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FISICA Introducdo a Cinematica escalar e Movimento © estudo do movimento pode ser considerado como 0 onto de partida para © que chamamos hoje de Ciéncias dda Natureza, Ao voltar seus olhos (e pensamentos) para os cus, 0s homens, através dos tempos, perceberam que @ rmaioria das luzes formavam figuras nos céus e que estas se ‘mantinham com o mesmo formato ao longo das estacées. Porém, algumas pouces luzes (planetas, que, em grego, quer dizer estretas errantes) mudavam constantemente de posicéo, sempre se movende ao longo de uma estreita faixe no céu, a mesma faixa na qual se moviam o Sol e a Lua ‘A busca da compreensdo desse fenémeno da natureza, com 2 criaco de teorias pare as causes desses movimentos fe com a previsio do horario e do local Ge surgimento de determinade astro, marcou 9 inicio do arduo esforco do pensamento humano para construir um modelo do mundo onde vivemes, O estude de movimento des corpos celestes e, posteriormente, 0 estudo dos objetos na superficie da Terra deram inicio & chamade Revolucéo Cientiica Didaticamente, dividimos 0 estudo des movimentos em dduas partes, uma associada aos movimentos e suas causas, 2 Dinémica, e outra associada a descricao dos movimentes, 2a Cinematica Este médulo é dedicado & descricéo dos movimentos mais simples e envolve 0 estudo de grandezas como posicéo, velocidade, trajetéria, entre outras. Neste médulo, Iniciaremos o estudo da Cinemética, abordando o movimento com velocidade constante, POSICAO E TRAJETORIA ‘Seo planeta Jupiter, mostrado na figura, fosse uma esters ca, caberiam dentro dele cerca de 1 000 planetas Terra, aproximadamente. Apesar disso, quando visto da Terra, 2 olho nu, ipiter no passa de uma bela “estrela" brilhante, Quando a dimensao dos corpos envolvides na descricao de um movimento (os méveis) no for importante para 2 anélise da situaco, esses corpos ser8o chamados de pontos materials, em oposicao ao termo corpos extensos. Desse modo, Jupiter € considerado um ponto material, quando desejemos prever e observar o instante de seu nascimento no horizonte, em um determinade dia MODULO 01 Uniforme Mas, para entender por que o cometa Shoemaker-Levy 9, ‘em 1994, se desintegrou em varios pedagos antes de colidir com Jupiter (pontas escuros da figura a seguir), temos de consideré-lo condensado como um corpo extenso. Rate Spc Tsp nto Sk Jupiter pode ser considerado um ponto material ou um corpo fextenso, dependendo da sitvagSo que desejamos estudar. Apresentamos a seguir dois conceltos que esto Intimamente associades: posigio e trajetéria. Ao pensarmos fem um dos conceitos, 0 conectamos imediatamente a0 outro. Veja a figura 2 seguir, que mostra o rastro de avides de exibigdo, A fumaca liberada pelos avides de exibicso pode nos indicar a trajetéria deles no ar. Bowtre | 3 ai Médulo 04 Denominamos de trajetéria o conjunto de posicées sucessivas ocupadas por um mével. Para que possamos localizar a posicio de um mével no espaco, podemos utilizar varios métodos. Por exemplo, pars localizar @ posico de um vido no espaco, podemas utilizar, na torre de comando do aeroparto, um sistema de coordenadas cartesianas, com eixos x, y € 2 perpendiculares entre si, que nos auxilierso 2 localizar as posicBes ocupadas pelo avio em momentos diferentes de seu movimento, Iremos considerar um ponto da base da torre de comando como a arigem de nosso sistema de coordenades, usualmente representada pela letra ©, e iremos escolher uma unidade de comprimento para a escala dos eixos x, y, z Utilizando tals convencées, podemos localizar a posic80 do avigo no espaco, em qualquer posicéo que ele esteja. Observe que, no exemplo apresentado, os valores das posicdes do avido em relagéo 205 eixos x, ye z padem ser positives ou negatives. Um operador de radar que estivesse na base da torre de comando, se preparando para ir trabalhar, ocuparia = posigio representada pela letra s, cujas coordenadas seria X= 0,y=0ez=0, sto é, 5 = (0, 0, 0). 