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T2cnolocia & DeFesA SOPLEMENT® ESPECIAL N° 16 Ana 23 RS 12,00 as APRESENTAGAG Oneracoes Especiais na Marinha do Brasil “Todas as civilizagées devem suas origens ao guerreiro; suas culturas nutrem 0s guerreiros que as defendem” 5 Operagies Especiais so aquelas realizadas por pes- 503/ especialmente selecionado ¢ adestrade, empregan- Go meétodos nde convencionais e executando agbes também nao convencionais, com o propésito de destrulr ou danificar abjetivos especificos, capturar au resgatar pessoal ou materi- a}, coletar dados, despistar e produ- 2ir efeitos psicolégicos. \Nesse contexto, vemos a impor tBnela fundamental que tais opera- ‘cbes tém para quaisquer Forcas Ar- madas em todo 0 mundo. Para a Marinha do Brasil, no poderia ser diferente, pois o amplo espactro e a Giversidade de ambientes que en- contramos em nosso préprio pais e nas nossas Aguas jurisdicionals nos impoe a necessidade de dispormos de unidades especialmente treina. dias, capazes de realizar operacées no convencionais, que detenham um aito valor agregado e que 0s- sam assumir riscos calculados para ‘alcancar resultados expressivos, ge- rando vantage estratégica. Assim temas, na Marinha do Bra: sil, duas Unidades gue realizam pri ‘mordiaimente as chamadas Opera- bes Especiais: 0 Grupamenta de Merguihadares de Gombate - GruMeC eo Bataihao de Operacées Espaciais de Fuzileiros Navais ~ Ba- talhdo Tonelero. A diferenca basica entre o-GruMeC e @ Batalho Tonelero & 0 ‘seu campo de atuacao. Enguanto as Fualielros Navais atuam em terra, 05 militares do GruMeC atuam em um ambiente aguitico, Gs integrantes do GruMec realizam as mals diversas ta- refas de risco em ambientes aquaticos, onde técricas, tati- Jobn Keegan cas @ procedimentos especificos sto fundamentais em suas equipes, além de realizarem tarefas essencialmente de contraterrorismo, come @ retomeda de plataformas de pe~ trdleo e de navios, @ resgate de reféns nesses complexos ambientes operacionais. © Bataihao Tonelero, dentro da ‘mesma concepedo, realiza uma am- pla gamma de tarefas especiais e, a exempla do. Grumec, operagies de Contraterrorismo de retomadia de ins talacées o resgate de reféns, ont am Diente terrestre ‘A Marinha do Brasil, com 0 pro- pésito de cumprir @ sua misséo Constitucional, mantém essas duas Unidades no mais alto grau de aprestamento operativo, realizando Constantemente adestramentos e exercicios, 20 longo do ano e nas Giversas fegibes do Brasil, procu- rando acumular experiéncias, tes- tar procedimentes e corigi-los, na busca incessante da exceléncia das asies, que so invariavelmente de ‘ato 11sc0, esse mode, consideramos como fundomentais as Unidacies de Ope- rragbes Especiais no dmbito de nos ssa Fora, para suplementarem as orcas convencionals. Essas Unida- des ampliam a flexibrlidede da resposta militar em quafquer tipe de ambiente operacional, em situagdes de confita au de crise, @ oferecem militares treinados nas modernas técricas de combate irregular, prontos para atuar onde & quando di tavem 05 interesses do pals Congratula-me com 2 reviste Tecnologia & Defesa pela se riedade e pela qualidade que vem apresentando ao iongo de sua trajetéria, Este Suplemento Especial, uma vez mais, de ‘monstra a exceléncia do trabalho desenvolvido por sua equi- pe. A Marinha acredita que 0 estudo e a dscussdo de temas como este s80 de maior relevancia, dentro de qualquer Forca Armada, no Brasil ou no exterior. Kleber Luciano de Assis ‘Almirante-de-Esquadia Comandante de Operacées Navais ha do Brasii mantnha estreitos lagos de Cooperacao. com sua congénere morte-americana, a U.S. Navy &, como seria de se esperar, os primetros MECs (Merguihadores de Combate) brasileiros tiveram sus formacio bésin 4, ‘os Estados Unidos. Em 1964, dois oficals € dues pre- 2s concluiraan naqueele pats 6 arcuo curso dos entao fecém-crlados SEALS (Sea-Ait-tand), ainda compos- {os intelramente por pessoal ord das renomadas gf UBTs (Underwater Demnoll3on Teams - Equipes de | Demotese Submarina). Coma resultado da expe- YE 4 N ‘05 anos ceguintes & Segunda Guerte Mundial, a Mar iénea desses militares pioneiros, foi cada, em 3 de abril de 1970 (Ordem de Senvico No. 012/70, do Comandante de Forga de Submarinos), 2 Divisao de eric a omic becchman Seine Ft Yo € Sliva (BACS), em Niterol (RU). Em 1971, mals do's oficiais e trés pracas bresie ros foram qualificados pela Marinhe Francesa como Nageurs de Combet Wadadores de Combate). Trés anos depois, fo) ats ministhada no Brasil pela entdio Escola de Submarines (Hoje ‘Centra de Instrucaa @ Adestramento Almirante Attila Monteiro Aché-GIAMA temibéra ef Niteré), na Iiha do Mocangue Gran- de), 6 primeira Curso Especial