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DATA: 01/09/2016

IT- INSTRUÇÃO DE TRABALHO - 004


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Trabalho em Altura
REV.: 01

Objetivo

Fornecer diretrizes de segurança e saúde no trabalho (NR 1.7 b) bem como de proteção ao meio ambiente, para o Trabalho em Altura (NR
35), a todos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade, tendo como base o planejamento, a organização e a
execução, treinamento dos envolvidos, e elaboração das análises de risco, devendo ser incorporadas a outras medidas identificadas em
função das condições do local.

1. Definições
 Trabalho em Altura:
Considera-se trabalho em altura, qualquer atividade que requeira que o trabalhador esteja posicionado em um local elevado, com
diferença superior a 2,0 metros da superfície de referência, e que ofereça risco de queda (NR 35.1.2)
Para trabalhos realizados em níveis iguais ou inferiores a 2,0 metros, onde haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador,
deverão ser tomadas as medidas preventivas cabíveis.
Trabalhadores indiretamente envolvidos são aqueles que, não estão atuando com diferença de níveis, mas estão no entorno das
atividades, sujeitos aos riscos relativos ao trabalho em altura.

 Profissional qualificado:

Trabalhador que possui uma das seguintes condições:

 Capacitação mediante treinamento na empresa;

 Capacitação mediante curso ministrado por instituição privada ou pública e conduzido por profissional habilitado;

 Ter experiência comprovada em carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses na função.

 Profissional habilitado:

Trabalhador que possui uma das seguintes condições:

 Capacitação mediante curso específico do sistema oficial de ensino;

 Capacitação mediante curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino

2. Requisitos Gerais de Segurança e Saúde Ocupacional


(NR-6, NR-18)

Equipamentos de Proteção Individual

 Capacete com aba frontal e jugular;


 Protetor Auricular;
 Óculos de segurança;

 Trava quedas;

 Cinturão de segurança tipo pára-quedista com talabarte duplo e mosquetão de engate rápido;
 Luva de vaqueta, ou luva de proteção resistente a corte;

 Botina de vaqueta com elástico lateral e sem cadarço.

 Proteção respiratória;
 Capuz de proteção solar ou similar;
 Protetor solar;
 Uniforme manga longa;

 Outros equipamentos necessários em função do ambiente de trabalho, conforme especificações do Departamento de Segurança do
Trabalho, IT especificas e APR da atividade;
Equipamentos de Proteção Coletiva

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 Sinalização de orientação, advertência e isolamento capaz de evitarem a ocorrência de acidentes por eventuais quedas de materiais,
ferramentas e/ou equipamentos e prevenção de doenças ocupacionais;
 Utilização da barreira de proteção (baixa tensão), para trabalhos próximos às redes elétricas;
 Escadas devidamente fixadas, de forma a permitir o acesso aos telhados de maneira segura;
 É obrigatória a instalação de cabo guia de aço, para fixação do cinturão de segurança tipo pára-quedista ou outros dispositivos de
proteção contra quedas, de modo a garantir a movimentação segura dos trabalhadores;
 O acesso sobre telhados deve ser feito através de tábuas de primeira qualidade, devidamente fixadas e com comprimento maior que os
vãos das telhas;
 Os cabos-guia devem ter suas extremidades fixadas à estrutura definitiva da edificação, através de suportes de aço inoxidável ou outro
material adequado e resistente;
 Utilizar extintores de incêndio de acordo com o tipo de serviço e ferramenta utilizada;
 Outros (conforme o serviço ou local específico).

3. Requisitos de Meio Ambiente

 É proibido jogar sobras de materiais em locais não autorizados;


 A disposição final dos resíduos da atividade deverá ser feita em aterros que atendam às normas e exigências estabelecidas pelos
órgãos ambientais competentes, devidamente licenciados para esse fim;
 Colaborar com a coleta seletiva. Descartar os resíduos seguindo as orientações de sinalização.