26 um colega de trabalho que esté prestes @ ser substitulde ocuparia a posicéo s' = (0, 0, 60 m), considerando que a sala de comando esteja a 60 m de altura em relacio & base da torre (origem do sistema de coordenadas), PARA REFLETIR: Um camino ecupa a posiclo s = 450 km da BR 101, que liga o Rio Grande do Norte a0 Rio Grance do Sul, Iss0 indica que 0 caminho percorreu 450 km? Podemos dizer que ele esté indo para o Rio Grande do Sul? REFERENCIAL E A FORMA DA TRAJETORIA Responda répido: vocé est em repouso ou em movimento no momento em que ests lendo este trecho do texto? Caso voc8 tenha pensade bem, provavelmente respondeu. depende. A nocéo de movimento ou de repouso é sempre relativa a outro objeto. Estamos em repouso em relagdo cadeira em que estamos sentados, mas estamos em movimento em relagio a alguém que se encontra na Lua, em ma estagao orbital ou em um carro que passa na rua, O corpo lem relago ao qual identificamos se um objeto encontra-se ou no em movimento é denominado referencial ou sistema de referéncia. Na maioria dos exemplos citados em nosso curso, € em nosso cotidiano, utilizamos o solo (Terra) como nosso sistema de referéncia. De téo utilizado como sistema de referéncia, muitos 0 consideram condesado como um sistema absoluto, mas isso no correto, Movimento & repouso so sempre conceltos relatives. Se 2 posicZo de lum objeto variar em relacdo a um determinado referencial, a medida que o tempo passa, entdo esse objeto encontra-se fem movimento em relacdo a esse referencial. Assim como 0 movimento @ © repouso so conceitos relatives, a trajetéria observada de um objeto em movimento também o 6. 0 movimento de um corpo, visto por um determinado observador, depende do referencial em que se encontra esse observador, Por exemplo, considere um trem que esté passando em uma estacBo, conforme representado na figura a seguir, Para Alberto, um passageiro do trem, 2 lampada L, fxa no teto do vagio, esté parada. Entretanto, essa mesma limpada esté em movimento para Leopoldo, © guarda que se acha na plataforma, Leopoldo Estagao de ve Para 0 passageiro, 2 lémpada est8 em repouso, mas, pars 0 guard, ela est em movimento. (© mesmo raciocinio pode ser usado para o estudo da trajetéria de um corpo, Por exemplo, na situacéo anterior, Imagine que a limpada se desprenda do teto e cala em diego ao piso do trem. Em relagio 20 referencial da estacdo, 2 lémpada continuard se movendo para a cireita, com a mesma velocidade do trem. Na dirego vertical, 2 velocidade da lampada aumentaré durante 2 queda GT ewes enee Introducao a Cinematica escalar e Movimento Uniforme © resultado dessa composicéo de movimentos & que Leopoldo enxerga a lampada caindo e se deslacando pare 2 direita, segundo uma trajetéria curvilinea. Como Alberto, dentro do trem, se movimenta para a direlta com a mesma velocidade horizontal da limpada e do trem, ele vé 2 lampada caindo verticalmente. Exploraremos situagBes como essa, de forma mais detalhada, cuando abordarmas 9 estudo dda composigéo de movimentos. Alberto Interior do trem GIS Leopoldo == aja its por BES Estacdo 22+ Tapia vita gr teapot ae trem VELOCIDADE ESCALAR MEDIA Agora, vamos definir a velocidade escalar média de um corpo em movimento. Esse conceito é muito importante, € iremos utilizd-lo em vérias situacées. Para entender @ ideia de velocidade média, imagine a seguinte situacdo: fem uma manhé, um homem sai de carro para o trabalho & decide registrar 0 tempo que gasta para chegar a seu destino também a distancia percorrida nesse trajeto. Para isso, ele anota a quilometragem do carro quando sei de casa © também quando chega ao trabalho, bem camo 0s respectivos Instantes de tempo (a hora do dia). Para esse fim, utllizou 0 hhodémetro e o relégio do painel do carro, obtendo os valores Indicados nas figuras seguintes: De acordo com as leituras da qullometragem e da hora feitas no panel do carro nos dois momentos, 0 carro percorreU. uma disténcla de 30 km em um intervala de tempo igual @ 0,5 hore. Isso significa que, nesse mesmo ritma, em ume hora, ele percorreria 60 km, isto é, sua velocidade escalar média 6 de 60 km/h, Definimos a velocidade escalar média da seguinte forma: Observe que, se vocé substitu, nessa equacéo, a distancia percorrida pelo carro eo tempo gasto para percorré-la, vocé obterd exatamente o valor da velocidade escalar média que nés haviamos