qual incidiu este


trabalho, pôde constatar-se que grande parte dos aspectos constantes da lista de
verificação elaborada são respeitados. No entanto, é natural que haja não conformidades
que necessitem de ser eliminadas. Foi ao realizar esse diagnóstico inicial que se detectou
que haveria necessidade de intervir em alguns campos específicos, nomeadamente no
que diz respeito à utilização de máquinas e equipamentos de trabalho.

Sendo frequente o recurso a máquinas e equipamentos ao longo de todo o


processo produtivo, era importante a intervenção neste campo. Realizada a identificação
de perigos e a subsequente avaliação de riscos, verificou-se que alguns desses riscos são
decorrentes do próprio comportamento de quem os utiliza. Sendo, também, todos os
colaboradores responsáveis pelo cumprimento rigoroso das normas de saúde e
segurança e devendo fazer um uso responsável do equipamento, máquina ou ferramenta
atribuído quando desenvolvam actividades de risco, considerou-se ser importante que
se realizassem sessões de esclarecimento, onde seriam abordados conteúdos
relacionados com este tema. Como foi referido, das duas sessões previstas, apenas foi
possível a realização de uma. Não foi possível também verificar se a formação
ministrada surtiu o efeito desejado, já que teria que ser realizada uma observação do
comportamento dos trabalhadores, a longo prazo.

Fazendo um balanço geral final, pode dizer-se que a Serralharia ABC necessitaria
de incutir um pouco mais aos seus colaboradores uma diferente cultura de trabalho,

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

despertando-os e consciencializando-os para o facto de que, o seu comportamento hoje,


pode ter consequências, mais ou menos graves, no futuro. Sendo essa uma tarefa
morosa, principalmente devido à faixa etária dominante e ao número de anos de
experiência profissional, ela é necessária. Há, portanto, que determinar qual a melhor
forma de “chegar aos trabalhadores”.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

8 – Bibliografia

MARQUES, João Pedro (2011). “Manual do Módulo de Avaliação de Riscos


Profissionais – Curso de Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho”.
Forseguro, Coimbra.
PEREIRA, Maria de Fátima (2011). “Manual do Módulo de Segurança no Trabalho
– Parte II”. Forseguro, Coimbra.
MATHEUS, Bruna; DAHER, Maria José E. (2009). “Risco Químico Relacionado aos
Fumos de Solda e Poeira Metálica”, in: Revista Rede de Cuidados em Saúde.
UNIGRANRIO, Brasil

9 – Web Sites

http://tshst.wordpress.com/2007/02/02/higiene-e-seguranca-no-trabalho/
(26/06/2011)

www.laborline.pt (23/06/2011)

http://osha.europa.eu/pt/campaigns/hw2010/resources/index_html
(27/06/2011)

http://www.forma-te.com (27/06/2011)

http://www.factor-segur.pt/shst/docinformativos/Vibracoes.html
(13/07/2011)

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Anexo I – Plano de Formação

Nome do Formando:

Acção nº: 2 Data: ___/___/___

Sessão: Riscos Profissionais – Cuidados a Ter no Trabalho com Máquinas e


Equipamentos

Duração: 4 horas

A - JUSTIFICAÇÃO ESPECÍFICA DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO

A empresa ABC Serralharia necessita de formação para os seus colaboradores na área da Higiene
e Segurança no Trabalho, nomeadamente no que diz respeito aos riscos inerentes aos trabalhos
realizados com as máquinas e equipamentos utilizados durante o processo de fabrico dos
produtos que a empresa comercializa. Essa necessidade foi detectada após a realização de uma
auditoria à empresa e a observação dos trabalhadores enquanto realizavam os seus trabalhos,
tendo revelado muitos deles falta de cuidados relativamente aos riscos a que estão sujeitos
durante a realização de determinadas tarefas.

B – FINALIDADE E OBJECTIVOS GERAIS DA SESSÃO

FINALIDADE:
Receber formação adequada relativa aos riscos a que os trabalhadores estão sujeitos quando
utilizam determinada máquina/equipamento de trabalho, alertando-os acerca dos
comportamentos menos adequados que por vezes possam ter.

OBJECTIVOS GERAIS DA SESSÃO:


No final desta sessão os formandos deverão ser capazes de:

- Identificar os riscos profissionais a que estão sujeitos e respectivas medidas


preventivas;

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

- Conhecer a importância da utilização de EPI’s quando realizam determinado


trabalho;

- Identificar o conceito Ergonomia.

C - CARACTERIZAÇÃO DO FORMANDOS

O curso destina-se a todos os colaboradores da empresa, incluindo a gestão de topo.

D - METODOLOGIAS PEDAGÓGICAS A UTILIZAR

Métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo e activo.

