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- Estacio Disciplina: PROTOCOLOS DE REDES DE COMPUTADORES Rede de Computadores een a ae 1a. Edig0/2003 REDE DE COMPUTADORES Ed Tittel Capitulo - Capitulo 7 - Roteamento EI Q ISBN 9788536301938 PROFESSOR Roteamento Como foi discutido no Capitulo 6, 2 Camada de Rede é responsével pela determinacéo de um cami- ‘ho através de uma interconexio de redes, néo importando que o caminho seja através do hail de um edificio ou pela Internet. Embora haja muitos protocolos de Camada de Rede, como IB IPX, da Novell, e © AppleTalk da Apple, a maioria dos protocolos de Camada 3 usa métodos similares para estabelecer uum caminho da fonte a destinagio. £, como voc# aprendeu no Capitulo 2, é trabalho do roteador deter- rminar 0 caminho e depois encaminhar os pacotes de forma apropriada, Esse capitulo concentra-se princi- ppalmente no Protocolo Internet. Tendo isso em mente, existem intimeras tarefas diferentes que 0 roteador deve realizar. 7.1 INFORMAGOES DE ROTEAMENTO A primeira coisa de que um roteador precisa saber & quantas portas ele tem e de que tio séo. Tais informagdes so geralmente descobertas, de uma maneira automatica, pelo sistema operacional do roteador e nao necessitam de configuracdo. A Figura 7-1 mostra um roteador com uma porta Ethernet, uma porta ‘Token Ring e uma porta ISDN. E comurn ver essas abreviaturas com uma letra ou duas para designar 0 tipo de porra,seguido imediatamente por um miimero que o roteadorwiliza para Gifereneiar as muita portas similares. Pelo fato de a maiotia dos roteadores comecarem sua numerasio de portas em 0, as portas na Figura 7-1 seriam provavelmente deseritas como e0, t0 e bri0,respectivamente. A préxima informagao que o roteador precisa aprender ¢ o enderego do host de cada uma das portas e quais sdo seus enderecor ce rede. Quase sempre se fa isto, configurando se manualmente o roteador Para o IR essas informagSes sempre incluem 0 endereco IP e a mascara de sub-rede. Na Figura 7-1, dé-se © enderego IP 10.1.1.1 & interface 0, e o endereco IP 10.1.2.5, & interface to0. Essas informagées sio Coletvamente chamadas de Informasées de Alcanyabiidade de Camarla de Rede (NLRI = Network Layer Reachability Information). ‘Nota otermo porta égeralmente usado para deserever um conectr fico, enquantoo termo interface geralmente implica que se trata de um nodo com um enderego valido. Por exemplo, é comum dizer que as Pontes e os comutadorestém portase que os roteadorese os computadorestém interface. {por isso que a sigla NIC signitica Network Interface Gard (Gartdo de Inverface de Rede), e no NPC. Entretanto, muitas ‘pessoas realmente usam os termos interface e porta sem distingéo. A tabela de roteamento Uma vez que o roteador tem essas duas informagées, ele as combina como uma entrada em uma tabela na meméria, que é geralmente chamada de rabela de roteamento. Tal tabela tem, pelo menos, dois 154 Teoaa € Prcm.euns Oi REDE De COMFUTADORES ) Porta ISON (oro) Ponta Ethernet (e0) Figura 7-1 Portas de roteamento de rede. ‘campos: Endereco de Rede ¢ Préximo Pulo (Next Hop). Cade um deles pode ser uma interface, como ¢0 ¢ brid, ou pode ser o enderego IP de um vizinho. Essa entrada na tabela é geralmente chamada de rota. Assim, o roteador na Figura 7-1 teria as duas rotas seguintes em sua tabela de roteamento: Endorogo do Rode Méccara | Préximo Pulo 104.10 2552552550 ~o 101.20 2552552550 <0 Utiliza-se essa tabela como repositério de tudo que o roteador NLR sabe, de forma que o roteador ‘tem uum tinico lugar para ir e determinar para onde deve enviar os pacotes. Em redes grandes, essa tabela ppode se tornar bem longa. A tabela mostrada representa as informagGes minimas necessérias para rotear ‘05 pacotes. Na pritica, existem muito mais campos nas tabelas de roteamento, e discutiremos alguns desses campos mais adiante neste capitulo, 2 processo de roteamento A préxima coisa de que o roteador precisa saber ¢ como identificar as destinagSes dos pacotes, Lembre-se do Capitulo 5 de que, em redes comutadas por pacote, os pacotes de diferentes fontes e destinagGes podem ser multiplexados através do mesmo enlace. Nao hié nenhum processo de sinalizaco para estabelecer um eaminho dedicado como ocorre nas redes comutadas por eircuto. Assim, para deter minar para onde se destina cada pacote, 0 roteacor deve ler o cabegalho IP de cada pacote, o qual contém ‘um campo de endereco de destinacio, além de muitos outros campos. O valor nesse campo corresponde aio enderego da Camada de Rede do host de destinagio. Nesse caso, trata-se do endereco TP ‘Uma vez que o roteador tenha lido 0 campo de destinagéo na memsria, ele compare esse valor com todos os outros valores na sua tabela de roteamento. Se achar a rede do host de destinagao em sua tabela de roteamento, ele transmite o pacote pela interface associada, e sua tarefa estd terminada. ‘Como exemplo, consulte novamente a Figura 7-1. Se o roteador receber um pacote em sua interface ‘€0 com um endereco de destino de 10.1.2.30, 0 roteador procura uma rota que inclui esse endereso. ‘Quando achar ¢ rota 10,1.2.0, ele encaminha o pacote pela interface to0 para sua destinagio.. Embora esse processo seja simples 0 suficiente, considere a Figura 7-2. Carmo 7 + Rorewmeno 155 re ron02 > Figura 7-2 Rede com duas rotas e portas. Nessa rede, a tabela de roteamento do roteador A seria da seguinte forma: Enderepo de Rede Méscara | Préximo Pulo 01.10 2552552850 0 10120 2552552550 10 ‘Attabela de roteamento do roceador B seria da seguinte forma: Enderego de Rede Méscara | Priximo Pulo 0120 2552552550 0 10130 2552552550 ‘1 (© que aconteceria com um pacote que chegasse na interface Ethernet do roteador A com um cenderego de 10.1.3.15? O roteador A procuraria sua tabela de roteamento concluiria que ngo existe nenhuma rota para 10.1.3.15, retornando, entio, a mensagem Rede ICMP Inatingivel (ICMP Network Unreachable) para o endereco IP de fonte, embora um caminho para aquela rede exista claramente através do roteador B. © problema, é claro, é que o roteador A ndo fot configurado com uma rota para aquela rede, e no ‘tem como descobrir isso sozinho. Uma solucéo simples seria adicionar manualmente as informagSes para arede 10.1.3.0 na tabela de roteamento do roteador A. Para chegar 8 rede 10.1.3.0, 0 roteador A enviaria ‘seus pacotes para 10.1.3.5,, que € interface to0 no roteador B. Dessa interface, assumimos que o roteador B sabe o que fazer com os pacotes. Depois dessa configuragio, a tabela do roteador A poderia ser assim: Enderego de Rede | Mascara | Préximo Pulo to130 ‘255 255 2550 <0 1120 255 255.2550 too 10130 255.255.2550 10.125 156 Teoma € Prcm.ems Oe REDE De COMFUTADORES. Agora, os pacotes de 10.1.1.0 podem atingir a rede 10.1.3.0, mas considere que um PING agora resultaria na familiar mensagem de Solcitagdo de Tempo Bsgotado, em vez da mensagem de Rede Inatin- sivel ou uma resposta com sucesso. Por qué? Considere um host em 10.1.1.100 tentando executar PING em um host em 10.1.3.100. Quando o pacote PING atingr o roteador A, este v8o enderego de rede em sua tabela de roteamento ¢ envia 0 pacote para 10.1.2.5. Quando o rotesdor B receber 0 pacote, ele encontra a entrada para 10.1.3.100 fora de sua segunda incerface Token Ring, col. Entlo, ee entrege pacote para 10.1.3.100. ‘Quando o host 10.1.3.100 reeeber a Solictacio de Eco PING, ele responce com uma Resposta de Eco ppara 10.1.1.100. Esse pacote é enviado para 10.1.3.1. Quando 0 roteador B recebe esse pacote, ele ndo tem nenhuma rota para a rede e responde para 10.1.3.100 com uma mensagem ICMP de Rede inating vel, porque 0 10.1.3.100 & o enderego de fonte no cabegalho IP do pacote ICMP de Resposta de Eco, Infelizmente, o host em 10.1.1.100 que originalmente enviou a Requsiclo de Eco ndo recebe nenhuma notificagio de erro. Depois de esperar seu temporizador expirar, ele relata um erro de Solicitaglo de Tempo Esgotado, ‘Assim, podemos ver que é necesséria uma configuragio para ambos os roteadores. infelizmente, as redes do mundo reais geralmente tém centenas ou milhares de entradas nas tabelas de roteamento, € simplesmente & impossivel inserir todas essas informagSes manualmente. Ademais, em nome da redun dancia, a maioria das redes € configurada com caminhos multiplos, os quas criam loops, muito parecidos ‘com aqueles diseutidos no Capitulo 3, Para solucionar esses problemas, usamos os protocolos de