intuido: v., = 30/0,5 = 60 xm/h. Esse valor no indica que o carro tenha percorrigo a trajeto de case ao trabalho sempre com a velocidade de 60 kmn/h, Em alguns momentos, 0 motorista deve ter parado 0 carro fem alguns cruzamentos, em outros, o motorista deve ter ‘aumentado @ velocidade de seu carro a um valor acime de 60 km/h pare, por exemplo, ultrapassar outro veiculo, A interpretacio do valor da velocidade média é a sequinte se 0 carro se movesse sempre a 60 km/h (situagao teérica), tle percorreria a distancia em questo no mesmo intervalo de tempo da situagéo real De modo geral, define-se a velocidade escalar média de um ponto material como a razdo entre a variacdo de posigSo (As) e 0 intervalo de tempo gasto (At), como representado na figura @ seguir: VELOCIDADE ESCALAR INSTANTANEA A figura seguinte representa um dispositive para medir a velocidade de automévels instalado nas ruas de algumas cidades do Brasil veloeldade Envio de sina para a Tagua fotogratica spresentagdo do esquema de um sensor de velocidade utilzado Simplificadamente, os “radares” funcionam da seguinte maneira: dois sensores sio instalados na pista, um a poucos metros de distancia do outro. Esses sensores detectam a presenca de objetos que tenham metal & disparam quando um objeto metélico passa por eles. Bowtere |B Médulo 04 essa forma, quando um automével passa sobre o primeira sensor, este dispara um cronémetro, Quando 0 automével passa sobre 0 segundo sensor, © cronémetro cessa medic&o. Um computador registra o Intervalo de tempo decorrigo entre esses dois instantes. Sabendo a disténcia percorrida entre os sensores, fornecida pelos técnicos que Instalaram 0 dispositive, e © intervalo de tempo gasto para percorré-la, é possivel determinar 0 ritme em que as pasigSes do automével variaram, isto é, pode-se determinar 2 velocidade média do carro em um intervalo de tempo muito pequeno, ou seja, podemos determinar a velocidade escalar instantanea (v) do automével. as quando at & multe pequeno (tende a zer a Podemos citar outras situacdes em que um intervalo de tempo tende 2 zero, Por exemplo, quando registramos uma cena na qual um objeto se move, utilizando uma maquina fotografica, podemos obter resultados variados: as vezes, os objetas em movimento aparecem "borrados” nna Imagem e, outras vezes, aparecem “estéticos”. Tudo Isso estd associado ao intervala de tempo (at) utilizado para registrar a cena. Se o intervalo de tempo é grande, 2 fotografia dos objetos que se movem aparece “borrada": case contrério, a imagem aparece “estética", mesmo que 0s objetos estejam a grandes velocidades. ‘As imagens fotogrificas so registrades quando uma super sensivel recebe luz. A primeira imagem fol abtida deixando a luz entrar na maquina durante 1/30 do segundo, enquanto que a ‘segunda foto fol obtia ce modo mals répido, 1/300 do segundo, eixando 2 imagem final estética, MOVIMENTO UNIFORME Em certas, @ raras, situacdes, a posicgo de um mével pode variar sempre no mesmo ritmo, isto é, 2 taxa de variagdo da posicso, em relacdo ao tempo, 6 sempre a mesma. Nesse caso, denominamos 0 movimento do mével de movimento uniforme (MU) No movimento uniforme, a velocidade escolar instanténea & constante e nfo nula. Obviamente, nesse caso, a velocidade scaler instanténea iguala-se velocidade escalar média, isto &: No movimento uniforme, o mével percorreré distancias Iguais em intervalos de tempo igual 0 desenvolvimento da equacdo v = As/at resulta em: } assumindo que t, = 0 s, temos: Imagine que um carro tenha saide de um poste de gasolina nabeira de uma estrada, no qual estava indicada sua pasigéo na estrada, km 781. Considere que essa seja sua posicdonicial(s,) Se a velocidade do carro é constante e igual a 80 km/h, qual seré a sua posigdo apés 4 horas de Viagem, sabendo que ele se move no sentido crescente da trajetéria? Podemos raciocinar do seguinte mode 1.8) Um carro viajando a 80 km/h, durante 4 h, percorreré 320 km; 2.8) Se ele sai do km 781 e percorre mais 320 km no sentido crescente das posigBes, entdo ele estard no km 1 101 apés 4h, Podemos resolver esse problema utilizends a funcdo hordria da posicéo para o MU, s=s, + vt, que é 2 expresso matemética do raciacinio usade na resolugio anterior. 