4. Obrigações do Empregador

Somente permitir a realização da atividade, por trabalhador comprovadamente QUALIFICADO (NR 18.37.5)

4.1 CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO (NR 35.3)

 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático,
com carga horária mínima de oito horas. (NR 35.3.2)

 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho e será computado como de trabalho efetivo
o tempo despendido na capacitação. (NR 35.3.5 e 35.3.5.1)

 Para comprovar a capacitação, os empregados que realizam trabalhos em altura devem ter um registro no seu prontuário individual
que mostre o treinamento recebido. Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura poderão ser ministrados em
conjunto com outros treinamentos da empresa, devendo neste caso ser observadas a carga horária, o conteúdo, a aprovação e a
validade previstas nos treinamentos. (NR 35.3.6)

 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional
qualificado em segurança no trabalho (Técnicos ou Eng. de Seg. Trabalho). (NR 35.3.6) A comprovada proficiência no assunto não
significa formação em curso específico, mas habilidades, experiência e conhecimentos capazes de ministrar os ensinamentos
referentes aos tópicos abordados nos treinamentos.

 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo, o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária,
data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável. (NR 35.3.7)

 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa. (NR 35.3.7.1)

Programa de Capacitação
Promover programa para capacitação dos trabalhadores para realização de trabalho em altura, devendo ser estruturado em
treinamentos inicial, periódico e eventual. (NR 35.3.1)

Treinamento Inicial
Deve ser realizado na admissão e antes dos trabalhadores iniciarem suas atividades em altura com carga horária mínima de 08
horas.

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Para as situações em que o trabalhador contratado por uma empresa termina o seu contrato de trabalho e é admitido em outra é
entendido como treinamento inicial.

Treinamento Periódico (Bienal)


Deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador e ser realizado a cada dois
anos. (NR 35.3.3.1)

Treinamento Eventual
Deve ser realizado sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações mencionadas: (NR 35.3.3)
 Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
 Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
 Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
 Mudança de empresa.
A carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou. (NR 35.3.3.2)

O treinamento eventual devido mudança de emprego está vinculado aos trabalhadores das empresas subcontratadas que ao
executar sua atividade em nossas obras encontram um ambiente de trabalho adverso daquele que normalmente está em contato.
Para este trabalhador, devem-se verificar os treinamentos realizados e adaptar o conteúdo à realidade do novo ambiente de
trabalho.

O conteúdo programático para o treinamento Inicial (teórico e prático) deve incluir pelo menos: (NR 35.3.2)
 Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
 Análise de Risco e condições impeditivas;
 Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
 Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
 Equipamentos de proteção individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
 Acidentes típicos em trabalhos em altura;
 Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

4.2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA O TRABALHO EM ALTURA

Durante o planejamento do trabalho as medidas de proteção devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

 Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução do trabalho (NR 35.4.2 a);

 Medidas de proteção coletiva que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra
forma (NR 35.4.2 b).

 Instalação de guarda-corpo adequado e dimensionado por profissional legalmente habilitado em qualquer local onde haja risco de queda
de pessoas (exemplo: beiradas de lajes, andaimes, etc.);

 Utilização de sistemas de restrição de movimentação horizontal (vide item 2.9.5);

 Sinalização com placas, cartazes alusivos à prevenção de incidentes e doenças ocupacionais;

 Outros sistemas necessários em função do ambiente de trabalho, conforme especificações do Departamento de Segurança do Trabalho,
IT’s especificas e APR da atividade;
Medidas que minimizam as consequências da queda, quando o risco de queda não possa ser eliminado (NR 35.4.2 c);
Exemplos:

 Cinturões de segurança com dispositivos trava quedas;

 Cinturões de segurança com talabarte para proteção contra riscos de queda em trabalhos em altura;

 Cinturões de segurança com talabarte para proteção contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.

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OBS – Antes do início de qualquer serviço onde possa haver o risco de queda de materiais e ferramentas (manutenção e construção de
telhados e claraboias, trabalhos em estruturas metálicas, montagem e desmontagem de formas, etc.), preferencialmente, devemos instalar
redes de segurança como sistema de proteção coletiva. O projeto deste sistema de proteção, com todos os detalhes e responsabilidades,
deve ser integrado ao PCMAT da obra.
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados pelo Departamento de
Segurança do Trabalho e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de
segurança, em caso de eventual queda. (NR 35.5.1);
O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem. (NR 35.5.3);
O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados, preferencialmente, acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de
modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, elimine as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.
(NR 35.5.3.3)

 Os talabartes utilizados devem possuir absorvedor de energia nas seguintes situações:

 Na impossibilidade de se utilizar o talabarte fixado acima do nível do dispositivo para conexão, ou seja, quando o fator de queda for
maior que 1 (NR 35.5.3.4.a)
 Quando o comprimento do talabarte for maior que 0,9 m. (NR 35.5.3.4.b);
Para seleção do talabarte apropriado para realização do trabalho é necessário observar o atendimento ao Anexo 1 - Fluxograma para
Trabalhos em Altura.