roteamento, 7.2 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO (0s protocolos de roteamento s4o métodos que os roteadores podem usar para repassar InformagBes NLR um parao outro. Em outras palavras, o roteador pode compartilhar, com outro roteador, informacoes sobre as rotas que ele conhece, A meta de qualquer protocolo de roteamento 6: reduair a tarefa de administraglo, descobrindo automaticamente as redes que slo atingiveis; identifiear um caminho livre de loop através da rede; identificar 0 “melhor” caminho, se houver roras miltiplas; assegurar que todos os roteadores concordam sobre os melhores caminhos. Existem muitos prococolos de roteamento diferentes em uso atualmente. Cada um tem os seus pontos fortes fracos. Alguns so paclrdes abertos, controlados por érglos internacionais de padres, como o IETF ‘ou.a ISO; outros sao propriedades de uma tinica empresa. Entretanto, todos esses protocolos de roteamento incluem uma maneira de os préprios roteadores se comunicarem de forma que a NLRI passa ser coletada e, uma vez coletade, cada protocolo inclui um jeito de digerir a NLRI e de processé-la para resolver qualquer ‘cop em potencial na topologia, eidentificar 0 melhor caminho entre varias localizagées. ‘0 método de comunicagio ¢ geralmente especificado pelo formato do pacote usado para transportar as informagdes entre os roteadores, O método de digestio se chama algoritmo. Isso é diseutido em maio: res detalhes quando nos aprofundarmos nos tipos especificos de protocolos na préxima seco. Para escolher o melhor caminho, 0s protocolos de roteamento usam métricas. A métrica é um valor numérico que representa a prioridade ou. a preferéncia por uma rota em relagio a outras rotas para a mesma destinaggo. As métricas podem se basear em muitas coisas diferentes, como voré verd mais adian. te, mas s6 so usadas quando houver caminhos miiltplos a escolher, exceto em algum caso notave. Praticamente, é impossivel para cada roteador na rede conhecer uma mudanga em uma parte da rede (como um link que esta sendo desconectado) ao mesmo tempo, Assim, existe um perfodo de tempo ‘no quel os roteadores esto possivelmente em desacordo sobre qual é 0 melhor caminho através da interconexzo de redes. Uma vez que os roteadores estiverem todos de acordo e nao exist nenhum loop, dizse que a rede estd convergida HE dois modos basicos de eategorizar os protocolos de roteamento. O primeiro se baseia no compor. tamento do protocolo de roteamento, e a seguncia categorizacgo € de cardter administrativo, Carmo + Roremenro 157 Protocolos baseados em comportamento Na pritica de hoje, existem duas tecnologias importantes de roteamento. Ambas compartilham algu- ‘mas caracteristicas. Baseiam-se em diferentes algoritmos, passam informagées diferentes sobre suas ro- tas, usam métodos drasticamente diferentes de comunicagées com outros roteadores e empregam métti- cas diferentes. © primeiro grupo é conhecido como protocolos de roteamento de vetor de distancia, e 0 segundo grupo 6 conhecido como protocolos de roteamento de estado de enlace. Nesta seco, comparamos 05, algoritmos de veror de distancia e de estado de vinculo. Protocolos de vetor de distancia 0: protocolos de vetor de cistincia baseiam-se em um de dos algoritmos conhecidos como algoritmo de Bellman-Ford ¢ algoritmo de Ford-Fulkerson. O nome vetor de distincia advém do fato de que todos os algoritmos do vetor de distancia identiicam rotas em termos de um vetor, 0 qual é uma combinacdo de uma distancia e uma diregéo. A distincia aqui é a métzica e a ditecdo é 0 préximo pulo (hop) a ser realizado no caminho para a destina¢io. Como exemplo, o vetor para a rede 10.1.3.0 na Figura 7-2, a partir do roteador A, pode ser de um palo de roteader de distancia, através de 10.1.2.5. Outro aspecto importante des protocols de vetor de dsténcia & que eles aprenelem as informagées de um vizinho e, depois, passam-na para outro vizinho sem qualquer informagio sobre o roteador de forigem. Isso se chara rotcamento por rumor e pode causa problemas em uma rede complea. Os protocolos de vetor de distancia so vulnerdveis a duas espécies de loops. Os protocolos evitam loops entre tum par de roteadores, empregando uma técnica conhecida como horizonte dividido (spit horizon), ¢ os loops envolvendo varios roteadores séo resolvidos com uma técnica chamada contagem até 0 infinite. ‘Nota: a téenica contagem até o info é a nordvel excegio jf mencionada, na qual a métrca é significante por si s6 e no relacionada 4 métrica de outra rota. Outra caracterstica significante dos protocolos de veror de dstincia€ que eles wtlizam atualizagdes periddicas ¢ atualizacées de roteamento completo. Isso significa que, em intervalos regulares de tempo {em geral uma veo a eada 30 ou 90 segundos), eles enviam suas tabelas de roteamento por intro para cada vizinho Iso pode resultar em um tempo de convergéncia bastante longo. Para remover rotas de uma rede quando se desconecta ou se move um enlace para outro rotesdor, 0 roteador pode parar de anunciar a rota, Cada virinho RIP mantém um temporizador para cada rota. Esse temporizador é geralmente ajustado para ser trés ou quatro vezes o periodo de atualizagio. Isso permite aque tes arualizagbes consecutivas se percam antes de a rota ser tirada da tabela de roteamento. Trata-se de algo importante porque o Protocolo de Informagées de Roteamento (RIP— Routing Information Protocol) utliza 0 protocolo UDP; essim, se ocorrer um erro na linha, a atvalizacao ¢ perdida.infelizmente, em redes extremamente ocupadas, um congestionamento geralmente afoga o tréfego de protocolo de Toteamento até que as rotas diminuam. Quando as rotas diminuem, 0 tréfego para (nao tem para onde ir) e as atualizagdes do protocolo de roteamento podem mais uma vez ser vistas. Os roteadoces voltam 20 normal ¢ o trafego congestiona outra vez, criando esse ciclo indesejado. Alguns protocolos conhecidos de vetor de distinciasio da seguinte forma: Protocolo de Informagées de Roteamento (RIP) Protocolo de Manuteneio da Tabela de Roteamento da Apple Talk (RTMP) Fase IV do DNA da DEC IGRP da Cisco 0 protocolo de roteamento de vetor de distncia mais comum é, de longe, 0 RIP © RIP evoluiu do pprotocolo de Sistemas de Rede da Xerox (XNS ~ Xerox Network Systems) e foi lancado pela Berkeley Software para UNIX em 1982, como um daemon denominado roteado, Fm 1988, RIP foi formalmente padronizado na RFC 1058. 158 Teoma € Prcm.emns Oo REDE De COMFUTADORES. ‘Ao contrario dos protocolos de estado de enlace a seguir, a operagao do RIP é extremamente simples. Ele utiliza a porta UDP 520 e o endereco IP de broadcast 255.255.255.255 para anunciar cad rota em sua ‘tabela uma ver a cada 30 segundos, tenha ou nao alguém escutando. ‘O RIP utiliza a contagem de pulos como métrica. Trata-se de um mfimero entre 1 e 16 que representa «distancia em pulos até a destinagio. A Figura 7-3 mostra como os pulos so contados. Roteador A Poteador SS = = 7 Rede 101.10 ee 10120 um puo de dstinca dos pos do atinsa Figura 7-3 Como 30 contados os ples. Nessa dlustragio, vocé pode ver que redes diretamente conectadas sto consideradas um pulo de distancia, e cada gateway adicional, que precisa ser atravessado para chegar na destinagéo, incrementa a ‘ontagem de um pulo. £ importante lembrar que a conta de pulos & sempre da perspectiva de um tinico roteador. Por exemplo, para o roteador A chegar até a rede 10.1.3.0, séo trés pules, mas do roteador B so apenas dois pulos. Para entender como os roteadlores RIP utilizam a contagem de pulos, considere a Figura 7-4, Nessa ilustracao, temas quatro roteadores ~ A, B, C € D ~ que estio executando 0 RIP O roteador A anuncia sua rede Ethernet diretamente conectada ao roteador D com uma conta de pulos igual a um. O roteador D recebe essa rota e entende que, de sua perspectiva, ela esté a dois pulos de distancia. O roteador D, entao, anuncia essa rede para o roteador C com uma conta de pulos de dois. 0 roteador C, por sua vez, anuncia a rede para B, e o roteador B a anuncia de volta para o roteador A. ‘Quando a rota retorna ao roteador A, este acredita que o roteador B também tem uma conexio para a mesma rede. Nao hd como saber que o roteador B esté apenas anunciando a rota prépria do roteador A ‘quarta mao. Assim, 0 roteador A deve fazer uma escolha de qual rote usar. Para fazer esse escolha, cle ‘compara a tinica métrica que tem, e determina que sua