5 = 781 km + 80 km/h.4 fh Bi km + 320 km s= 1101 km GRAFICO VELOCIDADE VERSUS TEMPO NO MU Quando © movimento ocorre no sentido crescente das posicdes (por exemplo, do km 30 para o km 90), ele & denominado progressivo, sendo, nesse caso, 0 valor da velocidade positive (v = As/at © As é positive). Caso 0 movimento ocorra no sentido decrescente das posicses, (do km 90 para o km 30), ¢ denominado retrégrado, € 0 valor da velocidade apresenta sinal negativo, pols, as € negative. Desse mada, se alguém Ihe disser que @ velocidade de um carro é de -70 km/h, isso significa que © carro mave-se a 70 km/h, no sentido decrescente das posicaes. 0 aréfico da funcio horéria da velocidade, no movimento Uniforme, é uma reta horizontal, uma vez que o valor da velocidade & constante, podendo estar acima ou abaixo do elxo do tempo. A figura a seguir mostra 0 grafico da velocidade em fungdo do tempo para dois movimentos. No primeiro caso, 0 movimento é pragressivo, v é positivo; no segundo, © movimento retrégrado, pois 0 valor da velocidade & negative. 6 _ | Selesio Estudo Introducao a Cinematica escalar e Movimento Uniforme v w> 9) v wed) Veja, na figura seguinte, 0 diagrama que relaciona @ velocidade v com 0 tempo t, para um automével que se move com velocidade constante de +60 km/h e que viaje durante 2 horas, vvelocidade (km/h) distincia vu {60 km/h.2h 120 km Observe que 2 drea marcada de amarelo & numericamente qual & variagdo da posiglo (distancia percorrida) do 2utomével no intervalo de tempo de 2 h, ou seja, 120 km, Em qualquer grafico velocidade versus tempo, a area sob @ curva do gréfico, para um determinado intervalo de tempo, 6 numericamente igual & distancia percorrida pelo mével, esse intervalo de tempo. Lembre-se de que, como a rea calculada est na regio do gréfico cartesiano em que as ordenadas séo positivas, temos que 0 carro percorreu 120 km no sentido crescente das posicées, GRAFICO POSICAO VERSUS TEMPO NO MU A fungio hordria da posicéo no MU & uma funcdo do 1.9 grau (y = ax + b). Isso implica que a relacdo osicgéo versus tempo seré representada por uma reta, Uma importante caracteristica dessa reta é 2 sua inclinagéo ou declividade, representada pele letra a. Veja as duas Imagens de uma escada que se encontra apoieda em ume tela e cujas distancias horizontals e verticals 20 cho esto Indicadas nas imagens. a) 2 Observe que @ Imagem (1) mostra a escada muito Inclinada, em relago 4 horizontal, enquanto que a Imagem (2) mostra a escada pouco inclinada. Podemos utilizar os nlimeros mostrados nas imagens (1) e (2) para definir a inclinagSo da escada, da seguinte maneira: Inctnagdo 1 = —disténcla vertical 2,5 _5 Gistincia horizontal i,0™m distancia vertical _ 1,5 m Tnctinagéo 75; Gistndia horizontal 20m Para se encontrar a inclinago a de uma reta, utiiza-se 0 seguinte procedimento: + Marcam-se co's pontos na reta; + Determina-se a diferenca entre os valores das ‘ordenadas e entre os valores das abscissas desses ontos (y,~ ¥, = AY € X,~ x, = AX); + Caleula-se a razio entre Ay @ Ax; + tcinaao: a=. A Inclinagdo de uma reta é um conceito extremamente itil que poderé ser utiizado quando uma reta se fizer presente nas representacies oréficas. essa forma, apés apresentarmos o conceito de inclinagéo de uma reta, podemos realizar @ seguinte analagia, entre 2 equago geral de uma reta (y = b + ax) © a equacdo dda posigo em fungo do tempo para um objeto em MU (s=5,+ vy) ee Pes y . Eixo das abscissas x t rrr nen : . eee Pees a v Graficamente, a analogia esté seguinte: Borsbervea | Médulo 04 ‘Assim como o valor da inclinacdo a na equacdo y = ax +b & constante,o valor da velocidade v no movimento uniforme também o é, © pode ser determinado pela inciinaglo da rete no gréfico de posicdo versus tempo v = As/at oaseRVACoES 1. No movimento retilineo uniferme, como o movimento ocarre somente em um sentido, o valor da variagBo das posigSes serd a distancia percorrida (as = 4). Enguanto ax e ay podem assumir tanto valores positivos quanto valores negativos no gréfico de y ‘em fungao de x, no grafico posicao versus tempo, somente os valores de As padem ser negativos, pois no