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Automação de Bibliotecas

Sônia Maria de Pádua

Curso Técnico em
Biblioteconomia
Automação de Bibliotecas
Sônia Maria de Pádua

Curso Técnico em
Biblioteconomia

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | Outubro 2022


Professor Autor Catalogação e Normalização
Sônia Maria de Pádua Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Sônia Maria de Pádua Jailson Miranda

Coordenação de Curso Coordenação Executiva


Liliane Rodrigues de Assis George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Kátia Karina Paulo dos Santos
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Revisão descrição de imagens Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Sunnye Rose Carlos Gomes
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução ...................................................................................................................................... 5

1.Competência 01 | compreender os processos de automação da informação na biblioteca.......... 7

1.1 Tecnologia no mundo da automação ........................................................................................................ 7


1.1.1 Utilização do RFID ................................................................................................................................. 16
1.1.2 Empréstimo através do celular ............................................................................................................. 17
1.1.3 Uso do QR CODE na biblioteca .............................................................................................................. 17
1.2 Usabilidade da automação ....................................................................................................................... 18
1.3 Acessibilidade ........................................................................................................................................... 19
2.Competência 02 | identificar e analisar critérios / etapas para a implantação de sistemas
automatizados em bibliotecas ...................................................................................................... 24

2.1 Implantação de um sistema automatizado na biblioteca ........................................................................ 24


2.1.1 Projeto de implantação ......................................................................................................................... 25
2.1.2 Escolha do software .............................................................................................................................. 26
2.1.3 Requisitos específicos para implantação de software .......................................................................... 29
2.1.4 Softwares disponíveis no mercado ....................................................................................................... 32
2.1.5 Escolha dos serviços que serão automatizados .................................................................................. 34
2.1.6 Treinamento da equipe e usuários ....................................................................................................... 37
3.Competência 03 | Manipular softwares livres de automação de bibliotecas ............................. 40

3.1 Software GNUTECA .................................................................................................................................. 40


3.2 Software EVERGREEN ............................................................................................................................... 42
3.3 Software KOHA......................................................................................................................................... 44
3.4 Software PHL ............................................................................................................................................ 46
3.5 Software BIBLIVRE .................................................................................................................................... 48
3.6 Software OPENBIBLIO .............................................................................................................................. 49
3.7 Software ABCD ......................................................................................................................................... 51
3.8 Software PMB .......................................................................................................................................... 53
Conclusão ..................................................................................................................................... 55

Referências ................................................................................................................................... 56

Minicurrículo do Professor ........................................................................................................... 60


Introdução
“A tecnologia move o mundo”.
Steve Jobs

Caro estudante! Continuando sua jornada de estudos em nossa área de biblioteconomia,


vamos buscar novos conhecimentos, e agora mais que nunca, usar a tecnologia em nosso favor.
Foram muitos anos trabalhando nas bibliotecas com procedimentos manuais para os
serviços de atendimento aos usuários e nos processos técnicos dos bastidores da biblioteca. O
objetivo era disponibilizar sem desfalcar nenhuma informação importante para cada leitor. Milhares
de fichinhas foram elaboradas, descrevendo os assuntos, autores, livros, revistas etc. tentando deixar
todo acervo disponível, porém tudo mudou com o surgimento da tecnologia digital.
A Tecnologia da Informação veio transformar esse quadro para agilizar e explorar
exaustivamente a riqueza de um centro de documentação ou uma biblioteca, seja ela especializada,
universitária, infantil, escolar entre outras.
Você, como técnico (a), tem muito a explorar, aprender, buscar, somar os conhecimentos
e experiências nessa disciplina, basta apenas se dedicar e ser proativo nas descobertas de situações
novas.
Se observamos com detalhes, veremos que a Tecnologia da Informação (TI) com seu leque
de possibilidades veio como ferramenta importantíssima de apoio. Cabe a quem utiliza, explorar e
descobrir o que é possível usufruir.
Daí a importância do seu papel em ficar atento aos conhecimentos referentes à essa
disciplina e assim, poder cooperar com a automação dos serviços e disponibilizar cada vez mais
serviços ágeis, atrativos e que atendam a demanda do seu usuário.
O serviço automatizado de uma biblioteca não se restringe apenas à base de dados do
acervo local (empréstimo, consulta, devolução, reserva, acervo, aluno etc.), que é primordial, mas vai
além. O usuário precisa de algo que talvez não tenha em seu acervo. Logo, o conhecimento em
automação de dados é bem mais abrangente.
Sua viagem nessa disciplina será de descobertas e de abertura para absorção de novas
formas de busca da informação no seu dia a dia profissional e por que não, no seu cotidiano particular,
pois o mundo digital é mágico e prazeroso.

5
Não deixe de ver os vídeos eles complementam seus estudos. As videoaulas são
importantíssimas e os podcasts também. Além disso ainda oferecemos alguns destaques como mais
item de estudo. Aproveite! São momentos impares que só lhe dão conhecimentos e crescimento
profissional.
E aí estudante, vamos navegar nesses espaços digitais?

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1.Competência 01 | compreender os processos de automação da
informação na biblioteca
O processo de evolução da automatização no mundo, provoca muitos impactos na vida
do profissional, pois todo dia surge uma tecnologia nova que agiliza e dá qualidade aos serviços
oferecidos na sociedade do conhecimento. Isso chega, em alguns casos, a ser assustador. Para se
sentir incluído e participativo nessas mudanças o profissional se vê pressionado a acompanhar as
novidade e melhorias que surgem e, assim, se integrar como parte do processo evolutivo e poder dar
resultados efetivos. Porém essa evolução é necessária para o desenvolvimento tecnológico de um
país. O importante é ter a consciência em utilizá-la da melhor forma como meio e não como fim.
Meu caro estudante, vamos navegar nessa onda tecnológica, para aprendermos juntos o
que de bom é oferecido pela automação de dados.

1.1 Tecnologia no mundo da automação

Se você parar para observar, vai perceber que invenções tecnológicas estão presentes em
quase tudo que utilizamos. Citarei alguns exemplos de algumas tecnologias do mundo atual, por
exemplo:

Aparelho celular

Figura 01: Aparelho Celular


Fonte: https://www.promobit.com.br/blog/melhores-celulares/
Descrição da figura: Celular frente e verso

A telefonia celular é o exemplo de tecnologia de ruptura. Ela não é a continuidade do


telefone que conhecíamos no passado. Foi desenhada para novos usos e exige novas operações, não

7
apenas uma aprendizagem, mas uma "desaprendizagem" em relação ao passado. Espera-se do
indivíduo que ele incorpore o novo.
O mundo abraçou essa ideia. No Brasil quase toda a população dispõe de um aparelho
celular, por mais simples que seja. Sabe-se que esse aparelho veio sim, facilitar a vida de todos, pois
é possível realizar diversas operações sem sair de casa, agilizando os processos que dele usufrui. Na
verdade, é um minicomputador, que atende satisfatoriamente. Pesquisas no Brasil apontam que
cerca de 98,1% na zona urbana e 97,9% na zona rural segundo a (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC) fazem uso desse
aparelho em casa, ultrapassando de longe o número de telefones fixos. O cuidado que se deve ter é
que ele seja uma ferramenta e não uma escravidão tecnológica.

Drone

Figura 02: Um Drone


Fonte: http://www.aviacaonoticias.com/2015/11/notimp-noticiario-da-imprensa-06112015.html
Descrição da figura: modelo de um Drone

Drones são aeronaves não tripuladas remotamente pilotadas usadas para recreação e
lazer e as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são as aeronaves não tripuladas utilizadas para
outros fins como experimentais, comerciais ou institucionais.
(ANAC, 2017, n.p.)
O Drone facilita o trabalho de longa distância, favorece a obtenção de informações
importantes em determinado ponto, trazendo detalhes. A agilidade na busca de informações, sendo
esse um dos seus pontos fortes, além da redução de custos.

8
Robótica

Figura 03: Montagem de um automóvel através da Robótica


Fonte: https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-para-que/da-fumaca-ao-escapamento-que-libera-apenas-agua/
Descrição da figura: Carros sendo montando automaticamente por braços mecânicos da robótica.

O que é robótica?
É a ciência que estuda as tecnologias associadas a concepção e construção de robôs.
Os robôs são mecanismos automáticos que utilizam de circuitos integrados para
realizarem atividades e movimentos humanos simples ou complexos. A robótica tem
grande aplicação em diversas áreas desde a produção industrial, medicina até
atividades domésticas.

Quadro 01: Definição de robótica


Fonte: https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/robotica/

Nas últimas décadas, a facilidade na montagem de automóveis utilizando os


conhecimentos da robótica, veio facilitar o processo da produção em série dos automóveis. Um
grande avanço no mundo da tecnologia automobilística.
Pode-se observar a velocidade que a informação chega para a produção efetiva de um
carro, ou seja, a informação está em todo processo e quanto mais rápido ela chega a seu objetivo,
mais se vê o resultado positivo de uma demanda.

9
Inteligência artificial

Figura 04: Inteligência artificial


Fonte:https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/10/inteligencia-artificial-com-bom-senso-esta-
sendo-desenvolvida-nos-eua.html
Descrição da figura: Imagem de um robô representando a inteligência artificial, tocando numa tela virtual

“Inteligência artificial é a arte de criar máquinas que executam funções que exigem
inteligência quando executadas por pessoas. ” (KURZWEIL, 1990 apud GOMES, 2010, p. 235)
Através da Inteligência Artificial (IA) é desenvolvido programas de computador que
podem aprender, compreender, planejar, raciocinar e atuar quando são comandados. A máquina
absorve essa programação e produz com muita agilidade e exatidão. Realiza operações, obedecendo
comandos preestabelecidos, com muita rapidez e perfeição, como por exemplo: um hospital que,
utiliza a IA para que, analisando uma biblioteca de imagens digitalizadas possa detectar e diagnosticar
um câncer de forma rápida e precisa.