de Merguihador de Combate. ‘Negclando, oportunamente, as teenicas do-curso fran- ‘ces, que privlegiava as aperacces de mergulo.nio~ priamente ditas, com as do norte-americano, que: ‘dava grande Ehiase as operacbes terrestres, fol montade uma estrulura de ensino perfeitamente adaptade as feais necessidacies locals. Viganda a atender adequademente as crescen- tes soliditagses da Esquadra @ dos Distritas Na~ ais, et 1983 a Divisac de Merauihadores de Com ‘pate da dase Almirante Castro © Silva foi transfor jada ne GruMec — Grupo de Merguihadores de: “& _ Combate, parte integrante de Comando da Forca de ‘Submarinos. Mais tarde, ovientacdes ministerials emi= Sidas @m7 1996 determinaram a criagao do Curso de Apertei- {Goarnento de Mergulhador de Combate para Oficial, cule pei meira turma seria formada em dezembro de 1998. No dia 12 de dezembro de 1997, 0 minis= tfo da Marina crigu @ atual Grupamento de Mer- guibadares de Combate (rambém GruMec), em substitviggo a6 anterior. Oficalmente ativada na, dia 10 de marco dé 1998, 4 nova Organizacao Militar tem semi-autonomia administrativa ¢ esta diretemente subordinada av Comande. da Forca de Submarines. O GruMec canta com trés equi- es bésicas (Alfa, Bravo = Charlie) de Opera (hes Especialse mals um GERR/MEC = Grupo Es- pecial de Retornada e Resgate, todgs diretareen- te subordinadas a0 seu Departamento de Ope- Facdes, 29 Qual favaimente se sudordine uma ativa Diviseo de Adestramento, FORMACAG A formacio. do. Mergulbador de Combate da Warinha do Brasil nada fica 3 dever & de outros similares internacionais, come os SEALs norte: americanos, 6 SBS (Special Bost Service) dos Fu, jiletres Naveis britsnicos ou a do DINOPS (Detachment’ d'iatervention Oneretionelle Subaquatique), pertencente a Leaido Estrangerra aa Franca, para Gta apenas Us dos mais conhe- ides. © curse MEC € conduzide no CIAMA Para oficiais do Compo de Armada ou do Qua- dro Complementar da Armada, os requisites inl. als incluern @ aprovacdo em exames psica\ogi- coe médico, teste em camara de recompressdo © Srduos testes fisicos, O chamado CAMECO ~ Curso de Aperfeicoamento de Mergulhador de Combate para Oficiois tem duragio de 41 sema- fas, divididas em quatro fases, ¢ objetiva habill- tar os miltares a operar equipamentos de mer guiho, armamento, explosives, utlizar técnices © faticas para guerra ngo-convericional @ confito de beixa intensidade, capactando-05 a execute, em suma, os diversos tipos de Operactes Espo- Ghais. AOs oficiais, logicamente, é dade énfase es- pecial 30 planejamento de operacdes, mas, num todo, as matirias abrengem: treinamento fisico militar © delesa pessoal; higiene de cempanha © primeiros socorros; equipamento autdnomo de rculto aborto; tenicas de combate; operacses Fibetrinhas; demiolicaa, armamento; comunica- Ges; tenicas de reconhecimente de praia; ope> Fagbes especiais submarinas; processo de plane- Jamento militar e estudo de caso; gestae con temperanea; lideranga; introducso ao mi- erocomputador; sistema de comunicaches da Manaha; fe Intellggncie. Para pracas (cabos ou saruentos do:sexo mascull no, com menos de 3¢ anos de Idade e em candicées de reeagajar), existe 0 C-ESP-MEC - Curso Especial de Merguina dores de Combate, cujes exigéncias para ingresso sdo a5 mes- mas de CAMECO. A duracdo 6 de 42 semanas de atividades instrutonais iqualmente puxades, como para os oficiais, ras, 05 gue Tesistem & enorme prassao fisice e mental do curso ‘estarao. devidamente preparades para 2s espedatizadas mis- sGes atribuidas aos MeCs. Bee ioe Wee ee eeu eeu) Cees ee eee eres ue ee ae eed Cee or fita adesiva, o que agiliza sua troca em combate De ee ewe a ey ee eee res eee Ce cue tae ee Durante todo 0 periods dos cursos, os candidatos 9 Mec So submetides a condicées extremas de provacoes fisica & ‘sicoldgica, sendo enfatizados o5 atributos de lideranga em combate, Sensatez, objetividade, improvisacie, serenidade quando submetido 4 ambiente de riscos elevados ou estresse, entre outros, O cima é sempre mantido o mais préximo pos- sivel daquilo que seria encontracio numa verdadeira situacio peracional. A presse 6 constante de modo que, tipicamen- te, ce Um grupo que inicia 0 curso, somente cerca de 30.4 40 por cento recebem aprovecto fine! ¢, Com ela 0 almejado breve (cistintive}, Todos 9 candidatos s80 voluntéries padem pedir 0 desligamento da atividede 2 qualquer momento, © GIAMA também ministre 0 C-EXP-MALT-GAS — ‘Curso Expedito de Merguiho Autbnomo com Cir- culto Fechado, disporivel tante para oficiais come pracas que tenham sido julgados aptos em con- tole psicdfisico anual para merguiho (ou exame equivalente) hd menos de umano. Sua duracso é de quatro semanas, estando aberto também nara ‘miltares: do Corpa de Fuzileiros Nayais, Exército Brasileiro e Forca Aerea Brasileira, E sempre im- portante ressaltar que as técnicas de mergulho auténomo de circuito fechado, com equipamento que nao iproduz borbulhas, séo essenciais para emprege na maioria des Operacdes Especiais, gracas 8 discricio, silencio © & virtual invi= Sibiidade dos operadores @ observagao visual € detecoéo pelo inimige. ‘Depois de formade MeC, 6 militar é designa= do para servir no GruMec, onde participara de lun completo programa complementar de ades- tramento ¢ realizaré cursos dé exterséo e ests- gios em diversas dreas, como desativacao de aitefatos explosives (DAE), basico de para- quedismo (salts enganchado}, mestre de salto, saltalivre, mestre de salto livre, precursor para Guedista (PREC), dabragem, manutencéo su- prinentos pelo ar (DOMPSA), estagio Basico de fontanhismo, cursa de operacoes na selva, es- tagio de operacdes no Pantanal, estigio de ati- Fadior de elite (Sniper), dentre outros. MISSOES E MEIOS “AgSes especificas de guerra néio-convencional em ambientes maritimos e ribeirinhos’. Esta seria uma vidvel sintese das tarefas previstes para 0 Grunamento de Merguiha. dores de Combate. Na realidads, com kenues varlacbes, $50 ‘operagiies comune 2 outras unicades semeihantes encontra: das em demais paises, cada ura, certamente, adequada os vegessidades operativas locals. 'As complexas aperagses an\ibias tm, no GruMfec, um ele- mento virualmente indispensavel realizando acces em orol ‘do Comandante da Forga-Tarefe Antibia (ComForTarant), em principio na éree maritima e nas praias. Entre as informacses. vitals pars uss desembarque bem-sucedido esté 0 conheci- mento exato do gradiente (inclinagao) da praie escothida, a partir de uma profundidade de cercs de sete metros até a vvegetacio auie cireunda a areia. A equipe de reconhecimiento, também deve procuzir ume carta com dados sobre o tipo de solo (areia, peda, lama, etc.), obstaculos naturals e artiicals _(bassiveis de demolicso com explosivos), campos minados e ‘até as possivels edifcagoes ¢ habitantes da area. Igualmente importante sera a avaliocao das forcas de opo- ‘igo, @ que deve pr felto, preferencialmente, sem que hala o _contato com @ inimign embora estejam sempre foreemente at~ ‘mado para um confronto.que seja inevitavel. Pode-se afirmar, ‘Sem exagero, que Sucesso lnicial encantra-se nas mos das solitrias equines de MeGs infitradas nas dreas atva, muites ‘vezes, dias antes da “Hoca-t1" do "Dia-D. fos deriais campos da guerra naval, incluindo os cada Vez mais comuns Operagées de Manutengdo de Paz, on MECS 98a empreaados para destrvir ou sabotar navios © embarcacces, instalagdes portuaias, pontes, comportas, etc.; copturar ou Tesgatar pessoal cu material; reatizar reconhedmento, vigi= ancla @ outras tarefas de coleta de dados de inteligéncia; infiltrar © retivar agentes ¢ sabotadores de territério sob con- role inimigo; e, interditar inhas de comunicacao e de supri- ‘mento em rigs ¢ canais, Mais ainda, em apoio ao cumprimen- fo do Cédiga Internacional de Protecso de Navios © Thstala- ‘coos Portuarias das Oreisnizacao des Nacoes Unidas (ONU-I5PS Code), cabe aos MeCs realizar a abordagem inicial de navios Suspettos ou potenciaimente hostis, garantindo as condictes ‘para a verifiagaa de. eventuais ilieitos por uma Force Naval ‘em aces de interdieso nas operacoes de Controle de Area ‘Maritima, Neste Uittimo contexte, 0 GruMet tem dado impor- ‘tante contribuigae para a seauranca dos chamados Grupos de Visita © Inspecio (GV) dos navios da Marinta de Guerra, apoiands seu adestramento. Os Mec’ também esto prontos para serem empregados, caso necessario, em acGes do tipo GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Em qualquer das atividades descrtas, deve fcar bem cla~ Fo que os MeCs no saem, simplesmente, “nadando por ai”, ai chegar a seus objetivos, Precisam ter a sua disposicgo vatlados meios de infitracao, a partir dos quais, entao, evolu fem. 0 submarina, tendo em vista sua inerente disericao ¢ 3- pacidade de ocuitacsa, constitur-se num melo frequentemente fempregado. A partir dele — © mesmo sem a necessidade de ‘emergir 05 mergulhadores podem #esiocar-se-até v objetivo Subaguaticementa, de forma ccults, gracas 20s equipamentos ‘de merguiho, tanto de eircuito fechado como aberto, Verséteis ealaques (botes de lana, dobrévels) de dois lugares, a remo, tambem padem ser langados, de submatinos na superficie. Outre tipe de eribareagaa S40 05 botes preumations (EDPNS), que poder Ser “esovados” estanda 0 sub- maring fa superfics, coi) 0 <60- ‘yes seco ou molhads ou em cote periscépica, ob seja, a cerca de 18 metros abaixe dé superficie! (0 cobicade brevé daqueles que completam @ arco Curso| Cae noe eae A capacidade para-quedista dos integrentes do GruMec hes ‘ampla grandemente as possiblidades de emprego, saltando tanto de seronaves de aga fica (Saltos semi-automsticos, IMresa Gran e altitude duplos, ou em tandem) como de helicdpteros. Nes- te segundo caso, 0 chiamado "helocast’ (salto livre, ser para quedas, sobre Souia) & uma das téenicas empregadas pare O Tancamento de pessoal, O helicéptero oferece vérias outras op- Gbes para © transporte e insercao dos MeCs, como pauso de assalto € destidas por “rappel” ou “fast rope, ur tipo especial de cabo que dispensa 0 uso dos tradicionals “fretos em oito” do ‘Tapely apenas luvas grossas especiass so suficientes para ga~ rantur a descida répida e controlada do combatente até 0 solo, O diarardia dos membros oo GruMec constitur-se numa incontavel gama de atividades, bem) mesdade entre as inevi- ‘Gveis Larelas ditas administrativas e, mais necessarias ainda, ode adestramento, reciclagem € exercicios, Ne realidade,.05 ‘Mots tem perticipedo de todas as operacoes anfibias da ES: quadra, no apoio de langamentos de torpedes e misses, em ‘operacées ribeirinhas ria Amazonia © no pantanal mato ‘grossense, assim como nos constantes exercicios de retomo- da de navios ¢ plataformas de petréteo. “ataques” a navies da Esquadra, das Forcas Distrtals, etc. Visande a manter-se atvalizado com 0 estado-da-arte ‘de sua especialidade, em nivel mundial, 9 Grupamento tem pracurado, ao maximo, realizar intercémbios com seus ‘congBnetes de paises amigos. Assim, 0 Grupamento de Merqulhadores de Combate da Ma- vinha do Brasil, ainds que possa ser numericamente pequeno ‘em comparagao a tropas de pel- Ses maiores © mais ricos, encon tre-se devidamente. pronto para responder a qualauer chamado, fem particular, as reaides marii- ‘mas, ribeinnhas e pantanosas do temit6ro. nacional contam com guerrelros metivades © Sem ca pactados para defendé-las, Tan Se MENSAGEM DO COWANDANTE bo GRUMEG PP iireraments, gestae de agradecer 3 red Bo da revista Tecnologia & Detesa a oportuni- dade de divuigar, de forma clare profissionel, trabalho desenvolvido pelo Grupamemto de Mergu- Inaderes de Combate (Grumec). E natural que: 2 sociedade considere a rotina de. preparo e emprego de pessoal de Operacées Espe- lige 015 coreada de mistério deviciasitprescindivel ne- Cessidacte de resguardar suas técnicas ¢ 0 seu pes- S02]. A matéria estlarece essa questio e mostra que 2 capacitacio adguinda néo é sobvenatural, nruito pelo contrario, & fruto do esforco, da devorminacko e. principalmente, de brio de cada um dos seus inte grantes de fazer sempre o melhor ¢ de tera supera- aii De ae como meta. 0 bindmio vadalho em equpe © desenvolvimento das capacidades individuals resul- {2 em oficidneia @ eficécia de emprego, além de uma felacio custo/beneficio praticamente insuperdvel, ‘quando se considera 0 emprego da forca pelo Esta: do. No atual cendrio mundial, de répida evoluca0 dos ‘rises para confitos onde combates assimétricos tém se tornado uma constante, as Operacdes Especiais aprmam-se, cada vez mals, come fundamental ferra- menta para defesa do Estade Democrético de Direito No caé6 especifico do GruMeC, onde o ambiente operacional é predominantemente maritimo ou ribein= ho, essa assertive fot amplada significativamente na presente década. A implementacao do Cédigo Inter ‘nacional para a Protecdo de Navios (International ships and Port Facilities Security Code - ISPS) tem intensifi~ cado 0 treinamento especifico de acdes de retomada e resgate de reféns em plataformas, navios ¢ instala~ s0es portudrias. Os desdebramentos decorrentes em terms de necessidades matevisis a de desenvolvinen- fo de técnicas especificas, tal como @ retomade de avios en movimento, encontram-se em andamento © tem diredionado 0 foco das atividades do Grutor. Apesar de sér uma Organizacio Miltar relativamente nova, considerando-se os nove anos de sua ativacdo, ‘9 Ghipaments tem garantide seu fugar junto # commu ‘ria dos que nos precederam desde a décadade 1960, ‘mas, também, pelo reconhecimento da qualidade das Partiapagies dos Mergulhadores de Combate em ‘operagées nos Distrtes Wlavals, operacées com a Esquadra © em operactes combinades do Minis- téri0 da Defesa, Finalmente, & cont satistaciio que teste= munho 0 acelérado, crescimenta da ativida- ‘de dle Operagdes Especials ¢, em particular, 0 da atividade de mergulho de combate, 0 que confirma 9 acerto da deciséo de crid-ta © 2 enorme esforgo em manté-la, tanto or parte da Marinha come instituicéo, come por parte de cada um dos militares que inte ‘gram e que integraram a tripulacae do GruMeC, hoje e No pasado, (Que a sorte sempre acompanhe os audazes! “FORTUNA AUDACES