ha sentido fisico para os valores de ‘At negatives (0 tempo sempre flui para o futuro) EXERCICIOS RESOLVIDOS 01. Tiago e Paula, estudantes de Engenharia - Tiago estudante 4o IME (Rio de Janeiro -R}) e Paula do ITA (So José dos Campos - SP) - partem de carro, simukteneemente, cada um €a cidade once estuda, pare se encontrarem. [As cldades em questéo distam 340 km uma da outra Considere a velocidage do carro de Tiago constante ¢ gual 8 80 km/h e a velocidade do carro de Paula constante & Igual a 90 km/h. Considere @ posic#o 0 km (origem do sistema de referéncia) em S8o José dos Campos. Determinar |A} 0 Intervalo de tempo gasto para que os dois, estudantes se encontrem; 8B) @ posicdo da estraca em que os estudantes se encontrardo, Resolucio: 1.° modo |A) As informacies do texto podem ser representadas da seguinte forma: ve = 90 ky Paula“ = 9K km o km 340 ‘A parti da Figura, temos: Carro da Paula: s, = 0 € v, = 90 km/h Carro do Tiago: 5, = 340 km e v, = 80 km/h (veja o sentido crescente das posigées na trajetéria) ‘A uncio horéria da posicBo de cada carro & movimento uniforme; logo: Spun = 0+ 998 € Sy, = 340 ~ BOL No instante em que eles se encontrarem, suas posigdes serSo Iquas; logo Syn = Sine“? 0 + 90E = 340 ~ BOL -> 170t = 340 2 h (instante do encontro) 8) Para determinarmos a posicio do encontro, basta substtuirmos o valor do instante de encontro, 2h, na Fungo hordria de qualquer um dos dois automévels: Sip 0+ 908 = 90(2) = 180 km Sia = 340-~ B0t = 340 ~ 80(2) = 340 ~ 160 = 180 km Logo, 08 automévels se encontram 2 h apés a partida, 23 180 km de cidade de So José cos Campos (perto de Resende - Rd) Como os dois automéveis apresentam velocidades constantes, 05 respectivos gréficos de posiclo versus tempo devem ser representades por retas; 0 carro de Paula sai da aorigem das posigSes (km 0) e percorre 30 km a cada hora, e 0 carro Ge Tiago sei do km 340 € retrocece 80 km a cada hore. Podemos representar as posigées nas quais cada carro se encentra, construinde uma tabela, como mastrado a seguir: Vina = #90 km/h (sentido crescente das posicBes) Viaue = “80 kmh (sentido decrescente das posicdes) Tempo ; on km 0 km 340 th km 90 km 260 2h km 180 km 180 3h km 270 km 100 an km 360 km 20 Utlizando os dados dessa tabela, podemos representar araficamente a situacéo, 0 versus tempo 340 300 260 220 380 140 100 60 20 a a a ‘Tempo (h) PosigSo (km) Carre da Paula carro do Tiaga © grafico em questéo mostra que Paula e Tiago se lencontram na posigdo 180 km, apés 2 h de viagem. OBSERVAGAO Ndo importa o modo de resolucio (analtico, tabela ou réfico), desde que a resolugso sejacoerente e que ulize 29s principiosfisicos corretos, 3B | ceneennae Introducao a Cinematica escalar e Movimento Uniforme 02. Um autemével puxa um reboque em uma estrada, se movendo com velocidade constante de 54 kryh. Asua frente, encontra-se uma ponte de SO m de extensso, {Quanto tempo gastaré 0 conjunto (automével e reboaue) para ultrapassar completamente a ponte, sabendo que ‘0s veiculos apresentam 10 m de comprimento total? Resolugio: Antes de resalvermos 0 exercicio, convém transformarmas | unidade de velocidade, que se encontra em km/h, para m/s. Realizar tal transformasSa de unidades & simples, veja: SAkm $4 000m 15m yay h 36008 s (Ou soja, 54 km/h = 15 m/s. Para ndo efetuar essa cvisio toda vez que encontrarmos uma transformagio dessa natureza, pedemos utilizar a seguinte relacéo: ab km h 36.000m _ 360m 3600s 365 310 m/s = 36 krvh Isto é: 1 my/s = 3,6 km/h (use essa relacSo, juntamente ‘com uma regra de trés, para realizar transformacées de kmh para m/s ou vice-versa}. bserw figura seguinte, que representa os instantes fem que o veiculo inicia e termina @ passagem sobre uma ponte. ‘Come podemos ebservar na figura anterior, @ travessia Inicia-se quando @ parte frontal do veiculo entra na Ponte e termina quando o final da reboque sai da ponte, Isto &, quando @ distincla total percorrida for igual @ 50 m + 10 m = 60 m (comprimento da ponte mais © ‘comprimenta do veieula). Desse moco’ vest div = 60 my/i5 mis EXERCICIOS DE FIXACAO o1, 02. 