rota diretamente conectada com uma conta de pulo de um é mais curta que a rota através do roteador B com uma conta de pulo de cinco; assim, ele ‘ignora a rota mais longa e utiliza a rota mais curta, ‘Ao mesino tempo, no entanto, o roteador A também envia um broadeast idéntico em diregéo 20 roteador B. O roteador B encaminha esse broadcast para o roteador C, que o encaminha para o roteador Deeste para o roteador A, exatamente como a primeira rota sen 0 ope Foteador A. um pul FRoteador 8, quatro pcs Zit 7 Figura 7-4 Como os roteadores RIP usam @ conia de pulos. Carmo 7 + Rorewmeno 159 Como os roteadores B, C e D receberam, cada um, as duas rotas, eles comparam a conta de pulos a partir de suas expectativas ¢ escolhem 0 caminho mais curto. ‘Como voce aprendeu no Capitulo 6, o IP tem uma hist6ria tnica devido, em parte, & sua organizagdo original de classes de rede (por exemplo, Classe A, B, C, etc.) e & subseqiiente mudanga para um compor- ‘tamento sem 0 uso de classes. Como RIP vier antes dessa restruturacio sem classes, a versio 1 do RIP é considerada um prorecolo de classes. O protocolo é de classes, porque, embora sejam sempre dadas masca- ras de sub-redes as interfaces, tais mascaras de sub- redes nao sio enviadas, nas atualizacées de roteamento, ‘ha verso 1 do RIP Portanto, um roteador da vizinhanga parte do principio de que todos os antincios recebidos em uma interface usam a mesma méscara de sub-rede daquela interface. Para resolver esse e outros problemas, foi criada uma segunda versio do RIP A verso 2 do RIP ndo apenas transmite a méscara de sub-rede, dando-the suporte para Mascaras de Sub-redes de Comprimento Varidvel (embora isso ndo se aplique verdadeiramente sem 0 uso de classes), como também suporta autenticagio de atualizacées de roteamento através de uma senha secrera e compartihada, e algumas outras caracteristicas. Protocolos de estado de enlace Comparados com os protocolos de vetor de distéincia, 0s protocolos de estado de enlace gozam de indmeras vantagens significativas: primeiro, todos 05 protocolos de estado de enlace sio inteiramente sem classes, oque signifia que nao apenas incluem a méscara de sub-tede com atualizaqoes de roteamento, como também nio fazem busca de rota com base apenas na rede principal. Isso Ihes permite ser muito mais eficientes e conservar um grande numero de enderegos IR Em segundo lugar, os protocolos de estado de enlace utiizam uma mética arbitriri, Considere a rede na Figura 7.5. Se os roreadores A, B eC estiverem conversando em FIP o caminho preferido de A a C poderia ser 0 enlace direto de 1,544 Mbps, porque ele estd apenas um pulo de distancia. Entretanto, a rota através do roteador B tem, pelo menos, 100 vezes mais largura de banda, embora esieja a dois pulos de distancia. Muitas outras qualidades de enlace podem ser fatoradas em uma métrica de vetor de dstincia,inciuindo © seguinte: ‘Tamanho de MTU Confiabilidade ‘Atraso Carga De fato, 0 protocolo de vetor de distancia de propriedade (IGRP) da CISCO utiliza uma métrica composta que leva em conta todas essas qualidades. Embora isso certamente seja mais itil do que uma ‘mera conta de pulos, ela ainda nao tem 2 flexibilidade de uma métrica arbitréria, Por exemplo, e se um Provedor de Servigo de Rede for mais bem pago por um tréfego transportado através de um enlace Peteedor © qn 001 omacor A otador Figura 7-5 Usando um protecola de estado de enlace para mebnorar a eficéncia da rede. 160__ Teoma € Prce.emns Oe REDE De COMFUTADORES. inferior? Como vocé pode ver, quando se considera um ntimero potencialmente infinito de fatores nao- tecnicos, uma métrica arbitréria pode ser bastante stil ‘Além disso, 0s protocolos de estado de enlace usam atualizagies direcionadas a evento em lugar de atualizagies peridicas. Isso é extremamente importante por varias razBes. Primeiro, enviar 0 protocolo de roteamento completo a cada 30 a 90 segundos néo apenas é totalmente desnecessério, como também desperdiga largura de banda e recursos de processador e de membria. Fm segundo lugar, atwalizacoes direcionadas a eventos permitem que uma rede convirja muito mais répido. Veja o exemplo na Figura 7.6. Se roteador A falhar por alguma razio, poderia levar até 120 segundos para as rotas no roteador B ‘esgotarem seus tempos. Na préxima atualizacfo do roteador B para o roteador C, que poderia ser até 50 segundos mais tarde, ele pode enviar uma rota com a marcagao de ndo-atingivel. Até outros 30 segundos mais tarde, o roteador C, por sua vez, envia a rota com essa marcacéo para o roteacor D. Como voce pode ‘ver, trs minutos é um tempo bem longo para que uma informagio acurada se propague, sem problemas, através de uma rede to pequena desse jeito, Por contraste, 05 protocolos de estado de enlace enviam pacotes de “Hello” em intervalos bastante ccurtos; em geral, 10 segundos ou menos. Quando um vizinho nao responde, é imediatamente enviada ‘uma atualizago apenas com as informagées, e néo a tabela de roteamento regularmente completa. A atualizagao de estado de enlace 6, entao, inundada através do dominio inteiro, tao rapidamente quanto os processadores dos roteadores conseguirem envié-la. Em geral, isso faz.com que até mesmo redes maiores de estado de enlace eonvirjam novamente em questo de segundos. ‘Outra vantagem importante dos protacolos de estado de enlace & que eles nao rotetam a partir de rumores. Em vez de enviar uma lista de redes que um roteador tenha escutado, um roteador de estado de enlace origina apenas as atualizagbes das redes por que ¢ responsdvel, ¢tais atualizagées contém o ende- reco do roteador de origem para que nao haja confusdo. Quando um roteador de estado de enlace recebe informag6es de outros roteadores, ele inunda todos os seus vizinhos com essas atualizagbes inalteradas, ‘em vez de incrementar a conta de pulos ou outra métrica que estiver usando. ‘Quando todos os roteadores na rede tiverem bases de dados idénticas de atualizagbes, eles rodam uum algoritmo denominado Algoritmo de Dijkstra. Como todos os roreadores utilizam o mesmo algoritmo ‘e comecam com as mesmas informagées, eles chegam todos & mesma figura da rede, © que impede « cexistincia de loops endémicos em redes de vetores de disténcia Por tiltimo, os protocolos de estado de enlace formam adjacéncias com vizinhos. Isso também impli ea dois beneficios muito importantes. © primeiro beneficio é que tais relacionamentos Ihes permitem utilizar unicast ou multicast em suas atualizagées, em vez de difundi-las para todos na rede, Depois. uma ‘vez que sabem exatamente quantos roteadores esto escutando, eles podem receber confirmagGes, em vex de simplesmente ficar esperando pelo melhor acontecer. Embora os pacotes Hello nao sejam confir- mados, cada pacote contendo atualizacées de roteamento é explicitamente confirmado, e os pacotes, perdidos so reenviados; dessa forma, nfo se perce nenhuum dado no trénsio. Eis alguns dos protocolos de estado de enlace mais populares: ‘+ Sistema Intermediério para Sistema Intermediatio da ISO (IS-1S ~ Intermediate-System to Interme- diate-System) + Protocolo de Servigos de Enlace NetWare da Novell (NLSP --Novel's NetWare Link Services Protocol) + AURP da Apple ‘+ Primeiro Caminho Mais Curto Aberto da IETF (OSPF — Open Shortest Path First) aiasuces ab Sosegnnin a cosets 4S a Ss SD = ea ee rater roars rete rete Figura 7-6 Usando protocoio de estado de enlace para uma atualizagao citecionada a evento, Caemuo7 + Roreweno 161 Como 0 OSPF é o protocolo oficialmente recomendado pela Forca-Tarefa de Engenharia de Internet (IETF = Internet Bngineering Task Force) paca redes IR. discutitemos isso brevemente aqui. 0 OSPF ¢ espe- cificado em varias RFCs, dentre as quais se incluem: + RFC 1311 + RFC 1247 + RRC 2328 ‘Aléin das vantagens dos protocolos de estado de enlace jd descritos, o OSPF também oferece o seguinte: ‘Uma estrutura hierdrquica, em vez de uma estrutura plana Suporte para tréfego de carga balanceada através de miltiplos enlaces ‘Autenticagao segura de atualizagSes de roteamento Briqueragem de rota Classificagao administrativa Embora os desafios técnicos da criago de protocolos de roteamento, que produviram redes estveis ¢ eficientes, tenham sido certamente assustadores, os desafios administrativos nao foram, de forma algu- ma, menores. Quando as empresas comegaram a conectar suas redes, ¢ultimamente & Internet, comouse 6bvio que as politicas ¢ as preferéncias € 0 projeto de uma rede néo eram sempre compativeis com os de ‘outta empresa, mesmo quanclo estavam usando 0 mesmo protocolo. Cada empresa ou organizacao opera ¢ € estruturada de maneira distinta de outras organizagées, assim sues redes devem facilitar as necessida- des especificas que possuem. DecisSes como o nivel e 0s tipos de seguranca tomam-se uma preocupacao quando todo mundo esté usando 0 mesino € 0 tinico protocolo, néo importando qual protocolo seja. O que 4 apropriado para um banco pode nao ser apropriado para uma universidade e vice-versa. ‘Além disso, muitos dos protocolos apresentam limites préticos de modularidade que impossibilita que sejam empregados em uma escale global. Um exemplo disso é o limite da contagem de 16 pulos do RIP Assim, 2 solucao foi criar duas classes de protocolos: interior e exterior. Protocolos de roteamento interior Os protocolos de roteamento previamente discutids, como 0 RIP e 0 OSPE, séo considerados proto- colos de roteamento interior. Tals protocolos so apropriados para uma tinica organizago, mesmo sea rede contiver centenas ou milhares de roteadores. A diferenca-chave é que se pretende que o protocolo seja administrado por uma tinica pessoa ou grupo. Por exemplo, o departamento de Suporte de Rede de ‘uma grande corporacao pode ser responsivel por todos os roteadores da organizagéo em todo o mundo. Entretanto, essa classificagao administrativa nao profbe que duas empresas diferentes conectem suas, redes com 0 mesmo protocolo de roteamento interno. Protocolos de roteamento exterior Em contraste, a tarefa de um protocolo de roteamento exterior é conectar 0s protocolos de roteamento interior juntos. Para realizar isso, a Internet foi dividida em 65.535 sistemas auténomos diferentes. Cada um desses sistemas tem sua administragao prépria e, dentro do sistema autdnomo, cada administragao executa 0 protocolo de roteamento interno de sua escolha.. A Figura 7-7 mostra dois sistemas auténomos, AS 100 ¢ AS 200. Cada sistema est usando seu protocolo de roteamento interior proprio, € os dois sistemas autOnomos estlio conectadlos por um protoco- lo de roteamento exterior. Observe que todos os roteadores no sistema AS200 estio falando internamente RIB e apenas ur roteador esta atuando como gateway de fronteira. Da mesma forma, em AS100, todos os roteadores estéo usando o OSPF internamente para se comunicas, mas wn roteador Unico € identificado como gateway de fronteira. 162_TeomA € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES. Figura 7-7 Sistemas auténomos conectedos por um protocolo de roteamento exterior. ssa arquitetura apresenta vérias vantagens. Em primeiro lugar, o protocolo de roteamento interior pode ser otimizado em eficiéncia ¢ velocidade sem ser sobrecarreagado por restrigSes externas. Ele pode ser configurado para atender as necessidades de uma organizacio sem infringir as necessidades das ou- ‘as organizagies. Ao mesmo tempo, o protocolo de roteamento exterior prima pelo mapeamento das politics e preferéncias de uma organizagio para outra, sem impactar o desempenho da rede interna. ‘Na verdade, embora um grupo controle a atribuigdo dos niimeros de sistemas aut6nomos para @ Internet, como umn tinico grupo 6 responsavel por registrar enderegos IB nenhum grupo é responséivel por ¢gerenciar o protocolo completo. Em vez disso, cada organizacio administra apenas seu sistema auténomo proprio. A outra caracteristica do protocolo de roteamento exterior é que cle é extremamente modular Por ser hierdrquico por natureza, podem-se usar caracteristicas como agregacao de rotas e sumarizacio. © adequadamente denominado Protocolo de Gateway de Fronteira (BGP ~ Border Gateway Protocol) 60 protocolo de roteamento exterior mais conhecido. Lembre-se de que gateway é sindnimo do termo roteador. Assim, esse protocolo gerencia os roteadores nas fronteiras da rede de uma empresa. O BGP € ‘um protocolo de vetor de disténcia, mas, em vez de usar pulos de redes como distancia, utiliza pulos de sistemas auténomos denominados Caminho AS. A Figura 7-8 mostra quatro sistemas aurdnomos, Se 0 roteador RI no sistema AS 100 anunciasse uma rota para a sua rede através do BGP para o sistema Figura 7-8 Protocolo de roteamento exterior BGP. Carmo 7 + Rorewmenro 163 ‘AS200, um roteador BGP em AS 200 veria o caminho AS como 100. Se o sistema AS 200 anunciasse essa rota para AS300, AS 300 mostraria o caminho como 200 100. Quando essa rota chegasse até R4 em AS 400, 0 caminho mostraria 300 200 100. Observe que o caminho atual tem 10 pulos entre R1 e R4, mas, pela definicéo de caminho AS, ele € muito mais curto. Como exemplo de como o BGP permite a modularidade das redes ¢ ainda mantém a autonomia local, considere que o BGP determina apenas quais pacotes de sistemas autnomos viajem através dele. Quando um pacote entra em um sistema aut6nomo, nfo obstante, apenas a organizagao local controla qual caminho 6 usado para ir de um lado do AS para o outro. Embora 0 BGP seja muito mais complexo que outros protocolos de vetor de distncia, como o RIP ele ainda 6 inerentemente vuinerivel 20s mesmos problemas de loop de roteamento provocados pelos roteamentos por rumor. Para combater isso, so usados os mesmos métodas, como o horizonte dividido, como outros protocolos de vetores de distancia. O conceito ¢ fundamentalmente o mesmo. 7.3 ROTEAMENTO HIERARQUICO © roteamento hierdrquico 6 um método de segregacio de rede que permite facilmente a expan- sibilidade dos protocolos de roteamento. Um exemplo disso € 0 parentesco entre os protocolos de roteamento interior ¢ exterior. Outro exemplo € a estrutura de drea do OSPF Em ambos os exemplos, uusa-se um método em particular para ganhar 0 méximo em eficiéncia. Esse método & chamado de sumarisapao, ou agregacdo de rotas. Esta seqo discute @ sumarizacio e um caso especial de sumarizacdo extrema: a rota default Sumarizagéo AA sumarisagdo uma técnica wtlizada em roceamento para descrever muitas redes em uma rota. Para entender esse conceito ¢ a necessidade dessa técnica, considere a analogia geralmente usada com as ras eas estradas interestaduais dos Estados Unidos, ou mesmo do Brasil. Nessa analogia, a rota é equiva: lente a uma placa na estrada que diz a voct (0 pacote) aonde it. 0 observadar casual, que pode ter dirigido durante toda a vida, pode nao ter percebido, mas existem diferencas entre os sinais que vocé vé na esquina de uma rua ¢ 0s sinais ao lado de uma estreda interestadual. Em primeiro lugar, os sinais de uma rua sio bastante explicitos. Eles mostram o nome da rua e, em geral, oendereco do quarteirdo, Tamm so bem pequenos. Em contraste, os sinais da auto-estrada so bem grandes, porque as pessoas, viajando em alta velocidade, nao t8m muito tempo para ler e entender a placa. Nos sinais de tinsito da estrada interestadual, ha apenas 0 nome da cidade e a distincia em quilémetros, ou, no méximo, o nome de uma rua importante que se liga diretamente & interestadual. Imagine que voc’ esté dirigindo numa auto-estrada interestadual e vé uma placa para a préxima cidade. A placa tem 100 pés de largura ¢ 50 pés de altura, ¢ tem 0 nome de cada rua da cidade inteira eserita com letras de seis polegadas de altura. Para aproveitar as informagoes que a placa apresenta, voce teria que parar 0 carro e ler por vérios minutos antes de continuar a viagem. Os carros se amontoariam atrés de voe8 por quilbmetros. As redes de dados operam exatamente da mesma forma. Com os ramos se juntando, as informagbes s¢ tornam menos espectfcas. Se 0s roteadores no backbone da Internet conhecessem 0 enderego de cada uuma das redes de todo o planeta, levaria dias para eles determinarem para onde enviar os seus pacotes. A solucdo, & claro, & agregar as rotas (veja a Figura 7-9). ‘Aqui cada roteador a esquerda (coluna A) tem uma tinica rede de /24, Embora tais roteadores pudessem anunciar todas esses redes, por todo o caminho até o roteador mais & diteita (coluna D), de tal forma que este visse um total de 16 rotas, em teoria deverfamos sumarizar para fazer 0 processo to eficiente quanto possivel, o que faria com que o roteador mais & direita enxergasse apenas duas rotas. E importante lembrar que, 20 sumarizar, vocé perde informages. Perder informagSes que nao so impor ‘antes nfo trard problemas, mas sera de sua responsabilidade, sendo vocé projetista da rede, assegurar que vocé néo esté perdendo informagées