E - RECURSOS DIDÁCTICOS A AFECTAR

Folhetos informativos acerca dos assuntos abordados na sessão.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

F – PROGRAMA / OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Objectivos Específicos
Resumo dos Conteúdos Carga
Módulos No final de cada módulo, cada
Programáticos Horária
participante deverá ser capaz de:

Identificar os riscos a que estão


sujeitos, quando operam com
Riscos profissionais na
determinada máquina ou com
operação de máquinas e
determinado equipamento e quais as
Módulo 1 equipamentos
consequências que podem resultar da
Riscos sujeição a esse risco. 2 Horas
Profissionais
Saber quais as medidas preventivas a
Medidas preventivas e
adoptar aquando da operação com
recomendações de
determinada máquina e o
segurança
equipamento de protecção adequado.

Aplicação ao trabalho da função


Conceito de ergonomia
ergonómica

Módulo 2 Saber quais as posturas mais


2 Horas
adequadas quando operam com
Ergonomia Posturas correctas na
determinada máquina ou com
operação de máquinas
determinado equipamento de
trabalho.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Anexo II – Folheto Informativo Acerca do Trabalho com Máquinas

Máquinas e

Equipamentos:

Conselhos de
Segurança

Elaborado por:
Susana Reis

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Trabalho de Soldadura:
Rebarbadoras:
Utilize sempre calçado de Utilize sempre a viseira para soldar e
protecção. vestuário adequado. Não retire a protecção do disco.

Tenha cuidado ao manusear as peças Utilize viseira de protecção


depois de trabalhadas. contra impactos.
Não se esqueça de utilizar
protecção auditiva quando Retire os materiais que possam Segure sempre na rebarbadora
executar trabalhos mais provocar incêndio da sua zona de com as duas mãos, pelo punho
ruidosos. trabalho. auxiliar.

Condução de empilhadores:
Quando manuseia
materiais cortantes utilize Preste atenção às outras pessoas
sempre luvas apropriadas. quando conduz.

Ligue sempre os meios de


sinalização da marcha.
Certifique-se que as instalações
eléctricas das máquinas que utiliza Máquinas para Perfuração:
estão sempre em bom estado.
Use roupas ajustadas ao corpo.

Utilize protecção para os olhos.


Se detectar algum defeito ou Máquinas de Corte:
alguma avaria nas máquinas, Utilize protecção para as vias
Mantenha a protecção da respiratórias.
avise o responsável.
lâmina.

Não aproxime demasiado as


mãos da zona de corte.

Página 62
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Anexo III – Checklist de Diagnóstico das Condições de Higiene e


Segurança nos Estabelecimentos Industriais

Data: 05/07/2011 Checklist de Diagnóstico das Empresa: ABC


Condições de Higiene e Segurança nos
Responsável: Susana Reis Sector: Serralharia Civil
Estabelecimentos Industriais

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


Lei nº 102/09
Artigo 74º Existem serviços internos na empresa? X
Portaria nº 53/71 (alterada pela Portaria nº 702/80)
Capítulo II - Instalação dos
estabelecimentos
Pé-direito: 3 m (tolerância 0,2 m) X
industriais; SECÇÃO I:
Edifícios e outras
construções Área por trabalhador: 2 m2 (tolerância 0,2 m2) X
Artigo 8º (Pé-direito,
superfície e cubagem dos Cubagem por trabalhador: 11,5 m3 (tolerância 1m3,
X
locais de trabalho) se houver renovação ar)
Artigo 9º (Paredes) Salubres, de cores claras e não brilhantes X
Sinalizadas X
Largura mínima: 1,20 m até 50 trabalhadores X
Existência de pelo menos 2 saídas por oficina X
Artigo 10º (Vias de Boa iluminação, ventilação e não escorregadias X
passagem e saídas) Intervalos entre as máquinas, instalações ou
X
materiais: 0,6 m
Portas exteriores – rápidas e funcionais em caso de
X
emergência
Artigo 11º (Ocupação dos Os pavimentos estão desocupados, de forma a não
X
pavimentos) existirem riscos para os trabalhadores.
 Os serviços de Higiene e Segurança são assegurados pela empresa
Laborline

 No que diz respeito à ocupação do pavimento, este encontra-se


desimpedido e sem obstáculos, dentro do que é possível, tendo em conta as
Observações actividades que desempenham.

 Para além das instalações onde se procede à transformação da matéria-


prima no produto final, existe um armazém onde a mesma é guardada. Em
termos de organização e ocupação do pavimento, está tudo conforme o
Artigo 11º da presente Portaria.

Página 63
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos Nos pavimentos e paredes resguardados por guarda-
industriais; SECÇÃO I: corpos com mínimo de 0,9 m de altura, 0,14 m de X
Edifícios e outras rodapé.
construções
Artigo 12º (Aberturas nos
pavimentos e paredes)
Portas exteriores – rápidas e funcionais em caso de
X
emergência

Artigo 13º (Comunicações


Largura das escadas: mínimo de 1,2m X
verticais)

Artigo 13ºA (Escadas de


Boas condições de conservação X
mão móveis)

Artigo 13ºC (Plataformas Guarda corpos: altura mínima 0,9m e rodapé com
X
de trabalho) um mínimo de 0,14m

Artigo 14º (Qualidade dos Boa qualidade pavimento - não escorregadio e livre
X
pavimentos) de obstáculos
 As portas são rápidas e funcionais em caso de emergência, no entanto não
existe sinalização de saída de emergência em nenhum ponto deste
estabelecimento industrial.