03, (CEFET-PR-2006) Imagine um énibus escolar parado no ponto de Gribus © um aluno sentado em uma de suas poltronas. Quando e énibus entra em movimento, sua posigdo no espaco se modifica: ele se afasta do ponto de énibus. Dada essa situagio, podemos afirmar que a ‘conclusdo ERRADA é que |A) © aluno que esti sentado ne peltrona acompanha: © Gnibus, portanto também se afasta do ponte de @nibus. 8B) podemas dizer que um corpo esté' em movimento em Felago a um referencial quando a sua posicio muda fem relago a esse referancial C) © aluno esté parado em relagio ao énibus e em ‘movimento em relacio ao ponto de énibus. 1) nesse exemplo, o referencia adotado o Snibus. ) pare dizer se um corpo esta parado ou em movimento, precisamos relacioné-lo a um ponto ou um conjunto de pontos de referéncia, (Mackenzie-SP) Um automével deslocou-se durante 1h ‘com velocidade constante de 60 km/h e, @ seguir, por mais mela hera, com velocidade constante de 42 km/h. ‘Avelocidace escalar mécia do automével nesse intervalo ‘de 1h 30 min fol de 18) 40 mys. ) 20 mys. 8) 30 mys. F) 15 mys. C) 25 m/s. (Fev-SP-2007) Em uma passagem de nivel, a cancela & ‘fechada automaticamente quando o trem esté a 100 m. {40 inicio do cruzamento. O trem, de comprimento 200 m, move-se com velocidade constante de 36 km/h. Assim ‘que © itimo vagio passa pelo final do cruzamento, ‘a cancela se abre,lberando 0 tréfego de veiculs. cl — pee CConsi¢erando que a rua tem largura de 20 m, 0 tempo ‘que © transito flea contido desde o inicio do fechamento {da cancela até o inicio de sua abertura, &, ems, A) 2. b) 54. 8) 36. © 60. ©) 44. Borsterea | 9 Médulo 04 04. 05. (FUVEST-SP) Jogo esté parado em um poste de gasolina quando vé 0 carro de seu amigo passande por um Ponto P, na estrada, 2 60 km/h. Pretendende alcancé-lo, Jodo parte com seu carro @ passa pelo mesmo ponto P, epois de 4 minutos, & a 80 kmv/n. Considere que ambos dirigem com velocidades constantes. Medingo 0 tempo, a partir de sua passagem pelo ponte P, Joo devers alcancar seu amigo, aproximadamente, em A) 4 minutos. 8) 10 minutos, ©) 12 minutos. D) 15 minutos, ©) 20 minutos. (Mackenzie-SP) Correndo com uma bicicleta, 20 longo de Um trecho retiineo de ume ciclova, uma erlanga man a velocidade constante de médulo igual a 2,50 m/s 0 diagrama horério da posicdo para esse movimento ests lustrade na figura x(m) 25,00 te) Segundo o referencial adatado, no instante t a posigio x da crianga & igual a 18) -37,50 m, 8) -12,50 m 15,00 s, €) 12,50 m ) 37,50 m, F) 62,50 m EXERCICIOS PROPOSTOS o1. (UFMG) Jlla esté andando de bicicleta, com velocidade constante, quando deixa cair uma moeda. Tomés esté parado na rua e v8 a moeda car. Considere desprezivel a resistancia do ar. Assinale a alternetiva em que MELHOR est3o representadas as trajetérias da moeda, como observadas Por Jlia © por Tomas, 02, 03. f A) Silla Tomas 8) lla Tomis ©) 3illa—_Tornds D) Julia Tomas (PUC Minas) Durante uma tempestade, uma pessoa viu tum relmpago e, apés 3 segundos, escutou o barulho do trovio, Sendo a velocidade do som igual a 340,0 mvs, a que distancia 2 pessoa estava do local onde calu 0 relampego? A) 13,0 B) 1230m ©) 1020 b) 102 m (FUVEST-SP-2010) AstrSnomos observaram que 2 nossa galdxia, a Via Lictea, esté a 2,5 x 10 anos-luz de Andrémeda, a galdxia mais préxima de nossa. Com base nessa informacio, estudar afirmaram © seguinte: ‘em uma sala de aula 1. A distincia entre @ Via Lictea e Andrémeda é de 2,5 mies de km, I. A lstancia entre a Via Lactea e Andrémeca é maior que 2x 10" km, TIA luz proveniente de Andrémeda leva 2,5 mihes de anos para chegar & Via Léctea Observagéo: 1 ano tem aproximadamente 3 x 10! s Fst CORRETO apenas o que se afirma erm AL 8) u, ©) mL b) Tet © Wem. 10 [eaten Etat Introducao a Cinematica escalar e Movimento Uniforme 04. (UFSCar-5P) Tr8s amigas, Anténio, Bernardo € Carles, seiram de suas casas para se encontrarem numa lanchonete, Anténio realizou metade do percurso com velocidade média de 4 km/h e a outra metade com velocidade médla de 6 krn/h. Bernardo percorreu otrajeto com velocidade média de 4 km/h durante @ metade do tempo que levou para chegar 8 lanchonete e a outra metade do tempo fez com velocidade média de 6 km/h. Carlos fez todo © percurso com velocidade média de 5 kmh. Sabendo que os trés