importantes. Para voltar & analogia da auto-estrada interestadual, quando esté a 50 quilémetros de uma cidade que possui vérias saidas da interestadual, em geral voce vé uma placa que simplesmente diz: “Whoville 50 quilémetros”, mas, a0 chegar na cidade, vocé vé que as placas indicam também ruas importantes, como 164 Teoma € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES so000n4 forzsoois Figura 7-9 Agregando rotas em uma cede. “Whoville, Rua Principal 2 quildmettos”. Se houvesse cinco safias que levassem a Whoville e todas as pplacas 96 dissessem “Whoville”, qual delas voc® tomaria? Informagées mais especificas Ihe indicam qual rota fica mais perto de sua destinaglo. A maioria das pessoas, a0 conhecerem uma determinada érea, tende a tomar atalhos ¢ estradas vicinais menos congestionadas. Tais rotas mais eficientes geralmente se perdem no resumo das informagSes encontradas nas placas das estradas. ‘Agora, analisaremos a Figura 7.9 com mais detalhes. Para refrescar a meméria, lembre que 0 objeti vo da méscara de sub-rede & diferenciar a parte da rede e a parte de host do enderego. O ponto-chave da sumatizagao esté na méscara de sub-rede, embora, a primeira vista, as méscaras na figura podem néo fazer sentido. A razio € porque elas esto em decimal. Convertendo-se para binério, a sumarizagao torna- se intuitivamente dbvia. Nesse caso, 0s roteadores no primeiro grupo tém os seguintes enderegos de rede ‘em bindri Wéscare oteeder 1 satsrsttstttty1.14311113.00000000 Poteecer 2 Foteder 1 ‘99001070.00000001090000t0.00000000 Fotoeder 1 '990010r0.00000001:0000001".09000000 Usilizamos a notagio /24 para indicar a resumir qualquer conjunto de dados de rotas, vocé simplesmente comega pela esquerda e, caso todos os bits naquela posicZo forem idénticos, voeé coloca o bit naquela posigao na méscara de sub-rede em 1 Carmo 7 + Rorewmenro 165 Repita esse processo para o préximo bit & direita, e continue até chegar & primeira posigdo em que os bits nio sio idénticos. A comparagao se pareceria com o seguinte: (00001010.00000001.00000000.00000000 (00001010.00000001.00000001.00000000 (00001010.00000001.00000010.00000000 ‘90001010.00000001.00000011.00000000 11111111.11111111.11111100.00000000 ‘Uma vez que os 1s siio definidos na mascara de sub-rede, isso nos diz qual é a parte de rede da rota. Como voce pode ver, existem agora 22 bies na mascara de sub-rede, e a parte da rede do terceiro e quarto octetos sio todos Os; assim, a rota é mostrada a seguir: 10.1.0.0 /22 E claro, uma mascara de sub-rede /16, que & muito mais comum, também resumiria aquelas redes a seguinte forma: (00001010.00000001.00000000.00000000 (00001010.00000001.00000001.00000000 00001010.00000001.00000010.00000000 (00001010.00000001.00000011.00000000 11111111.11111111.00000000.00000000 Esse endereco seria mostrado como + 10.1.0.0 6 Entretanto, esse néo ¢ a rota mais especifica. Esse proceso inteiro & repetido para o resto dos roteadores & esquerda, 0 que resulta em quatro redes /22. Sdo as seguintes redes: + 101.00 /22 + 1020.0 /22 + 10.128.0.0 /22 + 10.129.0.0 722 ‘Também é importante perecber que a sumarizacéo 6, de fato, realizada na segunda coluna dos roteadores. Os roteadores nas colunas A e B sabem exatamente onde cada rede est Isso no acontece até 0 roteador na coluna B anunciar essa rota 20 roteador na coluna C, que a sumarizacéo est sendo realizeda. © primeiro roteador na colina C recebe ciuas rotas: 10.1.0.0 /22 e 10.2.0.0 /22. Assim, ele tenta sumarizar essas dues rotas e as anuncia ao roteador D. Ele faz isso da seguinte forma: Primeiramente, ele recebe as duas rotas seguintes: Rota 1 + Enderego: _00001010.00000001.00000000.00000000 + Méscara:11111111.11111111.11111100.00000000 Rota 2 + Enderego: _00001010.00000010.00000000.00000000 © Méseara:—11111111.11111111.11111100.00000000 166 Teoma € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES. Ele faz a comparagio entre elas e encontra + Enderego: _00001010.00000001.00000000.00000000 + Enderego: 11191111.11111110.11111100.00000000 + Mascara: 11111111.11111100.00000000.00000000 (© eniderago resumido da rede anunciada ao roveador Dé, dessa forma + Enderego: _00001010.00000001.00000000.00000000 + Mascara: 11111111.11111100.00000000.00000000 Esse endereco seria mostrado em notacio decimal com pontos da seguinte forma: + 1000.0 /14 ‘Vale a pena observar que essa rede no apenas sumariza 10.1.0.0 /22 e 10.2.0.0 /22, como também. sumariza 10.0.0.0 /22 e 10.3.0.0 /22. Tome cuidado para nao incluir acidentalmente na sua sumarizacéo uma rede que vocé nao tinha intengio de sumarizar, ou voce pode direcionar 0 tréfego para a localiza¢zo errada, Da mesma forma, as rotas 10.128,0.0 /22 e10.129.0.0 /22 chegam ao roteador mais beixo na colune Ce sao sumarizadas como uma /14 para 0 roteador D. Primeiramente, cle recebe as duas rotas seguintes Rota 1 + Enderego: _00001010.10000000.00000000.00000000 + Mascara: 11111111.11111111.11111100,00000000 Rota 2 + Enderego: 00001010.10000001.00000000.00000000 ¢)-Méseara:|— 11111111.11111211.11111100.00000000 le faz. a comparagaio entre elas e enconira + Enderego: 00001010.10000000.00000000.00000000 + Enderego: 11111121.11111111.11111100.00000000 + Mascara: 11111111.11111110.00000000.00000000 (0 endereco resumido de rede anunciada ao roteador D , dessa forma: + Enderego; _00001010.00000000.00000000.00000000 + Mascara: 11111111.11111100,00000000.00000000 Esse endereco seria mastrado em notago decimal com pontos como: + 10:128.0.0 /15 Finalmente, 0 roteador D recebe as rotas 10.0.0. /14e 10.128.0.0 /15 ¢ as sumariza da seguinte forma: Primeiramente, ele reeebe as duas rotas seguintes: Rota 1 + Enderego: _00001010.00000000.00000000.00000000 + Méscara:11111111.11111100.00000000.00000000 Rota 2 + Enderego: _00001010.10000000.00000000.00000000 + Méseara:11111111.11111110.00000000,00000000 Carmo 7 + Rorewmenro 167 Ele faz a comparacio entre elas e encontra + Enderego: _ 0001010.10000000.00000000.00000000 + Enderego: 90001010.10000000.00000000.00000000 + Mascara: 11111111,00000000.00000000.00000000 ‘Que 6, coincidentemente, a mascara natural da rede 10.0.0.0 de Classe A. Em outras palavras, 255.0.0.0 ‘ou/8, Agora podemos ver que, com uma sumarizagao apropriada, o roteador D tem apenas duas rotas em ‘vez de 16, e, como as redes sto contiguas, as informagbes mais especificas perdidas pela sumarizagio sio inrelevantes, pois sua presenga ndo levaria para mais roteamentos étimos. Nesse ponto, deverfamos discu- tir como o proprio roteador escolhe as rotas. Considere a Figura 7-10. ‘Nessa figura, vernos que nossas redes nao so mais contiguas. Foram trocadas duas redes marcadas ‘em negrito, Entretanto, as rotas na coluna B ainda sumarizam como fizeram antes, mas também ineluem a rota mais especifica & rede em negrito, essa forma, 0 roteador no topo da coluna B anuncia que ele pode atingir 10.1.0.0 /22, quando isso for apenas parcialmente verdade, e anuncia 10.2.2.0 /24. Da mesma forma, o roteador mais baixo na ‘coluna B anuncia que ele pode atingir 10,2.0.0 /22 e 10.1.2.0 /24. Quando essas quatro rotas chegarem ‘no roteador da coluna C, como este escolhe para rotear seus pacotes? ‘A resposta a essa pergunta & o conceito do candidato coincidente mais longo. Se o roteador na coluna C recebe um pacote destinado para 10.2.2.2, ele verfica todas as rotas na sua tabela. Encontra © seguinte: Destinacéo: + Enderego: 00001010.00000010.00000010.00000010 Rota 1 + Enderego: _00001010.00000010.00000010.00000000 * Mscara:—11211111.11111111.11111111.00000000 Rota 2 + Enderego: _00001010.00000010.00000000.00000000 + Méscara:11111111.11111111.11111100.00000000 tox00%22 to100% 1000016 020022 1020024 Figura 7-10 Como um roteador oscolho para rotear pacotes. 