Os EPI selecionados devem, além de garantir a eficácia na retenção da queda do trabalhador, garantir que estes sejam adequados aos
riscos adicionais que possam existir no local de trabalho, tais como produtos químicos, respingos de solda, abrasão etc. (NR 35.5.1.1).
Nota: Deverá ser avaliado pelo Médico Examinador a condição física dos trabalhadores com peso superior a 100 KG, assim como o
departamento de Segurança do Trabalho avalia o EPI mais adequado para o trabalho em altura.

Planejar, organizar e executar os trabalhos em altura, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade (NR 35.1.1);

Somente permitir o início dos trabalhos em Altura, após emissão da PTA - Permissão de Trabalho em altura, Anexo II desta IT (NR 35.2.1i);

Emitir, aprovar e disponibilizar no local durante a execução do serviço, encerrar e arquivar no Departamento de Segurança do trabalho,
todas as PTA – Permissões de trabalho em altura de forma a permitir sua rastreabilidade (NR 35.4.8);

Efetuar no recebimento e periodicamente as inspeções nos EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem destinados à proteção de queda de
altura, registrar as inspeções e recusar aqueles que apresentarem irregularidades (NR 35.5.5);

Inutilizar e descartar os cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de energia, pontos de ancoragem, cabos, conectores e trava
quedas que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda (NR 35.5.2.3);

Elaborar APR (Analise Preliminar de Risco) específica para trabalho em altura bem como as atividades que serão executadas em altura; (NR
35.4.5.1);

Considerar o local de realização dos serviços e seu entorno (NR 35.4.5.1.a);

 Deve ser avaliado não somente o local onde os serviços serão executados, mas também o seu entorno (proximidade de redes
energizadas, trânsito de pedestres, presença de inflamáveis ou serviços paralelos sendo executados). Se, por exemplo, para realizar
uma tarefa se planejou utilizar um andaime móvel é necessário verificar se o terreno é resistente, plano e nivelado. Caso contrário,
outra solução deverá ser utilizada.

Deve-se garantir:

 O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho (NR 35.4.5.1.b);

 O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem dimensionados por profissional legalmente habilitado (NR 35.5.4.a e NR
35.4.5.1.c);

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 Entende-se por sistemas de ancoragem os componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos de queda,
ao qual o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo
que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio, ou queda. Além de resistir a uma provável queda do trabalhador, a
ancoragem pode ser para restrição de movimento.

 O estabelecimento de sistema de restrição de movimentação que atue como limitador no deslocamento horizontal, impedindo o
usuário de atingir local onde uma queda possa vir a ocorrer;

Exemplo:

 A ocorrência de ventos fortes, chuva, vendavais, descargas atmosféricas, umidade alta e demais condições meteorológicas adversas
que possam comprometer a saúde e segurança dos trabalhadores (NR 35.4.5.1.d);

 A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas
técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda (NR 35.4.5.1.e);

 Na seleção, inspeção e forma de utilização dos sistemas de proteção coletiva e individual, considerar que estes possuem limitações de
uso. Sempre que necessário, às limitações de uso devem ser obtidas junto aos fabricantes ou por meio de consulta às normas
técnicas vigentes.

 A adoção de técnicas visando eliminar o risco de queda de materiais e ferramentas (NR 35.4.5.1.f);

 A queda de materiais e ferramentas deverá ser impedida com a utilização de procedimentos e técnicas, tais como o emprego de
sistemas de guarda corpo e rodapé, utilização de telas ou lonas de vedação, amarração das ferramentas e materiais, utilização de
porta ferramentas, utilização de redes de proteção, ou quaisquer outros que evitem este risco.

 Além dos riscos inerentes ao trabalho em altura devem ser considerados (NR 35.4.5.1.g):

 Os trabalhos simultâneos que porventura estejam sendo executados que coloquem em risco a segurança e a saúde do
trabalhador
 O atendimento a requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras (NR 35.4.5.1.h);
Os riscos adicionais (NR 35.4.5.1.i);

Além dos riscos de queda em altura, intrínsecos aos serviços, podem existir outros riscos, específicos de cada ambiente ou processo de
trabalho que, direta ou indiretamente, podem expor a integridade física e a saúde dos trabalhadores no desenvolvimento de atividades em
altura. Desta forma, é necessária a adoção de medidas preventivas de controle para tais riscos “adicionais”, com especial atenção aos
gerados pelo trabalho em campos elétricos e magnéticos, confinamento, explosividade, umidade, poeiras, fauna e flora, ruído e outros
agravantes existentes nos processos ou ambientes onde são desenvolvidos os serviços em altura, tornando obrigatória a implantação de
medidas complementares dirigidas aos riscos adicionais verificados.

