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O Olhar.

Você pode esconder suas fraquezas, suas dores e disfarçar para que todos pensem que você
está bem. Tudo bem, se você tiver força e maturidade para olhar dentro de si mesmo e saber
cada ponto que ainda dói. Cada nó que precisará ser desfeito, cada ferida que precisará ser
curada. Se você for capaz de seguir enquanto a cura não vem.

Quando você começa a entender que seu olhar é a janela da sua alma, você passa a ser mais
compreensível com aquilo que você enxerga ao seu redor.

Sim você pode estar triste, mas o outro não precisa saber ou sentir, sim você pode estar
descontente com alguém ou algo que acontece, mas você vê que nem todos são culpados.

Você pode sentir ódio ou indiferença, tanto faz, mas existem muitas janelas nas quais você
passa, o que elas verão?

A mim resta cuidar dos meus olhos, pois existe um olhar que enxerga tudo, mas os olhos da
alma precisam de ainda mais cuidado.

Minha alma ainda é de uma menina. Uma menina do sorriso largo, do peito aberto, do coração
gigante, da mente que não para.

A menina dos olhos serenos e brilhantes, do sorriso marcante e barulhento.

Do corpo marcado por histórias, estrias e rugas. Marcada pela eternidade que a habita, de
presença leve, generosa e capaz de sorrir para tudo, para todos e de tudo.

Ela entendeu que a vida é dura, e mesmo assim prefere dar flores, amar muito e não se
importar com as pedras lançadas.

Ela preferiu reforçar seu castelo com elas, e tornar sua morada habitável e agradável aos
demais. Ela não escolheu estar acima de ninguém, porque prefere estar ao lado, caminhando
sempre.

Descobriu o sentido da vida está sempre pra fora, no outro, no amigo, no filho, nos pais, no PAI
que a espera.

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