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ACADÊMICO (A): AMANDA DE MELO DA SILVA

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS


PROFESSOR (A): ANDRIELI DAL PIZZOL

Atividade 04:

O texto traz três tópicos, com objetivo de apontar a cibercultura e suas perspectivas
conceituais, abordagens alternativas de comunicação, movimentos sociais e uma
breve análise de estudos teóricos e reflexões filosóficas que perpassam o seu
conceito, para elaborar uma abordagem crítica das redes e suas utilizações em
mobilizações sociais.
A cibercultura e o ciberespaço são o novo espaço de interações entre culturas
comunitárias, para William Gibson é um espaço existente no mundo da
comunicação, um meio para poder construir uma fonte de relacionamento,
designando o universo das redes digitais como lugar de encontros e de aventuras,
terreno de conflitos mundiais, nova fronteira econômica e cultural que busca
compreender a complexidade política contemporânea sob a perspectiva da
produção de contrainformação em canais alternativos.
Gilles Deleuze descreve as teias rizomáticas como uma maneira de encarar o
indivíduo, o conhecimento e as relações entre as pessoas, ideias e espaços, a partir
de uma perspectiva de fluxos e multiplicidades, que não possui uma raiz ou centro e
o hipertexto é o movimento que cria cenas educativas de uma máquina de
tratamento de guerras, conforme o filósofo explica que modos pelos quais a
apropriação crítica do conceito de tratamento hipertexto vai mobilizar deslocamentos
nas concepções dos atores sociais envolvidos no seu uso. Lévy estuda as
implicações de novos paradigmas gnosiológicos e pedagógicos advindos do polo
midiático-informático, onde se permite um agenciamento com a ideia de rizoma
(através da metáfora do hipertexto) e explica que é como se fosse um teste para a
capacidade da inteligência de encontrar começo num labirinto sem fim, (esse
labirinto é uma estrutura de passagens, sem centro nem periferia).
A internet, não elimina o poder e a capacidade dos meios massivos da indústria
cultural pois ambos os territórios coexistem e se atravessam, ela proporciona que os
seus receptores atuam por meio de das redes sociais reportando, inventando,
articulando, alterando a maneira de se fazer política e as formas de participação
social, com isso os eventos comunicativos ganham forma de rizomática, quebrando
a ideia que ficava restrita aos meios de comunicação de massa, se tornando um
espaço de difusão de informações para manifestantes se organizarem e o uso das
redes sociais para organização de práticas de resistência em mobilizações políticas,
então abre-se uma brecha para aqueles que não se sentem representados pelo
modelo tradicional de comunicação vertical, já que no ciberespaço todas as culturas
e discussões se entrelaçam, o uso massivo das redes sociais faz com que estas se
estabeleçam como novos meios de formação de sociedades.
As redes sociais podem conscientizar e colaborar na luta pelas causas sociais com
rapidez, abrangência e abrir caminhos para a reivindicação dos direitos, ao nível
ambiental, político e social, podendo originar comunidades de atividade ou
interesse, distintamente dos grupos de opinião de imprensa ou das massas de
consumo da mídia tradicional, quebrando o monopólio dos meios de comunicação e
iniciando um processo de disseminação de informação muito mais democrático
fazendo gradualmente com que a informação dada de forma vertical perca seu
espaço para os novos meios.
O canal Mídia Ninja é um reflexo desse fenômeno, onde há uma lógica colaborativa
de criação e compartilhamento de conteúdo, respeitando sempre a diversidade e o
espaço de fala de todos os setores da sociedade, a internet contribui para que
grupos promovam intervenções quase que imediatas contra a burocracia, o
verticalismo, as hierarquias tradicionais, governos e conglomerados midiáticos e
demais instituições sociais que se afastaram das realidades de tais grupos.
REFERÊNCIAS

DE OLIVEIRA CHAMPANGNATTE, Dostoiewski Mariatt; DE PÁDUA


CAVALCANTI, Marcus Alexandre. Cibercultura–perspectivas conceituais,
abordagens alternativas de comunicação e movimentos sociais. Revista de
Estudos da Comunicação, v. 16, n. 41, 2015.

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