168 Teoma € Prceeuns Oe REDE De COMFUTADORES. Observe que as rotas 10.2.2.0 /24 e 10.2.0.0 /22 coincidem com a destinagao. Em todos 0s casos, 0 roteador precisa escolher a rota com a mascara mais longa. Faz isso porque a mascara mais longa ¢ necessariamente mais especifica do que um candidato coincidente mais curto; entéo, inferimos que é mais ppréximo e mais preciso. O roteador na coluna C enviaria, portant, seus pacotes para o roteador no topo da coluna B, que os entregeria & localizacéo correta. Se levar 6 conceito de sumarizacio ao caso mais extremo, voc’ teria o que é chamado de rota defeult. Analisaremos a rota default na préxima seqdo. Roteamento default ‘0 caso maisextremo de sumarizagdo ocorre quando todas as rotas inicas existentes esto sumarizadas. ‘Uma vez que o primeiro bit da rede pode ser qualquer coisa, o primeiro bit da mascara de sub-rede, e todo bie, por aquela razio, 6 0. ‘+ Mseara: 00000000.00000000,00000000.00000000 Como todos os bts na méscara de sub-rede so zeros, néo hd nenhuma parte de rede no endereso. Basicamente, isso captura todos os endere¢os. f, portanto, mais freqtientemente exibido como + Enderego —0.0.0.0.0 + Mascara 00.0.0.0 “Trata-se, dessa forma, da rota default, pols qualquer outra rota que coincide com um enderego de destino tem uma méscara de sub-rede mais longa e, portanto, é preferida, $6 quando néo houver nenhu- ma outra opco & que se utiliza a rota default. ‘Um exemplo disso pode ser visto a seguir. Trata-se de parte da safda do comando de “imprimir rota” do prompt de um comando do Windows 2000. Vocé pode ficar surpreso ao saber que todos os hosts mantém tabelas de roceamento, exatamente como 0s roteadores. A razio por que nao séo considerados roteadores é que nio encaminham tréfego em nome de outros dispositivos. Netmack Gateway Interface 0.0.0.0, 0.0.0.0 192,168.1.1 192.168.1.1 192.168.1.0 255.255.255.0 192.168.1.3 192.168 392.168.1.3 255.255.255.255 127.0.0.1. 27.0.0 192.168.1255 255.255.255.255 192/168.1.3 192.168, 1 255.255.2: 255.255.255.255 192,168.13 1000002 1 Default Gateway 192.168-1.1 ‘Aqui vemos que, configurando um gateway default nas caixas de didlogo da configuracdo TCP/TR nos “bastidores”, 0 Windows estd, na verdade, colocando uma rota default para 0 enderego IP do gateway defeult que voeé especificou. Seguindo o prineipio da coincidéncia mais espectica, podemos ver que, se eu ‘executo um PING para 0 meu préprio endereco, 192.168.1.3, eu estaria coincidindo com a rota: 192,168.1.9 255.255.255.255 127.0.0.2-127.0.0.1 Isso faria com que meu tréfego com o PING fosse enviado através do loopback de software, 127.0.0.1. ‘Qualquer coisa enviada para meu segmento local sairia através da minha propria interface, 192.168.1.3, com eu mesmo sendo o gateway. Qualquer outra coisa seria coberta pela rota 0.0.0.0 0.0.0.0 192.168.1.1 192.168.1.3 1 Isso satisfaz todos os enderegos de redes poss{vels e encaminha o tréfego para fora de minha interface 192.168.1.3, para o gateway 192.168.1.1. Carmo 7 + Rorewmeno 169 Praticamente, as rotas default so uma necessidade, porque seria impossivelcoloca rots para todas as redes na Internet nas nossas tabelas de roteamento local. De novo, para resolver essa exigéncia, sim- plesmente usamos roteamento normal para redes locas e, depos, empregamos uma rota dejeult aponta- {a para o backbone da Internet. © Provedor de Servgo de Internet agrega e surmariza todas as ras dos ‘seus usudrios. Assim, os provedores de servigo de rede sumarizam todos os ISPs conectados. Trata-se da tesséncia do roteamento hierdrquico. 7.4 ROTEAMENTO MULTICAST 0 roteamento multicast & especial devido a sua necessidade de atingir muitos clientes diferentes com uum tinico pacote enviado para um endereco de grupo. Em vez.de enviar um pacote de unicast para uma ‘iniea destinagio sobre um tinieo caminho, o multicast deve enviar um pacote para um mimero arbitrério de destinagées, que necessariamente significa um miimero arbitrério de caminhos. Para realizar isso, po- dem ser usados alguns protocolos de roteamento especial. Entre cles, incluem-se os seguintes: + Protocolo de Roteamento Multicast de Vetor de Distancia (DVMRP Distance Vector Multicast Routing Protocol) + Multicast do Primeiro Caminho Mais Curto Aberto (MOSPF ~ Multicast Open Shortest Path First) + Multicast Independente de Protocolo (PIM ~ Protocol Independent Multicast) Geralmente, os roteadores multicast receber um pacote multicast em uma interface e, depois, ‘encaminham-na para fora de outras interfaces que so configuradas para roteamento multicast. Se hhouver miltiplos caminhos através da rede, isso poderia gerar varios loops de roteamento. Entdo, para ‘evitar loops, o roteamento multicast utiliza um de dois mécodos de distribuicdo: drvore de fonte e drvore compartilhada. Arvores de fonte No modelo de distribuigao de drvore de fonte, pode-se criar um diagrama de érvore para descrever © caminho entre cada fonte multicast (por exemplo, um servidor de midia de streaming) e a destinagio. A fonte © a destinagao sio geralmente representadas com a seguinte notagio: (3.0) onde: +S = Enderego IP de Fonte + G = Enderego IP de Grupo Por exemplo, a Figura 7-11 mostra a conectividade fisica entre um conjunto de roteadores. Todos les estéo participando do roteamento multicast. Como vocé pode ver, existem muitos caminhos possiveis através da rede para ir de qualquer ponto para outro. Figura 7-11 Conectvidede fisica entre seis roteadores. ITO_TeoA € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES. ‘Nota: nessa confusdo de caminhos, 0 par (S, G) apareceria como algo do tipo (192. 168.1.1, 224.1.2.2), mas, para maior simplicidade, substituimos 0 endereco IP da fonte por um nome de roteador, nos exem- plos das Figuras 7-11, 7-12, 7-13 e 7-14, ‘A Figura 7-12 mostra a Arvore de Fonte (R1, 224.1.1.1), que é 0 caminho mais curto entre Ri e todos os nés para os quais 03 pacotes, destinados para o enderoeo multicast 224.1.1.1, so entregues. (1, 2203.1) Figura 7-12 Arvore do Foote Rt A Figura 7-13 mostra a érvore (R3, 224.1.1.1). Embora a fonte esteja do outro lado da rede, a drvore parece bastante similar & (RL, 224.1.1.1). Observe que os nomes dos roteadores mudaram. Nao 6 a ‘mesma érvore amid a: Bo re = = Figura 7-13 Arvore do Forte RS. ‘A Figura 7-14 mostra a drvore (R6, 224.1.1.1). A R6 tem tr8s conexGes fisicas, ¢ niio duas, como fazem R1 e R3. Isso faz. com que sua drvore seja mais ampla e mais profunda. (6, 2241.1.1) Figura 7-14 Arvore de Fonte R6. Carmo + Rorewmnro 171 Arvores compartilhadas Ao contrétio de rvores de fonte, nas quais todo par (S, G) tem sua tinica érvore prépria ¢ nes quais a fonte é sempre a raiz da drvore, no modelo de distribuicio de drvore compartilhada, existe apenas uma Arvore compartilhada entre todas as fontes. A notagao para isso € (*, G), pois a fonte néo tem mais, importancia, Os roteadores em uma drvore compartilhada devem conhecer o roteador de fonte, geralmente deno- ‘minado Ponto de Encontro (RP — Rendezvous Point). Quando ume fonte multicast envia seu trifego para ‘um desses roteadores, 0 roteador, ento, o direcionaria para o Ponto de Encontro, que o poderia entregar através da frvore compartilhada para todos 0s receptores. O RR portanto, é responsével pela determina ‘glo da rvore e 6 sempre a raiz Encaminhamento de caminho reverso ‘A maioria dos roteadores multicast utiliza uma técnica denominada Encaminhamento de Caminko Reverso para evitar loops. Como estio todos usando um modelo de érvore para garantir que nao exista ‘nenhum loop, o algoritmo usado para encaminhamento do tréfego é relativamente simples. Em vez de basear as decisGes em procures (lookups) em uma tabela de roteamento, o roteador simplesmente verifica © pacote para ver se a interface em que ele chegou esté no caminho reverso para a fonte. Se estiver, 0 pacote é encaminhado. Se nao estiver, o roteador sabe que 0 pacote chegou de uma rota nao-Stima e que ‘nao deveria ser encaminhado de volta para fonte. A Figura 7-15 ilustra esse conceito. © pacote multicast chega com uma fonte de 192.168.1.1. Uma vez que ele chega na interface que leva para 192.168.1.1, de acordo com a rvore de caminho mais curto, o pacote é encaminhado para fora das ourras interfaces Nota: os roteadores multicast niio cncaminham necessariamente os pacotes para fora de todas as interfaces. A Figura 7-16 mostra o contrério, Dessa vez, um pacote idéntico chega em outta interface. Como a rvore de caminho mais curto aponta para uma interface diferente, ele falha no teste de encaminhamento de caminbo reverso e no é encaminhado para fora de nenhuma interface. Roa LP me ss Sz oe ‘1 192:168.1.4 | ese22 , Figura 7-16 Usando eneaminhamento do caménho reverse para evitar loops. IT2_ Teoma € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES. 192.1681. 192.10822 Xx si Figura 7-16 Um pacote que falha no teste de encaminhamento de carrinho reverso 7.1. Um roteador tem as seguintes rotas em sua tabele de roteamento: 7s 7A 7s 76 Route 0.0.0.0/0e1 10.0.0.0/8 10.0.0.0/16 10.0.1.0/24 10.1.1.0/24 10.1.0.0/16 10.1.0.0/24 10.1.2.1/32 outgoing Interface eo et 30 et 0 el 82 Um pacote chega ao roteador com um endereco de destino de 10.1.1.1. Qual é a interface que 0 roteador usard para transmitir esse pacote? 