 Em geral, todas as escadas estão conforme o disposto no Artigo 13º. No


Observações entanto, há que referir que uma das escadas interiores não teria a largura
mínima de 1,20m. No entanto esta (assim como todas as outras) possuía
pavimento antiderrapante e corrimão, embora que na escada que referi
inicialmente o corrimão não tenha guardas inferiores nem intermédias.

Página 64
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos
industriais; SECÇÃO II: Iluminação adequada X
Iluminação Artigo 18º
(Disposições gerais)

Artigo 19º (Iluminação


A iluminação natural é privilegiada à artificial X
natural)
Artigo 20º (Iluminação
Existência de medições dos níveis de iluminação X
artificial)
Artigo 21º (Iluminação de
Existência de Iluminação emergência X
emergência de segurança)
Artigo 22º (Ventilação) Existem boas condições de ventilação natural X

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos
industriais; SECÇÃO III:
Efectuaram-se medições de temperatura e
Condições atmosféricas dos X
humidade
locais de trabalho
Artigo 24º (Temperatura e
humidade)

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos
industriais
SECÇÃO IV Efectuaram-se medições de ruído X
Ruído e vibrações
Artigo 26º (Ruído e
vibrações)
 Em termos da iluminação do local de trabalho, pude constatar que a
iluminação natural é privilegiada, em relação à artificial. Assim, mesmo
tendo eu constatado que as luminárias existentes no local de trabalho,
apesar de suficientes, estão um pouco altas, há que salvaguardar que este
Observações estabelecimento labora apenas até às 17h00, pelo que, na sua maioria de
dias de trabalho o nível de iluminação será adequado.

Página 65
Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


Capítulo II - Instalação dos
estabelecimentos
industriais SECÇÃO V
Medições a radiações ionizantes X
Protecção contra radiações
ionizantes Artigo 28º
(Radiações ionizantes)

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos Meios de combate a incêndios adequados, bem
industriais SECÇÃO VI: X
situados, sinalizados
Prevenção dos incêndios e
protecção contra o fogo
Artigo 30º (Meios de
combate a incêndios) Existência de plano de emergência X

Artigo 31º (Sistemas de


Sistemas de alarme e extinção de incêndios
alarme e de extinção X
adequados e funcionais
automática)

As garrafas não devem ser depositadas ao ar livre, a


menos que estejam protegidas (temperatura, raios X
Artigo 34º (Armazenagem solares ou humidade)
de gases comprimidos)
No interior dos edifícios o espaço reservado ao
depósito deve ser isolado por divisórias resistentes X
ao fogo e ao calor

 No que diz respeito aos meios de combate a incêndio, é de referir que por
toda a fábrica existem extintores, devidamente assinalados. No entanto, há
que referir que existia um deles que estava completamente obstruído, não
sendo possível chegar até ele facilmente caso houvesse alguma situação em
Observações que fosse necessário utiliza-lo.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.

Capítulo II - Instalação dos


estabelecimentos Os materiais inflamáveis (aparas de madeira, palha)
industriais SECÇÃO VI: devem ser armazenados em edifícios isolados ou em
Prevenção dos incêndios e compartimentos incombustíveis ou revestidos de
X
protecção contra o fogo metal, com portas igualmente revestidos de metal,
Artigo 36º (Armazenagem locais com aberturas munidas de vidros ou
de materiais inflamáveis materiais transparentes.
utilizados em embalagem)

Não deve permitir-se a acumulação de resíduos


X
inflamáveis nos pavimentos.

Artigo 38º (Remoção de Pelo menos, uma vez por dia devem ser colocados
resíduos) em recipientes metálicos apropriados, com tampa,
separados e de fecho automático para depósito de X
desperdícios e de matérias susceptíveis de
combustão espontânea.

Capítulo III Os elementos móveis de motores e órgãos de


Protecção de máquinas transmissão, bem como todas as partes perigosas X
SECÇÃO I: Disposições das máquinas, estão protegidos.
gerais Artigo 40º
(Protecção e segurança As máquinas sem dispositivos de segurança
X
das máquinas) eficientes foram modificadas ou protegidas.

Os protectores e os resguardos asseguram uma


Artigo 44º (Protectores de
protecção eficaz que interdita o acesso à zona X
máquinas)
perigosa (partes móveis de máquinas).