SEQUITUR” Orlando Erico Lacé de Oliveira Lima Capito-de-Fregata Comandante do GruMeC PE ee) Crd eee ties eee ee ay Ce eee ee eid rere eae to ees Bee eed Caen or ec ia para a defesa do operador. no rere ea Ee eeu ea ee eee aed vendo a grandes altitudes, tanto para abertura cio Pe ee ee eee Gea ieee ke eat) especial de oxigénio para a respiracao do militar, Cordial ated TT i2tande:s= de uma unidade mittaraltamente espe- cializada, © Grupamento de Mergulhadores de Com- bate da Marinha do Brasil, tem necessariamente, tem diante de si uma grande variedade de cenarios operatives, para os quais deve estar preparado. As mis- ses tradicionais de reconhecimento, mapeamento € balizamento de areas de desembarque anfiblo mais a destruicdo de eventuais obstculos naturais ou artificials, também podem ser desclobradas, sem divida, em acoes de infiltraedo mais profundas. Reeonhecimento das for- ‘gas inimigas por meio de patrulhas de contato, sabota- gem ou eliminacao de alvos humanos prioritarios, entre tantas outras missdes, fazem parte do repertério ‘operacional dos MeCs. Armas ¢ equipamentos adequa- dos, mais um incessante aclestramento, se encarregam de deixa-tos sempre prontos para atuar. OTe eT eee ac eee ge Po ee re eed eee ae er ee eae eae Cee eae ee ee eee ee) ‘excelente método de levar uma equipe de DO a ee ee eee Cree ea ee e0stas, se desioca, como sempre, unidos por um cabo ‘0 fuzil Parkor-Hale M.85, briténico, em calibre 7,62 x 51mm (carregador destacével de 10 tiros), equipa os atiradores de elite (snipers). E de repeticao, com ado manual no ferrolhe e tem excepcional precieso: picamente, 100% de acertos no primeiro tiro, até 600 metros, ou 85% até 900 metros, estando equipado com Ce Rt eam ee a ee PAD ener ae eter ee ee er ee ea para detectar, por exemplo, uma viatura a cerca de 01 km de distancia, sob um céu, apenas, estrelado Eee Ces ela Pee Oe as ed fen eel ire ad cui) Cee Cen Cee iad sere Caeu Crean eee re eed ree Cerone (7 Taurus PT 92 AF, callore 9.x 19 Nee carregadores de 15 tiros ‘As metralnadoras ree ead Pee etd ee ey een eee eet ae) Cee a ae re Cee) Cee en ET ion aL ee ee MeCs poder de Yogo suticiente para lidar com ameagas bilindades. Tem alcance util de 300 metros e ‘sua granada do tipo HEAT (High-Explosive Anti-Tank) pode perfurar blindagens de até 400mm eee ed tiros) calibre 5,56 x 45mm, Eee ees Cerra Oca) Cea a ee Ee er Perse aed Ee ule a) ets Cy ere Pe a a Caer! ee ee ai eee ee Cea Cetera) Cie id | meee a res deC Mergulh Ce eee aaa ee Me uae ee Barreto Tere Podem ser levadas nas costas de a ies fat: ry Caen) eae eee @ técnicas especia eer ee een eae or ma das muitas especialidades dos integrantes do Grupamento cle Merguihadores de Combate € 0 uso de explosivos, quer no seu emprego na demolicao de obsticulos naturais ou artificiais que possam impedic ‘ou atrapalhar, por exemplo, uma operacao de desem- barque anfibio, quer como em agies de sabotagem ou de apoio a outras missdes om ambiente maritima. Pat tal, um adestramento constante torna-se necessirio, o que nao 6 esquecido pelos Mocs. Por outro lado, sua proficiéncia também é encontra- dda no. que diz respeito a outros artefatos afins, como torpedos ¢ minas navais. Os Mergulhadores de Comba- teestio, certamente, capacitados a desativar ou destruir tanto minas ofensivas, cofocadas em locais por onde na- vios costumam passar ou proximo a seus ancoradouros, como as defensivas, semeadas em diversos nivels de pro- fundidade nas proximidades dos ancoradauras e insta= lacées, para protegé-los tante de navios quanto de sub- marinos inimigos. ‘Também existe as chamadas minas de sabotagem ou de casco (limpet mines). que so instaladas subaquaticamente nos cascos de embarcacoes ancora- das ou atracadas, geralmente por imis ou presas por ‘cabos, para posterior explosdo comandada por um dis- positive de tempo. Geralmente possuem um comparti- mente interno para Ihés propercionar uma ligelra flutuacéo negativa, tornando-as mais faceis de manu- sear clentro da agua. Uma tipica mina de casco moder- na, como a compacta “Maindeka’, fabricada na india, tem um diametro maximo de 310mm, altura de 135mm 2 peso total de 6 kg, dos quals, 1 kg constitui-se na carga explosiva (RDX/TNT). Colocada a uns dois metros abaixo da linha 4'4gua, 6 capaz de causar um buraco dle cerca de 250mm num casco com chapa de aco de 22mm de espessura. Comparativamente, minas com 4 kg de explosivos produzem buracos de até um metro! ‘Compreensivelmente, 0 GruMeC nada comenta so- bra a existencia de tais artefatos em seu inventério, mas. constatadla a posse de exemplares inertes, para instru- cdo e adestramento, fica eviciente que os MeCs treinam @ est8o perfeitamente familiarizados com os mesmos. ‘Merguihador