7.2 Um roteador tem as seguintes rotas em sua tabela de roteamento: Route 0.0.0.0/0 81 10.0.0.0/8 10.0.0.0/16 10.0.1.0/24 10.1.2.0/24 10.1.0.0/16 10.1.0.0/24 10.1.1.1/32 Outgoing Interface 0 1 30 el 80 el 32 ‘Um pacote chega ao rotcador com um endereco de destino de 10.0.4.1. Qual ¢ a interface que 0 roteador usaré para transmitir esse pacote? Por que os hasts possuem tabelas de roteamento se eles tém apenas uma interface? Como funciona 0 horizonte dividido? Depois que a rede RIP com o horizonte dividido na Figura 7-17 estiver convergida, a interface Ethernet do roteador A falha. Como a rede reagiré a essa mudanca de topologia? Por que as sub-redes de “todas uns” e “todas zeros” nao stio usadas? eteador A, um plo ‘20nd 9 '9 epee Zon ol, Figura 7-17 Rede RIP com horizonte dividido. 7.7 Usando a rede mostrada na Figura 7-18 como exemplo, como funciona um broadcast ditecionado? ‘Computador Computacor 7 / A Z Arozoare a a sm 5m Computer Computador ‘Computador Comp.ador Figura 7-18 Um broadcast direcionado. Dada a rede de érvore compartilhada capacitada com multicast na Figura 7-19, em que o roteador 6 é 0 ponto de encontro, qual seria 0 caminho tomado através da rede para um cliente anexado a0 roteador RB para enviar tréfego multicast para um cliente anexado ao rotcador R1? 7.9 Se arede na Figura 7-19 fosse uma rede de drvore de fonte, qual seria o caminho tomado? ITA Teoma € Prce.euns 0 REDE De COMFUTADORES Figura 7-19 Rede de érvore comparthada capacitada com mutticast 7-10 Usando o diagrama de rede da Figura 7-20, qual 6 0 caminho preferido pelo RIP de R6 para R27 7.11 Se o diagrama na Figura 7-20 estivesse usando OSPF em vez RIP qual seria o caminho preferido de R6 para R2? The 11 ceria th = Ethomet TA Tokon Ping FE = Fast Shemet Figura 7-20 Segmertos de redes e enlaces. 7.12. Depois de mudar manualmente os custas dos enlaces na questo anterior, como foi mostrado na Figura 7-21, qual seria o caminho preferido entre R6 e R2? Figura 7-21 Custos de enlece revisados. Carmo 7 + Rorewmenro 175 Respostas das Questoes de Revisio ma 72 73 52, Lembre que, independentemente da ordem das rotas, a candidata coincidente de rota mai longa & sempre escolhida. A rota /32 é a candidata mais longa e mais especifica; assim, sua Interface de safda de <2 serd usada Para ver como isso é calculado, primeiro converta tudo para binério. Aqui, a destinagéo 10.1.1.1 eas rotas se tornam: (00091019.00000001.00000001.00000001 + Destinacao 00001010 «1 0.0.0.0/8 (00001010.00000000 « 10.0.0.0/16 00001019.00000000. 00000001 « 10.0.1.0/24 00001010-00000001. 00000001 « 10.1.1.0/24 (00001010.00000001 < 10.1.0.0/16 00001019.00000001. 00000000 + 10.1.0.0/24 (00001010.00000001.00000001.00000001 < 10.1.1.1/32 Depois de descartar as rotas que néo coincidem, restam as quatro em negrito. Dessas, a mais longa tem 32 bits. Observe que a rota default também coincide, mas nio foi istada. e1. De novo, a rota mais longa que coincide € a 10.0.0.0 /16, que tem uma interface de saida de el. Depois de converter para binério, a destinagao 10.0.4.1 e as rotas se tornam: 00001010.00000001.00000001.00000001 < Destinacao 00001010 —! 0.0.0.0/8 (00001019.00000000 < 10.0.0.0/16 00001010.00000000. 00000001 « 10.0.1.0/24 00001010.00000001. 00000001 + 10.1.1.0/24 00001010.00000001 < 10.1.0.0/16 (00001019.00000001. 00000000 « 10.1.0.0/24 00001010.00000001.00000001.00000001 + 10.1.1.1/32 Apenas duas rotas ea rota default coincidem com a destinagao 10.0.4.1 e, dessas, a rota /16 6a mais especifica. ‘Atabela de roteamento em um host ainda é necesséria para transmitir pacotes. Ela néo apenas conta ao host onde esté seu gateway default, como também define explicitamente o enderego de broadcast da rede, além da interface de loopback. Os hosts, como os PCs e os servidores, s 0 geralmente encontradios nas redes de broadeasts de rmultiacesso, Aqui pode haver centenas ou milhares de dispositivos na mesma sub-rede IP Tam- bém ¢ possfvel que os hosts tenham muiltiplos gateways. Considere a Figura 7-22. ‘Aqui ha dois roteadores anexados & mesma rede de um grupo de PCs, Se o PC tem um gateway default de 192.168.1.1 configurade, ele tera uma rota como esta em sua tabela de roteamento: Network Destination Netmask Gateway Interfaco Metric 0.0.0.0 0.0.0.0 192.168,2.1 192.168.1.3 1 E claro, signifiea que todo o tréfego que néo é destinado & rede local é enviado para 192.168.1.1. Como vocé pode ver, o resultado é rotezmento substimo, porque o tréfego enviado A rede B vai, ‘num primeiro momento, para 0 roteador 192.168.1.1, que entao o encaminha para 192.168.1.2, antes de ser enviado para a rede B. E possivel adicionar uma segunda rota defaule para 0 roteador B, como esta: Network Destination Netmask Gateway Interface Metric 0.0.0.0 0.0.0.0 © 192.168.1.1 192.168.1.3 2 Mas isso apenas balancearia a carga do tréfego, ou seria usado como backup no caso de 0 primeiro roteador falhar, dependendo do sistema operacional que estiver rodando no PC. O pro- IT6_TeomA € Prce.euns Oe REDE DE COMFUTADORES. 74 fo (mn) MS oben t92.t0014 reo. 168.13 Figura 7-22 Um host com miitiplos gateways. blema ¢ que o PC néo tem como saber qual ¢ 0 roteador que possui o melhor caminho & rede B, pois nao esté participando de nenhum protocolo de roteamento. De fato, nossa sumarizagao ma- nual (na verdade, o resultado de ndo adicionar mais rotas especificas, manualmente) deixou o PG com uma perda valiosa de informacdes. Para resolver esse problema, existem duas opcdes. A primeira ¢ habiitar o Redirecionamento ICMP Nesse caso, quando o roteador 192.168.1.1 receber um pacote destinado a rede B, ele compreende que nao é mais a rota étima e, ento, envia um pacote de Redirecionamento ICMP 20 PC para que esse temporariamente roteie 0 trfego para essa destinacio através de 192.168.1.2 Por muitas razbes de seguranca, os Redirecionamentos ICMP so freqiientemente desativades. ‘A segunda opcdo ¢ configurar uma rota manual como esta: Network Destination Netmask Gateway Interface Metric 0.0.0.0 0.0.0.0 192.168.1.1 192.168.1.3 1 192.168.3.0 255.255.255.0 192.169.1.2 192.168.1.3 1 Desse modo, a tabela de roteamento permite que o host seja bastante explicito quanto a localiza ¢o para onde seu tréfego ¢ direcionado. Nesse caso, 0 roteador 192.168.1.2 é um gateway, e nfo apenas o gateway defeult ‘A téenica de horizonte dividido impede que um roteador anuncie uma rede na mesma interface de nde o roteador fi recebido. Na Figura 7-23, todos os roteadores estio usando RIP Em algum instante 0,0 roteador A anun- cia a rede 1 para o roteador C com uma distancia de um pulo. Ao mesmo tempo, o roteador B anuncia a rede 1 para 0 roteador D. No préximo intervalo de atualizagio do roteador C, ele anuncia sua tabela de roteamento por completo para o roteador F, incluindo a rede 1 com um custo de dois pulos. Também anuncia as rotas em sua tabela de roteamento para o roteador A. Sem o horizonte dividido, isso inclui uma rota para a rede 1 com uma distancia de dois pulos. ‘Uma vez que os protocolos de vetor de distancia no guardam informagées sobre a origem do amtineio, 0 roteador A acredita que tem duas rotas para a rede 1: sua propria interface Ethemet diretamente conectada e uma roxa de dois pulos através do roteador C, Entretanto, como sua propria interface esta a zero pulo de distancia, ele descara esea rota. Carmo 7 + Rorewmenro 177 75 Figura 7-23 Horizonte divi Um pouco mais tarde, o roteador D anuncia a rede 1 para o roteador E com uma conta de pulo (hop count) de dois e 0 roteador E anuncia a rede 1 para o roteador C com uma conta de pulo de trés. O roteador C descarta a informacao, porque o caminho através do roteador A € mais curto. ‘Tudo vai bem até a interface Etiernet do roteador A parar de funcionar. No préximo intervalo de atualizagio, 0 roteador A envia um antincio para a rede 1 com uma conta de pulo de 16 ou “infnito” para indicar que ela nao pode ser atingida através do roteador A. Infelizmente, antes que isso possa acontecer, 0 roteadlor A recebe uma atualizacao do roteador C indicando que ele pode atingir a rede 1 com apenas dois pulos de distancia. (Novamente, nenhum dos roteadores nem desconfia que esse camino passa, na verdade, através da interface que agora nao esté disponivel.) Nesse