 Quando refiro, no ponto relativo ao Artigo 36º, que existem materiais
inflamáveis nas instalações, é porque constatei que existia a acumulação de
uma pilha de cartão num ponto da fábrica (assim como uma ou outra lata
de spray vazia). Acresce a esse facto, o de que nas proximidades se estavam
a realizar trabalhos de soldadura.
Observações
 No que diz respeito ao disposto nos Artigos 40º e 44º, relativos à protecção
de máquinas, é de referir que, embora na sua generalidade as máquinas
possuam dispositivos de protecção, existiam algumas em que isso não
acontecia.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


Capítulo III A manutenção não pode ser feita com a máquina em
Protecção de máquinas movimento, a menos que tal seja imposto por
SECÇÃO I: Disposições exigências técnicas, caso em que devem ser X
gerais utilizados meios apropriados que evitem qualquer
Artigo 46º (Proibição de acidente.
efectuar operações de
conservação em máquinas Esta proibição deve estar assinalada por aviso bem
X
em movimento) visível
CAPÍTULO IV
Aparelhos e meios de
elevação, transporte e
armazenagem
SECÇÃO I: Gruas, pontes Os elementos da estrutura, mecanismo, fixação e
rolantes, guinchos, acessórios dos aparelhos de elevação devem estão
X
diferenciais e outros bem construídos, são resistentes e estão em bom
aparelhos de elevação, com estado de conservação e funcionamento.
excepção de elevadores
Artigo 62º
(Construção e
conservação)
Artigo 65º (Carga máxima A indicação da carga máxima admissível está bem
X
admissível) visível em cada aparelho de elevação.
CAPÍTULO IV
Aparelhos e meios de
elevação, transporte e
Cada tubagem deve estar identificada consoante o
armazenagem X
fluido que transporta.
SECÇÃO IV: Tubagens e
canalizações
Artigo 83º (Identificação)
São utilizados meios técnicos apropriados na carga,
Artigo 85º (Elevação e descarga, circulação, transporte e armazenagem de
X
transporte de materiais) materiais, de forma a evitar, na medida do possível,
os esforços físicos.
Artigo 86º (Empilhamento O empilhamento de materiais é feito de forma a
X
de materiais) oferecer segurança.
CAPÍTULO V
Instalações, aparelhos e
utensílios vários
Bom estado de conservação das instalações
SECÇÃO V: Instalações X
eléctricas.
eléctricas
Artigo 94º (Segurança das
instalações eléctricas)
 Relativamente à segurança das instalações eléctricas (Artigo 94º), pude
verificar que na sua maioria todas estariam em bom estado de
Observações conservação. Relativamente aos quadros eléctricos, só um é que estaria em
pior estado de conservação e não estaria devidamente protegido e
assinalado.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


CAPÍTULO V
Instalações, aparelhos e Os trabalhos de soldadura ou corte a arco eléctrico
utensílios vários têm que ser executados sobre mesas, suportes ou
X
SECÇÃO VI: bancadas incombustíveis, ao abrigo de paredes ou
Instalações e operações de biombos.
soldadura e corte
Artigo 95º (Locais de Deve prever-se a aspiração de gases libertados. X
trabalho)
Garrafas de gás devem ser depositadas longe do
X
local de acção.
As garrafas de oxigénio devem ser estar afastadas
X
das restantes.
Artigo 97º (Instalações de
soldadura e corte a gás) As garrafas de gás devem manter-se na vertical ou
X
ligeiramente inclinadas.
As garrafas devem estar presas por correias. X
As garrafas cheias devem ser armazenadas
X
separadamente das garrafas vazias

Artigo 98º (Instalações de Deve-se trabalhar sobre estrados X


soldadura e corte Deve-se usar calçado próprio. X
eléctrico) Deve-se usar luvas e óculos. X

CAPÍTULO VII
Substâncias e agentes
perigosos ou incómodos
SECÇÃO I: Disposições O Manuseamento é feito em locais próprios? X
gerais
Artigo l06º
(Meios de protecção)
Artigo 108º
(Indicações e marcas Os produtos encontram-se bem identificados? X
para os recipientes)
Artigo 109º
Há um correcto encaminhamento dos resíduos? X
(Resíduos)
CAPÍTULO VII O Manuseamento é feito em locais próprios? X
Substâncias e agentes
perigosos ou incómodos Existem detectores de incêndio e meios de
X
SECÇÃO II: Substâncias combate a incêndio?
explosivas e inflamáveis São aplicadas medidas preventivas (calçado,
Artigo 110º a Artigo 119º X
electricidade, proibido fumar, extracção)?
 Relativamente aos resíduos originários da actividade em questão, na sua maioria são
restos metálicos. Estes são recolhidos em contentores próprios, sendo depois mais
tarde recolhidos por uma empresa devidamente licenciada para esse efeito.
Observações
 Existe o manuseamento de agentes químicos, susceptíveis de provocar efeitos
adversos na saúde dos trabalhadores e susceptíveis de originar incêndio. Esses
agentes químicos não são manuseados nem estão armazenados em local apropriado.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