Lembrete para pensar: É importante que levemos em consideração que as


mudanças são importantes, mas nada chegaria e esse nível de desenvolvimento
se não tivéssemos os seres humanos no comando, fazendo pesquisas aplicadas,
realizando testes, criando coisas novas, transformando o simples no complexo
usando sua inteligência, habilidades e competência.

10
Realidade aumentada ( RA)

Figura 05: Realidade aumentada de um edifício


Fonte:https://www.scurra.com.br/blog/realidade-virtual-x-realidade-aumentada-entenda-os-conceitos/
Descrição da figura: Uma planta de um edifício sendo utilizada para a realidade aumentada em um tablete. A imagem
aparece em 3D.

O que é Realidade Aumentada?


A Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite ao utilizador transportar o
ambiente virtual para o seu espaço em tempo real, utilizando um dispositivo
tecnológico, podendo usar a interface do ambiente real para manusear os objetos
reais e virtuais.
Quadro 2: Definição de realidade aumentada
Fonte: https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/5907/1/3930_7645.pdf

A realidade aumentada permite resgatar elementos virtuais de um mundo físico,


ampliando a visão do usuário para um mundo real. Facilita o estudo de algum projeto que está no
papel e que pode ser visto em realidade 3D, por exemplo.
Como você pode observar, caro estudante, citei apenas 5 exemplos de tecnologias e de
automação de dados que levam ao desenvolvimento tecnológico. Poderia passar horas escrevendo e
dando exemplos em dezenas de páginas sobre as tecnologias utilizadas pelo mundo inteiro, quero
apenas dar uma ideia da proporção que se chegou. A tecnologia dinamizou a disseminação da
informação.

11
DESAFIO
Vou lançar um desafio. Você poderia pensar ou citar algo que já imaginou criar
para seu dia a dia. Uma tecnologia nova. Caso já tenha pensado em algo
compartilhe com a gente no Fórum da competência 1!
Veja se sua ideia está entre esses itens que estão nesses vídeos a seguir.
1º vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=1yhyGNad0mE
2º vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=OQMdh23MDK8

E aí ! Você assistiu aos vídeos, identificou alguma ideia sua? Confira, vale a pena!

Tecnologia que impactam na biblioteca

Figura 06 - Vamos inserir os livros em uma base de dados


Fonte: https://biblioo.info/automacao-de-bibliotecas2/
Descrição da figura: Livros empilhados com o fio do mouse saindo por baixo deles.

Observando a literatura que trata da tecnologia/biblioteca, pode-se constatar que a


automação de biblioteca começou nos EUA, nos anos 60 pela Library of Congress de maneira muito
simples ainda, com equipamentos sem muita tecnologia e sujeito a erros, os avanços da tecnologia
de informação da época, ainda eram muito restritos e ineficientes, tinha muito a crescer e atualizar.

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Antes de continuar essa competência gostaria de convidá-lo a ouvir o
PODCAST. Com certeza, não vai se arrepender de escutá-lo, pois aborda um
tema de seu interesse profissional.

No Brasil desde a década de 1970, já se falava da aplicabilidade de Tecnologia da


Informação e também de iniciativas no uso de software de automação, ainda com várias limitações
para o desenvolvimento das atividades informacionais das bibliotecas. Na segunda metade da
década de 80, começou a encontrar muitas barreiras tanto econômicas como políticas. Segundo
Carvalho (1986):
Até a primeira metade da década de 80, as barreiras a serem transportadas não se
prendiam apenas às questões sociais, econômicas e culturais, porém muito mais às
questões políticas e tecnológicas já que as exigências burocráticas impostas pela
Política Nacional de Informática e a capacitação tecnológica brasileira não
proporcionavam nenhuma facilidade para o avanço dessa área.
É conveniente lembrar que, somente no final da década de 70, o Brasil inicia uma
política governamental visando à fabricação de equipamentos de informática,
enquanto, nos países desenvolvidos, já estava consolidada a tendência no uso de
sistemas ‘on-line’, de mini e microcomputadores, de formatos de intercâmbio de
dados bibliográficos e o desenvolvimento de atividades objetivando o
compartilhamento de recursos. (CARVALHO, 1986 apud TEIXEIRA; MARINHO, 2017,
p. 2403)

A automação teve seu auge realmente no ano de 1990, com políticas federais que
fomentavam o mercado da tecnologia, oferecendo equipamentos mais sofisticados capazes de irem
um pouco mais além.
Hoje, podemos afirmar que muitas mudanças aconteceram, daquele período até nossos
dias. Existem os softwares das mais variadas categorias que podem ser utilizados nas bibliotecas com
tecnologias avançadas e capazes de atender satisfatoriamente às necessidades das bibliotecas. Os
softwares podem ser comerciais (proprietários), livres e gratuitos, dependendo do tamanho do
acervo ou mesmo das condições financeiras da Instituição que vai utilizá-los.
Já foi falado de automação de biblioteca, mas é importante sabermos a definição. Meu
caro estudante pelo o que você já estudou até agora nesse e-book: o que seria automação de
bibliotecas?

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Para sua maior compreensão, apresento a definição do Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia - IBICT:
Automação de bibliotecas são as diferentes utilizações dadas através de
equipamentos de processamento eletrônico de dados em atividades ligadas à
administração em bibliotecas, centros de administração, serviço de informação e
órgãos similares. (IBICT, [199-], apud DUTRA; OHIRA, 2004, p. 3).

Uma outra definição clara de REZENDE: “A automação tem como principal objetivo
colocar ao alcance do usuário uma base de dados com informações internas de documentos e
materiais bibliográficos gerados ou adquiridos pela empresa, de forma a facilitar seu acesso. ”
(REZENDE, 2000, p. 56 apud RODRIGUES; PRUDÊNCIO, 2009, p.7)
Pode-se ver então que automatizar significa utilizar máquinas na execução de dados que
antes eram realizadas pelo homem. A automação surge para oferecer um atendimento eficaz e
eficiente ao usuário, otimizar o tempo e os processos, atender com agilidade as demandas e muitas
outras coisas, como por exemplo, o empréstimo, a devolução, a reserva, o controle da aquisição de
materiais, as estatísticas de produção, os tipos de usuários, a quantidade de empréstimos, o
inventário e várias outras atividades, tornando a biblioteca mais ágil no desenvolvimento dos
processos informacionais.
“Para os usuários, essas tecnologias tornaram acessíveis maior número de bases de dados
para a realização de pesquisas, além de terem proporcionado a possibilidade de comunicação entre
elas”. (FIGUEIREDO, 1996 p. 245 apud RODRIGUES; PRUDÊNCIO, 2009, p. 2).
As mudanças ocorreram, não somente no mundo da tecnologia, mas principalmente nos
recursos humanos: sua adaptação, aceitação, compreensão e evolução. Os responsáveis pela gestão
dos acervos/tecnologia e o novo modelo de atender ao usuário, oferecendo tudo informatizado, a
responsabilidade na escolha do melhor software também impactou nos serviços da biblioteca. Sem
deixar de citar todo o corpo de colaboradores da biblioteca que precisou ser cada vez mais proativo
e estudar os softwares para melhor auxiliar nos serviços internos e externos de um Centro de
Documentação ou Biblioteca.
Essas mudanças vieram para acrescentar e facilitar o acesso à informação. Como escreve
Morigi e Pavan (2004, p. 120):
A automação das bibliotecas e, consequentemente, dos serviços prestados aos
usuários, que implicam o uso cada vez mais constante das tecnologias de informação

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e comunicação, fez com que a sociabilidade entre os atores envolvidos se
modificasse substancialmente. A máquina passou a realizar o processo de mediação
entre os agentes profissionais, responsáveis pelos serviços de organização, busca e
recuperação da informação, e os seus usuários, tornando tais processos mais
dinâmicos. (MORIGI; PAVAN, 2004, P.120 apud TEIXEIRA; MARINHO, 2017, p. 2707)

O usuário encontra-se muito mais exigente nesse sentido, ele quer agilidade e qualidade
no atendimento, com processos de automação de fácil entendimento para seu uso.
Côrte afirma que:
Os avanços tecnológicos associados às exigências atuais dos usuários direcionam
para a seleção e aquisição de software e hardware com características
funcionalmente mais diversificadas, privilegiando a interligação das funções de uma
biblioteca, numa linguagem que permita a integração usuário/máquina (CÔRTE,
2002, p.1 apud ALAUZO; SILVA; FERNANDES, 2014, p.26)

DICA DE VIDEO
Complemente seus estudos com esse vídeo
Um pouco da história da automação
https://www.youtube.com/watch?v=3yr47CzvtAc

E aí estudante, assistiu ao vídeo? Ele complementa seus conhecimentos sobre a


automação.
Veja abaixo alguns exemplos de tecnologias em bibliotecas brasileiras e que tornou uma
facilidade no atendimento e nos serviços prestados.

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1.1.1 Utilização do RFID

Figura 07: Uso do RFID na biblioteca para inventário. Biblioteca do Museu de Artes do Rio de Janeiro
Fonte: https://mundobibliotecario.com.br/index.php/2021/05/31/tecnologia-rfid-coloca-bibliotecas-em-uma-nova-era/
Descrição da figura: Pessoa com um leitor de etiquetas de livros nas estantes, obtendo informações para inventário na
biblioteca

RFID quer dizer a Identificação Por Rádio Frequência. As bibliotecas utilizam para
melhorar a precisão das funções de circulação, arquivamento, inventários etc. Deixando a equipe da
biblioteca liberada para atender com mais qualidade os usuários que precisam de uma informação.
Com a tecnologia RFID a rotina das atividades de empréstimo se torna muito mais rápida, assim como
o inventário, pois a tecnologia possibilita o uso de equipamentos de autoatendimento, tornando a
gestão da biblioteca mais dinâmica.

DICA
Você já teve a oportunidade de ver o funcionamento de uma biblioteca que
está com o acervo automatizado ou que utilize alguma tecnologia
diferenciada? Sugiro que você tenha essa experiência. Com certeza ficará bem
mais fácil o entendimento dessa disciplina.
Faça uma visita a uma Biblioteca para descobrir que software ela utiliza ou até
mesmo para dar sugestão de alguma tecnologia! Porque não? Me conta no
FORUM da 1ª competência.