Condições impeditivas (NR 35.4.5.1.j);

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Situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do
trabalhador. Essas condições não se restringem às do ambiente de trabalho. A percepção do trabalhador em relação ao seu estado de
saúde no momento da realização do serviço, assim como a do seu supervisor, pode ser considerada condições impeditivas.

Situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do
trabalhador (NR 35.4.5.1.k);

No Plano de Atendimento a Emergências da Unidade devem ser previstos os possíveis cenários de situações de emergência e respectivos
procedimentos e recursos necessários para as respostas de resgate e primeiros socorros. A queda não é o único perigo no trabalho em
altura. Ficar pendurado pelo cinto de segurança pode ser perigoso devido à prolongada suspensão inerte. Suspensão inerte é a situação em
que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro. A necessidade de redução do tempo de
suspensão do trabalhador se faz necessária devido ao risco de compressão dos vasos sanguíneos ao nível da coxa com possibilidade de
causar trombose venosa profunda e suas possíveis consequências. Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por
cintos de segurança, o Plano de Atendimento a Emergências deve prever ações eficazes para impedir a suspensão prolongada e realizar o
resgate e tratamento o mais rápido possível.

Necessidade de sistema de comunicação (NR 35.4.5.1.L);

Existência de sistema de comunicação em sentido amplo, não só entre os trabalhadores que estão executando as tarefas em altura,
como entre eles e os demais envolvidos direta ou indiretamente na execução dos serviços, inclusive em situações de emergências.

A forma de Supervisão (NR 35.4.5.1.m).

De acordo com o item 35.2.1 alínea “j” é responsabilidade do empregador assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob
supervisão, cuja forma é definida pela análise de risco. A supervisão poderá ser presencial ou não, a forma será aquela que atenda aos
princípios de segurança de acordo com as peculiaridades da atividade e as situações de emergência

Avaliação do estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:

Os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO,
devendo estar nele consignados (NR 35.4.1.2.a);

 A avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação (NR 35.4.1.2.b);

 Sejam realizados exames e avaliações previstos no PCMSO, antes do início das atividades (NR 35.4.1.2.c).

 Confeccionar e manter atualizados os crachás dos funcionários envolvidos nos trabalhos em altura de forma a identificar a
abrangência da autorização (NR 35.4.1.3);

 Garantir que o trabalho em altura somente será realizado sob supervisão, após adotar todas as medidas de proteção necessárias (NR
35.4.3 e 35.2.1 g);

 Suspender os trabalhos em altura sempre que forem constatadas situações ou condições de risco não previstas, que não possam ser
eliminadas ou neutralizadas imediatamente (NR 35.2.1 h);

 Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta IT em prontuário específico no setor Segurança do
Trabalho (NR 35.2.1.k):
Quanto ao atendimento a eventuais situações de emergência, compete ao empregador:

 Disponibilizar equipe própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executem os trabalhos em altura, para respostas
em caso de emergências, conforme o Plano de Atendimento a Emergências da Unidade. (NR 35.6.1.1);
Indicar no PAE - Plano de Atendimento a Emergência os cenários emergências relacionados às atividades realizadas em altura e
estabelecer por meio do formulário específico, as ações necessárias para responder as eventuais emergências (NR 35.6.3);

Disponibilizar os recursos previstos no PAE para atendimento as eventuais situações de emergências (NR 35.6.2);

Garantir que os membros da equipe responsável pelo atendimento às situações emergenciais possuam aptidão física e mental compatível
com a atividade e capacitação para realização do resgate e prestação dos primeiros socorros.

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As medidas de proteção e os requisitos estabelecidos neste documento não desobrigam a necessidade de verificar o cumprimento
dos demais requisitos aplicáveis em função do ambiente no qual a atividade será realizada (ex: espaço confinado; trabalho em
altura e outros), compete ao Depto de Segurança do trabalho e Lideranças da obra, realizar a análise prévia do ambiente,
implementar as medidas de proteção necessárias e providenciar o atendimento aos demais requisitos aplicáveis.