ponto, envia-se um pacote de um host da rede 2 para um host na rede 1. O roteador G encaminha o paeote para o roteador A. O roteador A examina o pacote € 0 envia para o roteador CO roteador C examina 0 pacote € 0 envia para o roteador A Fsse processo continua até que 0 ‘tempo de vida do pacote expire. © horizonte dividido impede esse cenério, proibindo que os roteadores anunciem rotas pela mesma interface pela qual foram recebidos. Quando roteador A percebe que sta interface Ethernet nao esté funcionando, ele comega a procurar uma rota alternativa. Como os roteadores Ae D estdo usando horizonte dividido, o roteador D nao esta anunciando a rede 10.1.1.0 de volta para o roteador A, assim nenhum loop iri se formar. Ou ind? Quando a rota para a rede 10.1.1.0 é passada através da rede, mais cedo ou mais tarde ela acaba atingindo 0 roteador B, que a encaminha de volta para o roteador A com um custo de quatro pulos. Uma vex que o roteador A nao tem mais a rota de pulo zero de sua interface local- mente conectada, ele aceita essa rota ¢ a transmite para o roteador D com uma conta de pulo de cinco no préximo intervalo de atualizagto. Nesse ponto, se um pacote fosse enviado para 10.1.1.100, o roteador A o encaminharia para 0 roteador B, que o encaminharia para o roteador C, que o encaminharia para o roteador B, que o encaminharia para 0 roteador A. O roteador A novamente 0 encaminharia para o roteador B e uma vez mais terfamos um loop! Esse pacote continuaria circulando pela rede até seu tempo de Vida chegar a zero. Para impedir que esse tipo de loop ocorra, os protocolos de vetor de disténcia utilizam uma téenica denominada contagem até o infinito. Nesse caso, 0 infinito & definido como 16 pulos, que é o motivo pelo qual o RIP se limita « 16 los. Para que isso funcione, o roteador D deve receber a rota para 10.1.1.100 do roteador A com uma conta de pulo de cinco, depois passé-la adiante para o roteador G com uma conta de pulo de seis. O roteador C passa isso para o roteador B com uma conta de pulo de sete. O roteador B novamente passa isso para o roteador A com uma conta de pulo de oito. Esse processo continua até que o roteador B finalmente anuncie a rota para 0 roteedor A com uma conta de pulo de 16. © problema com essa abordagem é que pode demorar vérios minutos para esses roteadores convergirem. E por isso que os protocolos de estado de enlace so téo populares. ITB Teoma € Prce.euns Oe REDE De COMFUTADORES. 76 7 78 79 7.10 Originalmente, existiam quatro tipos de broadcasts: Broadcasts limitados Broadcasts direcionados Broadcasts direcionados para todas as sub-redes Broadcasts direcionados para sub-redes 0 Broadcast limitado ¢ a forma familiar 255.255.255.255. Chama-se broadcast limitado porque ro se permite que os roteadores o encaminhem. (Os direcionados ¢ 0s direcionados para sub-redes foram originalmente planejados para ser dife- rentes, mas agora sio indistinguiveis. Isto é, ambos so 0 endereco de rede, com todos “uns” na parte de host, por exemplo, 10.255.255.255, Planejow-se 0 broadcast direcionado para todas as sub-redes para ser usado em transmissio Para todas as sub-redes de uma rede particular de classes. Por exemplo, se sua rede 10.0.0.0 tivesse vito bits para a criagdo de sub-redes, voc€ poderia ter um enderego 10.1.0.0 /16. Seu endereco de broadcast de sub-rede seria 10.1.255.255. Um broadcast para 10.255.255.255 seria enviado para todas as sub-redes 10.1.0.0 10.2.0.0 10.3.0.0 10.284.0.0 Infelizmente, as protocolos de roteamento de classes, que ndo submeteram mascaras de sub-rede em suas atualizagées de roteamento, nao tinham eomo entender a diferenca entre 10.0.0.0 /16 € 10.0.000/8. B, caso voct fesse usar a sub-tede de “toxos uns”, que seria 10.255.0.0 /16, e mandasse ‘um broadcast para 10.255,255.255, o roteador nao teria como saber se o broadcast foi planejado para todas as sub-tedes ou apenas como broavicastdirecionado para a rede 10.255.0.0 /16, Desse modo, a RFC 950, 0 documento no qual as sub-redes foram definidas pela primeira vez, simplesmente proibia 0 uso da sub-rede “todos uns” e da sub-rede “todos zeros". Hoje, nfo se usao broadcast direcionado para todasas sub-reds, e nossos protocolosde roteamento sem o uso de classes podem facilmente entender a diferenca entre 10.0.0.0/16 e 10.0.0.0/8. Assim, no ha nenhuma razdo técnica para no se usar a sub-rede “todos uns” ou a sub-rede “todos zeros”. Entretanto, muitas pessoas preferem nao usé-las, pois tendem a gerar confusio. Considere a rede na Figura 7-18. Se 0 computador rotuledo “Fonte” enviesse um broadcast limitado de 255.255.255.255, isso seria recebido e processado apenas pelos compuitadores e pelo roteador B em seu segmento local Se esse computador novamente enviasse um broadcast direcionado de 10.1.255.255, isso seria enviado através de unicast para o roteador B,esoliitar-se-ia a este que o encaminhasse ao roteador A. O roteador A, entdo, transmitiria esse pacote na interface Ethernet contendo 10.1.0.0 /24, em que seria considerado um broadcast e, subseqiientemente, recebido e processado por todos os hosts naquela sub-rede. Se 0 mesmo computador enviasse um broadcast direcionado para todas as sub-tedes para 10.255.255.255, solictar-se-ia que 0 roteador B eneaminhasse esse pacote para 0 roteador A. ‘Também se solicitaria ao roteador A que transmitisse o pacote em ambas as interfaces Ethernet que contém o segmento 10.1.0.0 e 0 segmento 10.2.0.0. Significa que todos os hosts nesses seg rmentos receberiam e processariam esse pacote. Felizmente, eles ndo so mais usados. Primeiro, otréfego & enviado por R6 para o RE como mostrado na Figura 7-24. O eaminho toma do 6 RB, R9, RS, RG. Observe que o caminho RB, R7, R4, R6 também poderia ser escolhido. O caminho anterior foi escolhido arbitrariamente. ‘Uma ver.que o pacote ce multicast & recebido pelo RB, ele encaminha o tréfego pelo caminho mais curto em sua drvore, que é R6, R4, R1. A drvore e 0 caminho séo mostrados na Figura 7-25. Para determinar esse caminho, deve se calcular a érvore de caminho mais curto de R8 para RI. Isso ¢ mostrado na Figura 7-26. Assim, 0 caminho & RB, R7, R4, R1, pois as érvores de fonte so sempre criadas do ponto de vista do transmissor. A raiz da irvore é sempre o transmissor. 2 anunciatia suas redes para RS e R1 com uma conta de pulo de um, Cara T + Roreaneno 179 Figura 7-24 Trafego erviedo por RS pare RP. Figura 7-25 RP encaminha 0 tfego pelo caminho meis curto em sua Arvore. Figura 7-26 Arvore de caminho mals cuto de R& para Rt. 1BO Teo € Prce.euns Oe REDE DE COMFUTADORES. RS anunciaria as redes de R2 para R6 com uma conta de pulo de dois. 1 anunciatia as redes de R2 para R4 com uma conta de pulo de dois. 4 anuneiaria as redes de R2 para R6 com a conta de pulo de trés. esse mado, 0 R6 tomaria 0 caminho mais curto de dois pulos por RS. 0 caminho seria R6, RS, R2. 7.11. Aqui, precisamos calcular 03 custos de cada enlace. Lembre-se de que o comportamento default do 712 OSPR 6 usar a formula Gusto = Largura de Banda de Referéncia / Largura de Banda da Interface O valor default da Largura de Banda de Referéncia é 100 Mbps. Recorde do Capitulo 3 que as larguras de bandas de interfaces para essas tecnologias so de seguince forma: TL = 1,544 Mbps Ethernet = 10 Mbps ‘Token Ring = 16 Mbps Fast Bthernet = 100 Mbps Portanto, o custo do enlace Tl € 100/1,544, ou 65. ‘© custo de cada segment Ethernet é 100/10, ou 10. © custo de cada segmento Token Ring é 100/16, ou 6. © custo de cada segmento Fast Ethernet é 100/100, ou 1. Esses custos s80 mostrados na Figura 7-27. osr = BW FS 8 Figura 7-27 Custos de enlaces de rede com OSPF. Para acharo custo de um caminho, simplesmente some os enlaces naquele camino como mostra do a seguir: R6, RS, R2= 75 R6, RA, RI, R= 22 RG, RB, R3, RS, R2 = 13 R6, RB, R7, R4, RL, R2 = 33 Embora o caminbo tomado pelo RIP seja muito mais curto ois pulos versus quatro), o desempe- rnho do pulo mais longo nao ¢ limitado pelo enlace T1 bastante lento, e o caminho de alta veloc dade R6, RB, R3, RS, R2 vence. Agora, depois de somar os caminhos, cbtemos: RB, RS, R2= 13 R6, Ra, R1, R2 = 13 R6, RB, R3, RS, RZ = 14 R6, RB, R7, R4, RL, R2 = 33 ‘Agora, vemos um empate porque dois caminhos tém um custo igual. Nesse caso, os dois caminhos siio escolhidos. © OSPF suporta balanceamento de carga de até quatro caminhos de custos iguais.

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