CAPÍTULO VII
Substâncias e agentes
perigosos ou incómodos
SECÇÃO III: Substâncias
corrosivas ou a temperatura O Manuseamento é feito em locais próprios? X
elevada
Artigo 125º
(Manuseamento e
transporte)
Artigo 126º (Projecção de Existem chuveiros em caso ocorra projecção de
X
líquidos corrosivos) líquidos corrosivos?
Artigo 128º (Equipamento
Existem EPI's adequados para os trabalhadores? X
de protecção individual)
CAPÍTULO VII
Substâncias e agentes
perigosos ou incómodos
SECÇÃO IV: Substâncias
Armazenamento e manipulação em local correcto? X
tóxicas, asfixiantes, irritantes
e infectantes
Artigo 129º
(Isolamento dos locais)
Artigo 131º
(Limpeza dos locais e de Os locais de trabalho estão devidamente limpos? X
equipamento)
Artigo 133º Os trabalhadores possuem vestuário adequado ao
X
(Vestuário de trabalho) seu trabalho?
Artigo 134º
Existe água potável à disposição dos trabalhadores? X
(Abastecimento de água)
Artigo 135º (Limpeza dos Os locais de trabalho são mantidos em boas
X
locais de trabalho) condições de higiene?
CAPÍTULO VIII Protecção da Divisão por sexo X
saúde dos trabalhadores
SECÇÃOII; Número de equipamentos e dimensões dos espaços
X
Instalações sanitárias, de adequado
vestiário e refeitórios
Artigo 139º (Instalações Locais devidamente limpos X
sanitárias)
Divisão por Sexo X
Artigo 140º (Instalações de
Dimensões adequadas X
vestiário)
Locais devidamente limpos X
Dispõe de refeitório X

Artigo 141º (Refeitórios) O refeitório está bem dimensionado X


Iluminação adequada X
Locais devidamente limpos X
 Há que referir que nesta empresa só trabalham homens, pelo que nem os
Observações vestiários nem as instalações sanitárias estão divididas por género.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.

CAPÍTULO IX
Equipamento de protecção
individual EPI em bom estado de conservação e manutenção X
Artigo 142º
(Disposições gerais)

Artigo 143º (Vestuário de Utilização de vestuário de trabalho adequado às


X
trabalho) funções desempenhadas
Artigo 144º
Utilização de protecção da cabeça X
(Protecção da cabeça)
Artigo 145º (Protecção da
Utilização de protecção da face e olhos X
face e dos olhos)
Artigo 146º (Protecção do
Utilização de protecção do ouvido X
ouvido)
Artigo 147º (Protecção das
Utilização de protecção mãos e braços X
mãos e braços)
Artigo 148º (Protecção
Utilização de protecção de pés e das pernas X
dos pés e das pernas)
Artigo 149º (Protecção das
Utilização de protecção das vias respiratórias X
vias respiratórias)
Artigo 150º (Protecção de
Utilização de protecção de outras regiões do corpo X
outras regiões do corpo)
 Existem EPI’s disponíveis para utilização por parte dos trabalhadores, mas
nem sempre eles os utilizam.
Observações

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Anexo IV – Checklist de Avaliação de Conformidade da Máquinas e


Equipamentos de Trabalho

Data: 05/07/2011 Máquina:


Checklist de Avaliação de
Responsável: Conformidade de Máquinas e Data de Fabrico:
Susana Reis
Equipamentos de Trabalho Data de Aquisição:

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


Decreto-Lei nº 50/2005

Capítulo I - Disposições
Gerais
Artigo 6º (Verificação São realizadas verificações periódicas? X
dos equipamentos de
Trabalho)

O empregador fornece informação adequada


X
sobre o equipamento de trabalho?
A informação é de fácil compreensão? X
Artigo 8º (Informação
dos Trabalhadores) A informação indica as condições de utilização do
X
equipamento?
A informação indica os riscos para os
X
trabalhadores?
Os comandos são claramente visíveis e
CAPÍTULO II - X
identificáveis?
Requisitos mínimos de
segurança dos Os sistemas de comando são colocados fora das
equipamentos de X
zonas perigosas?
trabalho SECÇÃO II
Requisitos mínimos
gerais aplicáveis a O operador consegue certificar-se da ausência de
X
equipamentos de pessoas nas zonas perigosas?
trabalho
Artigo 11º
(Sistemas de comando) Os sistemas de comando são seguros? X

 Para todas as máquinas é feita uma inspecção periódica, por pessoal


técnico das empresas que venderam as máquinas.

 Todos os equipamentos de trabalho utilizados possuem manual de


Observações
instruções. No entanto, há alguns que não se encontram redigidos em
Português.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


CAPÍTULO II -
Requisitos mínimos de O equipamento de trabalho necessita de acção
X
segurança dos voluntária para iniciar o seu funcionamento?
equipamentos de
trabalho SECÇÃO II O equipamento de trabalho necessita de acção
Requisitos mínimos X
voluntária para arrancar após uma paragem?
gerais aplicáveis a
equipamentos de
O equipamento de trabalho necessita de acção
trabalho
voluntária quando ocorra alguma alteração ao seu X
Artigo 12º (Arranque
normal funcionamento?
do equipamento)
O equipamento tem dispositivo de paragem de
X
emergência?

Artigo 13º (Paragem do O posto de trabalho dispõe de sistema de comando


equipamento) que permite parar o equipamento de forma que o X
mesmo fique em situação de segurança?
A alimentação de energia dos accionadores é
X
interrompida quando se verifica a paragem?