de Combate preparando-se para ge Tee eee reas ee ke cues Pequenas cargas, grandes resultados. Esta é a sintes Ce ee eee aa as te eer raat ey ‘massa dle modelar, um dos multos tipos a disposieso dos eee test eae se) Ce eee ‘quantidade usada numa forte armacao de trilhos de aco, eer eed ee ee ane eee eee ee eel! ee eet eee Bere eae ies ue ae aaa ye Rees uae) ge etd ee ogee ey ‘embarcacao de alta velocidad, com os nee ner eT eed ‘meio de wm cabo em forma.de lace Po eee uso de conexao fisica (frefo em offa) do eae eae aac oe ees peer ori By imeem or sua prépria denominacio, os Merou- hadores de Combate tem, nos submarinos, seu pri ordial meio de infiltracdo. Sua inerente diserigio e qua- 50 invisibilicinde & observacdo © detecgdo visuals os tor- nam particularmente indicados para tansportar equines de MeCs até pontos maritimos de onde possam evoluir @ enetrar em zonas costeiras inimigas. Iss0 pode ser feito tanto pela “desova” de embareacées (pnesimaticas ou calaques) a partir de seu convés como pela ainda mais dis- ereta saida dos militares de bordo de forma subaquatica, ‘vestidos com trajes isotermicos ¢ empregando, preferanci- ‘almente, equipamentos de respiracso em circuito fechado, © subseqiiente deslocamento rumo aos alvos pode ser fel- to, dependendo das condicées predominantes, tanto em atagio ia superficie como mergulhados, dia ou noite. Em ambos os casos, a equipe normalmente se desloca com sous elementos conectados entre si por um cabo.No ‘aso de cluplas, Iqualmente ligadas por um cabo de segy- ranca, & normal que um dos integrantes esteja equipado com um painel de navegacéo (com bulssola, profundimetro © cronometro), ambas levando materials especifice para a missio em curso, como explosives ou escada dolsrivel de aco, pot exemplo, © portando seu armamento individual, Cumprida a missdo, a equipe se retraé para um ponto. taticamente apropriado, seu ulterior recolhimento e extra ‘¢20 da zona de combate podendo ser feito por melo naval (a lago", por embarcacdes répidas, tipicamente) ou aé- eo, em particular, por helitransporte, com os militares emm- bbarcados ou levatlos em “peneas”, num cabo extemo. ‘lids, a grande versatilidade operacional oferecida pe- las acronaves de asas rotativas também é amplamente ‘explorada nas fases de inseredo, Helledpteros como o UN- 14 Super Puma da Forca Acronaval, por exemplo, si0. comumente usaslos em transporte assalto, utilizando- se, neste segundo caso, as téenicas de “rappel” © “fast rope”. 0 mesmo tipo de aeronave também pode ser usa- do no lancamente de equipes para-quedistas, tanto em salto semi-automstico (enganchado). como livre. © chamadio SLOP (Salto Livre Operacional), no entan- fo, tem suas vantagens maximizadas pelo uso de aerona- ves de asa fixa, no caso, disponibilizadas pela Forca AG Fea Brasileira, Podlem ser empregadas as técnicas de HALO “{High Altitude, Low Opening ~ Salto de Grandes Altitudes ‘© Abertura Baixa), HAHO (High Altitude, High Opening - Salto ¢ Abertura a Grandes Altitudes) « salto em tandem, ‘em que um elemento indispensavel para a ralssSo, mas io qualificado como para-quedista, ¢ levado acoplado. 0 equipamento de um militar habilitado para tal. Um dos meios de infiltracso e transporte aquatico dis- fs para o GruMeCé 0 versétil caiaque biplace Klepper Aerius, de fabrieagio alems, muito utilizado interna almente por outras unidades de Operagées Espectals, Sua estrutura ¢ feita em madeiras especiais tratadas ¢ clemen- tos de fixagao em aluminio anodizado, oferecendo excep- ional resistencia a acto da agua salgada, 0 casco é feito de Hypelon (borracha natural), com niicleo de Trevira (p0- ligster industrial}, oferecendo flexibilidade, resisténcia ¢ longa durabitidacle em todas as condicSes climaticas, das 4rticas 5 tropicals. A quitha possui camadas adicionais de Hypalonftrevira, como protecso contra obstéculos na- turais.e artificiais, 0 restante do revestimento externo (con- veses) usa um tipo de tecido especialmente tratado, de algosiae egipcia, que oferece, ao mesmo tempo, impermeabilidade natural e circulacso de ar, eliminando condensacio excessiva no interior. Tubos inflaveis inte- drais, ao longo de toda a extensdo superior do caiaque, @ferecem protecso ¢ estabilidade adicionais 0 conjunto, além de flutuagdo suficiente para dificultar seu ‘emborcamento e, se necessario, facilitar e reentrada da ‘guarnigao a borde, Todo o conjunto estrutural tern exce- lente resistencia 3 torcéo, flexao © compressso, uma evi dencia da qualidade desta embareagBo que j4 foi usada ‘em diversas travessias transatlanticas! Pode ser faciimente desmontado e atomodade, para transporte, em dois sacos. A posterior montagem © prepa ago para uso levam em tomo de 10 minuitos. Com 5,20 m de comprimento e um peso vazio de 35 kg, pode transpor- ‘ar até 400 kg, 0 suficiente para que a guarnicao leve uma razeavel quantidade de armas equipamentos necessari- 105 & missdo, Os MeCs jd utilizaram os caiaques Keppler ‘em todas as condic6es aqusticas existentes no Brasil. 