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1.1.2 Empréstimo através do celular

Figura 08: Empréstimo pelo aparelho celular


Fonte: https://www.ufrgs.br/documentacaoti/ufrgs-mobile-ios/
Descrição da figura: tela de empréstimo pelo celular contendo o nome do usuário e as opções de renovação.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS, oferece o serviço de “UFRGS


Mobile”, onde o usuário pode verificar seus empréstimos e até renová-los.

1.1.3 Uso do QR CODE na biblioteca

Figura 09: Uso do QR CODE na UFSC


Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Incentivo-ao-uso-da-biblioteca-digital-por-meio-de-Codigo-QR-
na-UFSC_fig1_303604144
Descrição da figura: Celular fazendo a leitura de um QR CODE na estante de uma Biblioteca.

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A biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC utiliza com seus usuários o
QR CODE para incentivo ao uso do acervo da biblioteca digital de e-books, onde o título do livro
“Cálculo” é um dos mais procurados pelos usuários.
Muito bem, caro estudante! Você teve a oportunidade de ver alguns exemplos de uso da
tecnologia em bibliotecas. Eles podem oferecer qualidade ao atendimento aos usuários e facilitar o
trabalho da equipe da biblioteca.

DESAFIO
Existem outros exemplos de tecnologia muito interessantes. Que tal encontrá-
los em sites e socializar conosco no fórum da 1ª competência?

DICAS DE VIDEO
Mais tecnologias em bibliotecas
https://www.youtube.com/watch?v=6QhYtF3tRnM

1.2 Usabilidade da automação

Como você viu acima, meu caro estudante, uma biblioteca automatizada possibilita
grandes vantagens em todo o processo de atendimento ao usuário, mas é preciso estar atento e bem
preparado para a usufruir com eficiência de todas as possiblidades de um software ou de um
equipamento. A usabilidade da automação é indispensável para uma base em bom funcionamento.
Não é suficiente apenas oferecer um bom software, é necessário verificar se essa escolha
oferece: uma boa comunicação, se é prático, interativo e de fácil acesso, atingindo os vários tipos de
usuários, como também os colaboradores da biblioteca, responsáveis pela inserção dos dados. Uma
biblioteca automatizada uniformiza o produto final, aproxima o usuário da informação com maior
agilidade e com maior interface.
Segundo Nielson:

18
A usabilidade está associada a vários fatores, tais como, a facilidade de aprendizado,
eficiência de uso, facilidade de memorização, baixa taxa de erros e satisfação
subjetiva. Em conjunto, estes fatores constituem os quesitos primordiais para sua
mensuração e consequentemente a qualidade do software. (NIELSON, 1993, p. 26
apud VAZ; PIRES; CARDOSO, 2013, p. 201)

É possível perceber a facilidade que existe e aprendizado que é adquirido quando se avalia
um software antes de utiliza-lo. Segundo Rodrigues e Prudêncio: “O usuário encontra facilidade,
qualidade, rapidez e eficiência na recuperação da informação. Para o profissional, facilita na rotina
de atividades de uma biblioteca uniformizando a produção e evitando esforços desgastantes e
repetitivos”(RODRIGUES; PRUDÊNCIO, 2009, p. 5)

Dica de vídeo
Um complemento de como funciona a usabilidade do software, com uma boa
interface
https://www.youtube.com/watch?v=mgOYINElFqI

Então Estudante, você assistiu ao vídeo sobre a usabilidade de software? Ele oferece
algumas dicas sobre o tema. Vá lá aproveite!

1.3 Acessibilidade

A acessibilidade à informação e a todo o processo automatizado de uma biblioteca e de


qualquer que seja o ambiente, é um direito do cidadão.
Segundo a lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 a acessibilidade é:
A possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia,
de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de
outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida.
(PRESIDÊNCIA DA REPUBICA DO BRASIL, 2000, n.p.)

19
É necessário se planejar para atender esse público com qualidade e eficiência, dando-lhes
a possibilidade de utilizar os ambientes e os equipamentos que lhes forneça a informação de
qualidade como todos os outros. “Toda pessoa tem direito de acesso às tecnologias, à inclusão social.
Direitos iguais para todos, promoção de oportunidades e o exercício da cidadania”. (PRESIDÊNCIA DA
REPUBLICA, 2020, p.710)
Para isso existe as tecnologias assistivas:
Tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar,
que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (BRASIL, 2009, apud
RAMOS; KANAANE, 2020, p. 710)

A tecnologia é de grande relevância para pessoas com deficiências, seja ele físico, visual,
auditivo, entre outros. Existem equipamentos que ajudam essa aproximação. O mercado oferece
equipamentos e softwares apropriados para atender esse público.
Veja alguns softwares que ajudam nessa inclusão tecnológica:
• DOSVOX – Trata-se de um software que facilita a comunicação com o usuário através
de um sistema de voz em português e possui distribuição gratuita. A comunicação é
simples e permite um alto grau de independência do deficiente visual.
• DELTA TALK - Um programa nacional que permite a interação com o computador de
maneira natural. Oferece três tipos de vozes.
• NONVISUAL DESKTOP ACESS – NVDA - Um leitor de tela livre. Aberto e portátil para
a Microsoft Windows. Não é necessário instalar, pode ser instalado em disco
removível.
• VIRTUAL VISION – Um software pago, ele ler para o usuário todo o conteúdo da tela.
Roda em ambiente Windows e interage com diversos programas.
• JAWS - Também um software pago e é considerado uns dos leitores de tela mais
populares e mais completos do mundo (FIALHO; SILVA, 2012). Ele roda em português.
• OPENBOOK - Esse software converte textos. As pessoas com visão subnormal podem
escolher entre a exibição visual por ampliação, espaçamento especial entre
caracteres e ajuste de cores de alto contraste, é um OCR (Optical Character) (FIALHO;

20
SILVA, 2012). Uma tecnologia para reconhecimento óptico dos caracteres. A versão
mais atual é a Open Book.
• MAGIC - Traz as funções de síntese de voz e ampliação simultânea. Próprio para
usuários com visão sobnormal.
• MEC DAISY - Um conjunto de programas que converte textos em áudio. Produz livros
digitais e reprodução em áudio. A leitura é através de áudio e texto digital. De fácil
acessibilidade.

Quanto aos equipamentos existentes:


É possível encontrar no mercado:
• Teclados modificados;
• Mouses adaptados com acionadores diversos;
• Recursos de reconhecimento de voz;
• Impressoras em braile;
• Softwares que captam o movimento da cabeça, dos olhos e entendem como
comandos.
• A relevância também se estende para as pessoas surdas. A biblioteca precisa
ter artifícios que atendam esse público.
Estudante, para que essa inclusão social seja real é necessário se pensar também nas
diversas deficiências do ser humano, que muitas vezes depende completamente do apoio do
profissional da biblioteca, pois existe a deficiência do conhecimento das tecnologias como um todo,
o analfabeto digital. O papel dos colaboradores da biblioteca é estar atento à essa necessidade e se
preparar para esse atendimento diferenciado.
Caro técnico você está vendo a importância do seu papel na orientação dos usuários que
não possuem a facilidade de avançar no manuseio das tecnologias? Fique atento e faça a sua parte
como técnico.
As tecnologias assistivas surgiram como um suporte no atendimento tecnológico e
garante um resultado satisfatório.
É nesse sentido que as Tecnologias Assistivas surgem como um suporte necessário e eficaz
para um atendimento tecnológico e especializado que garanta resultados positivos. Diante disso,

21
justifica-se o aprofundamento dos estudos sobre esse conceito, que embora recentemente novo, tem
contribuído grandiosamente com as fomentações sobre o processo de inclusão social.
Em algumas bibliotecas, como na Biblioteca Central Santa Mônica, da Universidade
Federal de Uberlândia, utilizam tecnologias assistivas para atender a esse público diferenciado.
O objetivo é viabilizar um espaço de acessibilidade contendo tecnologias assistivas e
estimular a frequência de alunos, professores e técnicos ou mesmo da comunidade externa, com
deficiência, facilitando-lhes o acesso à informação.
Vejam o espaço:

Figura 10: Espaço de tecnologia assistiva para atendimento a pessoas com deficiência
Fonte:https://bibliotecas.ufu.br/acontece/2019/08/espaco-biblioteca-de-tecnologias-assistivas
Descrição da figura: Sala contendo equipamentos que atendam pessoas com deficiência, na
Biblioteca

Esse espaço contém os seguintes equipamentos:


• Ampliador eletrônico;
• Digitalizador e leitor com voz para PC;
• Linha Braile para leitura direta dos livros;
• Lupa eletrônica portátil;
• Mouse com entrada para acionador Bigtrack;
• Óculos para baixa visão;
• Scanner Bookreader;
• Teclado com letra expansiva;
• Terminais de computador com programa leitor de tela instalado.

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Considero muito importante você complementar seus estudos, com os vídeos que
disponibilizo abaixo. Assim terá uma noção do que é possível se fazer para cooperar com a inclusão
social, com a utilização de equipamentos que oferecem essa facilidade.

DICAS DE VIDEOS
Um complemento de computador com aplicativo para deficiente visual
https://www.youtube.com/watch?v=7O0tvsEjML4
https://www.youtube.com/watch?v=0n3HthRYY4U
https://www.youtube.com/watch?v=s4U15bdzfYs

Estudante! Você viu o exemplo de uma biblioteca com acessibilidade? Vale a pena ter
conhecimento dessa informação!!
Você está encerrando essa 1ª competência. Percebeu como tudo é muito importante para
gestão do conhecimento em automação? Mesmo não sendo você que toma as decisões na Biblioteca
é importante e necessário aprender e ficar informado, sobre os processos e atividades possíveis para
a automação dos serviços como também como deve ser o atendimento para a variedade de público
que se recebe num ambiente de informação.
Vamos partir para a 2ª competência pois são temas tão importantes quanto esses da 1ª
competência. Essa oportunidade é única, você vai poder cooperar e se posicionar como apoio do
bibliotecário em seu ambiente de trabalho.