Observações

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


CAPÍTULO II -
Requisitos mínimos de
segurança dos Os equipamentos de trabalho estão estabilizados? X
equipamentos de
trabalho SECÇÃO II
Requisitos mínimos
gerais aplicáveis a
equipamentos de Os elementos dos equipamentos de trabalho estão
trabalho X
estabilizados?
Artigo 14º (Estabilidade
e rotura)

Artigo 15º (Projecções e O equipamento dispõe de dispositivos de


X
emanações) retenção/extracção eficazes?

Artigo 16º (Riscos de Os elementos móveis possuem protecção? X


contacto mecânico)
As protecções constituem um risco adicional? X
As operações de manutenção são efectuadas com o
Artigo 19º (Manutenção X
equipamento parado?
do equipamento)
O livrete de manutenção está actualizado? X
Os equipamentos de trabalho estão devidamente
Artigo 22º (Sinalização
sinalizados, de modo a garantir a segurança dos X
de segurança)
trabalhadores?
 A maioria dos equipamentos de trabalho estão estabilizados, assim como
os respectivos elementos.

 A maior parte dos equipamentos possui protecção dos elementos móveis.


No entanto verifiquei que dois deles não tinham: a guilhotina (a
protecção da lâmina foi retirada) e a máquina de furar vertical.

 As máquinas possuem livrete de manutenção e é realizada manutenção


periódica por pessoal devidamente habilitado (técnicos da
Observações marca/empresa que vendeu as máquinas), no entanto os livretes não se
encontram actualizados.

 Na sua maioria os equipamentos não estão sinalizados no que diz


respeito aos seus riscos ou aos cuidados que aos trabalhadores devem
ter. Verifiquei que apenas a guilhotina e a quinadora estavam
devidamente sinalizadas.

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.


CAPÍTULO III - Regras
de utilização dos
Os equipamentos móveis são conduzidos por
equipamentos de X
trabalho SECÇÃO I - trabalhadores devidamente habilitados?
Utilização dos
equipamentos de trabalho
em geral
Artigo 32º (Utilização Existem trabalhadores a deslocarem-se a pé nas
X
de equipamentos zonas onde operam equipamentos automotores?
móveis)
Artigo 33º
(Equipamentos de Os equipamentos de elevação de cargas são
X
trabalho de elevação de utilizados garantindo a sua estabilidade?
cargas)
Decreto-Lei nº 320/2001
Artigo 5º A máquina está acompanhada da Declaração de
X
(Responsabilidade do Conformidade CE?
fabricante) A máquina apresenta a marcação CE? X
Artigo 10º (Marcação A marcação está aposta na máquina de forma
X
CE) perceptível e visível?
 Todas as máquinas apresentam marcação CE. No entanto, nem em todas
pude constatar a existência de declaração de conformidade CE.

Observações

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Artigo Requisito Legal Sim Não N. A.

ANEXO I - Requisitos
essenciais de saúde e de A máquina tem manual de instruções? X
segurança relativos à
concepção e ao fabrico
de máquinas

1 — Requisitos essenciais
de saúde e de segurança
O manual de instruções está redigido em
X
1.7.4 — Manual de Português?
instruções

 Todas as máquinas utilizadas possuem manual de instruções. No entanto,


há alguns que não se encontram redigidos em Português.

Observações

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Anexo V – Fichas de Segurança de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:

Guilhotina Hidráulica

Corta materiais metálicos diversos (por exemplo folhas de metal). Possui uma
lâmina, retangular, quatro arestas de corte ao longo do percurso.
O ângulo de corte é ajustável para reduzir as distorções da folha.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Contacto com partes móveis Retirar a protecção da lâmina

Exposição ao ruído Não utilização de protecção auricular

Não utilização de luvas adequadas aquando do


Contacto com partes cortantes manuseamento do material
Medidas de Prevenção:
Não coloque as mãos na área de accionamento da lâmina
Utilize sempre luvas de protecção para manusear o material, antes e após o corte.
Utilize sempre protecção auricular.
O pessoal que opera esta máquina deverá ser devidamente qualificado e formado.
Só se deverá descer o porta-lâmina após a chapa a cortar estar devidamente posicionada e fixa.
As afinações e reparações deverão ser feitas apenas por pessoal especializado.
Equipamento de Protecção Individual:

Calçado de
Luvas de Protecção
protecção
protecção auricular

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Quinadora

Dobrar chapas dando-lhes um novo formato. O processo de dobragem é realizado


ao aplicar elevada pressão sobre o material a trabalhar.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Contacto com partes móveis Desactivação dos sistemas de protecção

Exposição ao ruído Não utilização de protecção auditiva

Não utilização de luvas adequadas quando se manuseia o


Contacto com partes cortantes material
Medidas de Prevenção:
Não introduza as mãos (ou qualquer outra parte do corpo) na zona perigosa, entre o travessão e a mesa.
Utilize sempre luvas de protecção para manusear o material, antes e após o corte.
Utilize protecção auditiva.
Nunca utilize a máquina em atmosferas explosivas nem em materiais que contenham elementos tóxicos ou
explosivos.
As afinações e reparações deverão ser feitas apenas por pessoal especializado.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Calçado de Protecção


protecção protecção auricular

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Curvadora

Utilizada para trabalhar perfis e tubos. Dispõe de três rolos motorizados. Comando
de pedal com dispositivo de segurança.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Queda de objectos
Manuseamento pouco adequado do material

Não utilização de luvas adequadas quando se manuseia o


Contacto com partes cortantes
material

Contacto com os rolos de curvatura Não respeitar o limite da barra distanciadora.