sairam no mesmo instante de suas casas e percorreram exatamente as mesmas Aistancias, pode-se condluir cue 'A) Bernardo chegou primeira, Carlos, em segundo © ‘Anténio, em terceio, ) Carlos chegou primeiro, Anténlo, em segundo Bernardo, em tercetr. €) Anténio chegeu primeira, Bernardo, em segunds © Carlos, em terceiro. ) Bernardo e Carlos chegaram juntos e Anténio chegou ) 05 trés chegaram juntos & lanchonete. (FUVEST-SP-2007) Um passageire, viajando de metr6, fez 0 registro de tempo entre duas estacies obteve os valores indicados na tabela, Supendo que @ Velocidade média entre duas estagées consecutivas seja sempre a mesma e que © trem pare o mesmo tempo fem qualquer estacdo da linha, de 15 km de extensio, € possivel estimar que um trem, desde a partida da Estagio Bosque até a chegada & Estacdo Terminal leva, aproximadamente, Chegada oe 0:00 min 1:00 min 5:00 min 6:00 min So José ferminal Arcoverse Felicidade Bosque " Vile Maria A) 20 min 8) 25 min ©) 30min b) 35 min ©) 40min 06. 07. (FUVEST-SP-2006) Um automévele um dnibus trafegam ‘em uma estrada plana, mantendo velacidades constantes fem tome de 100 knyh © 75 km/h, respactivamente. Os dois veicules passam lado a lado em um posto de pedégio. Quarenta minutos (2/3 de hora) depois, nessa mesma estrada, 0 motorista do Gnibus v8 0 automével uitrapassé-lo. Ele supée, entio, cue o automével deve ter realizado, nesse periodo, uma parada com duracéo aproximada ce A) 4 minutos. B) 7 minutos. €) 10 minutos, D) 15 minutos. ©) 25 minutos, (CEFET-MG-2006) As figuras a seguir representam as posicdes sucessivas, em Intervalos de tempo iguais ¢ {ixos, dos objetos 1, If, 11 IV em movimento. 8 ¢ Sentido éo > movimento 5 eoos oom ow © objeto que descreveu um movimento retilineo uniforme fo AL 8) om byw (UFTH-MG-2006) Na entrada de porto, todos os navios devem cruzar um estreto canal de 300 m de extenséo. Como medida de seguranca, essa travessia dave ser realizada com velocidade méxima de 6 m/s. Um navio de 120 m de comprimente, movendo-se com a méxima Velocidede permitida, ao realizar a travessia completa desse canal, demoraré um tempo, em s, de a) 20. 8) 30. © 40. D) 60. &) 70. Eatorapereouli | 44 Médulo 04 09. 10. 11. (7) posigéo (UFRGS-RS) Um automével que trafega em uma autoestrada reta® horizontal, com velocidade constante, festé senco observado de um nelcdptero, Relativamente 20 solo, 9 helicéptero voa com velocidade constante de 100 km/h, na mesma diresio © no mesmo sentido do movimento do automével, Para o observador situado no helicéptero, 0 automével avanca a 20 km/h. Qual é, entdo, a velocidade do automével relativamente ao solo? 18) 120 kmh 8) 100 kev ©) 80 km/h ) 60 kesh E) 20 km/h (FUVEST-SP-2009) Marta @ Pedro combinaram encontrar-se em um certo ponto de uma autoestrada plana, para seguirem viagem juntos. Marta, 20 passar pelo marco zero da estrade, constatou que, mantendo luma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa a0 ponto de encontro combinaée. No entanto, quando ela jé estava no marco do quilémetro 20, ficou sabendo que Peco tinha se atrasado e, 6 entio, estava passando pelo marco zero, pretendende continuar sua viagem a uma vlocidade média de 100 km/h. Mantendo essas valocidades, seria previsivel que os dois amigos se encontrassem préximos a um marco éa estrada com Indicagio de a) 8) ° ” 5 (UFMG) Este oréfico mostra como varia @ posicSo em fungdo de tempo para um carro que se desloca em linha reta, No tempo t = 60 s, 2 velocidade do carro & 709 609 500 409 300 200 1.00. ° 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 tempo (5) A) 5,0 ms. 8) 7,0 mys. ©) 10 mys, D) 12 mV. 5) 15 mys. 12. 13. 