23
2.Competência 02 | identificar e analisar critérios / etapas para a
implantação de sistemas automatizados em bibliotecas

Olá Caro estudante que bom sua presença novamente nessa próxima etapa da disciplina!!
Você vai gostar!!
Você vai perceber que são etapas interessantes e muito necessárias.

Antes de continuar essa competência gostaria de convidá-lo a ouvir o


PODCAST. Vá lá!!! Você vai gostar muito. Dicas importantíssimas!!

2.1 Implantação de um sistema automatizado na biblioteca

Figura 11: Tomada de decisão na implantação de um software


Fonte: https://www.devmedia.com.br/ciclos-de-vida-do-software/21099
Descrição da figura: Homem no centro com um computador e várias imagens ao seu redor: livros, papeleta, um
quadro e uma cabeça.

Você sabe que para realizar algo, seja de pequena ou grande proporções é necessário
levar em consideração um planejamento: uma simples compra de supermercado, uma viagem, a
execução de uma atividade, a compra de algum objeto mais caro e muitas outras coisas de nossa vida.
A automação de uma biblioteca, é a mesma coisa! Todo o processo tem que ser bem
planejado.
Existem algumas etapas importantes que se devem levar em consideração:

24
2.1.1 Projeto de implantação

A elaboração do projeto é a primeira etapa, pois nele você define os objetivos,


justificativa, metodologia, recursos humanos e financeiros e cronograma.
No projeto deve constar:
DESCRIÇÃO ETAPAS
Objetivos - Especifica claramente as metas que deseja alcançar
com a automação da biblioteca. Onde se quer chegar.
Justificativa – Explica o porquê da ação, qual a função do projeto,

PROJETO para que público é destinado e a importância da automação.


Metodologia – descreve minunciosamente os procedimentos a
serem adotados na implantação; um roteiro de todas as
atividades a serem desenvolvidas em cada etapa. Destacando as
prioridades e detalhando os procedimentos.

Recursos humanos - Descreve os papéis de cada membro do


projeto e quais qualificações serão necessárias para cada um. As
capacitações que serão necessárias de acordo com a base de
dados escolhida tanto para a equipe como para os usuários.
Recursos financeiros – Descreve os investimentos necessários
com equipamentos, softwares, pessoal, treinamentos,
assistência técnica, cabeamentos custos administrativos, custos
de instalações etc. O planejamento dos recursos financeiros é
essencial, para a tomada de decisão da alta gestão administrativa
da Instituição
Cronograma – Quadro com as etapas descritas, constando as
datas de início e término definidas.
Avaliação – Descreve os pontos positivos e negativos, as
dificuldades e vantagens e avalia os resultados.

Quadro 03: Etapas de um projeto


Fonte: da autora

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Como você ver, essa etapa é primordial para se programar a compra de software ou
mesmo instalar qualquer outro produto, mesmo que seja gratuito. O importante é não pular etapas
do processo e conseguir fazer a escolha do que mais se adequar ao perfil da biblioteca.
Uma outra etapa que mesmo estando dentro do projeto, é preciso detalhar bem e
analisar com cautela é a escolha do software.

2.1.2 Escolha do software

Figura 12: Dúvida na escolha de um software


Fonte: https://www.dheka.com.br/os-10-passos-da-metodologia-de-software-selection/
Descrição da figura: Mulher com a mão no queixo e por trás dela diversas interrogações.

A gestão da biblioteca ou da área de informação precisa estar embasada de informações


através de estudo e análises, conhecendo as vantagens e as políticas de automação e como também
as categorias de softwares existentes no mercado e o que mais se adeque a seu acervo, a seu usuário
e demais serviços. Deve ter segurança no que melhor atende à demanda dos usuários e dos processos
da biblioteca. Todo esse processo de escolha de software, você como técnico pode participar
ativamente, para isso, é necessário buscar informações, estudar, pesquisar e se colocar com ideias
proativas.
Segundo Teixeira e Marinho:
Para automatizar uma biblioteca é fundamental um trabalho em conjunto, pois o gestor deve
observar as necessidades do ambiente e os aspectos que devem ser acrescentados ou
modificados ao estabelecer uma política de automação, seja utilizando softwares
proprietários, gratuitos ou livres. (TEIXEIRA; MARINHO, 2018, p.61.)

26
Diante do que foi escrito acima, caro estudante, você pode ver a importância que tem o
planejamento da gestão da biblioteca, para automatizar seus serviços. Deve ter sempre uma relação
com a alta gestão mostrando a importância de seu projeto, pois será ela que vai aprová-lo.

• Categorias de softwares
Existem 3 categorias de softwares no mercado: os gratuitos, os livres e os proprietários
(comerciais):
Softwares gratuitos – Eles são passíveis de compartilhamento sem restrição e pode-se
fazer cópias e assim possibilitar o Centro de Documentação adequar às suas necessidades. Não é
possível acesso ao código fonte. Geralmente, as bibliotecas pequenas utilizam os softwares gratuitos
pois além de serem práticos e fáceis de manuseio, não geram custos. Esse software é indicado para
bibliotecas de associações de bairros, bibliotecas particulares, centros comunitários, onde a
circulação de usuários não tem uma assiduidade.
Softwares livres - Os softwares livres possuem autores, mas não possuem donos. Eles
fornecem a possibilidade de alterar e fazer melhorias, no formato que for melhor para a biblioteca, o
criador fornece o seu código-fonte, mas não permite que o transforme em um software proprietário.
São softwares que geram um custo, mas de fácil acesso para compra. A desvantagem é que não têm
um atendimento para manutenção e atualização, a biblioteca precisará de um técnico de TI, para
ajustar as mudanças e os erros.
Indicado para bibliotecas de médio e grande porte: bibliotecas escolares, bibliotecas
especializadas e mesmo bibliotecas grandes que possam contar com uma equipe de tecnologia da
informação disponível para atualizações, modificações, ajustes e assistência técnica.
Software proprietário – São comercializados por alguma empresa. O usuário interessado
em comprá-lo tem que adquirir uma licença, através de um contrato com a empresa fornecedora,
geralmente são pagamentos mensais, renovados a cada ano.
O código fonte não é disponibilizado. O que pode acontecer é a empresa disponibilizar
uma base demo gratuita para teste do programa, porém é expirado após um determinado tempo,
período estipulado pelo fornecedor. A empresa que compra esse tipo software tem direito a
atualizações, manutenção e acompanhamento do uso, oferecido pelo fornecedor.

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Indicado para grandes bibliotecas que trabalhem em redes e com grande circulação de
usuários.
• Análise do software
Quando se tem uma biblioteca de grande porte é importante analisar se vale a pena
utilizar um software simples que não oferece grandes possiblidades. Existem no mercado softwares
robustos que mesmo sendo mais complexos na implantação, a viabilidade traduz em um bom
resultado.
O mercado oferece vários tipos de softwares para automação de bibliotecas. A empresa
que pretende comprar o software pode escolher de acordo com suas necessidades e também
observar as vantagens que são oferecidas e as que melhor se adequam às necessidades da biblioteca.
O software escolhido pela Instituição/gerencia da biblioteca deverá atender as
necessidades informacionais do público a que se destina, deve estar de acordo com os equipamentos
de hardware disponíveis, com o tamanho do acervo e com o perfil dos usuários. A empresa
fornecedora do software, caso seja um software proprietário, deverá ser analisada com devida
atenção para não ocorrer problemas futuros na manutenção e acompanhamento do seu uso. É
necessário que se estabeleça um contrato de compromissos a serem cumpridos durante a
implantação e uso do software.
A aproximação e integração dos membros da biblioteca com a equipe de profissionais de
Tecnologia da Informação proporciona um resultado positivo para a utilização eficiente do software,
tanto do corpo interno da biblioteca como para os usuários.

Lembrete:
Você já tinha ouvido falar dessas três categorias de softwares? Conhece algum
software que está incluído nessas categorias? Logo mais, vou citar alguns
exemplos, continue seus estudos, você vai chegar lá.

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Complemente seus estudos com esse vídeo
Sobre softwares para bibliotecas
https://www.youtube.com/watch?v=fK4lExgVrT8

2.1.3 Requisitos específicos para implantação de software

Os requisitos específicos são padrões indispensáveis em uma boa base de biblioteca


compondo o pacote software/hardware, para que facilite a comunicação com outras bases. A maioria
dos softwares livres e proprietários possuem essa disponibilidade. Você como técnico não vai precisar
entrar em detalhes sobre esses requisitos, porém é muito importante está bem informado de mais
esse “plus” que uma boa base de dados de uma biblioteca deve ter.
A bibliotecária é a principal responsável em compreender esses requisitos, mas em muitas
bibliotecas pode acontecer de você está responsável, por não ter uma bibliotecária. Logo, se aproprie
das informações que são repassadas nesse ebook para sua vida profissional.
Os requisitos são:

NORMA ISO 2709


A ISO 2709 norma desenvolvida pelo comitê técnico ISO/TC 46 da Internacional
Organization for Standardization (ISO) é um formato padrão de comunicação para registros
bibliográficos, utilizado para intercâmbio de registros em meio magnético de um sistema para outro,
em outras palavras, pode ser feito intercambio de dados de uma base de dados para outra base.
Facilita a comunicação entre as bases de softwares diferentes.
Algumas empresas desenvolvedoras de softwares para bibliotecas utilizam esse formato
para desenvolver seus softwares.

FORMATO MARC 21
As bibliotecas precisam padronizar a entrada de dados pelo MARC21. O que seria isso?
“Machine-Readable for Cataloging” (MARC) que significa Catalogação Legível por computador. Em
outras palavras, as entradas de classificação, autor, título, edição, paginação e demais entradas do

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acervo, devem ser padronizadas conforme a Biblioteca do Congresso Americano. É um formato de
intercâmbio de dados que são interpretados pela máquina. Usando o formato MARC21 a base pode
se comunicar com dados de qualquer outra base que use o mesmo formato, nacional e
Internacionalmente.