Medidas de Prevenção:
Não coloque as mão para além da barra distanciadora.
Utilize calçado de segurança.
A máquina só deverá ser utilizada por um operador.
Manutenção da máquina e respectiva limpeza deverá ser efectuada com a máquina desligada.
Equipamento de Protecção Individual:

Calçado de
Luvas de
protecção
protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Máquina de soldar a gás

Une as partes metálicas das peças a unir pelo efeito do calor de um maçarico a gás.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Contacto com a peça quente depois de trabalhada Não utilização de luvas de protecção adequadas.

Ser atingido pelas fagulhas projectadas durante o Não utilização da viseira de soldar nem de vestuário de
processo de soldadura trabalho adequado

Exposição a radiação ultra-violeta (UV) e/ou infra-


Não utilização da viseira de soldar
vermelha (IV)

Ventilação pouco adequada do local de trabalho e não


Exposição a fumos metálicos
utilização de protecção respiratória

Tomabamento das garrafas do gás utilizado no


As garrafas não estarem amarradas
processo de soldadura
Medidas de Prevenção:
Antes do início dos trabalhos delimite a zona de trabalho de modo a que as fagulhas não atinjam outras pessoas nem
haja possibilidade da geração de um incêndio.
Deve ter-se em atenção se não existem materiais inflamáveis próximos da área de soldadura, para que não haja risco
de incêndio.
Utilize sempre viseira de protecção e vestuário adequado.
Armazene as garrafas em lugar devidamente ventilado e longe se fontes de calor.
Verifique regularmente o estado das tubagens.
Trabalhe sempre num local com boa ventilação.
Equipamento de Protecção Individual:

Viseira de Fato de Luvas de


protecção protcção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Máquina de soldar por arco
eléctrico

É composta por um transformador que modifica a corrente da rede de distribuição


em corrente contínua ou alterna, de baixa tensão, ajustando a intensidade às
necessidades do trabalho.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Contacto com a peça quente depois de trabalhada Não utilização de luvas de protecção adequadas

Ser atingido pelas fagulhas projectadas durante o Não utilização da viseira de soldar nem de vestuário de
processo de soldadura trabalho adequado

Exposição a radiação ultra-violeta (UV) e/ou infra-


Não utilização da viseira de soldar
vermelha (IV)

Ventilação pouco adequada do local de trabalho e não


Exposição a fumos metálicos
utilização de protecção respiratória
Medidas de Prevenção:
Antes do início dos trabalhos delimite a zona de trabalho de modo a que as fagulhas não atinjam outras pessoas nem
haja possibilidade da geração de um incêndio.
Tenha em atenção se não existem materiais inflamáveis próximos da área de soldadura, para que não haja risco de
incêndio.
Utilize sempre viseira de protecção e vestuário adequado.
Verifique (e substitua, quando necessário) regularmente os aparelhos e acessórios eléctricos.
Trabalhe sempre num local com boa ventilação.
Equipamento de Protecção Individual:

Viseira de Fato de Luvas de


protecção protcção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Rebarbadora

Ferramentas destinada ao rebarbe, corte e rectificação de metal e pedra. Este


equipamento é utilizado para esmerilar metal sólido ou fundido, remover rebarbas,
alisar grandes juntas de soldagem, remover de rebarbas e de ferrugem em lâminas de
metal e cortar betão ou pedras de pavimento.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Queda de objectos Manuseamento pouco adequado do material

Inalação de partículas que são projectadas quando se


Não utilizar máscara de protecção respiratória
trabalha com a máquina.

Ser atingido por fagulhas que são projectadas quando


Não utilização de vestuário de trabalho adequado
se trabalham peças metálicas

Contacto com o disco Retirar a protecção do disco

Exposição ao ruído Não utilização de protecção auditiva


Medidas de Prevenção:
Utilize máscara de protecção respiratória contra poeiras.
Não retire a protecção do disco.
Segure a máquina com firmeza.
Utilize protecção auditiva.
Tenha atenção às faíscas produzidas durante o trabalho com a rebarbadora: afastarte os materiais inflamáveis ou
susceptíveis de entrarem em combustão do local onde está a trabalhar.
Utilize a rebarbadora apenas com o punho montado e com a respectiva protecção colocada.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Calçado de Óculos de Protecção Máscara de


protecção protecção protecção auricular protecção
respiratória

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Polidora

Máquina utilizada para polir, despolir ou lixar vários tipos de peças de metal (desde
chapas a tubos). Pode ainda decapar costuras de solda, eliminar cores de
recozimento, rebarbar, alisar, esmerilar, eliminar riscos, texturar, produzir certos
efeitos superficiais e obter superfícies com intuito decorativo.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Exposição ao ruído Não utilização de protecção auditiva