5 dinamicos ¢ imponderaveis fatores que atuam no desencadleamento, conducao © cumprimento dle qualquer ‘uma tas chamadas Operacdes Especiais realizadas pelo Grumec também induzem 20 emprego de quaisquer ou- tros meio viaveis, cujos limites somente potiem ser esta- belecidos pela imaginacio de cada um. Se, algum dia, se ouvir falar que um MeC brasileiro entrou ou saiu dle urna misso no lombo de um jumento ou rebocado por um golfinho, néo é para duvidar.. Tees " Ta ee A Re i Ue ee ae oe ee a eee comuns e arriscadas operacdes do ramo, ou seja, # chamada entrada tética num recinto, coma Ce ee ee ae ue a ea a ee mel a Gece ened luni Ale ae kaw die aurea ota on ‘Muitas situagBee requerem 0 uso de granadas cea ail ; * fumigenas ou lacrimogéneas, por exemplo, Treinar, treinar e trefnar! Antes do Infelo de am Pee mers ME eee Pee ee ee! «Poe eg ee eee ed Ere a a compacta e adequade para uso em amblentes confinadas, Como ¢ semrautomatica e oferece boa preciso a curtas Gre rr dae ede ak ae ca ce geek ee ee eae © cenaria internacional contemporaneo, replete de ‘ameacas @ atentados terroristas ¢ de pirataria mari ma, ndo pode deixar de ser destacada a disponibilidade do Grupo Especial de Retomada ¢ Resgete - GERR/MEC. Especialmente equipacio © adestrado, tem sua atuacao vol- toda para atividades anti-seqiestro e anti-terrorista em ambiente maritimo, como a retomada de navios, termi hails ¢ plataformas de petroliferas, incluindo o resgate do fossiveis reféns, Oc militares do GERR/MeCutilizam, ¢ cla- Fo, equipamentos, técnicas ¢ armamentos especificos para 9 emprego em situagGes de alte risco, onde a precisao, sigilo ¢ a rapidez sie fatores preponcierantes para 0 su- cess0 da misao, Mais do que nunca, suas acdes sao emi nentemente “cirdrgicas”, impetuosas, ou seja, as amea- gas devem ser climinadas com absoluta exatiddo, sem ee a aed) ee eee armamento primarfo dos eR Re secs eee Pete eee) ped expor terceiros (refers, por exernilo) 8 riscos. Suas tea- es a ameaeas e situacdes inesperadas devei sor imedi- ‘tas e quase instintivas. Diretamente subordinada a0 De, partamento de OperagSes do GruMece pelo fato de tam- bém existir um GERR/OpEsp na estrutura do Bataihso de Operacées Especiais de Fuzileiros Nav. (BtlopEspFuzNav), 0 Batalhao Tonelero, suas atribuicoes ‘operatives seguem, em principio, 0 cenério da acdo pre- vista: @ acionado 0 GruMeC quando ocorrer. primordial. mente, em ambiente aqusitico, enquanto que a tropa de Fuzileiros Navais intervem em ambiente predominante- mente terrestre. Sua ordem de ativacso vem diretamen- te do Comando de Operacées Navais (CON), que estabe- lece a composicio adequada desse Grupo para o cumpri mento das tarefas especificas. Marinha do Brasil Operacoes Especiais ; a) @vmarar: \, Bieta nia aor egies 4) ay \ ‘margite sutenere cm rue fechaae (A) capacete expec, (0) tube de axigénio da ampola hcg (8) cacnde Sa age sao: (C) pare. queda | Gib: le de igo ented ok merpuihoderes: MILK (D) corabine (i: Cates vsetermica; (); conjunte de May fe). mocnia (bussols taica Com ee Coase eee Crete oo one | ral (hendtaay ach afte fre pos Pac aatae oxigdnta; (K) Tonelero=GERR/ ORES: | aa (Qin de nt (5 accom i de (Sacer (5) reuse taster att. mente, presidentes do Uruiguaié da Argentina), ocor gara.@ momento do CFN contar corm uma unidade sinds mais rida na metade do sécule 19, 2 bataln2 do Passo de distinta. inal, estava em pleno andamiento a Guerra do Yonelern, emt 17 de derembro de 1851, fol uma des acces. N 4 chemada Guerra contre Orbe e Rosas (respective forma, sinalizads para os alts escaldes da Marinha que che Vietns, onde js ficare bern caro que farcas militares conven militares mportantes que tiveram a participacto de: Marinha imperial Brasileira, com ela, de intearan- tes do Gatalhsio Naval, a tropa que virla a se trans formar no atual Corpo de Fuzileires Naveis (CEN). Aguela acéo que garantiu a livre passagem dos na- ‘ulos brasileiros pelo rio Parana, a despeito dos po- derosas Tortificacoes adversarias, que serviu para batizar uma importante unidade dos combatentes anfibios brasileiros, 0 Batallido de Operacces Es peciais de Fuzileiros Navals (BtOpEsptuzNav), © | Bataingo Tonelero. HISTORIA E ORGANIZACAO ‘Apesar sie os Fucileiras Navais J serem considera dos, por suas proprias particularidades operatives, ure tropa especial, © final da décaca dle 1960 parece ter, de alguma Glonais nao erom, exatamente, @ recposta. pare enfrentar adequaciemente aigumas ameacas es- pecificas, €, mesmo num confita dito “canvencio- nal, ainda havia a necessidade de se contar com tropas especialmente adestradas e equipedas para ‘auar, por exempin, em inftragdes estiavégices © tabicas capazes de faciltar 2 agéo das uniclades de combate corvencioneis ‘Assim, 0 Aviso Ministerial No. 0751, 48 9 de se tembro de 1971, criou 9 Batalhao de Operaries Especials de Fuzileiros Mavals, seciade na regiao do rio Guandu do Sapé, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (FN). Suds primeiras InstalagBes, como 0 atual Prédio de Comando, foram " aproveitades das utlizadas pelo antigo Centro de Re- eeutas do CEN, cuja mudanga para a Iiha da Marambaia, ha- via se completado em marco de 1972. Uma torre de saltos, pata auvitar na formagie inicial de para-quedistas (Farefa que 4 propria unidade, iniciaimente, desempenhava), © outras cons- trugbes foram incorporedas a0 Batalhao entre 1976 « 1978. ‘A dboca de sua Criaco, 0 Batalho Tonelero foi organi- zado ¢ estruturade. bern de acordo com a comuntura de en to, mesclando 0 interesse do. Corpo de Fuziteiras Navais em ter ume tropa yotada mais pare o emprego em situagdo de guerra de querriha, au ndo-convencional, © a idéia de se ter Um ausrte Batalhso de Enfantaria, além dos trés $4 existen- tes: os 1® Batalhao de infantaria de Fuzileiros Navais (BilinfFuctiay - Batalnga Rlachuelo), 2 BulnfFuzNay (Bata- Tao Humaita) e 3° BtllnfeuzNay (Batalnéo Paissandu), todos iguaimente segiados no Rio de Jarier {R). isso resultou que 0 Batalhdo de Operacdes Fspeciais de entao con- tasse com uma Companhia de Comands © Servi- G98, até hoje existente, e uma Compaithia de Ope- Taghes Especiais, esta organizada a semelhanca de uma tipica Companhia de Fuzileires Navais, Apattir de su cagho, © Tonelero, comecou a incrementar as atividades de instrucso dire tomente woitadas para Operactes Especials. Nesse contexte, em 1972 senia formada & primeira turma de oficials oriundos da Es- ‘cola Naval ni Curso: de Cantra-Guerri- lina (ConGue). As longo dos anos, na- turaimente, esse curse sofreu modifi- cages em seu contetida e estrutura, passando 2 denominar-se Cursa de ‘Adestramento de Comandos Anfibi0s, Corso Especial de Comandes Anfibios (ComAnf) ©, posterormente, aividine do-se em Curso Especial de Comancdos Anfibios (CEsComanf) ¢ Corso Especal ‘de Operacies specials (CEsOpEsp). A pat- fir de 1998, a preparacdo dos comandos anfibios passou a ser ministiada em um tinico curso, 0 Cescomant, Em 1° de janeiro de 1991, a Compa- nia de Reconhecimento Anfibio (GakeconAnf), ate entéo pertencente a Tropa de Reforse, Tol fransferde para ¢ Bataihdo. Seguinds 9 mesma tisha de ‘ago, no dia 26 de marco de 1996, 3 Companhia de Recenhecimento Terrestre (ClaReconter), fol trarisferida da Batalhao de Co- mando da Divisde Antibia para © Tonelero. Erm tals condisbes, portato, 0 BtIGpEspFuzNav pas ‘SoU a Congregar fodas as atividades de Operacies Especiais no Ainbite do Corpo de Fuaileitos Hlavais. Com 0 wulto e a importéncia desses novas « do com plexas airibuigSes, 9 Batalhao, até entao partencente & Co- mando da Trope de Reforco (ComfrRef), passou a ficar dire- ‘tamente subordiaado a0 Comando da Forca de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE) a parker de 20 de dezembre de 1995. Hoje, 0 Tonelero est4 orgenizecio em uma Companhia de Comando-¢ Servisos ¢ trés Compantias de Operacdes Espe- Giais (ClaOpesp), Sendo @ 12 CieOpesp espetializada em acies de reconhecimento; 9 24 ClaOpEsp, voltada pare as agies de Comandos; © @ 3% CiaQpesp, que constitu GERR — Grupo special de Retomada e Resgate/Opesp, primariamente dedi: ado 8s acbes ee peradae que, ecediames ovo, tenho Sido 02 objetives almejacos. ‘9 longo ces anos de atvidede protiseio- nal de coDertura lornalistica de essiros militares, ja tivera véries outres oportiinitia- ee de contato com nazsos GruMeC 2 Bota. Inao Tonelero Desta vex, no entanto, 2 Interagio foi bem mals profunda. Foram clas de itenso e proveltoso convivio com seus Imiltares, particponde de instrugacs, ado tramentos'e exercloos, de dia © de nate, ro ‘aor € no (rie, no seco e no mothaco, muko Imohado! Ume cimsre fotografca “for pro ala” (para usar uma expresso doles), 08 Ihatimentos carciaens andaram bem ocstera- Gos € 0 descontorto isco fl, varies ver=s, ‘além do permitide pelo “Estatuto do Idoso” (bara usar uma expresséo minha). Mas rele ‘due 9 "missio especel fo! cumpriaa 9 con- tento, sei divida oleum, gracas a0 indi ppensivele sempre presente “apoio de fogo” daguole ibrante turma Ge guerrelres ce tor~ fa, Mar @ ar. A tocos eles, mulra oprigado! Ronaldo Olive ome

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