720 14, (UAV-MG) © tempo necessério para um motorista, em tum carro a 40 m/s, ulrapassar um trem de carga (no mesmo sentido do carro), de 0,18 km de comprment, 10 m/s, serd, em segundos, Ay 54 D) 3,6 x 10" 8) 6,0 x 10% © 60. ©) 36. (UFCE) Dois trens partem, em horérios diferentes, de das cidades situadas nas extremidaces de uma ferrovia, eslocando-se em sentidas contrérios, O trem azul parte a cidade A com destino 8 cidade 8, e 0 trem ovata, 4a cidade B com destino & cidade A, O grafico representa as posigdes dos do's trens em fungéo do horéro, tendo como origem a cidade A (x = 0) a x (kn) Trem azul 2 4 6 8 1012 14 16 18 Consiéerando 2 situagdo descrita e as Informacées do gréfic, assinale 2 alternative INCORRETA. |A) Os dois trens se encontram as 11 horas, na posicio 420 km. 8) © trem azul part as 4 horas da cidade A, ©) O trem azul move-se com maior rapldez que o trem prata, pois chegou primeiro a0 seu destino. D) A velocidade média do trem azul é de 60 kr (Covest) 0 grafico a seguir representa a posicio de uma particula em fungao do tempo. Qual 2 velocidade média 4a particula, em m/s, entre os instantes t = 2,0 min = 6,0 min? Axim) 80x 10% 60x10" 40% 102 20x 102 4 > 0 1S 30 45 6,0 Emin) aya? © 33 8) 25 by as 12 [eaten Etat Introducao a Cinematica escalar e Movimento Uniforme 15. (UFMG-2010) Angela Ténia iniciam, juntas, um passeio de biciclota em torno de uma lagoa. Neste gréfic, ests registrada @ distancia que cada uma Gelas percorre, em fungéo do tempo: distancia (km) ° i020. 30-40 —«SO tempo (minutos) ‘Apés 30 minutos do inicio do percurso, Ténie avisa a Angela, por telefone, que acaba ce passar pela loreja Com base nessas Informagies, sao feitas duas observacves: 1. Angela passa pela igreja 10 minutos apés 0 telefonema Tl. Quando Angela passa pela igreja, Tania ests 4 km 3 sua fre Considerando-se a situaco descrita, ¢ CORRETO afirmar que |A) apenas a observacéio I esté certa B) apenas a abservacio II est carta, €) ambas as observagées esto cortas. D) nenhuma das duas observagdes esté cera, 16. (Unicamp-SP) A figura a seguir mostra o esquema simpliicado de um dispositive colocado em uma rua para controle de velocidade de automéveis (dispositive popularmente chamade de radar) [femputacer| —- cimera [F132 } 17. 18, Os sensores S, ¢ S, © 2 cimera esto ligados a um computador: Os sensores enviam um sinal computador ‘sempre que s8o pressionados pelas rodas de um veicut. Se a velocidade do velculo esté acima da permitida, © computador envis um sinal pare que @ c8mera fotograte sua placa traseira no momento em que esta estiver, sobre a linha tracejada. Para certo veiculo, os sinais dos sensores foram 0s seguintes: 5, > ts) “or o2 03 A) DETERMINE a veloci¢ade do veiculo em km/h B) CALCULE a distancia entre os elxos do veiculo, (Gistdncia entre as rodas cianteira e traseira) (UFPE) A figura mostra um gréfco da velocidade em funco o tempo para um velculo que realize um movimento compesto de movimentosretiinees uniformes, Sabenco-se que em t = 0 2 posicgde do veiculo & x, = +50 km, CALCULE a posigio do veiculo no instante t = 4,0, v (kam 20 15 10 ° 10 2,0 3,0 4,0 5,08 (h) 10 “15 -20 (UFRS) Dols trens, um de carga ¢ outro de passagelros, movem-se nos mesmos trilhos retilineos, em sentidos opostos, um aproximando-se do outro, ambos com movimentos uniformes. O trem de carga, 44e 50 m de comprimento, tem uma velocidade de médulo igual 2 10 m/s e 0 Ge passageitos, ume velocidade de édulo igual av. O trem de carga deve entrar num desvio para que o de passageiros possa prossequir viagem nos mesmos trios, como usta a figure a seguir No instante focalizado, as distincias das dlanteras dos tens 20 desvio valem 200 m @ 400 m, respactivamente Desvio Trem de passageires Trem de carga 10 mvs 400m 200m {som CCALCULE 0 valor maximo de v para que nde haja colisée. Eaora Bernoat | 13 Médulo 04 SECAO ENEM 01, (Enem) As edades de Quto © Crngapure encontramse préximas8 Linha 60 Equador eem pants iametraimente ixacd poster no globo terrestre. Considerando 0 ralo ca Fixagao Terre igual 2 6 370 km, pode-se afirmar que um GABARITO aviao saindo de Quito, voando em média 800 km/h, oe escartondo we parades de escals, chege # Chnfopare a em aproxmacerente A) 16 horas. C) 25 horas, E) 36 horas. Ow 8) 20hores. 0) 32 horas. ae (02, (Ener) um sistema de radar éprogramado para registrar 05. © automaticamente a velocidade de todos os veculos que trafegam por uma avenia, onde passam, em média, 200 veiulos por hora, sen 55 km/h a méxima velocidad Propostos permitida, Um levantamento estaistce ds rqistros do radar permitiu a elaboracao da distribuicao percentual de one ‘lulose ard com 6a valocieda aproniads we

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