5 Obrigações do Empregado

 Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador.
(NR 35.2.2 a)
 Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; (NR 35.2.2 b)
 Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes
para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior, que diligenciará as
medidas cabíveis e realizará registro na PTA. (NR 35.2.2 c)
 Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. (NR
35.2.2d);
 Participar das avaliações periódicas sempre que necessário (NR 35.4.1.2);
 Manter crachá preso em local visível, preferencialmente, na lapela do Uniforme durante toda a jornada de trabalho (NR 35.4.1.3);
 Somente iniciar os trabalhos em altura, após emissão da PTA (NR 35.2.1. i);
 Inspecionar diariamente, antes do início das atividades os cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de energia, pontos de
ancoragem (NR 35.5.4 c), cabos, conectores e trava quedas e demais equipamentos necessários para realização da atividade (NR
35.5.2.1);
 Possuir conhecimento da APR - Análise Preliminar de Risco relacionada ao trabalho e assinar antes do início das atividades (NR
35.2.1 f);
 Permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda. (NR 35.5.3.2);
 Conectar o talabarte ou trava quedas ou dispositivo limitador ao ponto de ancoragem antes de ingressar na zona de risco de
queda e somente desconectar, após sair da mesma. Permanecer conectado durante toda sua movimentação na zona de risco de
queda e em todos os pontos em que a tarefa demandar.
 Fixar o talabarte e o dispositivo trava quedas preferencialmente acima do nível da cintura (NR 35.5.2.1);
 Durante a realização das atividades em altura, adotar as medidas necessárias para evitar a queda de materiais e ferramentas
utilizadas (NR 35.4.5.1.f);
 Não executar serviços, operar máquinas ou equipamentos para o qual não foi qualificado (treinado) e autorizado pelo
Supervisor/Segurança do Trabalho ou quando não possuir habilitação; (NR 12.135)
 Antes de se iniciar os trabalhos, verificar se os equipamentos apresentam boas condições. Observando quaisquer irregularidades,
não iniciar o serviço e avisar o Encarregado ou Segurança do Trabalho; (NR 12.131)
 Certificar-se que o equipamento encontra-se liberado para a operação mediante a realização do check-list inicial e de suas
revalidações mensais;
 Usar corretamente os EPI’s necessários à realização da sua atividade, sendo responsável por guardá-los e conservá-los,
comunicando a supervisão qualquer problema ou defeito com o equipamento; (NR 6.7.1)
 Comunicar imediatamente ao Encarregado, Mestre, Engenheiro ou Técnico de Segurança da unidade qualquer ocorrência
anormal, incidente ou desvio em sua área de trabalho;
 Não obstruir com materiais as áreas de circulação e os extintores de incêndios; (NR 18.24.1).
 Não utilizar pulseiras, anéis, roupas soltas, cabelos longos soltos ou quaisquer outros adereços que ofereçam riscos;
 Ler e obedecer às recomendações e orientações de prevenção de incidentes, doenças e problemas ambientais, tais como:
cartazes prevencionistas, placas de sinalização de trânsito, avisos em geral, etc;
 Não utilizar equipamentos ou ferramentas, para outra finalidade, que não seja para o que foram designados.
 Realizar esforço físico compatível com sua capacidade de força, não comprometendo a sua saúde e segurança;
 Manter o local organizado durante a atividade e realizar a limpeza ao término do turno, guardando os materiais e ferramentas e
destinando os resíduos e lixo nos locais adequados; (NR 18.29.1 / 18.29.5).

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 Manter as ferramentas em bom estado e conservação, substituindo-as quando apresentarem defeitos;

É restrito o uso de celular durante a execução dos trabalhos. Estão autorizados os Encarregados, Mestres,
Engenheiros, Técnicos, Topógrafo e Laboratorista. Os funcionários que necessitarem usar o celular, deverão
dirigir-se para um local seguro e sinalizado, desta forma evitando ocorrências. O funcionário que descumprir
esta orientação está passível de receber sanções administrativas.

É direito e dever do trabalhador, não executar a atividade, enquanto não cumpridas pelo empregador, todas
as condições de responsabilidade estabelecidas neste documento. Ao iniciar ou realizar atividades em
condições inadequadas, o trabalhador passa a ser responsável pelas consequências geradas.

É essencial a união e colaboração de ambas as partes para uma conduta segura e comprometida.

Elaborado por :Eng Sálvio Fangen Aprovado por : Eng Paulo Oliveira

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