Inalação de partículas que são projectadas quando se Não utilização de máscara de protecção respiratória contra
trabalha com a máquina poeiras

Queda de objectos Manuseamento pouco adequado do material


Medidas de Prevenção:
Utilize calçado de protecção.
Utilize protecção auditiva.
Utilize máscara de protecção respiratória contra poeiras.
Utilize luvas de protecção contra o corte.
Quando se procede ao esmerilamento de materiais deve proteger-se pessoas e materiais inflamáveis da projecção de
fagulhas.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Calçado de Máscara de


Protecção
protecção protecção protecção
auricular
respiratória

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Furadeira

Permitem abrir orifícios cilíndricos através da combinação de um


movimento de corte e rotação e um movimento de avanço rectilíneo e
vertical.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Colocação das mão junto do sistema elevatório ou
Contacto com partes móveis
da broca; retirar a protecção da broca

Queda de objectos Não fixar a peça que se vai trabalhar

Prisão de equipamento Não utilizar vestuário adequado ao trabalho


Medidas de Prevenção:
Utilize sempre vestuário de trabalho ajustado ao corpo.
Utilize luvas de protecção adequadas.
Não remova as limalhas directamente com as mãos.
Antes de colocar a máquina em funcionamento verifique se as peças a trabalhar estão correctamente fixas.
Não retire a protecção da broca.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Calçado de Óculos de


protecção protecção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Berbequim

Ferramenta para executar perfurações com impacto em tijolo, concreto e pedra.


Também pode ser utilizado para realizar perfurações sem impacto em madeira,
metal, cerâmica e plástico.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Exposição ao ruído Não utilização de protecção auditiva

Contacto com partes móveis Colocação das mãos próximo da broca

Inalação de partículas que são projectadas quando se


Não utilizar máscara de protecção respiratória
trabalha com a máquina
Medidas de Prevenção:
Use sempre óculos de protecção.
Utilize sempre vestuário de trabalho ajustado ao corpo.
Mantenha-se sempre numa posição firme e equilibrada.
Segure a ferramenta com firmeza.
Mantenha as mãos afastadas das peças rotativas.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Máscara de
Óculos de
protecção protecção
protecção
respiratória

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Serra Circular

Utilizada para fazer cortes rectos e rápidos de materiais com grandes


comprimentos e grandes espessura. A profundidade do corte varia em função da
potencia. Pode também fazer cortes inclinados (até 45°).

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Queda de objectos Manuseamento pouco adequado do material

Não utilização de luvas adequadas quando se manuseia o


Contacto com partes cortantes
material

Contacto com a lâmina Não utilizar o empurrador da peça a cortar


Medidas de Prevenção:
Não retire a protecção da lâmina.
Utilize sempre o empurrador quando está a realizar o corte das peças.
Mantenha as mão fora da linha de acção da serra.
Utilize uma mesa de apoio para peças longas.
Equipamento de Protecção Individual:

Óculos de
Luvas de Calçado de protecção
protecção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Serra de Fita Horizontal

Ferramenta cuja fita de serra se movimenta continuamente, pela rotação de


volantes e polias acionadas por um motor elétrico. Tem uma versatilidade de
trabalho muito grande, podendo realizar quaisquer tipos de cortes (rectos ou
irregulares). Também pode ser utilizada para o corte de materiais muito espessos,
difíceis de serem cortados na serra circular.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Queda de objectos Manuseamento pouco adequado do material

Não utilização de luvas adequadas quando se manuseia o


Contacto com partes cortantes material

Contacto com a fita de serra Aproximar demasiado as mãos da zona de corte


Medidas de Prevenção:
Mantenha as mão fora da linha de acção da fita de serra.
Utilize sempre luvas de protecção anti-corte.
Utilize óculos de protecção.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Óculos de
Calçado de protecção
protecção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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Serralharia ABC: Avaliação de Riscos de Máquinas e Equipamentos

Edição: Julho de 2011


Data ___/___/___ Ficha de Segurança Revisão: 00
Máquina/Equipamento: Descrição:
Empilhador

Máquina usada principalmente para carregar e descarregar, levantar e baixar,


transportar e empurar cargas.

Riscos Frequentes: Principais Causas:


Queda de objectos Cargas descestradas ou mal acondicionadas

Colisão com estruturas


Obstáculos não assinalados; falta de cuidado na condução

Falta de cuidado na condução; pouca visibilidade; não


Atropelamento
sinalização da marcha
Medidas de Prevenção:
Equilibre devidamente a carga.
Nunca movimente as cargas com os garfos em posição elevada.
Nunca transporte pessoas no empilhador.
Circule sempre com prudência e sem exceder a velocidade maxima permitida.
Os empilhadores so devem ser manobrados por pessoal treinado e devidamente autorizado.
Equipamento de Protecção Individual:

Luvas de Calçado de Capacete de


protecção protecção protecção

Elaborado por: Susana Reis Verificado por: Aprovado por:


Data ___/___/___ Data ___/___/___ Data ___/___/___

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