Lembrete:
A Biblioteca do Congresso Americano geralmente é quem cria os padrões
internacionais para as formas de apresentação dos dados de catalogação, de
Marc etc. para todas as Bibliotecas do mundo, seguirem. Esse padrão é o que
mais facilita no momento de se criar um software.

Veja o exemplo de Marc 21:

Observe: 100 é o
código MARC para
autor; 245: para
título. Veja os
demais

Figura 13: MARC da Base Pergamum da PUC .PR


Fonte: www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/consultas/site_CRP/pesquisa.php#posicao_dados_acervo
Descrição da figura: Mostra os códigos MARC da base Pergamum. (Ex. 90 – Classificação; 100 - Autor ; 245 – título etc.

PROTOCOLO Z39.50
A Biblioteca do Congresso criou esse protocolo para ajudar na recuperação e
transferência de dados em formato bibliográfico em processadores ligados em rede, cujo número da
série é Z39.50. Exemplo: Se você está inserindo na sua base (Pergamum) um livro que já foi catalogado

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em MARC em outra base (Sophia), você não precisa digitar nada, apenas transfere de uma base para
outra todas as informações daquele livro. O protocolo Z39.50 permite essa transferência sem perder
nenhum dado, ou seja, você não perde tempo em digitar tudo, daquele determinado livro.

CODIGOS AACR2 E RDA


Esses dois códigos estabelecem padrões para a catalogação de materiais, a diferença
entre eles é que o AACR2 (Código de Catalogação Anglo-Americano) não apresenta a catalogação
para recursos eletrônicos, enquanto que o RDA além de descrever os diversos materiais é adequado
aos recursos digitais.
Você ainda vai estudar a disciplina “catalogação”, mas para entender o que significa veja
a de catalogação: É a descrição bibliográfica de um documento feita numa base de dados, de modo
a que seja identificado com precisão todos seus dados: autor, título, editor, ano, descritores, edição
etc. de uma maneira padrão conforme está descrito na AACR2.
Esses códigos estabelecem padrões para catalogação do acervo dentro da base de dados.
Sua base pode “conversar” com qualquer outra base nacional ou internacional para troca de dados e
intercâmbio de informações.

Figura 14: Capa da publicação AACR2


Fonte: https://www.amemoria.com.br/
Descrição da figura: Capa da publicação contendo escrito: Catalogação de recursos bibliográficos em MARC21 6ª
edição, de Antônia Mota

Antes de continuar, gostaria de convidá-lo a assistir a vídeoaula dessa


competência. Vá lá!!! Você vai gostar muito. Complemente seus estudos!!

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2.1.4 Softwares disponíveis no mercado

Figura 15: Softwares proprietários, livres e gratuitos


Fonte:https://biblioteconomianerd.com.br/softwares-para-bibliotecas- opcoes-livres-gratuitas-e-criterios-para-
escolha-material-da-apresentacao/
Descrição da figura: Circunferência contendo escrito os diversos softwares do mercado.

SOFTWARES
PROPRIETÁRIOS SOFTWARES SOFTWARES
(Comercial) LIVRES GRATUITOS
Pergamum Biblivre Biblioteca pessoal
Sophia Gnuteca BookDB
Arches Lib PHL BiblioteQ
Aleph Koha Minibiblio
Millenium Openbiblio GCBiblioteca
Synphony Evergreen Data Crow
Biblio Express ABCD Tellico
Alexandria PMB
Quadro 04: Sugestões de softwares comercial, livres e gratuitos
Fonte: Da autora

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O software proprietário mais utilizados é o Pergamum. A maioria das Universidades
Federais utilizam.
Quando a biblioteca é de pequeno porte, pode-se optar por softwares livres ou gratuitos.
Os softwares livres têm sido cada vez mais utilizados. Eles são comercializados por preços mais em
conta e são bem mais acessíveis, além da vantagem que oferece, do contratante alterar o código
fonte, ou seja, modificá-lo caso sinta a necessidade. O fornecedor permite essa facilidade. As
dificuldades são as atualizações e manutenção, que devem ser feitas pela equipe de TI do próprio
contratante.
Os softwares gratuitos não permitem que seja alterado seu código fonte, ou seja, têm que
utilizá-lo da maneira que foi oferecido. Eles são chamados também de “Freeware”, enquanto que os
livres são chamados de “Open Source” (código aberto).

As vantagens e desvantagens dos softwares:

SOFTWARES VANTAGENS DESVANTAGENS

- Trabalhar em rede - Custo mais alto


- Maior quantidade de serviços - Código fonte fechado
PROPRIETÁRIOS
disponíveis -Dependência da empresa fornecedora
- Suporte técnico especializado - Customização inexistente
- O código fonte aberto - Não tem assistência técnica para
- Liberdade de atualização manutenção
LIVRES
- Fácil manuseio - Não tem assistência técnica para
- Custo-benefício atualização
- Customização - Não existe atualização dos dados pelo
- É possível trabalhar em rede fornecedor
- Fácil manuseio - Código fonte fechado
- Fácil gestão - Não disponibiliza muitos serviços
GRATUITOS
- Ágil na recuperação - Não trabalha em rede
- muito prático - Não tem assistência técnica para
manutenção
- Não tem assistência técnica para
atualização

Quadro 05: Vantagens e desvantagens dos softwares de bibliotecas


Fonte: da autora

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Na escolha de um software é necessário está atento a essas vantagens e desvantagens e
ter certeza do que a biblioteca realmente precisa oferecer.
Fique esperto:
• A oferta de soluções “caseiras”: softwares feitos por um curioso que oferece um
produto e não garante a qualidade;
• Se o software é robusto: se compartilha dados e oferece a possiblidade de
intercâmbio de informações entre bases de dados, adotando os padrões específicos
para esse intuito;
• Se o projeto está claro nos detalhes que pretende de um software. Especificar bem.
• Se a empresa oferece um software DEMO para um período de teste, e assim evitar
surpresas no futuro;
• Se o contrato detalha os direitos e deveres do comprador e fornecedor.
Enfim, caro estudante, num processo de automação não se deve ter pressa em adotar o
primeiro software que é oferecido. A gestão da biblioteca deve definir cautelosamente todos os
critérios que melhor atenda às necessidades do usuário.

2.1.5 Escolha dos serviços que serão automatizados

Figura 16: Escolha dos serviços que serão automatizados


Fonte: https://www.gratispng.com/baixar/biblioteca-digital.html
Descrição da figura: Computador servindo de entrada para uma Biblioteca. A entrada é a tela e existem pessoas fora e
dentro dessa Biblioteca.

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Estudante, você observou no item anterior a diversidade de softwares que o mercado
oferece e a grande responsabilidade da gerência de uma biblioteca em escolher o que mais atenda
às necessidades de seu público? Pois bem, agora vamos estudar a relevância dos dados de uma
biblioteca que devem ser automatizados.
É de primordial importância ter conhecimento dos dados que são possíveis de se colocar
numa base da biblioteca. Cabe a gerência de cada biblioteca, caso decida por um software comercial,
programar com o fornecedor para acréscimo de alguma melhoria na base. Se a base for livre a
empresa vai precisar ter uma equipe de TI para as melhorias. Citarei o básico de uma base de dados,
que com certeza vai atender a demanda do dia a dia da biblioteca.
PROGRAMAÇÃO DOS ITENS PRINCIPAIS DA BASE
Na programação da base deve-se pensar no espaço para:
Cadastro do usuário - O usuário fornece todos seus dados de endereço, matrícula, se
for aluno (turma, curso) se for funcionário (departamento) e assim a biblioteca poderá
registrar seus empréstimos
Cadastro de todo o acervo da biblioteca, isto é, livros, folhetos, revistas, artefatos
em geral, artigos de revistas, mapas (se tiver), normas, acervos digitais etc. Esse
cadastro tem que detalhar todos os itens do documento( autor, título, local , editor,
data, descritores, etc.
Cadastro de avisos – Os avisos necessários, durante o funcionamento, são possíveis
cadastrar na base
Cadastro de descritores (assunto) por área - Espaço para cadastro de descritores,
formando uma base de descritores
Cadastro de novas aquisições -Espaço para divulgação de publicações novas
Cadastro de autores - Espaço para cadastro de autores para formar uma base de
autores
Cadastro de editores - Espaço para cadastro de editores para formar uma base de
editores
Cadastro de periódicos - Espaço para cadastro do acervo de periódicos
Quadro 6 - Programação para o funcionamento de uma base de biblioteca
Fonte: da autora

35
Existem várias outras entradas que podem ser programadas, vai depender das
necessidades da área de informação. Existem softwares mais robusto e outros mais simples.

PRINCIPAIS POSSIBLIDADES DE UMA BASE DE BIBLIOTECA

Um sistema de empréstimo de todo e qualquer produto da biblioteca


Opção de devolução de publicações
Controle de assinaturas de periódicos (revistas e jornais)
Pesquisa de periódicos por assunto, por título e por ano
Renovação de publicações e demais itens, presencial e online
Reservas livros para o usuário presencial e online
Relatórios de empréstimos, multas, renovações, quantidade de acervo, acervo novo,
quantidade de usuários por setor, livros com mais empréstimos, afastamento do
usuário, controle de dívidas do usuário, etc
Possibilidade de demanda online do usuário
Possibilidade de compartilhamento com outras bases
Consultas ao acervo por autor, título, assunto, editor, ano etc
Emissão de etiquetas para o acervo
Controle de inventários
Controle de visitantes
Controle de multas
Divulgação de boletim bibliográfico
Lives e reuniões com alunos e funcionários
Quadro 07 - Possibilidades de serviços de uma base de biblioteca
Fonte: Da autora

Pode-se observar a importância que tem uma base de dados. O armazenamento de dados
é de grande valor para o gerenciamento da biblioteca.

