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Capitulo IV DESENVOLVENDO AGOES E COMPETENCIAS PROFISSIONAIS PARA AS PRATICAS DE GESTAO PARTICIPATIVA E DE GESTAO DA PARTICIPACAO Cl Desenvolvendo acées e competéncias profissionais ara as praticas de gestio participativa e de gestdo da participacao sence “3 2 a Oexercicio de praticas de gestao democriticas e rticipativas a servigo de uma organiza¢ao escolar que melhor atenda a aprendizagem dos alunos requer conhecimentos, habilidades e procedimentos prdticos. O trabalho nas escolas envolve, ao mesmo tempo, processos de mudanga nas formas de gestao e mudangas nos modos individuais de pensar e agir. Em razdo disso, a formagao docente, tanto a inicial como a continuada, precisa incluir, com o estudo das agoes de desenvolvimento organizacional, o desenvolvimento de competéncias individuais e grupais, para que os pedagogos especialistas e os professores possam participar de modo ativo e eficaz da organizagio e da gestao do trabalho na escola. Vimos anteriormente (4° Parte, Capitulo II) que ha diferentes estilos de gestao adotados nas escolas. O mais comum é 0 técnico-cientifico (também denominado de burocrdtico), no qual as normas e as regras S40 previa- mente definidas, com forte énfase na determinagao rigi- da de tarefas e no controle do comportamento das pes- Seas. Os problemas que surgem precisam ser corrigidos €evitados, nao sendo utilizados como fontes de crescr Mento e de transformacdo das pessoas (Luck, 1998). O 381 iar a participagao de todos nas deci- las, a existéncia do trabalho em equipe- = *}0 grupo de profissionas assume disposes Poses construir conjuntamente uma equipe, de tomar deci- ‘es coletivamente, de pr em pritica 0 que foi decidido \@ _-84S- O grupo de ; des ¢ experiéncias pe as ee sas gua des cias pessoais, tém diferentes ma tdlida- = — = que varia, também, o ma Motivacdes ¢ aoa da equipe como proses Envolvimento mo tempo, desenvolvem um esforgo comum qo s — essas Caracteristicas e obter ae ee de consenso, para garantir a unidad a fo mis mbito da escola e com os alunos,” “#alho no @) Ha uma busca intenci : ncional de c blemas e as solugoes sem, todavia cena ee gas, oe Interesses pessoais, os conflitos, as clveraiiae as relagdes de poder. A escola é um lugar de interesses em jogo, oe a - jogo, em que se negocia continuamente realidade, significados e valores. Ao mesmo ; paco de convivéncia de diferentes peracid die rentes visdes de mundo, diferentes clfaraeie ea que esperar relaces sempre harmoniosas. Por outro fedo, respeitar a subjetividade e a identidade cultural pode resultar em uma posicao relativista se aceita, ir principi imo decade e , sem definir principios minimos de convivén- cia e de trabalho. Uma equipe madura, na verdade, esti mula a divergéncia, de modo ‘poss s canada melhor a a : solugdo, cooperativamente. quipe acerca das formas de ura organizacional exis- G40, coordenagao pedago- ), com base em diferentes devam atuar cooperativa- objetivos de aprendizagem a coordenagao pedagégica tem over agoes de desenvolvimento ‘de de ampliar conhecimentos, aprimorar habilidades, de modo ipar, em condigoes minimas de a a tomada de decisoes. ar subordinados a princt- os ¢ vali com os quais se superem © icoes € 0s bloqueios que impedem os indivi- oe de desenvolver 0 proprio potencial e construir as proprias atividades. ic venancipadoras so as que criam as condigDes Promotonas do desenvolvimento humano, da reflexao, da autonomia. O desenvolvimento do impulso para a emancipagao en- volve situar a organizacao no contexto social mais am- plo e analisar criticamente seu papel nessa situagao. ‘A indicacao dessas caracteristicas sugere a adogao de uma concepgio realista de organizagao escolar, conside- rando, a0 mesmo tempo, os valores, os sign ificados, as interpretagdes das pessoas em relagao ao que precisa ser feito, bem como os objetivos e as exigéncias sociais im- wameynetareallieds nen compromissos com a ‘isso i+ eS oe tom tn at m sintese, a construgao de uma juipe como co- dade democratica de aprendizagem eae ane- cxsidade de expictagbo de objetivose meios ea impor dos aspectos culturais e subjetivos, mas atribui 386 cial, sem toma-la como e ‘iva So. das pessoas, mas acredita também que cea SPN, pela scale roees livre voluntériy geet Ose pela realidade sociocultural e is nel Politica mais ament@ado Ha varias formas de trabalhar junto, mee mais — como as reunides, cursos —, outras mais ji informacées sobre ntacao da coorden; 86gica, e havendo um clima de colaboragao, pode. gar a pratica de os professores observarem as Pir dos outros e fazerem uma reflexao conjunta Paragon darem reciprocamente, = - As mudangas na escola e : Posigdes do grupo de profissionais, a fim de institu uma cultura organizacional, dependem de a in; ituicag constituir um lugar de aprendizagem ou uma comuni- dade de aprendizagem. Como temos insistido, 4 escola é © local de trabalho dos professores, no qual aprendem sua Profissdo. O trabalho conjunto levaa formular expectativas compartilhadas em relacao a objeti 'vos, meios de trabalho, formas de relacionamento, praticas de estao, etc, A expressdo comunidade de aprendizagem esté asso- ciada a idéia de participacao ativa de Professores, peda- 80gos e alunos — por meio de reunides, de debates, de aulas, de atividades extra-classe — nas decisdes rela- cionadas com a vida da escola, com os contetidos, com 0s processos de ensino, com as atividades escolares de variada natureza, com a avaliacdo. A comunidade deve Ser 0 espago publico em que se discute o conhecimento, ular, as relagdes sociais, os modos e jo, as normas, pas ory cee adquirir experiéncia, acumular um os € operacionais, construir competén- seja, a instituigdo torna-se uma organi- m espaco de aprendizagem continua, izagao aprende com seus membros e vice- . nizar a escola possibilita maior en- se mere ieee com sua formagao, porque DE Pen ges de seu trabalho com base em ne- volvimé’ gcutir questes de seu n ete podem disc Com isso, a cultura do individualism cessidades Tr oragdo, as relagdes hierdrquicas sito st anh i trabalho em equipe, a pt peda wee nae uma atividade negociada com ae goin tovoncretas da sala de aula (Thutler, 2001). Tate situagOes id promissor da construgdo da — : ate iieaacd seja o de ajudar os professores a “ buir Po a seu trabalho, isto éa incorporé-lo a sua ~ be pare a suas motivagdes psicolégicas, sociais e wi 5 A formacao de uma comunidade de open . ra adogdo de uma estrutura organizacior oe pa de gestao que valorizem a pastel a on o desenvolvimento de comnPst am Sncloe ‘os membros da escola, tais como: capsids Satie cago e de expressdo oral; facilidade ibalhar mn ios ; capacidade de argumentagao; formas de enfrent problemas ¢ situagdes dificeis. Particularmente, requer dos dirigentes (direto: res e coordenadores n paolo capacidade de liderar e de gerir praticas de cooperagao andes de modo que se crie outra cultura a ae - de organiza- organizacional, ou seja, outra mentalidade ** comtn remslrar gus a fase dail iad de aprendizagem vo sintetizadas na idéia de comunidade 388 * promogao de acdes nuada, para o desenvolvi © individual © conformismo, a indferenge¢ 3) Promogao de agdes de dese1 Agdes de desenvolvimento pro! tinam a formacao continuada vendo os professores ¢ os fu A formagao continuada refere-se a: a) agdes de for. magao durante a jornada de trabalho — ajuda a profes. i tes, participagdo no Projeto Ppedagdgico da de trabalho para discutir a pratica com colegas, pesquisas, minicursos de atualizagao, estudos de caso, . cia a mudangas, imobilismo. nvolvimento profissig fissional so as que se des. do pessoal da escola, envol. inciondrios administrativos, conselhos de classe, Programas de distancia, etc.; b) agdes de formagao fora da je trabalho — cursos, encontros e palestras promovi las Secretarias de Educagao ou por uma rede de « —_—_—_— a -ontinuada é a garantia do desenvolvi- « ynal permanente. Ela se faz por meio do profissiony da discussao e da confrontagao das do. 2 Fee cores. E responsabilidade da ins- estas 408 sbém do proprio professor. O desen- ee a requer que o professor tome para si bill ae com a propria formagao, no contex- i af nent? alunos em processos de solugto de ae de decisdes. Os alunos também ‘esenca signifcativa na comunidade de apren- Begundo Pérez Gémez (2000), toda aprendiza- dizagem ate € um processo de didlogo com a realidade gem relevant cultura, aceitando e questionando, recusan- expres indo. Esse didlogo criador requer uma comu- bos eee rendizagem, em que os estudantes esto ati- aidade de OP vidos na elaboracdo e no desenvolvimento oe ko ue dizem respeito a sua vida na escola, das ee pritica de reflexao e de atuacao, de debate oe ceatl de opinides, com o respeito as diferencas

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