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VANTAGENS DA AUTOMAÇÃO DE UM CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
Rapidez na recuperação da informação
Maior Produtividade
Armazenamento e acesso a uma variedade de dados
Segurança na comunicação
Precisão no controle de atividades, tarefas e resultados
Compartilhamento de dados com outras bases, evitando a repetição de dados
Padrão nos dados de cadastro dos livros
Possibilidade de se comunicar com outras bases
Desenvolvimento eficaz das pesquisas bibliográficas
Interface com smartfones e tablets
Quadro 08 - Vantagens de uma base de dados
Fonte: Da autora

2.1.6 Treinamento da equipe e usuários

Equipe
Estudante, em todo o processo de um sistema automatizado de biblioteca é indispensável
que se tenha o conhecimento do seu funcionamento. Com essa finalidade, a Biblioteca precisa-se
programar para oferecer aos colaboradores, um treinamento intensivo de adaptação aos requisitos
oferecidos pela base, preenchimento e estudo das nuances da base. Esse treinamento pode ser dado
pelo fornecedor do produto ou mesmo pelos técnicos de TI da própria empresa. Esse processo vai
depender do software que for escolhido pela biblioteca. É muito importante usar uma base “DEMO”
para demonstrações e prática, facilitando o aprendizado.

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Figura 17: Treinamento de colaboradores
Fonte: https://pet.cin.ufpe.br/www/
Descrição da figura: Pessoas em frente ao computador em treinamento em frente ao computador.

Usuários
O treinamento dos usuários na utilização do software dependerá do tipo de público que
a Unidade de informação atende: se for em Universidades, Escolas de nível fundamental, médio,
técnico, infantil, etc. é necessário treinamento por grupos de estudantes, mostrando todas as
possiblidades de busca e facilidades de utilização. Esse treinamento é contínuo para todo grupo de
usuários que precisar utilizar a base. Pode ser feito por séries escolares, por cursos (Universidades),
no início de cada ano letivo. Se for uma Instituição que tenha apenas técnicos, profissionais em geral,
se faz treinamento a cada admissão de profissionais novos.

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Figura 18: Treinamento Adultos Figura 19: Treinamento adolescentes
Fonte: https://neoradar.uai.com.br/dia-do Fonte:www.magnumburitis.com.br/noticias-
-professor-conheca-algumas-praticas-de-educadores- interna/aula-de-informatica---1-periodo-3
que-inovaram-a-aprendizagem/ Descrição da figura: Adolescentes sendo treinados
Descrição da figura: Pessoas em frente ao computador em frente ao computador.
sendo treinadas
A 2ª competência termina por aqui com um gostinho de quero mais. Você agora sabe os
passos para se instalar um software e tem segurança para participar mais ativamente dos projetos de
implantação de software em seu trabalho.
Seja um profissional curioso, busque novidades, sugira, converse com o bibliotecário e
nunca esgote seus conhecimentos.

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3.Competência 03 | Manipular softwares livres de automação de
bibliotecas
E aí, você está iniciando a 3ª competência. Aqui você vai descobrir vários softwares livres
que pode lhe auxiliar em algum acervo. Vai nessa!! Gosto de sua companhia!
Percebeu como é fácil a automação da biblioteca? Até agora já apresentei alguns
exemplos de tecnologias modernas, tecnologias para a bibliotecas e os tipos de softwares existentes
no mercado. Agora vou fazer uma apresentação dos softwares livres mostrando suas possibilidades
e facilidades para as bibliotecas. São softwares fáceis de manusear e instalação simples.

Você tem uma biblioteca particular em casa? Ou conhece alguém que tem e não
sabe como fazer o controle desse acervo? Você poderá testar seus
conhecimentos. Estude e acompanhe essa 3ª competência, que serão
apresentados vários softwares livres e você pode instalar e utilizar. Por que não?
É uma forma de praticar os seus conhecimentos de automação.
Logo, estude essa competência com muita atenção!

3.1 Software GNUTECA

Figura 20: Pagina do software GNUTECA da Universidade Estadual de Goiás


Fonte: https://www.gnuteca.ueg.br/
Descrição da figura: Tela de pesquisa da base GNUTECA

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O GNUTECA é um sistema de gestão de acervo, empréstimo e colaboração para
Bibliotecas, segundo a SOLIS:
O GNUTECA é um sistema para automação de todos os processos de uma biblioteca,
independentemente do tamanho de seu acervo ou da quantidade de usuários. O
sistema foi criado de acordo com critérios definidos avaliados por um grupo de
bibliotecários e foi desenvolvido a partir de testes em uma biblioteca real, a do
Centro Universitário Univates. O GNUTECA é um software livre, o que significa que o
mesmo pode ser copiado, distribuído e modificado livremente. (SOLIS, 2005, n.p.).

Esse software foi desenvolvido pelo SOLIS - Cooperativa de Soluções Livres. Por ter sido
desenvolvido dentro de um ambiente CDS/ISIS, o GNUTECA prevê a fácil migração de acervos deste
tipo, além de vários outros. O sistema pode ser utilizado tanto na gestão de pequenos acervos
particulares, como para grandes quantidades, isto é, mais de 100 mil exemplares. Por ser um software
livre e utilizar como base apenas outros softwares livres, não há limite prático no número de estações
de atendimento, ilhas para consulta ou acesso através da internet.

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://solis.com.br/gnuteca/

Vantagens do GNUTECA
• é livre e gratuito;
• é compatível com o MARC21, (da Library of Congress) e o ISIS (da UNESCO);
• a facilidade de migração dos acervos de vários tipos de bancos de dados;
• pode ser instalado no Windows, MAC, LINUX etc., desde que haja internet;
• atende bem na gestão de pequenos a grandes acervos;
• sem limite na quantidade de estações de atendimento;
• capacitação virtual simultânea de bibliotecários e auxiliares de bibliotecas;
• catalogação cooperativa;
• permite reservas e renovações de obras via internet

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Quadro 09: Vantagens do GNUTECA
Fonte: Artigo – SARAIVA, B. G. G.; PINTO, L. M. M.; GONÇALVES, M. R. O uso de softwares livres para automação de
bibliotecas.

DICA DE VIDEO
Casa queira ver uma demonstração desta base assista o vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=Gfr-6q4fnks

E ai? Que tal o software GNUTECA, gostou? É interessante para você indicar.

3.2 Software EVERGREEN

Figura 21: Tutorial do software EVERGREEN


Fonte: https://autobiblio.wordpress.com/softwares/evergreen/
Descrição da figura: Tela de pesquisa do tutorial do software EVERGREEN para biblioteca

Um software foi criado no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, através de um


consórcio de bibliotecas públicas para automação. Ele utiliza o formato MARC, faz importação e
exportação de dados, sua instalação é em WEB. Auxilia os usuários a encontrar o acervo e a biblioteca

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pode gerenciar, catalogar e distribuir e disponibilizar todo o acervo. A dificuldade desse software é
que ele está em Inglês.
Vantagens desse software:
• Ele inclui em suas pesquisas a gestão de empréstimo (renovação, reservas e devoluções)
• Aviso automático de multas
• As circulações de itens são catalogadas
• O uso do RFID (frequência de rádio) para identificação do acervo
• Estatísticas de uso do acervo
• O controle de assuntos (indexação)
• Impressão de etiquetas

Desvantagens:
• Não possui uma página com os campos do Marc, tem que ser criado
• Não possui verificador ortográfico
• Não é possível enviar notificações automáticas por telefone aos usuários

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://evergreen-ils.org/egdownloads/

DICA DE VIDEO
Caso queira ver uma demonstração desta base assista ao vídeo abaixo (só tem
em inglês)
https://autobiblio.wordpress.com/softwares/evergreen

Assistiu? Conseguiu entender?

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3.3 Software KOHA

Figura 22: Tela inicial do KOHA


Fonte:
ridi.ibict.br/bitstream/123456789/1180/1/Conhecendo_o_software_Koha__a_cartilha_simplificada_sobre_o_Sistema_I
ntegrado_de_Gestao_de_Biblioteca_2020.pdf
Descrição da figura: Tela inicial contendo: link da circulação, usuários, pesquisa lista de autoridades, catalogação,
periódicos, aquisições, relatórios e ferramentas

O software KOHA pode ser entendido como uma solução para gestão de bibliotecas, não
tem custo de licenciamento e código aberto como todo software livre. O KOHA tem origem na nova
Zelândia, para atender às bibliotecas públicas. Este software utiliza o formato de catalogação MARC.
Consegue fazer importação e exportação de dados e sua instalação é na WEB.
O KOHA é um software livre estruturado em módulos, que são capazes de atuar em
diversas tarefas diárias da biblioteca, como: circulação, gerenciamento de usuários,
catalogação, autoridades, aquisição, periódicos, criação de relatórios, ferramentas,
administração e um catálogo online. Ademais, possui uma comunidade internacional
ativa onde discute-se, compartilha-se e debatem-se questões sobre as
funcionalidades, os erros, o uso e as novas ferramentas desenvolvidas, visando uma
melhor performance do software (SCHIESSL; BRASILEIRO; MACEDO, 2019 apud
SCHIESSI; SHINTAKU,2020, p. 5).

O KOHA apesar de ter sido criado para bibliotecas públicas, ele é muito versátil pode ser
utilizado para outros tipos de bibliotecas, como por exemplo, bibliotecas escolares, universitárias etc.
Sua forma de apresentação é adaptável aos diferentes tipos de bibliotecas, dentro desse
universo.

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O indexador utilizado pelo KOHA é o Zebra, ele viabiliza a criação de um mapeamento
entre os termos (autor, títulos, assunto). A organização do Zebra possibilita a realização de buscas
rápidas, e que tragam um resultado de busca igual ou muito próximo do termo buscado.

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? Veja o soft Demo:
https://www.keep.pt/produtos/koha-software-de-gestao-integrada-de-
bibliotecas/

DICA
Você quer ver mais detalhes sobre esse software consulte esse site:
https://ridi.ibict.br/bitstream/123456789/1180/1/Conhecendo_o_software_K
oha__a_cartilha_simplificada_sobre_o_Sistema_Integrado_de_Gestao_de_Bib
lioteca_2020.pdf

DICA DE VIDEO
Amplie seus conhecimentos sobre o Koha
https://www.youtube.com/watch?v=RP-voQKxxpA

Estudante! Complementou seus estudos? São dicas que você pode aplicar depois, caso
utilize o KOHA.

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3.4 Software PHL

Figura 23: Tela do PHL de cadastro do aluno


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=vJgDh24lzmQ
Descrição da figura: Tela com o formulário de cadastro do aluno no PHL

Esse software foi criado em 2001 pelo professor Elysio Mira Soares de Oliveira formado
em biblioteconomia pela Escola de Biblioteconomia de São Carlos -SP, dono da empresa de pequeno
porte a INFOARTE e divulgadora do software PHL.
O professor Elysio criou o PHL pensando em repassar para as bibliotecas, soluções de
tecnologias com baixo custo, administrando serviços de automação de coleções em: bibliotecas,
museus, bibliotecas digitais, repositórios institucionais, Centros de Informação, Arquivos ou em
qualquer espaço que trabalhe com a organização da informação em bases de dados.
O software é indicado para todos os tamanhos de bibliotecas, não tem limitações. Pode
ser operado também em equipamentos móveis (Android ou iOs) celular ou tablets, ou todo
equipamento que tenha navegador e conexão com internet.
O formato de catalogação é UNISIST e sua exportação e importação de dados é baseado
na norma ISO 2709, utiliza o formato MARC e o protocolo Z39.50.

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É possível trabalhar de forma cooperativa, desenvolvendo intercâmbio de registros em
tempo real com outras bibliotecas ou arquivos, diminuindo assim o custo com o processo de
catalogação de documentos.
Outros serviços que o PHL oferece: aquisição, catalogação, indexação, tombamento,
controle de periódicos, controle de assinaturas, registro de usuários, impressão de
etiquetas de lombada, empréstimos, reservas, renovações, relatórios estatísticos,
avisos de atrasos e buscas ( InfoArte, 2001, n.p.)

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://www.elysio.com.br/site/downloads.html

DICA DE VIDEO
Complemente seus conhecimentos sobre o software PHL
https://www.youtube.com/watch?v=QymN99mJHio

Nesse vídeo é explicado como inserir fotos na base. É importante você conferir! Bons
estudos!

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3.5 Software BIBLIVRE

Figura 24: Tela do usuário do software BIBLIVRE


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ISsW7GTfIns
Descrição da figura: Tela com os dados do usuário no BIBLIVRE : nome, matrícula, foto, tipo de usuário etc.

O Biblivre nasceu de um projeto realizado pela Sociedade Amigos da Biblioteca Nacional


(Sabin) em 2005, com o objetivo de fazer funcionar um conjunto de programas livres de automação
de bibliotecas, que fossem gratuitos para a comunidade. Em 2006 estabeleceu parceria com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Itaú Cultural, o que possibilitou uma melhoria no software
e nas versões que foram sendo elaboradas.
O software utiliza o formato MARC e o protocolo Z39.50, ou seja, um padrão universal
que possibilita o intercâmbio com uma rede de acervos e o acesso via internet, em uma interface com
múltiplos sistemas de computação, sistemas operacionais, formas de pesquisas e gerenciamento de
bases de dados.
Oferece a possiblidade de todo o controle de seleção e aquisição, o processo técnico da
biblioteca, a circulação de materiais bem como a busca e recuperação de documentos.

48
Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://www.biblivre.org.br/index.php/baixar

DICA DE VIDEO
Assista esse tutorial do Biblivre, pode lhe dar dicas
https://www.youtube.com/watch?v=ISsW7GTfIns

E aí estudante, assistiu? Esse software é muito procurado, muitas bibliotecas utilizam!


Vale a pena conhecer.

3.6 Software OPENBIBLIO

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Figura 25: Exemplo de uma biblioteca que utiliza o OPENBIBLIO
Fonte: http://bibliotecasma.org/wp-content/uploads/2018/01/administra%C3%A7%C3%A3o.jpg
Descrição de imagem: Tela inicial do software OPENBIBLIO, oferecendo as possibilidades ( circulação, catalogação,
administração e relatórios).

Este software foi criado em 2002 com a finalidade de automatizar bibliotecas pequenas.
É um software de escrit em PHP (Hypertext Preprocessor), ou seja, uma linguagem aberta (open
source) para uso em geral, adequada para desenvolvimento em web. Ele oferece as funções de: -
Circulação de materiais (empréstimo, devolução reserva etc.).; - catalogação do acervo; -
Administração (registro de funcionários e usuários) e busca de Relatórios.
Ele utiliza o formato MARC, mas a importação /exportação é feita somente de textos.

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://openbiblio.updatestar.com/pt

DICA DE VIDEO
Estudantes, um tutorial do OpenBiblio! Interessante assistir.
https://www.youtube.com/watch?v=e0ms4oL_ar8

E então assistiu? Confira e se tiver interesse em mais informações, procure o tutorial do


Software! Bons estudos!

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3.7 Software ABCD

Figura 26: Tela de entrada do Software ABCD em espanhol


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=iG10_WsRPdU
Descrição da figura: Tela de abertura para entrada na base de dados ABCD

O ABCD é um software livre e aberto desenvolvido sob a coordenação do Centro Latino-


Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e apoiada pelo VLIR/UOS
(Flemish University Development Co-Operation) dentro do projeto Development Of and Capacity
Building in ISIS Based Library Automation Systems (Docbiblas) ou seja, pertence à família ISIS. É
multilíngue e configurável, com capacidade de atender a automação de todo tipo de biblioteca.
O sistema abarca a criação e administração de bases de dados, catalogação de
documentos de uma coleção, importação e exportação de registros, aquisições,
empréstimos, estatísticas, controle de publicações seriadas, o catálogo público
online e ferramentas administrativas do site, além do módulo avançado de
empréstimos. (CRUZ, 2009, n.p.).

Seu formato de catalogação é em MARC e sua importação/exportação é baseado na ISO


2709 e no Z39.50. Sua instalação é uma aplicação Web.

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DICA DE LEITURA
Para complementar seus estudos estou deixando o site do software ABCD para
você pesquisar! Vá além do e-book, é interessante!
https://abcdbrasil.org/sobre-o-abcd/

Conseguiu consultar o site do ABCD Brasil? Você vai encontrar mais informações.
Aproveite! Boa Pesquisa!

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://abcdbrasil.org/

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3.8 Software PMB

Figura 27: Tela de busca de autor do software PMB


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7jjinhrRqjk&list=PLL1FTp8U1VPMceEdIfV66g6Vyblrb0Sdp
Descrição da figura: Tela do software PMB com espaço para busca de um livro por autor ou título

O PMB é um software livre, lançado no mercado em 2003 pela empresa de gestão


documental francesa PMB Services, tem aplicação WEB e está disponível gratuitamente, permitindo
a total flexibilidade para adaptações e livre uso em qualquer biblioteca. Seu formato de catalogação
é UNIMARC e seu protocolo de importação e exportação é o Z39.50, possui uma gestão avançada de
periódicos e muitas outras vantagens. Ele é pouco conhecido no Brasil, mas é possível baixá-lo nas
línguas francesa, italiana, espanhola, inglesa e ultimamente pode ser encontrado também uma
versão em português.
O software pode ser utilizado para mais de 500 mil registros e pode tranquilamente ser
usado por bibliotecas públicas e privadas.
O software PMB é completo para gerenciamento de bibliotecas. Ele possui dois módulos:
gestão e portal. O modulo gestão, com as funções: circulação (empréstimo / devolução), catálogo,

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autoridades, edições, SDI (Divulgação Seletiva da Informação), aquisições e administração; o modulo
portal para utilização do usuário em suas consultas e pesquisas.

Conheça!
Quer baixar o software para conhecer? O site é:
https://bsf.org.br/2012/05/15/pmb-software-livre-para-gerenciamento-de-
bibliotecas/

DICA DE LEITURA
Caso queira mais detalhes deste software você pode procurar no site:
https://bibliotecasma.org/documentos/tutorial-pmb/
Você vai encontrar mais informações e estudar detalhes do software.
BONS ESTUDOS!

Estudante! Aprofundou seus conhecimentos sobre o software no site indicado acima?


Vale a pena conferir! Aproveite a oportunidade!!
Bom! Caro estudante! Esses são os softwares livres mais conhecidos no mercado e podem
auxiliar em uma biblioteca pequena ou grande. As informações repassadas são muito importantes
para um técnico (a) em Biblioteconomia se situar em relação a softwares para bibliotecas. Você pode
complementar com os vídeos e as leituras indicadas.

Não esqueça que tem as videoaulas como complemento.

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Conclusão
A disciplina finalizou em grande estilo, você agora pode dizer que conhece os principais
softwares para bibliotecas, que existem no mercado, tanto os proprietários, como os livres e
gratuitos. Pôde perceber que não é difícil ter uma base de dados em qualquer biblioteca. Dependendo
do tamanho e do estilo da biblioteca, existe uma diversidade deles para escolha.
O mundo realmente mudou e oferece cada vez mais milhões de possibilidades que
melhora a qualidade do trabalho, basta apenas que se mantenha conectado e bem informado sobre
o que existe de novo, para melhor oferecer aos usuários serviços relacionados à informação.
Espero que você tenha gostado dos detalhes oferecidos pela disciplina e que possa lhe
render bons frutos como técnico (a) em Biblioteconomia e como pessoa. Fique sempre atento ao que
de novo surgir nessa área para que possa demonstrar sua proatividade, fazendo o novo acontecer
antes mesmo de ser solicitado. Ideias novas são sempre bem-vindas e cooperar ativamente com as
mudanças tecnológicas do seu trabalho, traz uma satisfação profissional excepcional.
Bom, espero que tenha aproveitado bastante essa disciplina. Releia sempre que puder
esse ebook e faça bom uso das informações sobre automação de bibliotecas. Nos encontraremos em
outra disciplina, com certeza.
Bons estudos!

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Referências

ABCD BRASIL. Sobre o ABCD. Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://abcdbrasil.org/sobre-o-
abcd/. Acesso em: 24 mar. 2022

AGENCIA BRASIL. Celular é o principal meio de acesso à internet no país. Rio de Janeiro, 2020.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/celular-e-o-principal-
meio-de-acesso-internet-no-pais. Acesso em: 24 abr. 2022.

AGENCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. ANAC. Drones. Brasília: Governo Federal do Brasil, 2017.
Disponível em: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/drones. Acesso em: 24 abr.2022.

ALAUZO, J. L. C.; SILVA, D. L.; FERNANDES, T. B. Funcionalidades de um software livre de automação


de bibliotecas: uma avaliação do BIBLIVRE. Revista Analisando em Ciência da Informação, v. 2, n. 2,
2014. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/81092. Acesso em: 24 jan. 2022

AMARAL, Roniberto Morato do; ZAFALON, Zaira Regina. Implantação de sistemas automatizados em
bibliotecas: contribuição para a operacionalização da gestão. São Paulo, [202-?]. Disponível em:
https://www.academia.edu/4521983/Implanta%C3%A7%C3%A3o_de_sistemas_automatizados_em
_biblioteca_contribui%C3%A7%C3%A3o_para_operacionaliza%C3%A7%C3%A3o_da_gest%C3%A3o.
Acesso em: 16 fev. 2022

BIBLIOTECAS DO MARANHÃO. Tutorial openbiblio. São Luís, [202-]. Disponível em:


http://bibliotecasma.org/documentos/tutorial-openbiblio-2/. Acesso em: 25 mar. 2022.

BIBLIOTECAS DO MARANHÃO. Tutorial PMB. São Luís, [202-]. Disponível em:


https://bibliotecasma.org/documentos/tutorial-pmb/. Acesso em: 28 mar.2022

BIBLIVRE. O que é o biblivre? Rio de Janeiro, 2020. Disponível em:


https://www.biblivre.org.br/index.php/sobre-biblivre. Acesso em: 24 mar. 2022

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência


e Tecnologia. Conhecendo o software Koha: a cartilha simplificada sobre o Sistema Integrado de
Gestão de Bibliotecas Koha. Brasília: IBICT, 202º. Disponível em:
https://ridi.ibict.br/bitstream/123456789/1180/1/Conhecendo_o_software_Koha__a_cartilha_sim
plificada_sobre_o_Sistema_Integrado_de_Gestao_de_Biblioteca_2020.pdf. Acesso em 24 mar.
2022.

BRASIL. Presidência da República. Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000; estabelece normas gerais
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2000. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm. Acesso em: 08 abr. 2022.

CALCADA, Fernanda Berger. Gnuteca e PHL: estudo avaliativo de soluções livres para automação de
biblioteca. Porto Alegre, UFRGS, 2009. Disponível em:
https://brapci.inf.br/index.php/res/download/114585. Acesso em: 17 mar. 2022

56
CARDOSO, Fabiana Ramos. Avaliação do software de automação de biblioteca PHL. Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina, 2009. (Trabalho de Conclusão e curso de Biblioteconomia da
UFSC) Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/120221/284516.pdf?sequence=1&isAllow
ed=y. Acesso em: 24 mar. 2022.

CÔRTE, Adelaide Ramos et al. Automação de bibliotecas e centros de documentação: o processo de


avaliação e seleção de softwares. Ci. Inf., Brasília, v. 28, n. 3, p. 241-256, set./dez. 1999. Disponível
em: https://brapci.inf.br/index.php/res/download/54241. Acesso em: 04 mar 2022.

COSTA, Ana Cristina de Almeida; CHALHUB, Tania. O uso das tecnologias assistiva na mediação da
informação em biblioteca escolar: acessibilidade para alunos com deficiência visual. Belém: UFPA,
2021. Disponível em:
file:///E:/ead%20estado/artefatos/disciplina%20Automa%C3%A7%C3%A3o/complementos/tecnolo
gias%20assistiva%20para%20deficiente%20visual.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022.

CRUZ, Igor. Sistema ABCD de automatização de bibliotecas é revisado em oficina internacional. Rio
de Janeiro: FIOCRUZ, 2009. Disponível em:
http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=289&sid=130. Acesso em: 24
mar. 2022

DUTRA, Ana Cris Furtado; OHIRA, Maria Lourdes Blatt . Informatização e automação de bibliotecas:
análise das comunicações apresentadas nos seminários nacionais de bibliotecas universitárias. (2000,
2002, 2004). RACIn, João Pessoa, v. 2, n. 2, p. 23-43, Jul./ dez. 2014. Disponível:
https://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/10/pdf_1ccb8bd5f9_0012241.pdf . Acesso em: 24 jan.
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FERREIRA, Joana Rita Santos. Realidade aumentada: conceito, tecnologia e aplicações – estudo
exploratório. Covillhã-Portugal: Universidade da Beira Interior, 2014. Disponível em:
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GOMES, Dennis dos Santos. Inteligência Artificial: conceitos e aplicações. Revista Olhar Científico –
Faculdades Associadas de Ariquemes. Rondônia, v. 01, n.2, ago. /dez. 2010. Disponível em:
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socioambientais para organizações de base comunitária. Brasília, 2022. Disponível em:
https://capta.org.br/. Acesso em: 28 maio 2022

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION-ISO. Norma ISO 2709:2008:


informação e documentação - formato para troca de informações. Genebra - Suíça, [202-]. Disponível
em: https://www.iso.org/standard/41319.html. Acesso em: 28 mar. 2022.

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para as unidades de informação. HOLOS, v. 1, p. 152-169. Disponível em:
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Brasília, v. 13, n. 2, p. 704-719, maio/ago. 2020. Disponível em:
https://brapci.inf.br/index.php/res/download/141474. Acesso em: 23 fev. 2022.

RODRIGUES, A. M. M.; PRUDÊNCIO, R. B. C. Automação: a inserção da biblioteca na tecnologia da


informação. Biblionline, v. 5, n. 1/2, 2009. Disponível em:
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SANTOS, Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos; SILVA, Tania Carla da; KAFURE, Ivette. Tecnologias
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Santa Catarina, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 129-143, dez./mar., 2018/2019. Disponível em:
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SARAIVA, Bruna Gabrieli Gomes; PINTO, Livia Maria Mota; GONÇALVES, Marli Rosana. O uso de
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SCHIESSI, Ingrid Torres; BRASILEIRO, Ítalo Barbosa; SHINTAKU, Milton. A implantação do software
koha na biblioteca Graciliano Ramos da Escola Nacional de Administração Pública. Inf. Prof., Londrina,
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https://brapci.inf.br/index.php/res/download/151397. Acesso em: 24 mar. 2022.

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SCHIESSI, Ingrid Torres; SHINTAKU, Milton; Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia. O conhecimento sobre o software koha no Brasil pelos professores de biblioteconomia
de cursos presenciais. Revista Digital Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas.SP, v.18,
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SERRA, Liliana Giusti. Vamos falar um pouco sobre sistemas de bibliotecas? Rio de Janeiro, 2021.
Disponível em: https://www.sophia.com.br/blog/vamos-falar-um-pouco-sobre-sistemas-de-
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SILVA, Fátima Santana da; OTTONI, Heloísa Maria; SILVA, Rita Miryam Leme. Software livre com
alternativa de inovação na gestão dos serviços de biblioteca: a experiência do NIB do CBPF. Inf. Prof.,
Londrina, v. 9, n. 2, p. 92 – 115, jul./dez. 2020. Disponível em:
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SILVA, Márcio Bezerra da; DIAS, Guilherme Ataíde. O sistema de automação em bibliotecas openbiblio
aplicado à disciplina automação em bibliotecas. Biblionline, João Pessoa, v. 6, n. 1, p. 53-71, 2010.

TEIXEIRA, C. M. S.; MARINHO, R. R. Planejamento e gestão do processo de automação de bibliotecas:


experiências de aprendizado no curso de Biblioteconomia. Convergência em Ciência da
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TEIXEIRA, C. M. S.; MARINHO, R. R. A prática de ensino e a gestão de automação de unidades de


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2017. XXVII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação.
Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/download/43943. Acesso em: 18 mar. 2022.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA.UFU. Espaço biblioteca de tecnologias assistivas.


Uberlândia-MG, 2020. Disponível em: https://bibliotecas.ufu.br/acontece/2019/08/espaco-
biblioteca-de-tecnologias-assistivas. Acesso em: 10 mar. 2022.

VAZ, Aparecida de Fátima; PIREZ, Maria Abadia; CARDOSO, Cristiane de Fátima dos Santos. Avaliação
da usabilidade em sistemas de gerenciamento de biblioteca: software SIGA e Sophia. In: Encontro
Anual de Computação - EnAComp 2013, 10. 2013, Urutaí. GO. Anais...[...]. Urutaí, GO: IFG, 2013. p.
200-207.

VIEIRA, Mayara de Oliveira; FARIAS, Degiane da Silva. Tecnologia assistiva e educação: a importância
da formação continuada de professores das salas de recursos multifuncionais. In: Seminário
Internacional Sobre Profissionalização Docente. VI. 2017, Curitiba. Anais.... Curitiba.PR: PUC/PR,
2017. p. 19371 -19383.

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Minicurrículo do Professor

Sônia Maria de Pádua


Bacharel em Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco- UFPE, com pós-
graduação em Informação Tecnológica, pela mesma Universidade. Professora do Curso Técnico em
Biblioteconomia, em EAD.
Estágios internacionais em informação tecnológica, gestão e marketing para bibliotecas
no Quebec-Canada, em Madri - Espanha em Porto- Portugal. Participação em um projeto que incluía
a implantação de uma biblioteca em uma escola Técnica em Formação Profissional, na ilha de São
Tomé e Príncipe - África.
Trabalho em biblioteca em uma empresa que disponibiliza a formação profissional para
adolescentes e adultos que ingressam nas indústrias do estado de Pernambuco.
Experiência em: Gestão de bibliotecas, informação tecnológica, gestão de projetos,
organização de bibliotecas de escolas técnicas, normalização de documentos, organização de
informação em banco de dados de bibliotecas, gestão de qualidade e eventos direcionados à
Biblioteca.

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